Ruídos: 2ª Temporada escrita por Guilherme Betat


Capítulo 2
Capítulo 2 - Menina estranha.




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Eu entro no pátio do colégio lentamente, enquanto eu vou me aproximando da entrada daquilo eu vou analisando tudo, eu vejo que há tipo de um alçapão ao lado do colégio junto com um poço terrivelmente aterrorizante, o colégio era cercado por uma floresta que chegava a dar arrepios só de olhar, finalmente eu entro naquele lugar, entrando lá eu largo minha mala no chão, olho pra moça e pergunto:
– A onde é meu quarto?
Ela sorri e diz:
– Suba as escadas, ele é o primeiro quarto á direita.
Eu subo lentamente, pois eu estava com medo, subindo as escadas eu avisto muitos quadros, e neles havia escrito diversos tipos de números prosseguidos de diretor(a), naquele andar também tinha muitas portas, mas todas pareciam fechadas, então eu entro no “meu” quarto.
Eu abro a porta devagar e avisto em torno de 7 camas, havia uma menina em cada cama, somente uma cama vazia, a cama vazia ficava perto da janela e embaixo de um quadro que tinha a foto de uma menina.
Eu coloco minhas coisas no pequeno armário que havia ao lado da minha cama, me tampo até o pescoço com as cobertas, pois estava muito frio e fico sem me mexer, quieta esperando que algo estranho acontecesse ou não, aquele colégio apenas estava me cheirando mal...
Eu ouço um barulho estranho, parecia um carro, então eu me apoio na janela que ficava perto da minha cama e espiono cuidadosamente para não ser notada.
Havia um carro chegando dele desceram um homem de idade e uma menina de cabelos castanhos linda, eu tento analisar melhor pra ver se a conhecia, mas eu não consigo ver nada mais, a não ser ela entrando rapidamente no colégio.
Eu sabia que algo estava errado, então eu me enrolo nas cobertas e saio da cama, eu vou me aproximando da porta, finalmente chego na porta, eu apoio meu ouvido direito na porta e tento escutar algo que eles falavam...
– Ela é filha de Isabelle, está aqui porque seu tio não a quis mais, ele disse que depois que ela foi pra casa dele ele começou a ver coisas estranhas. – Sussurra uma voz masculina.
– Mas cadê a mãe dela e o pai? – Pergunta a moça que eu teria falado mais cedo.
– Sua mãe está num manicômio porque matou o pai dela. – Responde ele ainda sussurrando.
– Temos um lugar pra ela. –Diz a moça.
– Mas você não tem medo do que pode acontecer? – Ele lhe pergunta.
– Já aconteceu comigo uma vez e eu sei o que fazer se algo acontecer, eu vou proteger essas crianças. – Ela responde.
Eu ouço os passos deles se aproximando, então eu corro até minha cama e me tampo até o pescoço.
Ouço a maçaneta da porta girar, e uma voz suave e doce sussurra:
– Senhora, o quarto está lotado...
– Fique tranquila, hoje você dormirá no porão, há um cama lá e amanhã traremos sua cama de lá.
– Ok. – Responde a menina, enquanto eu ouço a porta se fechar lentamente.
Eu fecho meus olhos e tento dormir, eu finalmente consigo dormir, mas eu me acordo de 30 em 30 minutos, pois não estava acostumada com tudo aquilo.
Eu finalmente me acordo de verdade, não encontro ninguém no quarto, então eu mexo no meu armarinho e arrumo uma roupa, vou em direção a uma porta que havia dentro daquele mesmo quarto do lado de uma cama com cobertas totalmente rosa, era o banheiro, era realmente oque eu estava procurando, então eu coloco minhas roupas em cima do vaso sanitário, ligo o chuveiro lentamente, a água era fria e o clima não estava dos mais quentes, então eu pego uma vassoura que havia do lado da porta e mudo a temperatura da água para quente, finalmente tomo meu banho, me seco, me visto e antes de sair do banheiro eu troco a temperatura para frio novamente, eu coloco minhas roupas sujas dentro de um cesto que havia dentro do banheiro, então eu finalmente saio de lá, desço as escadas lentamente e me dirijo até a sala de jantar, eu só identifiquei a onde a sala de jantar era por causa das vozes e risos que vinham e lá.
– Olá... – Eu falo baixinho enquanto me aproximo de um antro de adolescentes.
– Oi novata. – Diz um menino loiro, alto de olhos azuis.
Quando esse menino fecha a boca, em seguida todas as pessoas já veem falar comigo, eles me enchem de perguntas, e eu respondo todas, porque eu queria me enturmar, eu senti que eles gostaram de mim.
De repente aquela moça que me atendeu ontem, que aparentemente era a diretora disso tudo, ela chega na sala em que estamos e começa a mandar todos fazerem tarefas, a outra novata entra na sala ainda de pijama, então a diretora olha pra ela e diz pausadamente:
– Laura e Manuela vão pegar maçãs no bosque.
– Eu? Moça eu acho que você está enganada, eu não vim aqui pra ser empregada. – Eu lhe pergunto.
– Sim dona Manuela, você... Você não estará sendo empregada de ninguém, as maçãs são pra quem quiser comer, assim como tem gente que vai lavar as roupas que você usou, e pra você não é moça, é Sra. Thays.
Então eu pego uma cesta que havia em cima da mesa e vou saindo porta a fora.
– Espere sua amiga Manuela. – Diz Thays.
Eu fico parada na porta com cara de desprezo enquanto espero Laura, quando ela chegou do meu lado eu sai em direção a floresta, que era o que Thays chamava de “bosque”, chegando perto das macieiras eu começo a catar maçãs das tais arvores de maçãs.
– Quando você chegou aqui? – Pergunta uma voz doce e suave.
– Ontem um pouco antes de você chegar.. – Eu lhe respondo.
– Hm.. Porque você veio parar aqui? – Ela me pergunta.
– Diferente de você eu tenho pais, eu vim parar aqui porque me pegaram roubando.
– Mas o que você sabe dos meus pais? – Ela me pergunta deixando uma lágrima cair dos seus olhos.
– Olha... eu não quero causar mais encrencas pra mim, se der pra não chorar eu agradeço, eu não sei nada deles, eu só ouvi o homem que te trouxe dizer que sua mãe está em uma casa de loucos porque matou o seu pai.
– Não foi por isso, vocês vão ver, vocês todos vão ver, minha mãe não é louca... – Ela sai correndo floresta a dentro chorando.


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Notas finais do capítulo

Vou ficar alguns dias sem escrever, quando eu voltar da praia eu volto a escrever bjs >.