-Narrado por Will-

Pela a cara de Penny, consigo vê claramente o que ela está pensando ao ver todas essas pessoas bebendo, dançando e rindo. Ela começava a acreditar que eu tinha razão. Isso era uma festa e não um encontro de jornalistas e blá, blá, blá.

"Isso é uma festa, pode admitir." Digo à ela triunfante.

"Ah! Olha ali o Paul Edgar!" Disse ela puxando-me junto dela fugindo do assunto na certa.

Assim que Paul a vê, percebo que ele tenta fugir, mas ela rapidamente diz, impedindo-o de escapar: "Paul!"

"Pennelope Styles." Diz ele fingindo animação ao vê-la.

"Conhece William McKay?" Pergunta ela sorrindo.

"Prazer." Diz Paul apertando minha mão.

"Bom, Paul, chegou o dia de finalmente você me pagar o favor que me deve." Diz Pennelope sem rodeios, fazendo os amigos curiosos de Paul ficarem bem atentos a conversa.

Paul nervoso puxa Penny para um canto, dizendo: "Vamos conversar em local mais privado, ok?"

"Você quem sabe." Diz ela me puxando para junto deles.

Quando estamos só nós três longe de tudo e todos, ele diz: "E então, o que você quer, sua bruxa?" Não posso evitar de ficar surpreso ouvindo alguém chamando Pennelope de ‘bruxa’ assim bem na cara dela, e então sem se abalar ela continua: "Quero que contrate Will para o New York Times na segunda mesmo."

Paul começa a rir.

"Qual é a graça?" Pergunto ofendido.

"Ela não pode está falando sério." Diz Paul, mas ao encarar Penny, seu sorriso desaparece e ele se recompõe "Pen, não posso contratar as pessoas assim só porque você quer..."

"Tudo bem." Diz ela pegando o celular.

"O que está fazendo?" Perguta Paul.

"Ligando para meu grande amigo, Dylan Grant, vou pedir à ele dois favores que tenho certeza que ele não recusará." Penny procura o número na lista telefônica enquanto continua a falar, mas tenho quase certeza de que ela estava mesmo é enrolando Paul  "Sabe, vou pedir um emprego de repórter investigativo para Will e o seu de editor-chefe para mim... Ah, achei!" Ela apertou enter e colocou o telefone no ouvido, para minha surpresa, já que achei que ela blefava, enquanto ainda dizia à Paul "Acho melhor começar a procurar um novo emprego e... Ah! Oi, Dyl?"

"Ok!" Diz Paul "Posso arranjar um emprego para o seu amigo hoje, se quiser, mas não tire o meu emprego de mim!"

"Como?" Diz ela falsamente "Um segundo só, Dylan." Diz ela voltando sua atenção à Paul "O que dizia, Paul?"

"Você terá o emprego do rapaz, mas não me faça perder o meu cargo de editor-chefe, ok?" Paul disse derrotado.

Penny sorriu em triunfo e voltou-se para o telefone: "Sabe o que é, Dyl? Liguei errado." Riu um pouco e disse "Ok, tchau tchau!"

Desligou o celular e enfiou-o na  bolsa de novo dizendo à Paul: "Ótimo conversar com você, Paul."

"Com você também." Ele disse sem ânimo voltando-se para mim, ainda chocado com a cena: "Às 9:00 no meu escritório."

"Estarei lá." Digo  gaguejando um pouco.

"Com licença." Diz Paul saindo de perto de nós e se aproximando de uma loura, que era por sinal bem gostosinha... Ei, William McKay, deleta isso. Deletado.

“Você estava mesmo falando com Dylan Grant?” Perguntei Pennelope, que tinha sua atenção voltada para Paul e a moça loura.

"O que disse?" Ela diz voltando sua atenção para mim.

"Perguntei se falava mesmo com Dylan Grant?" Repeti a pergunta.

"Não, mas só porque sabia que aquele burro do Paul caíria facilmente nessa." Disse ela"Caso contrário teria ligado sim e conseguido."

"Foi genial, Penny." Disse admirado.

"Eu sei." Diz ela confiante.

"É mesmo uma metida, não é?" Disse-a segurando em sua cintura e a puxando para perto de meu corpo.

"Se não me aceita do jeito que eu sou..." Ela diz fazendo charminho, o que foi uma gracinha...

"Ah, eu aceito!" Digo rindo junto dela, quando vejo estávamos nos beijando calorosamente até que ouvimos um 'com licença Sr. McKay'. Quando olho era loura que conversava com Paul.

"Sim?" Digo.

"Me chamo Kelly Carter e gostaria de falar com o senhor sobre o seu 'novo' trabalho." Ela diz encarando Pennelope em seguida com um olhar superior e dizendo: "Em particular."

Posso vê os olhos de Penny lançando labaredas de pura fúria. Tenho que intervir antes que ela bata na pobre Kelly Carter: "A Srta. Styles não pode ouvir o que tem a me dizer?"

"Não, tudo bem." Ouço Penny dizer confiantemente "Pode ir com ela, vou falar com umas pessoas enquanto isso."

"Ok, então." Digo pegando em suas mãos e beijando-as.

Observo Penny se distanciar quando ouço, Kelly Carter dizer: “Me acompanha até a varanda?”

“Claro.” Digo seguindo-a até a varanda, onde pergunto: “E então o que...”

“Sei o quanto deve ser duro para você ouvir uma coisa dessas, William, mas você tem o direito de saber.”

“Hã?” Disse confuso.

“Pennelope Styles te usou.” Ela diz sem rodeios me deixando realmente confuso.

“O que?” Ouço-me perguntar chocado com tamanha revelação. Afinal, essas acusações têm fundamento?

“Você é apenas mais uma assistente, que ela fez se apaixonar por ela para depois despachá-lo para cá.” Diz ela e eu sinto suas palavras me acertarem com mil adagas perfurando minha pele “Você não é o primeiro, Will...”

Não conseguia mais ouvir aquilo. Meu coração pesava, meu corpo pesava. Mal podia olhar para Kelly. Minha cabeça martelava aquelas palavras. Como assim Pennelope me usou? Nada daquilo foi real? Nada? A viagem...

Kelly me pergunta algo, suas mãos estavam no meu peito, mas não podia me mover ou entender o que ela disse, então apenas me ouço dizer: “É...”

Sentia muita dor, e as palavras de Kelly começavam a fazer alguma sentido, mas não totalmente.

"Você é um herói, Will!" Ela dizia sorrindo "Enganou direitinho aquela vaca!"

Do que ela estava falando? Por que sou um herói? Fui enganado por Pennelope... Realmente achei que ela me amava... E quem é ‘vaca’?

De repente, Kelly está me beijando, não posso fazer nada, correspondo e quer saber de uma coisa? Vou me vingar de Pennelope. Vou transar como nunca com essa mulher. Gostosa ela é, portanto não será sacrifício algum.

“Vamos para um lugar mais privado?” Sussurra ela no meu ouvido.

“Vamos.” Digo.

Ela me puxa pela mão até o elevador e descemos até o hall do hotel, onde a festa está sendo dada, vejo Penny entrar em um táxi. Assim que entra nesse, vejo-a chorar, chorar como nunca imaginei que veria Pennelope Styles chorar em toda minha vida.

Tive vontade de correr até ela e perguntar por que chorava, mas acho que imaginava por que e minha raiva era tanta também que não pude deixar de dizer a mim mesmo que ela merecia. Mas ainda não entendo por que ela chorava, já que não signifiquei nada para ela de qualquer forma...

“Vamos?” Diz Kelly segurando a chave de um quarto, entre os dedos, com um sorriso provocante e me puxando pela gravata até o elevador, onde começamos a nossa pequena festa particular.

Isso é apenas para provar para você, Pennelope Styles, que você não é essa rainha que pode fazer ou pisar nas pessoas assim só porque você quer. Pisou em mim? Pisarei em você também... Com muito prazer...