Como devo descrever o salão comunal, era tão grande, tão mágico, tão lindo, parecia não haver teto, pois o mesmo era a replica exata do céu a noite, meio que adivinhando meus pensamentos Hermione me explicou:

-Não é de verdade, só foi enfeitiçado para parecer o céu à noite, eu li isso em “Hogwarts Uma História”.

-Você Le muito hein? –olhei para ela abismada.

Ela apenas deu um sorriso de canto e disse:

-É instrutivo.

Haviam 4 gigantes mesas abarrotadas de gente, e mais a frente uma mesa com senhores, que julguei serem  parte do corpo docente, entramos em fila, e paramos bem a frente desta mesa, a senhora McGonagall se virou para nós e disse:

-Agora, vocês serão selecionados para as suas casas, quando eu chamar seus nomes dêem um passo a frente, e eu vou colocar o chapéu seletor nas suas cabeças.

Todos ficamos apreensivos, só de pensar que eu talvez não ficasse junto de Lukas, Harry, Rony ou Hermione, me deixava triste.

-Hermione Granger. –chamou.

Ela se direcionou até o chapéu seletor e se sentou num banquinho, e quando a senhora McGonagall colocou o chapéu em sua cabeça ele fez algo que me deixou de boca aberta:

-Vamos ver... Grifinória!

Então ela saiu e foi se sentar em uma das mesas, que julguei ser a de Grifinória.

-Suzana Bonnes.

-Luffa- Luffa! –anunciou o chapéu.

-Draco Malfoy.

O chapéu seletor mal encostou-se a sua cabeça e já anunciou:

-Sonserina!

-Ronald Weasley.

-Ah! Outro Weasley! – berrou o chapéu – Mas eu já sei o que fazer com você. Grifinória!

A expressão de Rony foi de puro alivio.

-Lukas Darwin.

Quando disseram o nome de Lukas, percebi vários olhares de alunos e do corpo docente em cima dele, e meio que se fez um silencio.

O chapéu seletor foi posto em sua cabeça:

-Uma mente corajosa, leal, guerreira, você ficara perfeito na Grifinória!

Lukas deu um sorriso, o qual eu correspondi e ele se sentou junto de Rony e Hermione.

-Harry Potter.

O mesmo aconteceu com Harry, vários olhares pairaram em cima dele, então o chapéu se pronunciou:

-Hum, difícil, muito difícil, tem coragem, talento, e uma mente nada má também.

-Sonserina não, sonserina não. –Harry murmurava.

-Sonserina não, mas você poderia ser grande sabia? Esta tudo aqui na sua mente, e sonserina poderia lhe ajudar a alcançar esta grandeza, não tenha medo. –disse o chapéu enquanto Harry ainda murmurava as mesmas palavras – Não. Então é melhor que seja Grifinória!

Houveram muitos aplausos e comemorações.

-Melissa Flanning.

Senti um frio na barriga quando chamaram meu nome, olhei para cima e Dumbledore me olhava, assim como Hagrid e muitos outros, subi confiante, apesar de estar com muito medo.

-Uma descendente Flanning, que privilegio, faz anos desde que olhei uma mente assim, mas vejo aqui, você é uma boa guerreira, tem uma mente aberta, mas um temperamento um tanto quanto raivoso, é talentosa, mas vejo que tem medos.

Olhei para meus amigos sentados a mesa de Grifinória, apenas observando.

-Entendo, entendo – continuou o chapéu – eles são importantes para você, então que seja Grifinória!

Alivio era pouco para descrever o que eu estava sentindo naquela hora, fui sorridente até os meus amigos, estava quase me sentando quando as portas do grande salão se abriram bruscamente e um monstro horripilante veio voando, tinha olhos amarelados, asas de morcegos e uma pele de couro, garras afiadas, dentes pontudos, e ela veio justamente na minha direção, ela fincou as garras em meus ombros e me jogou contra a parede, no que eu arfei de dor, cai no chão com o corpo todo dolorido, não me senti assim nem quando lutei com a feiticeira.

Ouvi Lukas chamar meu nome ao longe, e foi o que me despertou, todos tentaram lançar feitiços, mas a criatura desviava, ela soltou uma gargalhada e disse:

-Ora essa eu esperava mais da princesinha dos Olimpianos.

Tinha quase certeza de que ela se referia a mim, mas eu não entendi o porquê dela me chamar assim, então berrei de volta:

-O que você quer dizer com isso?

-Ora, ora ora, parece que você ainda não sabe, mas também não viverá para saber!

Nisso ela investiu contra mim, o máximo que pude fazer foi desviar algumas vezes, então Lukas gritou:

-Deixe-a em paz seu monstro!

A criatura se virou de imediato em sua direção, deu um sorriso horrível e disse:

-Nossa, bem característico de um filho dos céus, corajoso. Pena que isso não será o bastante para que sobreviva!

Ela agarrou Lukas, pelos ombros e o jogou no chão estava prestes a matá-lo quando eu consegui me levantar:

-NÃÃÃÃÃÃO! ELE NÃO!

Senti poder fluir em mim, raiva era a única palavra que me definia agora, parecia que eu sabia o que fazer então, elevei as mãos para o céu e um raio irrompeu a o grande teto do salão, caindo bem em cima da criatura, mas isso só foi o suficiente para irritá-la:

-Sua garotinha...

Ela não terminou de falar, de repente, uma fenda se abriu no meio do chão, e dois soldados mortos saíram de lá, estiquei uma das mãos para o lado, e uma bola de água se fez em volta dele junto com os soldados que estavam a esfaqueando, ela gritava de dor e dizia ameaças, eu soturnamente e com uma expressão de pura maldade disse:

-Apodreça.

E a bola d’água caiu pela fenda, junto com o monstro e os dois soldados.

Fiz com que a fenda se fechasse, parecia, mas eu não estava fora de mim, estava com raiva, mas não fora de quem eu era, tinha plena consciência do que estava fazendo, todos olhavam para mim, mas não sabia dizer se com medo ou respeito, Lukas se levantou e caminhou em minha direção, ele tinha um pequeno corte na testa que sangrava, ele me olhou cuidadoso e disse:

-Meli?

Harry, Rony e Hermione correram até mim, Hermione me olhou e disse:

-Melissa você esta toda ensangüentada!

-Como se sente? – perguntou Rony.

Olhei para todos sem expressão alguma e perguntei:

-Vocês se machucaram, Lukas você esta bem?

-Sim estamos bem. Mas e você? –perguntou Harry.

Então tudo a minha volta começou a girar, cai de joelhos no chão, ouvia as vozes ao longe, então, tudo ficou escuro.