A Profecia escrita por Annabel Lee


Capítulo 3
CAPÍTULO III


Notas iniciais do capítulo

Agora vocês vão ver o outro lado da história... ;) Enjoy..



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Aldeia Primeira


ZYAH

Meu nome é Zyah, estou a ponto de completar meu 18º ciclo (acho que equivale a 18 anos terráqueos). Vivo em Nitha, um planeta que deve ser por você desconhecido, pois não faz parte do seu Universo.

Moro na Aldeia Primeira, um dos lugares mais bonitos de Nitha se quer saber. Enfeitada por belas florestas que parecem brilhar quando são iluminadas pelo sol. Cheia de bellíssimas casas de granito e mármore.

Nesse momento estamos em guerra com a Aldeia Segunda. E meu pai como Governante da Aldeia Primeira tomou a decisão mais sábia a fazer, embora não seja exatamente o que quero: me casar com a filha do Governante da Aldeia Segunda. Faya.

Não que ela não fosse bonita... Ela era! Ela tinha parentesco com as fadas da Floresta do Verão. Isso a fazia muito bonita mesmo. Mas eu não queria casar com ninguém, muito menos com alguém que não amo.

Mas assim que o próximo ciclo se completar eu terei de casar com ela. Pelo menos terei um tempo a pensar.

Neste momento, eu e meu amigo, Lert, estamos voltando para casa depois de caçar o jantar na floresta. Meu pai diz que caçar não é coisa para eu fazer, mas eu gostava. Eu era bom com arco-e-flecha. Não sei se você tem isso no seu Planeta...

Lert era um bom sujeito. Era meu vizinho. Mas às vezes não entendia quando eu dizia que não queria casar com Faya de jeito nenhum.

– Ela é o Ser mais lindo das 10 Aldeias.

– Então pode casar com ela - eu disse acertando um javali que passava, no peito.

– Você não encherga a sorte que tem, Zyah. Não enxerga.

– Tudo bem - eu tirei a flecha do peito do javali e rezei por sua alma, logo depois o peguei e saí carregando ele.

– Acho que tá bom de presas por hoje - diz Lert - temos um javali e 5 preás. Está ótimo.

Lert tinha cabelos brancos com um brilho prateado, como quase todos da Aldeia Primeira. Era um ciclo mais novo que eu, mas nem um pouco menor. Mas sua idade dá desculpas para ele levar 5 e leves preás enquanto em levo esse javali.

– Acha que é verdade? - pergunta Lert aos sussurros - que aquele demônio das sombras está acordando?

– Acho que são só boatos da Aldeia Quinta - respondo calmo - eles ãdoram espalhar boatos.

– Não sei. Várias pessoas estão comentando. Até da nossa Aldeia.

– Eu não me preocuparia, Lert. Olha chegamos.

Estávamos em frente ao portão prateado da Aldeia Primeira. O velho porteiro, cuja idade atravessou Eras, nos pergunta a senha:

– Néctar de Lua - respondo.

O Porteiro assente, e repete a senha na Língua Antiga para que os portões se abram. Entrei junto de Lert.

– Eles nunca mudam essa senha - Lert comenta.

– E ninguém nunca advinha, além dos moradores.

– Isso é o impressionante!

Nós dois rimos.

Caminhamos pela estrada cinza, que levava direto até a minha casa. Que fica bem no centro da Aldeia. Sinceramente, era insuportável ser filho do Governante. Não só porque meu pai é distante de mim a maioria do tempo, mas também porque tinha todas aquelas regras e todos aqueles deveres e tudo o mais.

Mas eu acho que sempre foi assim. Desde o início dos tempos (o que não é pouca coisa!).

Quando entramos na minha casa (ou devo dizer castelo?), minha irmã mais nova veio correndo para ver o que trouxemos. Ela tinha 13 ciclos, e era muito curiosa. Com ênfase no "muito".

– O que trouxeram? - ela pergunta quase aos pulos.

– Só um javali e cinco preás - responde Lert.

– Só? Olha o tamanho desse javali! - eu digo.

Ela ri. E depois me ajuda a carregar o bicho até a copa. Despejamos nossa caça lá.

Ficamos um tempo de papo, quando Lert olha para o relógio na parede e quase dá um pulo.

– Tenho que ir, Zyah! Até logo!

– Até logo, Lert - digo.

– Tchau, Cyra! - ela diz dando um beijo na bochecha de minha irmã. Ela ficou mais vermelha que nem o cabelo das pessoas da Aldeia Sexta.

– Tchau, Lert - responde. Lert sai correndo que nem uma labareta e sai.

Cyra era parecídissima comigo. Os cabelos brancos com seu habitual brilho prateado era lisos como seda e batiam em sua cintura. Seus olhos eram prateados como os meus. Diferente dos olhos cinza de Lert. O sorriso da minha irmã era o mais bonito de toda Nitha.

– Vou me lavar - digo olhando para minhas roupas sujas de pelo de javali.

– Papai mandou um recado para você.

– O que é?

– Ele disse que Faya vem jantar conosco.

– O quê?


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Notas finais do capítulo

O que acharam da vida do Zyah?



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