A Profecia escrita por Annabel Lee
Notas iniciais do capítulo
Estou pondo menos capítulos para o Zyah, pois agora a narrativa de Helena será de extrema importância!
Aldeia Quarta
ZYAH
Tenho que admitir que fiquei muito assustado e preocupado com Helena depois de descobrir de onde ela vem.
Sei que ela é uma boa pessoa. Disso jamais tive ou terei dúvidas. Mas o fato de ela ser da Aldeia Décima E Guardiã a faz muito poderosa. Terrivelmente poderosa.
Estávamos na carruagem indo para a Aldeia Quarta. Ainda não entendi o porquê de REALMENTE parar lá, mas sei que papai escondia alguma coisa.
Cyra estava em silencio. O que é muito esquisito vindo dela. Tem estado assustada e quieta desde a morte de Sollun. E isso me preocupa bastante.
Ainda mais porque ela cisma em me acompanhar na missão.
Acabamos de passar pela Aldeia Segunda, onde a carruagem dourada seguida de cavalos brancos acaba de sair. Levava Faya e seu pai para o Baile Sexto.
Mesmo à noite, a Aldeia Segunda exibia uma aura dourada. A Floresta do Verão era tão misteriosa à noite quanto de dia, pois agora as fadas noturnas acordavam e protegiam os bosques. A Rainha delas, a mãe de Faya, era uma fada diurna e, sendo rainha, podia ficar em tamanho natural. E não pequena como outras fadas.
Só as vi uma vez com Faya, eram criaturas belas e magníficas.
Foi a única vez que vi as asas de Faya. Sim, Faya tinha asas! Eram incríveis, devo admitir.
Minha mãe tira algo da bolsa dela. E dá o conteúdo para cada um de nós.
- Isso aqui é Alga Quarta. Ajuda a respirar embaixo d’água e substituí suas roupas para algo que você possa nadar.
- E as roupas voltam? – Helena pergunta.
- Sim, sim!
O assunto me faria rir em outras circunstancias. Ainda mais depois daquele momento. Depois de eu e a Helena... Você sabe!
Foi incrível! Foi... Deuses! Lert estava certo, como sempre! Mas o que mais me doía é saber que daqui a dois dias o ciclo termina. Helena irá embora e eu me casarei com Faya.
A vida é terrivelmente cruel.
Acabamos de passar pela Floresta Verde da Aldeia Terceira, eu podia ver os rostos franzinos e pequeninos escondidos em meio a misteriosa Floresta. Cheia de duendes, gnomos e coisas que apenas um Habitante Terceiro sabia a existência.
Nunca pude ver um Gnomo ou Duende de perto. São criaturas brincalhonas e misteriosas. E seu lar, a Floresta Verde, pode ser belo, mas prega tantas peças quanto eles.
A carruagem verde-escura de Wai-Zi sai de lá assim que passamos. Porém, quando chegamos na Aldeia Quarta, as outras carruagens seguiram seu caminho, ao invés de pararem como nós.
Saímos da carruagem e cada um come uma alga. Mergulhamos no Grande Lago logo após.
Por cima, a Aldeia Quarta é só um lago cristalino gigantesco cercado por árvores aquáticas e um enorme salgueiro. De dia aquela visão era linda!
Mas quando você mergulha... Aí que você vê a beleza!
A Aldeia Quarta é iluminada por uma paisagem azul, das águas do Lago. As casas são feitas de mármore branco ou corais, e peixes coloridos nadam com liberdade em meio aos habitantes.
De dia, a Aldeia Quarta por dentro era muito mais bonita, com raios de sol riscando o lago. Está escuro, então a única coisa que ilumina a Aldeia é a luz pálida da lua.
Os habitantes são como “sereias” em seu mundo! Metade peixe, metade pessoa. Helena estava encantada. Sorrio com sua reação.
- Isso aqui é incrível – ela sussurra. Depois arregala os olhos – dá para falar embaixo d’água!
- Essa alga faz milagres! – eu digo.
Nossos trajes são como pele de peixe. Grudam em nossos corpos e facilitam a nadar.
Helena sorri.
- Eu deveria tirar uma foto disso!
Nadamos até o Castelo Quarto. Que ficava no centro da Aldeia.
Ley e sua mãe já nos esperavam.
- Oi, Zyah! – diz Ley ao se aproximar de nós – olá, Helena.
- Oi, Ley! – Helena responde.
- Tá pronto? – pergunto.
- Sim, senhor! Meia-noite, certo?
- Certo.
Meu pai se aproxima com Cyra.
- Nós vamos lá dentro pegar uma coisa. Já voltamos.
Acho aquilo completamente esquisito. Papai nunca leva Cyra nos assuntos dele!
- Conseguiu falar com os outros Herdeiros? – pergunto a Ley.
- Sim. Droi e Drei estão prontos. Wai-Zi idem. Mas só consegui entrar em contato com estes.
- Eu consegui falar com Faya e Wuley. As duas estão prontas. Syr também.
- Syr vai? – pergunta Helena.
- Sim.
- Deuses, Zyah! Ele é só uma criança!
Antes que eu falasse com ela. Vejo papai e Cyra voltarem nadando com um pacote. Minha mãe e Loren vêm logo atrás, conversando.
Todos nós submergimos.
Assim que saímos d’água nossas roupas voltam a ser os trajes ricos e belos de baile que estávamos vestindo. Entramos em nossa carruagem e seguimos a carruagem Quarta pelo caminho.
Quando passamos pela Aldeia Quinta vejo a simples carruagem de madeira sair de lá e seguir entre nossa Carruagem e a Carruagem Quarta.
Quando vamos nos aproximando, a temperatura começa a esfriar. Tornando tudo incrivelmente frio!
Então quando a carruagem para, olho para o rosto de Helena, louco para ver sua reação. E assim que saímos da carruagem posso ouvi-la murmurar um “uau”, admirada com a paisagem belíssima da Aldeia Sexta.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
So..