25 de Junho de 2011

Minha mãe está chorando, meu pai está uma fera, Draco amanhã vai me levar pra decorar mais dois quartos na Mansão que ele mora e está me bajulando como um bobo. Por que tudo isso? EU ESTOU GRÁVIDA.

Isso mesmo que você ouviu. Estou grávida.

Surpreendente não é?! Pois é! Eu quase morri quando descobri, teste de farmácia é claro. Ainda tenho que ir ao médico e mais um monte de coisas, mas primeiro vou te contar como aconteceu!

Eu havia dormido no quarto de hóspedes, dormido mesmo, e quando o meu celular tocou eu me dei conta do dia que era. Corri para o banheiro, fiz contas e mais contas, não acreditei, corri na farmácia e comprei o teste, fiz, esperei os vinte minutos, e não vi o resultado, acordei Draco para podermos ver juntos.

Ele acordou, eu contei pra ele que minha menstruação estava atrasada, nós olhamos o teste e adivinha? POSITIVO! Nós ficamos super felizes, ele falou que se fosse menino se chamaria Scorpius, por que ele sempre gostou do nome, eu chorei muito e disse que se fosse menina, teria o nome de Mary, minha princesinha, e tudo foi lindo e maravilhoso. Até termos que contar para os nossos pais. Minha mãe agiu bem, chorou, me abraçou, disse que sempre quis um neto e blablabla, a dona Cissa também foi algo parecido, mas o meu pai... Digamos que ele quer matar o Draco, e exigiu casamento até o fim do ano. Eu realmente acho que se nós não casarmos, eu viro mãe solteira e meu pai vai preso, então amanhã resolveremos isso.

Confesso que estou muito feliz, mas também muito preocupada, não tenho certeza se é isso que eu quero e... Não sei se estou pronta pra casar com o cara que me odiou por anos e anos, e agora decidiu mostrar amor por mim, aliás, nem sei se esse amor é verdadeiro, mas seja o que Deus quiser, EU o amo, e VAMOS AO CASAMENTO!

 Tudo aqui é confidencial, e sempre vai ser! Até amanhã diário.

-Nossa... Eu quase matei o papai... Revirei a família toda... Causei a maior discórdia... LEGAL!

-Você não muda não é?! Idiota. –Então Mary mostrou a língua pra Scorp que caiu na gargalhada.

-Não, não mudo e idiota é você!

-Crianças, vamos ler o próximo, talvez o casamento? –Eu estava nervoso, não sabia que ela ainda não tinha certeza do meu amor naquela época, mas ela estava certa em desconfiar, ela tinha os motivos dela.

-Papai, você parece bravo, o que aconteceu. –Sorri. Agora estava tudo bem, tudo bem.

-Nada meu anjinho, nada mesmo!

-Então leia logo sobre seu casamento, eu tenho um encontro com o Cameron daqui a meia hora.

-Você não vai.

-Vai sim velho, eu vou com ela, o Cameron tem uma irmã maravilhosa! Catherin não é?

-É Scorp, a Cate, puta merda, não sabe nem o nome da menina!

-Então vocês dois estão namorando? E como assim “Vai velho?” onde seus modos foram parar garoto? –Então os dois olharam pra mim e caíram na gargalhada.

-Claro que não papai. –disse Rose enxugando uma lágrima que caiu de tanto rir. –Nem chega perto disso.

-É velho, até parece, meu Deus! E pare de falar como um velho de 103 anos, você não tem tudo isso... Acho. –Taquei um travesseiro nele.

-Certo... Vão logo... Amanhã eu leio mais, sua mãe só chega depois de amanhã.

-Ok papai, mas eu não vou esquecer, amanhã continuamos do seu casamento.

-Certo, do meu casamento em 5 de novembro.

[...]

20 de Março.

-Papai chegamos. Eu estou tão feliz!

-Que bom meu pequeno raio de sol, mas por que tamanha felicidade?

-O Cameron pediu pra namorar ela pai, mas ela não vai aceitar.

-O QUE? O CAMERON ZAMBINI? NÃO, NÃO MESMO!

-Eu vou aceitar sim, eu já tenho idade pra saber o que eu quero!

-Ótimo, então eu vou namorar a Catherin Zambini, sua melhor amiga, já que é assim.

-Eu não ligo, vai ser até bom, ela tá gostando de você.

-Go-gostando de mim? –Gostando dele?

-Sim. Eu também achei estranho, na verdade, qualquer um que goste de você é estranho, mas é, gostando de você.

-Eu espero que esse gostar seja sério, e não, você não vai namorá-la e nem você aceitar o pedido enquanto sua mãe estiver fora! E pelo que conheço minha Mione, nem quando ela voltar!

-O QUE? –Disseram de uma vez.

-Isso mesmo que os senhores ouviram! Agora voltemos ao diário, eu estou curioso!

5 de Novembro de 2011

Diário, minha barriga ta cada vez maior e eu estou linda! E enjoada.

Hoje foi o melhor dia da minha vida. Acho. Até agora. Por quê? EU CASEI. COM DRACO MALFOY.

Vamos ao início do dia...

Eu acordei muito cedo, na verdade nem dormi. ERA O DIA DO MEU CASAMENTO. Eu estava muito nervosa, muito mesmo. Então Ginny, minha melhor amiga e madrinha, entrou no meu quarto me puxando da cama, toda eufórica falando que eu tinha que ir para meu dia de noiva, que por sinal foi perfeito. Foi inteiro na mansão Malfoy, manicures, massagistas, cabeleireiras e tudo mais, não que eu goste desse luxo todo, mas uma vez na vida é sempre bom.

Então me vestiram e chegou a hora. E EU NUNCA ME SENTI TÃO NERVOSA. Levaram-me pra igreja numa limusine, e quando cheguei já estava todo mundo na igreja. Eu fiquei lá fora esperando por longos 30 minutos, mas chegou a hora de eu entrar. Cinco mulheres ficaram em volta de mim me arrumando e arrumando o vestido, quando eu ouvi a marcha nupcial, as portas se abriram e eu vi Draco. Ele conseguiu ficar mais bonito do que nunca, de traje social, se casando, e o melhor de tudo: Se casando COMIGO.

Confesso que na hora de dizer o sim eu tive dúvidas, eu só tenho 18 anos e meio, não estou pronta pra ter uma família, mas eu amo Draco e já amo a criança que carrego no meu ventre, então eu disse o tão esperado SIM com confiança, pois era a coisa certa a se fazer.

Então tivemos a festa e eu confesso que amei tudo, desde o começo do meu dia, amei até mesmo o fato de Draco ter escolhido o Blásio e o Theodore como padrinhos, afinal, se eram amigos dele, eram meus. (É claro que eu tive que escutar meus antigos apelidos, entre eles pobretona e rata de biblioteca, mas dessa vez num tom brincalhão).

Enfim, FOI TUDO MARAVILHOSO! E agora eu estou na mansão, no quarto que eu e Draco montamos para o bebê, (ainda sem pintar, pois não sabemos o sexo da criança) escrevendo em você, e Draco está me esperando no quarto que agora é NOSSO pra nossa noite de núpcias.

Ah, acho que nunca houve dia tão feliz pra mim como esse! Eu só espero que o amor que ele sente por mim seja verdadeiro!

Tudo aqui é confidencial, e sempre vai ser! Até amanhã diário.

-Nossa, como a mãe era desconfiada, é óbvio que você amava ela cara, como ela pode ter tantas dúvidas?

-Eu entendo ela, quando você ama uma pessoa de verdade, você tem medo que ela minta pra você, que ela seja só mais uma pegadinha da vida, e que um dia ela se canse de brincar com você, e vá embora em busca de outro brinquedo, te deixando sozinha. –Disse Mary, e lágrimas, que ela, como sempre, não deixou cair, brotaram no canto de seus olhos.

-Pura bobagem!

-Não Scorp, não é, eu sei que você ama a Cathe, e tem medo que ela não goste de você, ou minta e depois vá embora, eu sei disso, eu te conheço irmãozinho, eu vejo nos seus olhos.

-Cala a boca, eu não amo ela, eu não amo ela! Eu não amo ela. –Scorp disse, mas para si mesmo do que para Mary. –E eu vejo nos seus olhos que você ama o Cameron! Há!

-Infelizmente isso nós não escolhemos, não é irmãozinho. –Respondeu Mary com um sorriso vencedor. –Acho que nós somos tão grudados que é nosso destino, sermos melhores amigos e namorar irmãos unidos como a gente, qual vai ser o próximo passo? Casamento conjunto ou dividir a casa uns com o outros? –Então os dois caíram na gargalhada.

-Pai? Você ta bem? –Mary perguntou com os olhinhos preocupados.

-Tá. –Então eu percebi que não eram estranhos ali, eram meus filhos, eu podia dizer pra eles o que eu sentia, eles deveriam saber. –É só que... Eu fico meio chateado em saber que sua mãe duvidava do meu amor até o dia do casamento, poxa, eu sempre fui tão atencioso.

-Atencioso? Só depois que vocês passaram a noite juntos né pai? Antes você sempre a ofendeu, e ela me falou que no terceiro ano ela se irritou e te deu um soco. –Ri com a lembrança.

-Sim, foi aí que eu vi que a amava, quer dizer, não é todo mundo que te dá um soco na cara e te faz ficar pensando nele cada vez que sua mente resolve vagar, não é todo mundo que te dá um soco na cara e você não liga, apenas pelo fato de ter amado o perfume de cereja que exalou dela. –Então os dois sorriram.

-Olha aí o velho, cheio de romance!

-Culpa da sua mãe! E aposto que você não é tão diferente com a Cathe, vai Scorp, pode falar pra gente, quando você descobriu que gostava dela? –Ele hesitou, mas resolveu falar.

-Bom... É que no verão passado, bem... Ela veio almoçar aqui, junto com todos os Zambini e sentou na minha frente, então um perfume de rosas invadiu meu pensamento e eu não vi mais ninguém na mesa, só ela... Eu até tentei ignorar, mas não é tão fácil! E não é amor pai! Não pode ser. –Eu ri com a última frase, mas deixei pra lá, eu entendia ele, não é fácil amar, mas no momento certo ele assume.

-Awn, que fofura!

-Sua vez pirralha, eu também quero saber quando você percebeu que tava toda derretidinha pelo Cameron.

-Ah, eu não sei ao certo, e eu também não amo ele, amor é uma palavra forte demais...

-Não enrole pequena, conte-nos quando foi. –Eu estava curioso, se eu ia arrancar a cabeça do filho do meu melhor amigo, eu precisava saber o motivo.

-Talvez tenha sido qualquer uma das vezes que ele veio aqui jogar bola com o Scorp, e depois da partida ficou conversando comigo até anoitecer, ou quando nós fomos à mansão Zambini e ele me levou no jardim e colheu um buquê de Margaridas pra mim... Não sei, acho que talvez pelas ações dele, não teve um dia ou ação específica, só aconteceu, e eu gosto dele. –Sorri. Talvez o garoto pudesse ficar com a cabeça dele por um tempo, eu disse TALVEZ.

-Só tomem cuidado com eles, a Cate é menina, mas continua sendo uma Zambini, e sobre o Cameron não vou nem comentar! –Então olhei pra Rose. –E se você tiver a certeza que o que a Cate diz é real, alerte-a! Afinal, seu irmão é um homem da família Malfoy!

-Awn, tudo isso é muito fofo, sua preocupação conosco e bla blá blá, mas continua lendo, vai pro meu nascimento.

-Ok, 28 de Fevereiro de 2012, certo?

-Certo velho, lê logo, eu quero saber como foi.

-Certo, certo, mas aviso que pode ser um texto pequeno, afinal ela estava no hospital.