Hate At First Sight escrita por Bia Red


Capítulo 4
Ônibus? Fala sério!


Notas iniciais do capítulo

Olá, terráqueos. Eu venho em paz. Bem, mais ou menos. Aqui está mais um capítulo :) eu escrevi ontem a noite enquanto escutava One Direction (informação desnecessária, mas eu amo eles!), e iria postar hoje às duas. Mas choveu e caiu a luz, e voltou só agora às cinco e meia *chora*.
Boa leitura! :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/324905/chapter/4

“Namorada?”

“Ele tem namorada?”

“Por que ele tem namorada?”

As perguntas borbulhavam na minha mente, e estavam ficando cada vez mais paranóicas.

Só pra não enlouquecer resolvi perguntar uma coisinha.

– Você tem namorada? – Sério, Amy? Ele te disse que tem namorada e você pergunta se ele tem namorada? Tenho vergonha de você. Ou seja, de mim. Ah, foda-se. – Esquece, Insuportável.

– Insuportável? – Indagou a Coisa com Peitos. Hei, por que será que eu coloco apelidos em tudo que eu vejo? Será que é um vicio? Posso ser internada por isso? De novo: foda-se. Iam me expulsar do hospício mesmo.

– É o apelido novo do seu namoradinho – Eu disse sorrindo cínica. Cadela! Por que eu não gosto dela? Deve ser pela altura. Tenho raiva de quem é mais alto que eu.

– É o quê?! – Exclamou Ryan parecendo furioso. – Você não pode ficar falando essas coisas pros meus amigos! E namorada – Acrescentou ao sentir o olhar afiado da Coisa com Peitos. Esse apelido tá muito grande. Piranha é melhor, mais fácil de lembrar. – Você não tem nada a ver comigo! Você nem me conhece!

– É, mas já sei que você é insuportável – Eu revidei, mas... Sei lá, eu me senti meio estranha pelo o que ele falou. Não exatamente pelo que ele falou e sim pelo tom de voz dele. Droga, o que está acontecendo comigo? Eu não ligo pra essas coisas!

Ele resmungou alguma coisa que eu não entendi e subiu as escadas. A Piranha tentou ir atrás dele, mas ele a cortou com um papo estranho de trabalho escolar. Ah, me engana que eu gosto. Ela foi embora enquanto eu a olhava vitoriosa. O problema é que ela me olhava de cima, ainda mais com os saltos. Então ela me olhava com desprezo. Há, como se eu ligasse. Bye, bye, bitch*.

~*~*~*~*~*

*Tchau, tchau, vadia.

~*~*~*~*~*

Depois daquela discussãozinha, o Ryan, quer dizer, o Insuportável não quis falar comigo. Nem me chingou quando eu mechi na guitarra dele, que eu encontrei embaixo da cama (nota: eu não sei tocar). Será que ele está mesmo chateado? Mas por quê? Eu não fiz nada! Pelo menos nada pior do que já tenha feito.

– Ah, qual é, você sabe que está sendo infantil, não sabe?

– ...

– Duvido que me ganhe no Xbox.

– ...

– Vou... Eu vou... Fala comigo!

– ...

– Ah, quer saber, agora quem não vai mais falar com você sou eu!

~*~*~*~*~*~*~*

A noite passou tranquila. Eu fui jantar mais tarde, porque não estava com fome (mentira, eu não queria jantar com a “família” onde só um é minha família. Sério, é estranho), e Ryan aproveitou para encher o colchão sem eu rir dele. Dormimos sem brigas ou discussões. Eu acho que prefiro ficar brigando do que ficar nesse téééédio (tem que prolongar bem a palavra, porque é muuuuito tédio, savy?).

AH, SISSI QUERIDO, VOCÊ VOLTOU! TENHO TANTA COISA PRA TE CONTAR! Pena que não posso, senão você some. É triste ser amiga do Silêncio (sim, com letra maiúscula. Sim, trágico).

Acordei, adivinha, entediada e depois de escovar os dentes e tal, eu lembrei que... hoje tem aula.

Como sou muito madura, peguei o travesseiro do Insuportável e comecei a socar.

Pronto, agora eu estou bem. Mais ou menos. Ah, dá pro gasto.

Peguei aquela coisa amaldiçoada (conhecida mundialmente como uniforme escolar) e vesti. Certo, eu achei a saia muito curta. Eu não gosto de usar saia, imagina curta?! Não gosto, não quero, não vou. Droga, vou sim.

Meus cabelos estavam muito embaraçados. Tipo... Se um porco dá um peido na cabeça de um macaco, esse macaco rola na lama, passarinhos fazem um ninho na cabeça dele, os ovos nascem e os filhotinhos cagam, mijam, vomitam minhocas (ou são os pais?)... Bem, esse é o estado do meu cabelo. Como acordei cedo (milagre) e todos estavam dormindo, eu comi um cereal (é, eu achei! Estava escondido, mas eu achei, porque eu sou foda. Morram de inveja!) e por isso não tive que comer com a “família”. Bom, aproveitando isso, eu fiz uma chapinha. Não que eu goste de fazer chapinha. Eu odeio. Mas é o primeiro dia de aula (pra mim, mas...) e eu tenho que estar... não tão ruim como normalmente.

Depois coloquei um gloss (amo gloss, mas não gosto de maquiagem. E não me venha com essa de que gloss é maquiagem). É, to pronta.

Ah, e sabe do que mais? O nome da escola é Charles Jam High School. Não entendeu direito? Vou ajudá-lo: Charles Jam é, segundo meu pai, o mais brilhante gênio da ciência que já pisou nesse país. É mentira. Charles Jam é o fundador da escola, e meu pai estudou lá na época em que foi inaugurada e tinha aulas com o tal de Jam. E meu pai gostava muito das aulas dele (baba-ovo e puxa-saco). E só por isso a escola tem o nome dele. Aliás, eu acho que ele criou a escola pra alguém se lembrar dele; mas ele foi idiota, porque ninguém liga pra escolas (a não ser Hogwarts, mas não tem nem comparação, né?).

~*~*~*~*~*~*~*

Ônibus?

– Como assim a gente vai de ônibus?

– Eu não fiz a carteira – Respondeu o Insuportável. Peraí, ele respondeu?

– Pensei que não estava falando comigo – Ironizei, levantando uma sobrancelha. Só uma, porque eu sou demais. Será que ele sabe fazer isso?

– E você? Pensei que também não estava falando comigo. Então por que está falando?

– Bem... Vamos só esquecer, ok? – Porque eu tenho medo de você me deixar sentada sozinha no ônibus, com gente que eu não conheço. Odeio gente que eu não conheço.

Ele assentiu.

Ok, pra quem não sabe, o sistema para dirigir com dezesseis anos é mais ou menos assim: você faz uma porra de testes e depois ganha uma carteira que dura normalmente um ano. Mas você só pode dirigir se alguém de no mínimo 21 e com carteira estiver no carro. Então eu não fiz carteira, por que quem iria comigo? Mas e o Ryan? Por que ele não fez? É um folgado mesmo.

Bem, a gente entrou no ônibus. E ele sentou com a namorada dele. Oh, não, ela estuda com a gente? Merda. Peraí, é o meu lugar!

– Ryan! Você tem que sentar comigo!

– Por quê? – E o idiota ainda fica sorrindo! Quero ver ele sorrir quando eu quebrar todos os dentes dele!

– O papai disse! Você sabe!

– Não lembro disso – Cínico.

– Seu... seu... você vai ver!

– Claro, claro. Tchau, Parker – E depois ele beijou aquela vadia na minha frente. E o pior é que eu me senti mal. De verdade. Minha respiração ficou estranha e eu acho que corei.

– Tchau, Miller – Eu falei baixinho e sentei em um banco beeem longe.

Ok, se controla, Amy. O que está acontecendo com você?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, mereço um reviewzinho, para compensar as horas que passei sem energia elétrica (é um pesadelo ficar sem luz)?