A Física Das Possibilidades escrita por Jessy Hell


Capítulo 2
Princípio da Incerteza de Heinsenberg


Notas iniciais do capítulo

Princípio da Incerteza de Heinsenberg, que diz que nunca saberemos a exata posição das coisas.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/325171/chapter/2

 

Gente.

Gente demais.

Gente medíocre demais aqui!

Céus, o que diabos aquele garoto está fazendo chutando a máquina de garra? Ele não sabe que essa máquina se baseia na curva de aprendizado? Teria que ter várias tentativas disponíveis para se acostumar com os controles.

Está ficando abafado.

Quero ir embora daqui.

Calma Sheldon, pense no quadrinho! E Penny e Leonard estão bem atrás de você. Ok, não é um reforço digno levando em conta o tamanho do Leonard e o QI de Penny, mas não podia sair sem o mínimo de segurança. Levando realmente ao pé da letra.

Mas e a garota? Onde está? Já estou aqui na frente desse estabelecimento cheio de contato físico e social e...

Sheldon para seus pensamentos ao encontrar a garota ali, sentada perto da máquina de garra, rindo da terceira falha do garoto que estava ali. Talvez tivesse pensado o mesmo que Sheldon pensou e estaria rindo da burrice alheia. O Físico engoliu em seco, puxou sua camisa do lanterna verde para baixo e foi até lá.

— Boa noite! – Sua voz saiu séria demais

Ela ainda estava perdida vendo o garoto agora proferir tantos palavrões que a fez explodir em gargalhadas.

— Srta. Winters, boa noite! – Saiu com fúria dessa vez.

A garota virou o rosto rápido para cima e viu Sheldon ali,em pé e impaciente. Sorriu sem-graça e se levantou do banco. Seus olhos verdes brilhando ao encontrar aqueles olhos azuis tão frios quanto uma geleira.

— Oh, olá Sheldon. Sinceras desculpas! Eu... Acabei me distraindo com aquele exemplar de vida de carbono que... Me faz pensar o motivo dele ter um polegar opositor – Disse sorrindo.

Sheldon quis segurar o riso. Comentário interessante até.

— Podemos começar logo essa... Isso... Esse... – Começou ele confuso

— Encontro às cegas? – Fala Judy arrumando a pequena bolsa a tira colo. Vestia uma blusa vermelha cheia de cogumelos do game Super Mario Bros, uma legging preta e um all star cano longo azul marinho. Usava um gorrinho também vermelho e seus óculos delicados.

— Diria que se parece mais uma tortura que um encontro! – Bufa Cooper, desanimado.

— Você... Não me parece muito sociável! – Deduz Judy, caminhando. Sheldon só viu a alternativa que teria que segui-la.

— Não sou partidário de contato humano desnecessário. Só quero o quadrinho, que fique claro! – Respondeu num bico. Judy sorriu.

— Bom, se você quer o quadrinho, terá que ser um pouco mais gentil! – Sorri Judy indo à máquina de garra – Sai daí garoto, você é muito burro! Por Goku! – Diz ela,expulsando o garoto e colocando uma moeda.

— Goku? Aquele personagem de mangá e anime? – Contesta Sheldon, intrigado

— Sim. Adoro Dragon Ball e sou um tanto Gokuísta. Isso é complicado de explicar... E agora? O dinossauro ou o gato? – Ela pensa alto, olhando os bichinhos de pelúcia disponíveis na máquina. Sheldon observa e as alternativas escolhidas eram demasiadas difíceis.

— Você sabe que essa máquina... – Começa ele com seu tom arrogante

— É baseada na curva de aprendizado. Sim, eu sei. É um raciocínio bem simples, até – Responde ela aérea, ainda olhando os bichinhos – Hum, pela lógica o dinossauro é mais difícil mas eu amo gatos... Difícil!

Sheldon cruza os braços e olha para trás. Vê Leonard e Penny conversando em um banco próximo. Como ele consegue ter tanto contato físico com uma pessoa e...

Os pensamentos de Sheldon foram cortados ao receber um trem de pelúcia.

— Mas... O que é isso? – Pergunta ele confuso

— Pra você! – Responde Judy sem emoção,enquanto segurava o gato e o dinossauro de pelúcia – Consegui duas rodadas por ser eficiente na primeira tentativa. E qualquer pessoa em sã consciência gosta de trens! – Fala ela caminhando com as pelúcias enquanto Sheldon esboça um sorriso. A pelúcia do trem era agradavelmente macia e anti alérgica.

— Ah, tá tendo uma exposição de games numa loja aqui por perto. Quer dar uma olhada? – Convida ela num sorriso.

Sheldon sentiu algo no estomago e por um ligeiro segundo pensou que fosse do excesso do lanche da fábrica do cheese cake (afinal, tinha comido lá para poder não aceitar nada que a estranha pudesse lhe dar), mas achou uma tolice, pois nem tinha comido muito. Certo frio na barriga o preencheu, indo para o corpo, lhe dando pequenos tremeliques. Estranhou tal reação. Pensou ser um instinto ao sair na companhia daquela estranha, mas por mais absurdo que pudesse parecer... O físico tinha certeza que era por conta daquele sorriso.

— B-Bom, creio que sim... – Disse ele nervoso, tentando olhar para o casal-segurança que no momento estavam ocupados numa troca de saliva altamente enjoativa de se presenciar – Só me dê um minuto, preciso ir... Ao banheiro! – Disse numa desculpa. Jamais iria num banheiro público, ainda mais num lugar daquele. Havia dado três passos quando ouviu-a dizer:

— Aproveite e avise o seu amigo com a namorada dele pra onde vamos para poderem nos seguir – Revelou ela numa risada.

Sheldon ficara mais assustado com a garota. Virou-se de supetão:

— O-O que você disse? – Perguntou nervoso

— O baixinho com óculos ai no banco. Junto com a loira de peitos grandes – Disse apontando para o casal que agora era cutucado por um segurança para acabarem com o agarramento em público – Eu admito que, pelas circunstancias dos termos do nosso encontro, é perdoável você trazer alguém para ter um pouco de segurança mas... Foi bem idiota trazer ele. Eu o vi na loja com você mais cedo. Hum... É Leonard, não? O nome dele?

Sheldon agora observava a garota de um jeito assombroso. Ela simplesmente ajeitou os óculos o encarando:

— Ainda precisa ir ao banheiro ou já foi tudo esclarecido? – Disse , tentando parecer zangada mas só conseguiu segurar a barriga e rir.

— Você... – Sheldon balbuciou num misto de surpresa,medo e admiração. Ela lembrava até do nome de Leonard, sendo que foi dito uma única vez. Talvez ela não fosse perigosa. Estranha, com certeza.

— Eu o quê? – Perguntou ela insegura.

— Acho que preciso lhe pagar uma bebida fria – Disse ele corando, olhando para o outro lado. Não entendia o motivo de não conseguir encarar aqueles olhos verdes ou aquele sorriso por mais de três segundos – Gostaria de um Milk-shake ou algo assim?

— Se você for tomar também, eu aceito sim. Mas só depois da exposição de Games! – Disse animada, o puxando pela mão. Sheldon não teve tempo de reagir, só foi guiado pela maluca que agora corria pelos corredores do shopping. Iria gritar para Leonard, mas no fundo... Até que gostava daquela violação de suas filosofias e do contato das mãos. Embora totalmente desnecessário.

***

— Leonard, eu vi certo? O Sheldon foi... Foi arrastado pela garota? – Comenta Penny abismada com a cena que havia visto mas não acreditado.

— Acho que sim Penny! – Explodiu Leonard em gargalhadas – Vamos segui-los ou então o segurança vai acabar expulsando a gente – Sussurra Leonard encarando discreto o enorme homem carrancudo perto dali.

— Hunf, não gosto dela! Já viu aquelas roupas? Horríveis! – Alfineta Penny.

— Bom, tirando você ninguém realmente sabe se vestir no nosso meio – Devolve Leonard procurando o casal.

— Droga Leonard, tô dizendo... Tem algo nessa garota! Por que o Sheldon, hã? Logo o Sheldon?

— Penny, sei que você tem uma espécie de... “amizade” com a Amy e a respeita mas ela deu o fora no Sheldon. Ela! Você viu como ele ficou mal ao vê-la de namorico com o Stuart depois do “rompimento”. Deixa ele, sei lá, tentar conhecer outras pessoas. Mesmo que seja contra a vontade dele! – Diz Leonard sob um olhar de censura de Penny – Vamos, ainda temos que achá-los e você quer aquela blusa. Mas se eu comprar... Vamos dormir juntos?

— Não sei... Depende do preço da blusa! – Diz Penny numa risada.

***

— Nossa! Pela mãe de Einstein!

Sheldon não se sentia a vontade naquele tipo de multidão, várias pessoas de diferentes idades ali. Jogando, rindo, fazendo barulho, correndo, gritando. Ele se sentia agoniado, sufocado.

— Sheldon, tudo bem?

A voz dela saiu suave e preocupada. Sheldon sentiu um arrepio que agora estava costumeiro. Sua mão ainda segura na dela e ele não sabia por que ainda a segurava.

— Não gosto de multidões! – Sussurra ele

— Eles já vão. Vamos jogar algo e depois ver a palestra sobre a história dos games, que tal? – Sugere ela andando mais depressa e soltando a mão do físico que sentiu uma pontada de desespero. Queria continuar com aquele contato, passava-lhe segurança.

Céus, isso é totalmente ilógico! Como posso me sentir seguro com um simples toque e sendo de uma estranha pra mim?

— Sheldon, achei um livre! – Grita ela abanando a mão para o alto.

Ele caminha até ela e a vê bem contente a frente de uma TV grande e segurando um joystick de um Super Nintendo.

— Super... Mario... World... – Sussurra Sheldon ao ver o encanador na tela

— Vamos jogar? Eu sou o Luigi! – Diz ela dando pulinhos na cadeira.

Violando suas manias de higiene, sentou-se e pegou o controle.

— Acho que seremos expulsos daqui! Não gosto de dividir e esse é um dos meus jogos prediletos! – Comenta Sheldon

— Não faz mal! É o meu também!!!

***

— Achei Leonard!

O aviso de Penny chamou a atenção dos que passavam por ali. Leonard voltou e viu uma cena bem incomum. Sheldon estava... Rindo?

— Essa garota devia ser santificada! Ela está fazendo o Sheldon se divertir? E rir? Estou vendo certo? – Comenta Leonard, limpando os óculos.

— Quer esperar aqui? Essa garota deve estar drogando o Sheldon, só pode! – Diz Penny assombrada.

— Vamos esperar aqui sim.

***

— Então, você é formada em medicina? – Diz Sheldon

— Sim, tenho Phd em neurologia e cardiologia. Mas tenho um fascínio por física e química. Talvez eu curse uma delas – Responde Judy nervosa – Porcaria de koopa! Pula nele!

Sheldon esboça um sorriso. Parecia muito nova pra ter todas aquelas qualificações.

— E a sua idade? – Pergunta Sheldon, jogando em seu turno.

— Não é delicado perguntar a idade de uma dama, sabia? – Retruca Judy – Mas pelo que vejo, você não sabe o que é ser delicado mesmo... – Abafa um riso – Que droga, você perdeu o Yoshi!

— Vou pegá-lo e, ah! Caí no buraco! – Comenta Sheldon tristonho.

— Eba! Você morreu, minha vez! – Comenta ela rindo. Sheldon acostumou-se com o timbre daquela voz e daquele riso. Era agradável como o ronronar de um gato bem peludo.

Ela é uma pessoa bem... Interessante!

Batimentos cardíacos aumentando, as mãos suadas que não conseguem segurar o joystick direito.

Por que não consigo não olhá-la? Ela possui algo que não consigo descrever mas que me deixa estranho. Com vontade de olhá-la cada vez mais. Droga, meus batimentos cardíacos estão acelerados, excesso de produção de bile no sistema digestivo, sinapses nervosas falhando...

— Sheldon, sua vez! – Comenta Judy, tocando-lhe levemente na mão.

Ele tremeu com o simples roçar em sua mão fria. Ele a encarou assustado.

— Tá tudo bem?

Adrenalina aumentando e caindo no sangue. Batimentos indo a 150 por minuto. Vasos dilatados e com tanto sangue que acho que meu rosto vai explodir numa hemorragia. Como ela pode ter olhos tão verdes e tão... tão...

Sheldon, você tá me ouvindo?

Céus, a voz dela vive mudando. Está cada vez mais macia como veludo. Está realmente estranha essa situação. Responda Sheldon! Você é um Homos Novus...

— Me dê o joystick – Diz ela pegando o controle e colocando no balcão que tinha a TV – Você quer um copo de água, Sheldon? – Pergunta ela num sussurro para não chamar a atenção das pessoas ali com o travamento do Dr. Cooper. Ele só conseguiu soltar um gemido abafado por sua respiração rápida em reação.

Aaaah, respiração ofegante. Por que a voz dela me deixa assim? E esse sussurro, céus! Será que estou tendo uma taquicardia? A voz Dela convertida em corrente elétrica me traz uma sensação... Única e ameaçadoramente... Gostosa...

— Nossa, seu rosto está quente! Vamos sair daqui, deve ser esse monte de gente! – Comenta ela tocando o rosto do Cooper com as mãos.

O organismo esquenta. Para abaixar a temperatura, o corpo sua. Os toques na pele ativam o sistema de recompensa. Resultado: prazer. Feche os olhos, Sheldon! Essa garota vai levá-lo a perdição! Ela deve ter me drogado. Estúpido, não comi nem bebi nada. Será que ela colocou algo na pelúcia? Aaah, p-pare de me tocar...

Judy estava passando as pontas dos dedos no pescoço de Sheldon, a fim de sentir pressão cardíaca. Ela o levou a uma grande poltrona fora da exposição, passando por Leonard e Penny. Sheldon estava aéreo, sendo levado pela mão sem maiores esforços.

— Devemos perguntar por que ele está assim? – Fala Leonard a Penny

— Não querido... Ele terá que lidar com isso sozinho – Comenta Penny sorrindo ao reconhecer aquele olhar no Cooper.

Controle-se Sith. Ela tem a força, só pode ser... Spock,me ajude!

— Melhorou? – A voz dela saiu preocupada.

Ele abriu os olhos e respirou fundo. Seus batimentos voltando ao normal.

— Estou melhor, obrigado – Respondeu categórico.

— Você me deu um susto! Pensei que estava tendo um derrame! – Comenta num risinho e dando um milk-shake de morango.

— Q-quando você comprou isso?

— Você ficou sentado aqui uns dois minutos, cara! Deu tempo de comprar isso! – Disse tomando o seu de chocolate – Arrrgh, dor de cabeça!

— Dor de cabeça súbita que ocorre quando tomamos algo muito gelado – Comenta Sheldon – Até agora a principal suposição envolvia o estímulo da substância gelada sobre o nervo trigêmeo, ou trigeminal, o maior nervo do crânio.

— Mas pesquisadores da Universidade Galway, na Irlanda, afirmam que a dor súbita ocorre por uma vasodilatação na artéria cerebral - Retruca Judy – A explicação mais provável é que o corpo sente o frio excessivo e repentino e age imediatamente para tentar proteger o cérebro, aumentando o fluxo de sangue de forma a evitar a queda de sua temperatura.Os pesquisadores monitoraram o cérebro dos voluntários usando um exame chamado Doppler transcraniano, conforme eles sugavam água gelada por um canudo. Depois o procedimento foi repetido com água a temperatura ambiente. Os voluntários indicavam aos pesquisadores sempre que sentiam dor de cabeça súbita. Os resultados mostraram que a dor de cabeça do sorvete está sempre associada com a dilatação da artéria cerebral, assim que a artéria, que fica atrás dos olhos, volta à sua dimensão normal, a dor de cabeça cessa. Como o crânio é um espaço limitado, o aumento repentino no fluxo de sangue eleva a pressão do cérebro, causando a dor.

Sheldon a olhava admirado. E nunca tinha ficado admirado por alguém que achava inferior.

— Então, os pesquisadores afirmam que o estudo fornece informações importantes para o estudo da enxaqueca e outros tipos de dores de cabeça, uma vez que podem estar ocorrendo processos similares de autodefesa do organismo e... – Judy se cala – Ah droga, fiz de novo! Falei feito uma matraca nerd!

— Eu até que gostei. Troca de conhecimento nunca é demais – Comenta sério, com medo de sorrir e deixá-la assustada.

— O-Obrigada... – Responde ela, corando.

Ela pode ser uma Sith disfarçada a fim de impedir que a humanidade avance pelos meus méritos mas ela fica muito... Muito... Ainda mais corada desse jeito.

— *caham* Não quero ser rude mas você tem o quadrinho aí? – Pergunta Sheldon

— Hã? Ah não, está em casa! Não iria trazer sendo que podia ser assaltada ou pior, cair comida nele mesmo no plástico.

— E como vou pegá-lo?

— Bom, você me divertiu hoje. Seu amigo Leonard está de carro? Podíamos pegar um carona até meu apartamento e te entregava a HQ. Você iria conhecer minha casa e iria com conhecidos.

— Pode ser. Vou ligar para o Leonard. Com licença – Responde Sheldon pegando o celular e discando o numero do amigo – Leonard?*pausa* Sim, já vamos mas primeiro quero que você me leve a casa da Srta. Winters para pegar meu quadrinho. *pausa* Por que ela não trouxe e me deu argumentos convincentes para tal ato. *pausa* Ah, apareça logo porque ela sabe que vocês estão me vigiando! – Desligou o aparelho enquanto Judy ria.

— Olá! – Leonard apareceu depois de alguns segundos junto de Penny.

— Judy, esses são Leonard e Penny. Eles... Vivem no meu circulo social – Comentou Sheldon – perguntas no carro. Vamos logo! – Disse, levantando-se e ajudando Judy a levantar-se também. Segurou sua mão no ato e não a largou mais. Leonard e Penny se entreolharam enquanto Judy sorria vermelha. Sheldon já estava andando com Judy quando percebeu seu ato.

— Perdão, eu não havia percebido que estava... – Começou Sheldon visivelmente confuso e irritado consigo mesmo. Soltou a mão de forma calma.

— T-tudo bem... Podemos continuar a andar? – Sugere ela.

— Claro! Onde estão Leonard e Penny?

— Ali atrás! – Aponta ela dando um pequeno “tchau” para os dois que caminhavam ainda assustados com o jeito que Sheldon estava. O Físico ficou pensativo. Nunca com Amy sentiu essa vontade de... Tocar. Nem todas essas reações esquisitas. Resolveu espantar a bióloga de seus pensamentos e não foi muito difícil ao ver aquele sorriso a sua frente.

— Bom... Podemos ir então – Responde ele caminhando ao lado da ruiva.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sheldon tendo uma paixonite! *_* Uma paixonite beeeem nerd!