O Equilibrio Entre Os Mundos escrita por A Mestiça


Capítulo 11
A vida de Edmundo está em jogo e a guerra começa.


Notas iniciais do capítulo

Ai está um capitulo novinho para vocês.



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Estávamos tomando um café da tarde atrás de nossa barraca, Pedro estava um pouco afastado de nós recostado na encosta da montanha, então ele disse:

-Preparem algo para a viagem de volta.

-Vamos voltas? –perguntou Suzana.

-Vocês vão, eles precisam de mim aqui. –ele respondeu.

-Eles precisam de todos nós aqui. –murmurei.

-É perigoso demais. –disse ele.

-Mas vai ser mais perigoso ainda se estivermos separado! –me exaltei.

-Eles precisam de todos nós. –Lucia reforçou o que eu havia dito.

-Eu vi com meus próprios olhos o que a feiticeira pode fazer, e ajudei a fazer, não podemos deixar que esse povo sofra por isso. –disse Edmundo.

-Então esta decidido. –disse Suzana se levantando e pegando seu arco.

-Onde você esta indo? –perguntou Pedro.

-Treinar um pouco. –respondeu ela.

Fomos todos com ela, já que iríamos ficar e lutar em uma batalha deveríamos pelo menos saber segurar uma espada, Lukas estava estranho, não falava nada desde que havíamos decidido ficar em Nánia, conversaria com ele depois, agora estava treinando com Oreus, minha espada encaixava bem em minha mão, mas ainda não estava acostumada em usar uma arma letal, vez ou outra eu quase fiz ferimentos graves em Oreus, mas nada de grave aconteceu.

-Você luta bem majestade, mas precisa de um pouco de treino. –disse Oreus.

-Oreus não me chame de majestade eu não sou rainha. –resmunguei.

-Mas será.

-Isso se eu sobreviver a essa guerra que está vindo. –murmurei.

-Claro que sobreviverá minha cara. –disse Aslam atrás de mim.

-Aslam! –exclamei.

-Como ela esta indo? –perguntou Aslam para Oreus.

-Bem. –disse ele.

-Quando não quase arranco uma de suas pernas. –brinquei.

-Mas precisa ser melhor disciplinada. –corrigiu ele.

-Então esta bem, vou ver como os outros estão indo. –disse Aslam se retirando.

Continuei a treinar com Oreus, até que ouvi uma trombeta soar ao longe:

-Vamos verificar o que é vamos chamar os outros. –disse Oreus.

Assenti e corremos ao encontro de todos, corremos colina a baixo até chegar ao acampamento, onde todos estavam parados e vaiando a feiticeira, uns seres que não consegui distinguir a levaram até a frente de Aslam, então ela desceu e disse:

-Você tem um traidor entre os seus.

Sabíamos de quem ela estava falando, Edmundo se encolheu um pouco atrás de nós.

-Ele não lhe ofendeu. –disse Aslam pacificamente.

-Já se esqueceu das leis no qual Nárnia foi construída? –ameaçou a feiticeira.

-Não recite a magia profunda para mim feiticeira. Eu estava lá quando ela foi feita. –rugiu Aslam.

-Então se lembra que todo traidor pertence a mim. –esnobou a feiticeira.

-Tente pegá-lo então. –disse Pedro apontando a espada para ela. Porem eu coloquei a mão sobre sua arma em sinal para que ele abaixasse a mesma.

-Acha mesmo que a forca bruta vai tirar o meu direito? Reizinho... –zombou ela.

Fuzilei-a com o olhar, ela olhou profundamente em meus olhos e desviou o olhar continuando a falar:

-O sangue dele me pertence.

Toda a minha calma foi pelos ares com essa fala, então eu disse:

-Cada pessoa é livre para fazer o que quiser. Ninguém pertence a ninguém.

-Você esta em Nárnia garotinha, então terá que seguir as leis deste mundo. –retrucou ela.

-Porém não somos deste mundo, não há humanos neste mundo.

-Mas não esta em seu mundo então terá de cumprir com estas leis. –exaltou-se.

-Não acatarei leis de um lugar do qual não pertenço! Muito menos vindas de uma pessoa como você!

-Então por que lutar por uma terra que você nem ao menos pertence garotinha?

-Nossa escolha de lutar por estas terras não é por pertencemos ao mesmo, e sim por que queremos o povo daqui livre, por que queremos ver estas terras livre de sua maldade!

-Se você quer lutar por ele então pelo menos lute em uma guerra justa onde ambos os lados cumprem as leis.

-Quem é você para falar de justiça?

-Ora sua... –ela começou a levantar a sua lança, mas então Aslam interrompeu:

-BASTA! Quero falar-lhe a sois.

Então ele e a feiticeira entraram na barraca.

Um tempo se passou, estávamos todos calados, eu e Edmundo arrancávamos um pouco da grama do chão, quando enfim Aslam e a feiticeira saíram da barraca, ela me olhou nos olhos depois se sentou em seu trono, e Aslam disse:

-Ela renunciou o sangue do filho de Adão.

Todos ficaram aliviados com a noticia, então a feiticeira disse:

-Como saberei se cumprirá sua promessa?

Aslam deu um rugido tão forte que fez com que ela voltasse a se sentar. Então sem dizer mais nada ela foi embora e todos começamos a comemorar, então olhei para Aslam de relance e o vi entrando em sua barraca com uma expressão triste, e notei que não apenas eu, mas Lucia também havia notado isso. Trocamos olhares de entendimento, depois eu sai dali e fui para m lugar afastado, sentei-me ao pé de uma arvore e ali fiquei a observar o radiante céu azul, quando Lukas chegou e se sentou ao meu lado, não falou nada apenas fez o mesmo que eu, ficou ali a admirar o céu, até que em um momento ele disse:

-Sei que você notou que há algo errado, eu também notei.

Assustei-me ao ouvir o que ele disse, tinha certeza que apenas eu e Lucia tínhamos visto a cena, a única coisa que eu consegui dizer foi:

-Você também notou? O que você acha que esta acontecendo?

-Eu não sei, a única coisa que eu tenho certeza é que tem algo de errado com o que houve agora a pouco, a feiticeira não desistiria tão fácil assim do sangue de Edmundo, principalmente depois de você tela confrontado. –disse-me ele pensativo ainda, até agora Lukas não havia virado o rosto para olhar em meus olhos, o que não era típico dele, ele gostava de conversar com as pessoas olhando em seus olhos.

-Não sei se estou pronta para enfrentar uma guerra, saímos de casa para evitar uma que nós nem ao menos íamos participar diretamente, mas agora estamos sendo convocados para uma guerra no qual teremos que comandar.

-Eu também não me sinto totalmente pronto, mas não estou disposto a desistir, quero lutar por esse povo, eles estão acreditando em nós, Aslam esta acreditando em nós, não vamos decepcioná-lo. –foi o que Lukas disse, eu realmente não estava reconhecendo Lukas, ele era mesmo o menino de 12 anos que veio para cá? Não, ele havia mudado, ele havia crescido, ele compreendia que nós estávamos lidando com algo sério.

-Eu também não vou abandoná-los, vou lutar, mas ainda tenho medo. –disse, e foi quando Pedro apareceu de nós.

-Vocês estão bem?

-Sim, por que não estaríamos? –respondeu Lukas.

-Nada, vocês só pareciam sérios demais. –disse ele.

-Não era nada demais. –respondi.

-Bom, então vamos, é hora do jantar. –disse Pedro.

Descemos a colina e fomos até onde todos estavam, vi todos ali, menos Aslam, Lucia veio até mim e perguntou:

-Onde Aslam foi?

-Eu não sei minha querida, mas não se preocupe logo ele estará aqui, venha vamos comer. –acalmei-a antes de qualquer coisa, ela me seguiu até a mesa, comemos conversamos e rimos, mas até o final do jantar não vi Aslam, o que era bem estranho. Fomos dormir cedo, os meninos ficaram em uma barraca e eu Lucia e Suzana na outra, não consegui dormir, fiquei acordada pensando, no modo como Lukas estava agindo ultimamente, no que havia acontecido com Aslam durante aquela conversa secreta com a feiticeira, no que aconteceria se entrássemos em uma guerra, tantas perguntas se passavam em minha mente, porém, eu não tinha resposta para nenhuma delas, e isso era o que mais me perturbava, até que uma hora ouvi Lucia chamar:

-Suzana e Melissa estão acordadas?

Levantei na mesma hora e Suzana também, parecia que não era apenas eu que não conseguia dormir, quando olhamos para a sombra que se mexia fora da nossa barraca, a reconheci, era Aslam, pegamos nossas armas e saímos sorrateiramente atrás dele, ele entrou na floresta, íamos atrás dele escondidas atrás das arvores.

-Vocês não deviam estar na cama? –disse ele, sabíamos que era para nós, então saímos de trás das arvores e eu disse:

-Vimos você saindo do acampamento.

-Por favor Aslam nos permita ir com você. –disse Suzana.

-Ficarei contente com a companhia por enquanto.

Seguramos em sua juba e começamos a caminhar, até que ele parou e disse:

-É aqui que devo deixá-las.

-Mas Aslam. –questionou Lucia.

-Confiem em mim, ficara tudo bem, agora vão.

Voltamos contrariadas, porem antes de chegarmos no acampamento, voltamos para seguirmos Aslam, queríamos saber para onde ele ia, quanto mais nos aproximávamos de onde Aslam estava indo mais eu ouvia um barulho alto, quando chegamos nos escondemos atrás de uns arbustos, Aslam caminhou em meio a uma multidão de criaturas horrendas que não posso descrever, lá mais a frente estava a feiticeira, as criaturas a sua volta gritavam e urravam, e ela disse:

-Olhem, o grande gato, amarrem-no!

Aslam não reagia, o que era muito estranho eu estava pronta para me levantar e ir até la quando Suzana pegou em meu braço e me segurou, fez sinal para que eu aguardasse, fiz o que ela pediu um pouco contrariada.

-Esperem. –disse a feiticeira. – Arranquem todo o pelo.

As criaturas começaram a cortar o pelo de Aslam, eu não entendia o por que dele não reagir, eles puxaram Aslam para cima de um tipo de mesa, a feiticeira sussurrou algo para ele e depois disse para todos:

-Hoje, será satisfeita a magia profunda! Mas amanhã nós tomaremos Nárnia! PARA SEMPRE! Diante disso desespere-se e... MORRAAA!

Com essa ultima palavra ela desceu um punhal no coração do grande leão, arrancando lhe a vida, meus olhos transbordavam em lagrimas eu estava pronta para me levantar e ir até lá, mas Suzana mais uma vez me segurou e me abraçou dizendo:

-Fique aqui, não adiantara de nada você ir até lá, será morta assim como ele.

Eu não questionei, ficamos ali esperando todos saírem, quando já não havia mais ninguém nós saímos de trás dos arbustos e corremos até Aslam, Lucia em uma ultima esperança puxou o suco da flor de fogo de seu cinto, mas sabíamos que já era tarde demais:

-Não adianta, é tarde demais. –disse Suzana.

Começamos a chorar em cima de seu corpo por um bom tempo e adormecemos.

Quando acordamos já era de manhã, haviam pequenos camundongos em cima de Aslam roendo as cordas, e Suzana disse:

-Saiam já daí.

Mas Lucia se interpôs:

-Não, olha.

Eles estavam soltando as amarras, depois de soltas Suzana olhou para o céu e disse:

-Precisamos avisar os outros.

-Sim, a feiticeira atacara em breve. –respondi.

-Mas não podemos deixá-lo aqui. –disse Lucia se referindo a Aslam, ela tinha razão, e então ela pareceu ter uma idéia.

-As arvores!

Fomos até uma das arvores e pedimos a ela dar o recado para os garotos no acampamento, ela se encaminhou imediatamente até lá. Voltamos para onde Aslam estava e ali ficamos por um bom tempo.


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Notas finais do capítulo

Mais tarde mais um capitulo como prometido espereeem *-*



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