Capítulo 8

Compras com Alice

BPOV

Durante a noite tive sonhos fantásticos em que Edward, o bebê e eu, vivíamos em paz e harmonia. Como se ele realmente fosse eu, como se eu tivesse passado os nove meses com ele em minha barriga. Mas, infelizmente, fui despertada em um sábado às 08h por uma fadinha sem noção do perigo.

- Bella! – Ela cantava na ligação. Como alguém acorda com tanto bom humor assim? – Já está se arrumando para nosso dia feliz?

- Alice, sério?! Ainda são apenas 08 da manhã! – Respondo esfregando meus olhos. Deus, Alice é hiper imperativa!

- Deus, Bella! Temos o dia inteiro juntas! As compras nos esperam! Estarei daqui à uma hora em frente a sua casa. Beijos.

E assim ela desligou.

Alice quando colocava em sua cabeça, só Deus sabia como fazê-la desistir. Desde que conheço ela, sempre foi assim. Mas digamos que o tempo está fazendo ela ficar pior.

Resolvi ceder aos seus desejos. Fui ao banheiro, tomei uma ducha quente, já que o dia resolveu esfriar um pouco, fiz minha higiene matinal, coloquei meu cabelo enrolado na toalha enquanto me vestia. Pus apenas um jeans confortável com uma camisa de algodão cinza. Sequei o cabelo com secador só para domar um pouco o volume. Gloss e rímel e descí para a cozinha.

Charlie tinha deixado um bilhete, afirmando que tinha ido pescar com Billy. Tomei um café com pão e frios, escovei os dentes e fiquei no sofá esperando Alice. Conhecendo ela, sabia que faria de tudo para chegar mais cedo.

Tão certo como meu pensamento, às 08:45h a buzina de um porsche amarelo me chama para a tortura. Mas devia isso à ela, já faziam alguns dias que não tínhamos nosso dia de "meninas".

Entrei no carro ao som de "Party" de Beyoncé, encontrando uma Alice muito alegre. Sério, acho que nunca encontrei ela triste ou um pouco desanimada que fosse. Fomos para o shopping em Port Angeles.

Depois de guardar o carro no estacionamento, fomos em direção às lojas.

Andamos em mais de 15 lojas em 3 horas e eu já não aguentava meus dedos latejando. Depois de implorar por uma pausa, fomos fazer um lanche da praça de alimentação. Depois de ter nossos pedidos anotados, Alice deu uma respiração profunda e começou a interrogação.

- E o que você pretende fazer até o nascimento da criança? – Alice perguntou.

- Esperar. Seguir minha vida até que as coisas comecem a estar no devido lugar. Existe algo que eu possa fazer que faça isso tudo passar como um piscar de olhos? – Perguntei levantando uma sobrancelha.

- Sim, sim! Começar a procurar e organizar tudo para seu casamento! Afinal, quando o bebê nascer, é bom que vocês já estejam casados, ou a adoção vai demorar mais para ser realizada. Assim que terminarmos de lanchar, vamos procurar alguns vestidos e lingeries! Bells, vou preparar um chá de lingerie para você! – Alice pulava no banco, parecia que o casamento ia ser dela.

- Tem como discutir algo com você? – Perguntei vendo o sorriso de seu rosto ficar ainda maior.

- Nem pensei em discutir. Vamos, engula logo para que possamos voltar ao passeio!

Continuamos nosso lanche em silêncio. Digamos que tive que realmente engolir o lanche.

As próximas duas horas eu fui arrastada de loja em loja, digamos que teve alguns momentos em que eu gostei, já que víamos vestidos muito bonitos, mas eu queria "o" vestido. Apesar de tudo, eu era romântica, e queria que ao menos meu vestido de casamento tivesse minha cara.

Pelo que consegui lembrar foram mais de 17 lojas de noivas. Nunca tinha prestado atenção que o shopping tinha tantas lojas assim.

Duas horas depois, Alice resolveu ir almoçar. Juro que fiquei dando pulinhos tais como os dela pela pausa. Voltamos para a praça de alimentação e escolhemos nosso menu. Alice escolheu bife com batatas e salada verde. Eu escolhi peito de frango ao molho branco com salada composta de repolho roxo e cenoura desfiados.

Abastecemos nosso estômago em silêncio. Mas Alice sempre dava alguns comentários sobre nossas idas à lojas.

Pagamos o almoço e fomos para uma área do shopping que eu fiquei realmente bem interessada. "Lingeries". Entramos em mais de 5 lojas e sempre saíamos com algumas sacolas nas mãos. Esse último passeio durou pouco, ou foi rápido demais já que eu estava me animando.

Saimos do shopping às 18h exaustas. Quando chegamos a minha casa a viatura de Charlie no jardim. Despedi-me de Alice, peguei as dezenas de sacolas do nosso passeio e caminhei para entrar. Encontrei Charlie e Billy no sofá vendo jogos. Acenaram para mim e fui par meu quarto.

Joguei em minha cama as sacolas e fui ao banheiro encher a banheiro para que eu pudesse emergir e ficar por ali mesmo. Tirei minhas roupas, coloquei pra rolar o meu Ipod e emergi na banheira.

Acho que acabei adormecendo e despertei com Charlie batendo na porta do meu quarto.

- Um instante, pai. – Ele respondeu que certo.

Sai da banheira, me enrolei em meu roupão e pus meu cabelo na toalha e fui abrir a porta para meu pai.

- Bells, eu posso conversar com você um instante?- Charlie disse sentando em uma cadeira frente a minha cama.

- Claro, pai. Sobre? – Falei sentando na frente dele na minha cama.

- Sobre você e Edward. Carlisle e eu conversamos e já estou a par da situação de Sophie. Eu preciso saber como você se sente em relação a isso.

- Pai, Edward e eu já conversamos e ontem fui à sua casa e conversamos com Carlisle e Esme com ela. Ela está ciente de que ele não vai ficar com ela da maneira que ela quer. Ela abriu mão do bebê, e Carlisle vai dar entrada nos papéis para a adoção e pai, tem mais uma coisa...

- Cospe logo, Bella. – Charlie falou. Tão compreensivo...

- Bem, para que Edward ganhe totalmente a "posse" da criança, seria mais fácil se ele fosse casado, e nós vamos casar...

Vi a boca do pai abrir mais do que o normal, e tive de segurar a risada para a cena. Sério, ele estava bastante engraçado.

- Bella, essa parte poderia ter passado por mim primeiro?

- Claro, pai. Mas íamos falar com você. O problema é que você foi mais rápido.

- Eu me sinto um pouco excluído, Bells. Afinal, ainda sou seu pai.

Abracei ele e ele me agarrou em seu colo.

Permanecemos ali um pouco, aos poucos meu pai foi me soltando do seu colo.

- Juro que falaria com você, pai. É que Alice hoje me prendeu em seu "dia de meninas" e fiquei sem tempo. Mas já íamos falar com você, sério, pai.

- Eu sei, Bells. É que ser o último a saber é ruim. Mas vou ficar esperando a visita de Edward, certo?

- Certo, pai. Amo você, sabia?

Nos abraçamos e ele saiu para assistir o fim do jogo.

Pus meu pijama, penteei meu cabelo e me joguei na cama. Estava mais do que exausta. Quando me enfiei pelas cobertas o meu celular vibrou na mesa de cabeceira.

Peguei-o e logo abri um enorme sorriso, era Edward. Depois que notei que tinha passado o dia inteiro sem falar com ele.

- Boa noite amor. Por acaso você não gosta mais de mim? Acho que estou levando um fora seu... – Eu ri de sua atuação. Sentimental.

- Edward, por Deus. Foi um dia de meninas, o que você acha que Alice faria se me pegasse falando com você? – Ele riu descaradamente.

- Acho que lhe jogaria em uma seção que você odeia, certo?- Assenti – Mas então, estava aqui pensando, temos que falar com Charlie sobre o casamento.

- Edward, Charlie hoje veio falar comigo e eu o informei sobre o casamento e a adoção. Mas ele exige que você e eu conversemos com ele, certo?

- Claro. Carlisle me informou que tinha falado com ele, acho que nos esquecemos de falar com Charlie. – Ele riu.

- Certo. Amanhã depois do brunch com seus pais, falamos com Charlie, tudo bem pra você?

- Sim. E as compras?

- Edward, comprei umas coisas que sei que vai gostar. Mas agora, eu preciso dormir. Sério, Alice sempre desgasta meu corpo com esses passeios.

- Ok, amor. Amanhã às 9h?

- Sim, até amor.

Desliguei e coloquei meu telefone na cabeceira. Acho que esqueci de qualquer coisa depois dai pois adormeci rapidamente. Amanhã seria mais um dia com Edward e minha nova vida.

Ele é demais, e me faz descobrir mais de mim nele.