...Acordei e olhei ao redor. Não reconhecia o lugar que estava. Era estranho. Piscava os olhos várias vezes para tentar recuperar a visão e assim que recuperei fui observando, tentando descobrir onde eu estava. Esse lugar era todo branco e verde. Tinha uns aparelhos que faziam barulhos agudos. Estava deitada em uma cama desconfortável. Tentei me ajeitar e ela soltou uns ruídos. Olhei para a minha roupa: era um tipo de vestido xadrez verde e branco. Era isso... Eu estava no hospital! Mas por quê?

– Acordou senhorita Jones! – disse uma voz atraente que eu conhecia de algum lugar.

Observei e vi quem era.

– Ken? – disse assustada

– Vejo que nosso destino está traçado!

– O que você está fazendo aqui? Ah é... – me lembrei de que ele era médico

– Sou seu médico hoje, Jones!

– Para de me perseguir! – disse brava

– Hoje não será possível! – ele disse malicioso

Tentei gritar, mas, ele tampou minha boca com a mão.

– Calma Jones. Hoje serei o seu médico. E você ficara quieta.

– O que foi? O que são essas agulhas em mim? Algum tipo de droga? – olhei para a porta e vi minha mãe; fiz com a mão, discretamente, para que ela parasse e ouvisse. – PRA VOCÊ FAZER COMO AS OUTRAS VEZES? – falei em tom algo e nervoso.

– As outras vezes? Você quer dizer a vez que transamos e a outra vez que eu te molestei? – ele disse baixo, se aproximando de mim e com a cara vermelha de raiva.

Minha mãe olhou assustada e me olhou como se perguntasse se era verdade o que ela acabara de ouvir... Apenas assenti para ela. Ken ficou confuso e olhou para o mesmo lugar que eu. Senti calafrios nessa hora. Porém, minha mãe já havia saído. Porra! Será que mais uma vez ela irá me deixar na mão? Será?

– O que é isso Jones? Além de burra é louca? – ele disse sorrindo maliciosamente.

Ele colocou umas luvas de borracha ou sei lá do quê. E começou a me massagear, maliciosamente. Ele me massageava, mas as pessoas que passavam no corredor pensavam que era parte do tratamento, ou sei lá. Eu estava cansada disso. Ele me usava pra sentir prazer. Mas e eu? Eu não sentia nem um pouco de prazer naquilo. Qual o problema comigo? E isso durou uns longos minutos.

Fui quebrada dos pensamentos quando ouço gritarem: “Fique parado! Policia!”

Olhei novamente. Havia três policiais com as armas apontadas para Ken.

– Ken Smith? Você está preso por abuso de menor. – disse um dos policiais.

Eu queria rir. Mas fiquei séria. Olhei para Ken sendo algemado e ele me olhava com raiva. Cara, Ken foi preso? Ele finalmente irá parar de pegar no meu pé! Ou não.

Fiquei colocando os pensamentos em ordem e acabei adormecendo.

(...)

Ouvi uma voz angelical e acordei.

– Senhorita Caroline Jones? – disse uma mulher, a da voz angelical. Minha visão estava embaçada e então pude ver uma silhueta parecida com a de Kristin.

– Kristin? – disse sorrindo.

– Não, senhorita. Eu sou a enfermeira Evan. Ashley Evan. – ela disse sorrindo

– Ah, me desculpe. Posso falar com a Kristin? - disse inconsciente.

– Querida, a Kristin morreu... – disse minha mãe se levantando e eu a interrompi.

– EU QUERO A KRISTIN. EU PRECISO DELA. CHAMA ELA AGORA! – disse chorando e soluçando.

– Calma querida! – disse a enfermeira, me acalmando. – Logo seu novo médico chegara. Ele também é psiquiatra. Você poderá conversar com ele!

– Ke-Ken? – eu disse assustada

– Não querida. Ele é o doutor Oliver Carllins.

Eu suspirei. Estava aliviada. Ken realmente foi preso. E não atrapalharia a merda da minha vida por um bom tempo! E então sorri, ainda com sono, quase dormindo.

– Agora minha querida, deite-se e durma! Doutor Oliver já irá chegar! Você precisa descansar.

Eu fui deitando na cama delicadamente. Era como se eu estivesse desmaiando, só que de câmera lenta! Assim que encostei minha cabeça no travesseiro, adormeci...