Burning Fire escrita por Vânia


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, D: problemas de família... sabe como é ):



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Sue estava deitada em uma cama, um pouco pálida, assistindo algo na TV. Reed estava em um sofá, com a aparência tensa.

Lembra que Johnny tinha segurado meu braço e me puxado pelo corredor depois do encontro desastroso com Victor? Ele não soltou quando entrou no quarto, então Reed e Sue nos lançaram olhares suspeitos. Me esquivei dele, e fui para o outro lado do quarto.

– E aí? Tudo bem? - Perguntei para o casal.

– Agora que ele foi embora, tá tudo ótimo - Reed respondeu. Sue se limitou e olhar para mim, e dar um sorriso. A cor do seu rosto estava voltando aos poucos.

– O que ele queria? - Johnny perguntou, dando um beijo suave na testa da irmã.

– Deixar aquelas flores - Reed respondeu. Olhamos para o lado, e havia um enorme buquê de margaridas em uma cadeira - E dizer que ainda lembra da gente e se preocupa com a Sue. Não que eu acredite nele.

– Ele paquerou a Amber - Johnny disse, quase interrompendo Reed. Era raiva na sua voz?

– Até parece - disse, dando um soco no braço dele. Caraca, que homem forte. Ele pareceu não sentir nada, mas minha mão doeu pra caramba.

– Fique longe dele, Amber - Sue falou, com a voz fraca - Ele é perigoso e acha que tem o mundo na palma da mão.

– Não precisa falar duas vezes. - respondi.

Depois de muito bate-papo, e todo mundo me alertando sobre os perigos da paquera de Victor (como se eu já não soubesse), Reed foi para casa, prometendo voltar logo. Nos sentamos no sofá, eu me sentei o mais afastado possível de Johnny, e Sue começou a nos contar possíveis nomes para o bebê. Rolei os olhos enquanto Johnny sugeria nomes ridículos, e Sue balançava a cabeça negativamente, mas se divertindo com a situação.

Uma enfermeira chegou carregando algumas toalhas de banho, e pediu que Johnny e eu nos retirássemos do quarto, para que Sue tivesse mais privacidade.

– Vamos tomar um café? - Johnny pergunta, estendendo a mão. O que ele queria que eu fizesse? Saísse andando pelos corredores com ele de mãos dadas?

– Claro! - respondi, bati na sua mão como se fosse um High five e saí andando em direção a cantina. Ouvi sua risada sarcástica atrás de mim, e ele logo surgiu ao meu lado.

– Eu sei que você gosta de mim, Amber - ele disse, com aquele sorrisinho malicioso nos lábios - Não precisa mais fingir.

– Por mais incrível que pareça, nem tudo gira ao seu redor, Johnny - respondi - E você não faz o meu tipo.

– Não faço o seu tipo? - ele perguntou indignado - E qual é o seu tipo?

– Gosto de caras inteligentes que não vão me trocar por qualquer rabo de saia que ver pelo caminho. Você não sabe o que é um relacionamento de verdade nem se ele caísse de paraquedas na sua cabeça.

Ele abriu a boca para falar alguma coisa, mas fechou sem dizer nada, abaixou a cabeça, e avançou na minha frente, em direção à cantina do hospital.

O cheiro de café tomava conta do lugar. Estava bem vazio e sentamos em uma mesa um pouco mais isolada perto da janela. A garçonete logo pegou nossos pedidos e saiu. Johnny tinha os olhos fixados em algum lugar lá fora, olhei para ver o que tinha de interessante, mas não achei nada.

– Tá procurando o que? - perguntei pra ele. Pensei em perguntar: "Procurando sua próxima namorada?", mas achei maldade. Não sei se foi impressão minha, mas ele parecia... abalado?

– Nada específico - ele respondeu, sem tirar os olhos da janela.

Nessa hora, nosso café chegou. Coloquei açúcar e esperei esfriar um pouco. Se tem uma coisa que eu odeio, é café que queima a boca.

O silêncio de Johnny começou a me irritar, então peguei o celular, e fingi mexer em algo importante. Achei um jogo de corrida interessante, e fiquei jogando, enquanto bebericava meu café.

– Você acha mesmo que eu sou tudo aquilo? - Johnny me surpreendeu com uma pergunta, de repente. Seu rosto estava com uma expressão séria. Não tinha nenhum restício de malícia. Estranho.

– Olha Johnny - comecei a falar - Alguns dias depois de te conhecer, vi uma entrevista sua na televisão, onde você estava de mãos dadas com uma mulher, entrando em uma festa. Já vi revista por todos os lados com várias fotos, mas em todas elas, você estava com uma mulher diferente. O que você quer que eu pense?

Ele olhou no fundo dos meus olhos e disse:

– Qualquer coisa, menos que eu não sei o que é um relacionamento sério.


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Notas finais do capítulo

deixe um comentário! Amber ficaria feliz!