A Profecia escrita por Annabel Lee


Capítulo 25
CAPÍTULO XXV


Notas iniciais do capítulo

Estou pondo menos capítulos para o Zyah, pois agora a narrativa de Helena será de extrema importância!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/325395/chapter/25

Aldeia Quarta



ZYAH


Tenho que admitir que fiquei muito assustado e preocupado com Helena depois de descobrir de onde ela vem.

Sei que ela é uma boa pessoa. Disso jamais tive ou terei dúvidas. Mas o fato de ela ser da Aldeia Décima E Guardiã a faz muito poderosa. Terrivelmente poderosa.

Estávamos na carruagem indo para a Aldeia Quarta. Ainda não entendi o porquê de REALMENTE parar lá, mas sei que papai escondia alguma coisa.

Cyra estava em silencio. O que é muito esquisito vindo dela. Tem estado assustada e quieta desde a morte de Sollun. E isso me preocupa bastante.

Ainda mais porque ela cisma em me acompanhar na missão.

Acabamos de passar pela Aldeia Segunda, onde a carruagem dourada seguida de cavalos brancos acaba de sair. Levava Faya e seu pai para o Baile Sexto.

Mesmo à noite, a Aldeia Segunda exibia uma aura dourada. A Floresta do Verão era tão misteriosa à noite quanto de dia, pois agora as fadas noturnas acordavam e protegiam os bosques. A Rainha delas, a mãe de Faya, era uma fada diurna e, sendo rainha, podia ficar em tamanho natural. E não pequena como outras fadas.

Só as vi uma vez com Faya, eram criaturas belas e magníficas.

Foi a única vez que vi as asas de Faya. Sim, Faya tinha asas! Eram incríveis, devo admitir.

Minha mãe tira algo da bolsa dela. E dá o conteúdo para cada um de nós.

- Isso aqui é Alga Quarta. Ajuda a respirar embaixo d’água e substituí suas roupas para algo que você possa nadar.

- E as roupas voltam? – Helena pergunta.

- Sim, sim!

O assunto me faria rir em outras circunstancias. Ainda mais depois daquele momento. Depois de eu e a Helena... Você sabe!

Foi incrível! Foi... Deuses! Lert estava certo, como sempre! Mas o que mais me doía é saber que daqui a dois dias o ciclo termina. Helena irá embora e eu me casarei com Faya.

A vida é terrivelmente cruel.

Acabamos de passar pela Floresta Verde da Aldeia Terceira, eu podia ver os rostos franzinos e pequeninos escondidos em meio a misteriosa Floresta. Cheia de duendes, gnomos e coisas que apenas um Habitante Terceiro sabia a existência.

Nunca pude ver um Gnomo ou Duende de perto. São criaturas brincalhonas e misteriosas. E seu lar, a Floresta Verde, pode ser belo, mas prega tantas peças quanto eles.

A carruagem verde-escura de Wai-Zi sai de lá assim que passamos. Porém, quando chegamos na Aldeia Quarta, as outras carruagens seguiram seu caminho, ao invés de pararem como nós.

Saímos da carruagem e cada um come uma alga. Mergulhamos no Grande Lago logo após.

Por cima, a Aldeia Quarta é só um lago cristalino gigantesco cercado por árvores aquáticas e um enorme salgueiro. De dia aquela visão era linda!

Mas quando você mergulha... Aí que você vê a beleza!

A Aldeia Quarta é iluminada por uma paisagem azul, das águas do Lago. As casas são feitas de mármore branco ou corais, e peixes coloridos nadam com liberdade em meio aos habitantes.

De dia, a Aldeia Quarta por dentro era muito mais bonita, com raios de sol riscando o lago. Está escuro, então a única coisa que ilumina a Aldeia é a luz pálida da lua.

Os habitantes são como “sereias” em seu mundo! Metade peixe, metade pessoa. Helena estava encantada. Sorrio com sua reação.

- Isso aqui é incrível – ela sussurra. Depois arregala os olhos – dá para falar embaixo d’água!

- Essa alga faz milagres! – eu digo.

Nossos trajes são como pele de peixe. Grudam em nossos corpos e facilitam a nadar.

Helena sorri.

- Eu deveria tirar uma foto disso!

Nadamos até o Castelo Quarto. Que ficava no centro da Aldeia.

Ley e sua mãe já nos esperavam.

- Oi, Zyah! – diz Ley ao se aproximar de nós – olá, Helena.

- Oi, Ley! – Helena responde.

- Tá pronto? – pergunto.

- Sim, senhor! Meia-noite, certo?

- Certo.

Meu pai se aproxima com Cyra.

- Nós vamos lá dentro pegar uma coisa. Já voltamos.

Acho aquilo completamente esquisito. Papai nunca leva Cyra nos assuntos dele!

- Conseguiu falar com os outros Herdeiros? – pergunto a Ley.

- Sim. Droi e Drei estão prontos. Wai-Zi idem. Mas só consegui entrar em contato com estes.

- Eu consegui falar com Faya e Wuley. As duas estão prontas. Syr também.

- Syr vai? – pergunta Helena.

- Sim.

- Deuses, Zyah! Ele é só uma criança!

Antes que eu falasse com ela. Vejo papai e Cyra voltarem nadando com um pacote. Minha mãe e Loren vêm logo atrás, conversando.

Todos nós submergimos.


Assim que saímos d’água nossas roupas voltam a ser os trajes ricos e belos de baile que estávamos vestindo. Entramos em nossa carruagem e seguimos a carruagem Quarta pelo caminho.

Quando passamos pela Aldeia Quinta vejo a simples carruagem de madeira sair de lá e seguir entre nossa Carruagem e a Carruagem Quarta.

Quando vamos nos aproximando, a temperatura começa a esfriar. Tornando tudo incrivelmente frio!

Então quando a carruagem para, olho para o rosto de Helena, louco para ver sua reação. E assim que saímos da carruagem posso ouvi-la murmurar um “uau”, admirada com a paisagem belíssima da Aldeia Sexta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

So..



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Profecia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.