Hate At First Sight escrita por Bia Red


Capítulo 6
O que tem de divertido?


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAHHHHHHHHHH, MINHA PRIMEIRA RECOMENDAÇÃO!!!!!!!!!!!!!!!
AHHHHHHHHHH DE NOOOOVOOOOOO!!!!!!
Okay, eu tô pirando. Muito, muito obrigado à GaMelo, que recomendou a história *0* Flor, você me deixou muuuuuuuito feliz!!!!! Esse cap. é dedicado a vc (mesmo que ele esteja atrasado, porque como eu disse antes, até o dia dez vou postor todo dia às duas da tarde :D ).



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Quando a gente chegou em casa Ryan subiu direto pro quarto. E meu pai disse que tinha comprado a minha cama. Logo depois ouvi uma gargalhada escandalosa vinda do andar de cima.

Depois de subir correndo (quando Ryan deu aquela risada de vilão da Disney, pensei que ele tinha colocado fogo na minha mala), percebi porque o infeliz estava rindo.

– PAAAAIIIÊÊÊ!!!!!!!

~*~*~*~*~*~*

– Isso é sério? Me diz que é uma brincadeira, pai! Ou que é um pesadelo!

– Ah, Parker, combina taaanto com você, hahahahaha – Disse o idiota do Ryan rindo feito uma gazela. Ou é uma hiena? Tô nem aí.

– Cala a boca, seu retardado, combina comigo é o caralho!

– Filha! – Censurou-me.

– Não tem essa! Cama da Barbie?

A cama era toda rosa. É, rosa. Eu odeio rosa. E o edredom, lençol e capa de travesseiro eram da Barbie. Em uma palavra: porra.

– Eu achei que talvez não fosse bom pra sua idade – Disse meu pai coçando a nunca. – Mas Cibele disse que você iria adorar, então... Acho que cometemos um pequeno errinho – Ah, foi a Vaca Velha, tá explicado. Eu sabia que ela iria ferrar com a minha estadia aqui.

– Sabe, pai, você poderia trocar a roupa de cama, sobre o rosa eu dou um jeito – Peraí, o Ryan vai me ajudar? Isso não tá me cheirando bem... E se ele jogar pó de mico no meu cobertor?

– Você, me ajudar? Pai, ele está armando alguma coisa!

– Eu não estou armando nada, mas se não confia em mim, tudo bem, azar o seu! – Droga, eu não confio nele. Mas por que eu respondi isso?

– Ok, ok, faz o que você quiser – Amy, sua idiota. Acabou de destruir sua cama. Se bem que pior que tá ela não fica.

~*~*~*~*~*~*~*

Olhei para aquela cama que antes me dava náuseas (quase como uma grávida quando via uma lesma procriar. P.S.: Eu nunca vi uma lesma procriando. Como será que é? Amy, Amy, não pense nessas coisas, você vai ficar traumatizada ou seu cérebro vai explodir. Se é que você tem um. Será que lesmas entram no cio? Acho que não). Agora ela estava com simples lençóis brancos, e o edredom era xadrez (preto com branco). A cama rosa estava (como eu não imaginei? Estou mais lerda que o costume) estava cheia de rabiscos feitos de marcador permanente preto. Entre letras de musicas que eu gosto (como ele descobriu?) estavam desenhos bonitos, bem feitos, mas ao mesmo tempo tão confusos... Eu olhava um e pensava que era uma borboleta, mas via por outro ângulo e então, lá estava, era um pássaro. E na cabeceira estava escrito, em letras grandes, I Hate Pink Beds*. Não pude evitar rir com a ironia.

~*~*~*~*~*~*

*Eu odeio camas cor-de-rosa.

~*~*~*~*~*~*

– E aí, o que você achou? – Perguntou um pouco mais tarde.

– Não ficou tão ruim – Até parece que eu iria ajudar a aumentar aquele ego dele. Não, não. – E como você descobriu de que músicas eu gostava?

– Peguei o seu celular – O imbecil disse isso tão calmamente que eu demorei um certo tempo para captar. Logo que entendi eu bati nele. O quê? Você faria a mesmo coisa se o celular fosse seu!

– Au, ai, para, sua louca!

– Não mecha nas minhas coisas!

– Ok, pirralha.

– Eu não sou pirralha! Tenho a mesma idade que você!

– E daí? Pra mim ainda é pirralha.

Viram? Vocês viram? Não dá pra ficar em paz com ele!

~*~*~*~*~*~*

Coragem, Amy. Vamos. A escola não é tão ruim. Mentira. A escola é uma merda. Eu odeio ela. Eu não odeia a minha caminha nova (pelo menos não mais). Ela é quentinha, e eu vou ficar aqui até morrer...

– Trim! Trim! Trim!

– AH, QUEM COMPROU ESSA BOSTA DE CAVALO DE DESPERTADOR!!!!!!!

– Foi você mesma, mula.

Ryan já estava arrumado, com os cabelos despenteados e úmidos, como se tivesse recém saído do banho (não, ele não toma banho, é porco). Eu já descrevi o uniforme masculino? Não? Então eu faço agora. Os garotos usam uma camisa de mangas compridas, branca, com uma gravata xadrez azul. Eles também usam casacos, como as meninas, mas os deles são pretos e mais longos. Ah, eles tem calças xadrez azuis. Bem justas se quer saber minha opinião, mas de que ela vale, não é mesmo?

Depois de um torturante café da manhã em “família” (sério, porra, torturante. Acho que iria ser bem melhor nem tomar café da manhã. Ok, estou exagerando. Se eu não comer eu morro. Eu cato balinhas embaixo dos móveis, de tanto desespero), fomos para o ônibus do Inferno (conhecido entre alguns por escola, mas a maioria fala Inferno, mesmo).

– Você vai sentar comigo? – Perguntei meio insegura. Ok, ele tinha sentado comigo ontem na volta, mas eu acho que ele fez isso porque não gosta do Adam. Eu ainda tenho que descobrir o porque.

– Eu v... – Ele não conseguiu terminar. Tadinho. Ficou com a boca ocupada. Ocupada no esgoto.

– Oi, amorzinho! – Falou a piranha da Jessica depois de beijá-lo. – Você vai sentar comigo, não é?

– Eu... – Ele olhou de mim pra ela como se estivesse vendo um jogo de ping-pong (se você escolher ela vou te maquiar enquanto você dorme, Miller!). – Foi mal, Parker.

EU NÃO ACREDITO!!!!!!

Ok, estou melhor agora. Como assim ele vai sentar com ela!? Ele estava dizendo que sentaria comigo quando ela chegou! Quer saber, agora quem não quer sentar com ele sou eu!

Ao entrar no ônibus procurei o Adam (que é, pelo menos eu conheço ele) e o vi sentado na terceira fileira, no banco da janela. Ao lado dele estava sentado um garoto magricelo e que usava óculos, era cheio de espinhas e usava o uniforme impecável.

– Caí fora, garoto – Eu disse para o nerd (eu sou meio nerd também, mas ninguém precisa saber), que saiu com o rabo entre as pernas. – Você também.

– Por que eu? – Perguntou Adam.

– Porque eu sento na janela. Anda, levanta!

Depois de muita discussão (ele não sabe que quem manda aqui sou eu?), Adam saiu do meu lugar.

– E a vida, Srta. Parker?

– Tão chata como você.

– Então deve estar entediada.

– Basicamente.

– Hei, quer ver uma coisa legal?

– O quê? – Vindo dele não deve ser coisa boa.

– Fica olhando.

Adam abriu a mochila e pegou papel e caneta. Escreveu “Você é tão feia que quando nasceu devem ter batido é na sua mãe!” e enrolou o papel numa bolinha, jogando numa garota loira que de feia não tinha nada.

– Quando ela olhar aponta para o cara na sua frente – Sussurrou.

A garota ficou muito vermelha (acho que de raiva) e fez o que Adam tinha falado. Eu apontei discretamente para o garoto na minha frente, que era aquele tipo de cara fortão com casaco de time (hei! Por que ele não está usando o casaco da escola?). A garota andou até ele e deu um tapão (UI!) na cara dele chegou a estalar. Ela voltou ao seu lugar bufando, enquanto o garoto colocou a mão no rosto (que agora tinha o formato vermelho berrante da mão da loira) e cochichou pro amigo:

– O que eu fiz?

Eu e Adam já estávamos vermelhos e tendo convulsões de tanto segurar o riso. Quando voltamos a respirar (não que a gente tenha exatamente parado, mas...), eu disse:

– Você sempre faz isso?

– Claro, não exatamente isso, mas irritar os outros em geral – Confirmou sorrindo, parecendo orgulhoso de seus feitos.

– E então, nunca se deu mal?

– Aqui o diretor não liga muito pra isso, desde que não faça nada na frente dele. Acho que o Sr. Gordon é meio hippie.

– Acho que vou gostar dessa escola.


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Notas finais do capítulo

Ah, o quê vocês acharam da capa? Eu sei que nõ ficou muito boa, pq eu não tenho photoshop ¬¬' mas ficou mais ou menos? :)