A Profecia escrita por Annabel Lee


Capítulo 21
CAPÍTULO XXI


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, eu escrevi bastante e esqueci de vir aqui postar. Sorry! Mas está aí o capítulo novinho em folha! Enjoy...

AVISO: Este capítulo possui partes com um pouco de "safadeza", então... Você pode se sentir desconfortável. Caso não seja o caso, prossiga a vontade...



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HELENA

Como diabos Márcia consegue me ligar, quando estou em outro planeta?

      Atendo o telefone.

      - Márcia?

      - He... Helena? Que sinal horroroso!

      - Sim, bastante!

      - Pensei que já tinha voltado da casa da sua avó. Ia marcar para... n... duas... juntas.

      - Hã?

      - Estudarmos juntas!

      - Marcy, não vai dar... Eu viajei.

      - Quê?

      - Eu viajei!

      - Pra onde?

      - Pra muito longe.

      - Pelo menos volta antes do teste, valeu?

      - Ah, pode deixar.

      - E o seu pai... Zou...

      - Oi?

      - Ligou. Seu pai ligou.

      - MEU PAI?

      - Lena, a ligação tão H-O-R-R-O-S-A. Depois nos falamos.

      - Ok. Tchau.

      - Beijinho.

      Márcia desliga o celular.

      - Que material é este? – pergunta Cyra.

      - É um celular. Não tem aqui... Permite que você converse com as pessoas de longas distancias.

      Muito longas, pelo visto. Mas eu nunca me senti tão feliz em conversar com Marcy na minha vida inteira! Que saudade dela, e nem pude dizer isso.

      - Quem é Márcia? – pergunta Zyah.

      - Uma amiga minha.

      - Nós chegamos em casa – diz Dhuran – Zyah, você vai estudar com Helena em relação a Nitha, ouviu?

      - Sim, pai.

      - Cyra, hora de começar a aprender a caçar.

      Cyra bufa.

      Saímos todos da carruagem, e não sei se é pela ânsia de ficarmos sozinhos e juntos, mas eu e Zyah saímos em disparada para o quarto.

      Quando entramos ele tranca a porta.

      - Tudo bem, vamos estudar a história de Nitha? – pergunto com falsa ansiedade.

      Ele ri.

      Ele abre o guarda-roupa e chegas as várias roupas para o lado, então abre uma pequena porta escondida dentro dele. Haviam livros lá. Vários livros.

      Ele tira um bem grosso com capa dura e vermelha.

      Sento na cama.

      - Jura que vou ter que ler isso?

      Ele ri mais ainda. Não deixo de rir com ele.

      - Bom, se quiser eu leio para você.

      - Por favor!

      Rimos mais ainda.

      Zyah se senta ao meu lado. E noto como tudo é perfeito nele: as orelhas pontudas, o cabelo branco com luz prateada. Que, aliás ele insiste em cortar e deixar diferente do cabelo longo de seu pai ou de Lert. Seu sorriso gentil. Seus olhos... E meu desejo incontrolável de me atirar nos braços dele...

       Helena, menos! Ele está noivo, e (caso não tenha notado) é um alienígena!

      Mas beijar um alienígena foi bem legal...

      - Helena?

      - Sim?

      - Você ouviu?

      - Não.

      - Deuses!

      Eu começo a rir.

      - Desculpa.

      - Tudo bem. Quero que você leia em voz alta.

      Pego o livro das mãos dele.

      Dou um pigarro.

      - Nitha é um incrível Mundo na galáxia batizada pelos nithianos de F.K. É um planeta composto de 10 Aldeias, com uma vasta floresta e incríveis montanhas além delas. Apesar de nenhum nithiano ter se aventurado a explorar as terras além das Aldeias, sabemos da existência de um grande oceano e de lindas florestas.

      - Você é linda.

      Paro de ler. E olho para Zyah.

      - Ah, Zyah...

      Mas paro de falar ao fitar aqueles incríveis olhos que me observavam. Ele põe as mãos no meu pescoço e logo vou de encontro aos seus lábios, beijando-o.

      Quando eu o beijo sinto choque. Sim, de eletricidade. Como se tivesse tido contato a uma cerca elétrica, que ao invés de me definhar e matar, me alimenta como combustível.

      Sinto sua mão nos meus cabelos, e ele também sentia o choque, eu sei disso. É algo que ia além da nossa consciência.

      Agarro seu pescoço, como se implorasse que ele não me largasse. Que não parasse de me beijar nem um pouquinho. O choque do desejo se mistura com a ardência da paixão.

      Nos beijamos mais. Sua mão desce do meu pescoço até minha cintura, e ele me deita sobre o chão, não tão frio agora.

      Nunca tive um momento assim com NENHUM garoto que conheci. Nem mesmo Júlio César. Zyah beijava meu pescoço e me arrepiava com cada beijo e toque seu.

      Esqueci-me de relatar uma coisa muito importante e um tanto perturbadora: eu só havia trago uma calcinha para Nitha (a que eu usava). E quando troquei de roupa para ir ao Conselho, tive que deixa-la para a criada lavar.

      Não me julgue nem me chame de indecente, por favor! Bom, naquele momento foi que eu percebi! Então paro de beijá-lo.

      - Hã... Temos que “estudar”.

      - Ah é! – Zyah responde sem jeito.

      Ele se senta e me ajuda a me levantar.

      - Hum... Prossiga. – ele diz.

      - Apesar de nenhum nithiano ter se aventurado a explorar as terras além das Aldeias, sabemos da existência de um grande oceano e de lindas florestas.

      No Principio, a Deusa Lyra ao lado de seu marido Ley, criou o Mundo. Porém, ambos precisavam povoa-lo. E da união dos dois nasceram os Fundadores das Aldeias.

      Cada um possuía seu Poder especial. O filho mais velho (o Fundador Primeiro) nasceu sobre a luz da lua. E esse foi o seu domínio, a Lua. E quando este morreu, adentrou nas profundezas da Lua. Tornando-se parte dela.

      A Segunda Filha nasceu no Sol do meio-dia. E tornou-se Senhora da Luz e do Verão. Seus filhos e filhas imortais, as fadas, até hoje vivem, reverenciando o Sol (que é ela própria)

      Faço uma pausa e respiro fundo.

      - Eu tenho mesmo que ler tudo? – pergunto.

      - Sim! – Zyah responde – se eu ler você vai dormir, espertinha!

      - Posso pelo menos pular as partes das Aldeias?

      - Tudo bem, mas leia sobre a Décima!

      - Aldeia Décima, chamada também de Última Aldeia, era responsabilizada pelas forjas nithianas. Lá se fabricava ferro e outros metais. Seu símbolo é o Sino Escuro. Um sino mágico construído pelo Fundador Décimo (ou o Último Filho) com o poder de se opor ao Espelho dos Mundos. O objetivo do Espelho é ter o poder de controlar que sai, ou entra do Espelho dos Mundos... Zyah! Isso é a prova de que eu não entrei aqui por vontade própria.

      - Sim, mas todos acreditamos em você.

      - Lyra não acredita...

      Zyah toca em meu rosto. E sorri.

      - Lyra é um idiota. Precisa culpar alguém. Precisa ter certeza de algo!

      - Ela é como líder de vocês. Isso piora muito as coisas.

      - Sorte que temos dois líderes, não é?

      - Jura? Quem é o outro?

      Ele dá de ombros.

      - Eu – responde simplesmente.

      - Você esqueceu de me contar umas coisas.

     - Muitas.

      Fecho o livro.

      - Então pode começar.

      - Bom, eu não suporto Faya.

      Começo a rir.

      - Isso é um tanto notável – comento.

      Ele ri também.

      - Hã... Já fui apaixonado por Lyra.

      Tenho uma crise de tosse.

      - O quê?

      - Foi na época da o Treinamento. Nós dois ficamos um tempo juntos, mas quando soubemos que íamos duelar, ela me dispensou. Dando a desculpa que “rivais não se entrosam”.

      - Rivais não se entrosam? Que escrota!

      - Enfim. Eu não consegui ganhar dela... E a odeio desde então.

      - Com quem você duelou?

      - Todos duelamos. Mas eu venci Droi, Drei, Ley, Wuley e Faya.

      - E perdeu para Wai-Zi e Lyra.

      - Sim.

      - E Syr?

      - Syr tinha 3 ciclos. Não participava.

      - Me conta mais alguma coisa.

      Ele dá um meio sorriso sarcástico, e depois olha profundamente nos meus olhos. De tão próximos que estávamos acho que eu podia ouvi-los piscar.

      - Eu estou completamente apaixonado por você.

      Meu silêncio de perplexidade não passa despercebido. Mas ao invés de corar, como eu, Zyah se aproximou mais de mim. Fazendo nossos rostos quase se encostarem. E sei que estou vermelha que nem um tomate ou pior: que nem tinta vermelha!

      Zyah toca de leve meu queixo com seu polegar, e se inclina para me beijar de novo.

      Dessa vez, foi como estar no Paraíso! Sem mais nada, só um beijo!


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Notas finais do capítulo

É isso!



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