Forbidden Hearts escrita por Teh Hayashi, T e h


Capítulo 2
Capítulo 2 - Don’t Be Afraid


Notas iniciais do capítulo

Os personagens me pertencem! No theifing hands! ò.ó



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/3251/chapter/2

     Aquela manhã foi como todas as outras. Daisuke sempre fora um menino estudioso, muito dedicado aos seus estudos. Agora, estava fazendo um curso que preparava os alunos para as provas das universidades. Estava se saindo muito bem, e provavelmente, passaria para Telecomunicações naquele ano.
     Kayo estava no segundo ano colegial, mas já estudava bastante para passar direto do segundo grau para a faculdade. Sabia que se isso não acontecesse, sofreria muito nas mãos de sua mãe. E não estava disposta a sofrer tal coisa. Não mesmo.
     No curso, Daisuke não conseguia se concentrar direito, pela primeira vez. Estava aparente sua falta de atenção, e os professores o aconselharam a tentar esquecer os assuntos pessoais no momento. E foi o que ele tentou fazer durante toda a manhã e parte da tarde. Mas nada, nada resolvia.
     Enfim chegou a hora de ir embora, e Daisuke saiu apressado. Chegando em casa, jogou suas coisas no quarto, e foi tomar um banho. Pensava na irmã. De novo. Queria arranjar um jeito de fazer a mãe parar de tratá-la daquele jeito. Mas não sabia como raios.
     Depois do banho, foi fazer a lição de casa, a fim de treinar um pouco. Enquanto fazia o dever, sua irmã chegou com o namorado. Tentou ignorar por um tempo, pelo menos até terminar. Ainda bem, teve sucesso.
     Kayo permanecera na sala com Daiki todo o tempo. Sabia que não poderia passar dali com um menino, por ordens de sua mãe. E sabia que seu irmão estava estudando também, e não queria incomodar. Ficaram na sala conversando, entre longos e apaixonados beijos.
     - Kay-chan, que marca é essa na sua boca? - perguntou Daiki, após um beijo, referindo-se à evidência do tapa da mãe.
     - Ah, não é nada, Daiki-chan... - disse ela, colocando sua mão na boca.
     - Sua mãe andou lhe batendo de novo, não é? - disse ele, suavemente colocando sua mão no rosto da menina.
     - Eu não ligo... Desde que eu tenha você e meu irmão, eu não ligo para o que ela faça... - respondeu a moça, abraçando o namorado.
     - Eu sinto muito, Kayo... Por não poder estar aqui para te defender... - disse ele, quase num sussurro, acariciando a menina tão indefesa agora.
     - Você não tem que sentir nada, Daiki. - cortou a voz masculina e forte de Daisuke. - Você não mora aqui, não tem nenhuma obrigação para com Kayo nesse assunto.
     - Aniki! - exclamou a adolescente, feliz. Ela correu para Daisuke e deu-lhe um beijo no rosto, voltando para o namorado logo após.- Já terminou de estudar?
     - Mas eu gostaria de fazer algo para ajudá-la, Daisuke. - disse Daiki, olhando apaixonadamente para a moça.
     - Você nada tem que fazer a respeito disso, Daiki. Essa função é minha, como irmão. - disse Daisuke, friamente.
     Nesse momento, a porta bateu. Era Akemi, voltando se seu trabalho. Pela sua expressão, dava para perceber que não gostara nada de ver Daiki ali. Mas nenhuma palavra saiu de sua boca. Não falou com ninguém que estava presente: foi direto para a cozinha.
     Kayo percebeu o descontentamento da mãe, e disse que era melhor o namorado ir embora. Ele concordou e assim o fez. Se beijaram e ele saiu. Kayo sentou-se ao lado de Daisuke, com um pouco de medo.
     - Kayo! - chamou a voz da mãe da cozinha. Sem responder, a moça foi até lá, de cabeça baixa, seguida por Daisuke.
     - Sim, mamãe? - disse, hesitante.
     - Recebi uma ligação do seu colégio hoje. Disseram que você não foi muito bem nas últimas provas. - disse ela, em tom ameaçador.
     - Sim. Perdi muita matéria quando passei mal e tive que ser internada. Mas eu me esforcei e...
     - É PEDIR DEMAIS QUE VOCÊ SEJA BOA ALUNA? - gritou a mulher, enquanto estapeada o rosto da filha, cortando suas palavras.
     - Ah! - gritou a moça.
     - MÃE!! - gritou Daisuke, tentando impedir a mãe de continuar suas agressões. Foi inútil.
     - Você não faz nada da vida a não ser estudar! E nem isso você consegue fazer?! - disse, estapeando-a mais uma vez.
     Dessa vez, a adolescente caiu, chorando. Bateu com a cabeça no armário embaixo da pia, e a testa começou a sangrar imediatamente. Foram inúteis as tentativas de Daisuke para parar a mãe. Ali, ela continuou batendo mais na filha, e insultando-a todo tempo. Ignorou todas as súplicas da menina.
     Ao ver a expressão de ódio no rosto da mãe, Kayo desistiu de suplicar o perdão da mãe, e deixou-se ser agredida. Ao ver isso, Daisuke se jogou no chão, abraçando a irmã e colocando-se entre Kayo e a mãe. Isso levantou a ira da mulher, ao ver que seu ‘amado filhinho' estava protegendo a filha indesejada.
     Lançando mão do primeiro objeto que estava na sua frente - um prato, jogou-o na garota. Esse atingiu sua coxa, quebrando-se todo, e ferindo profundamente a pele da moça. Depois, Akemi deixou o recinto. Daisuke nada fez. Apenas deixou que uma lágrima caísse de seus olhos ao ver o estado da irmã. Abraçou-se a ela, enquanto esta chorava cada vez mais.
     - Desculpe, Daisuke... Não consigo fazê-la parar... Não tenho mais como agradá-la. Tudo que eu faço parece algo terrível para ela...
     - Não há nada a que se desculpar, Kayo. - disse ele, amparando-a gentilmente. - Venha... Deixe-me cuidar desses seus machucados.
     Eles foram para a sala, e Kayo deitou-se no sofá. Daisuke pegou um pano e umideceu-o com água gelada, e começou a limpar o sangue do rosto e das pernas da irmã. Pegou vários sacos de gelo, e os posicionou onde ela sentia mais dor. Finalmente, fez os curativos na coxa da moça.
     - Obrigada, aniki. - disse ela, com um sorriso para o irmão.
     - Não agradeça... - respondeu Daisuke, sentando no chão, de frente para a adolescente. - Só cuido de você...
     - O que posso fazer, então? Como compensá-lo por cuidar de mim com tanto amor?
     - Corresponder a esse amor... - disse ele, enquanto se aproximava lentamente de Kayo.
     Primeiramente, ela não entendeu muito bem. Assim que seus lábios foram tomados por um beijo do irmão, ela se assustou um pouco. Mas logo cedeu e começou a corresponder àquilo que o irmão fazia. Abriu seus lábios para que suas línguas pudessem se encontrar, e começaram uma dança muito sensual dentro de suas bocas.
     Ao faltar o ar, se separaram. Kayo permaneceu com seus olhos fechados, esperando que aquilo acontecesse novamente. Daisuke se levantou, e caminhou para longe lentamente. Kayo não entendeu, mas resolveu não insistir em sua volta.
     - Tivemos sorte, Kayo. - disse o homem, antes de entrar no corredor que levava ao seu quarto. - Se mamãe tivesse chegado, eu ia estar encrencado. Mas eu não sei o que poderia acontecer contigo. E eu nunca me perdoaria por isso... - completou, olhando para o corredor, antes de continuar a andar.
     Kayo apenas concordou com a cabeça.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!