Wander estava sentado dentro do helicóptero,no momento estava sobrevoando o oceano pacifico.

O piloto,um homem barbudo de uns 60 anos estava guiando em direção aos EUA.

O jovem garoto de cabelos negros pensou em seu alvo. Número 6,não o nome dele era Will,sua mente o trouxe ao passado.

Flashback.

Wander tinha sido pego de um orfanato quase falido no Oriente Médio. Por não ter comida o suficiente ele precisava roubar o que pudesse e matar quem o ameaçasse. Mesmo assim ele encarou a vida com tudo o que tinha,sua vida mudou quando ele completou sete anos.

Estava de passagem por um mercado,como sempre não tinha comido direito. Viu uma barraca de frutas e correu na sua direção,pegou seu canivete,roubado é claro. Cortou as cordas da cobertura da barraca e enrolou seu dono com ela,pegou o máximo de frutas que pôde e saiu correndo.

Wander não sentia medo em fazer aquilo,muito menos prazer,mesmo assim ele não evitava um sorriso contido,gostava de ganhar e nunca aceitava perder.

Começou a comer as frutas,estava na metade delas quando três garotos,muito mais velhos do que ele apareceram,eles gritaram:

-Nos entregue tudo!

Wander os olhou com desprezo,eles mau conseguiam ficar de pé,estavam famintos,o garoto odiava aquele pais por causa das pessoas que nele viviam.

Ele só cuspiu uma semente na testa de cada um,os três investiram contra ele,seus movimentos eram lentos por causa da fome,logo Wander não encontrou dificuldade em desviar.

Abriu buracos nos ombros,joelhos e braços dos meninos. No passado ele simplesmente cortava a garganta de suas vitimas. Mas depois de tudo seu coração enegreceu,ele deixava as feridas abertas para que parasitas nela adentrassem,já que não havia tratamento medico adequado naquele pais,e se aquilo não os matasse acabariam pegando tétano pela ferrugem do canivete.

Os garotos caíram no chão e Wander foi embora,como se nada tivesse acontecido ele enrolou as frutas na camisa e o canivete na bermuda. Por roubar com mais frequencia era mais bem alimentado,logo era mais ágil. Muito o chamavam de "Morcielago".

Esse nome inspirava medo até mesmo em adultos,poucos o procuravam,sua fama como matador sanguinário chegou dois meses depois de ter matado 19 adultos. Estes eram assassinos,que planejavam atacar e saquear o orfanato,todos se assustaram. Encontraram homens enforcados,esquartejados,envenenados,principalmente envenenados. Era a maneira preferida de Wander de matar.

A única pessoa a qual ele não matava era uma menina de 5 anos do orfanato,era ela que o mantinha lá,era sua única ligação com um ser humano,seu nome era Cristine,e assim como ele nunca conheceu seus pais,mas diferente de Wander ela não pensava em roubar ou matar,ele queria que pelo menos alguém daquele pais não fosse podre, e a pequena menina era seu projeto.

Um dia um homem chegou ao orfanato,ele era careca e se vestia muito bem algo incomum na região,aquilo era raro,ele falou com a velha dona do orfanato e ela se assustou,apontou para Wander. Ele se assustou por um momento,se aquele homem fosse um policial estrangeiro procurando-o.

Mas ele não recuou,iria mata-lo rapidamente e fazer fortuna vendendo as roupas do velho. Ele chegou correndo e o apunhalou com o canivete,porém algo deu errado,o veneno começou a sair da ferida e o sangue começou a coagular em alta velocidade,o homem riu:

-O que pretendia garoto? Me matar com isso,deixe-me ver... Se não me falha a memória isso é veneno de viuva negra,onde conseguiu isso?

-Troco por frutas com alguns homens do outro lado da cidade,o que quer comigo?Me prender?

-Prender? Sua fama é  inigualável,gostaria muito de ter um espécime impiedoso como você no meu projeto.

Wander estava confuso:

-Você fala muito complicado.

-Hahhahaha,certo vou simplificar para você,estou disposto a te tirar desse buraco,você vem?

Wander olhou para a menina,o velho percebeu e acrescentou:

-Terá de vir sozinho.

Wander olhou para Cristine,seu projeto para acabar com a podridão daquele pais se desfaria,e Cristine seria corrompida como todos os outros foram:

-Me dê um dia,amanha estarei aqui e irei com o senhor.

O velho sorriu e foi embora,a noite caiu e Wander foi falar com Cristine,ele lhe explicou como o mundo era cruel,ela passaria fome e seria abusada pelos garotos mais velhos. Ela o olhou triste,perdera muitas coisas na vida e não teria mais ninguem com quem contar:

-Então me mate. 

Wander a fitou.

- Se me matar não sofrerei mais e você não sentira culpa por ter me deixado,assim não serei mais corrompida por ninguem.

Wander queria de alguma maneira recusar,mas sabia que ela estava certa.

-Serei rápido. -Ele disse tentando conforta-lá.

Segundos antes dele mata-lá a menina sussurrou:

-Seja feliz...

E Wander a matou,aquelas palavras foram piores que o veneno da faca,como ela podia lhe desejar felicidade se o que ele estava fazendo com ela era tão ruim,Wander carregou o corpo de Cristine até um terreno baldio e a enterrou,culpou aquele pais amaldiçoado,jurou sobre o túmulo de Cristine que voltaria e mataria todos.

Na manha seguinte foi com o velho,eles viajaram de carro,Wander disse a ele:

-Sobre o que você disse... Quero que me deixe como o senhor,sem sofrer com nenhum dano como aquele do canivete, e se possivel quero mais.

O velho se impressionou,perguntou:

- e o que vai fazer quando tiver todo esse poder?

- Vou matar cada homem,mulher e criança desse pais maldito.

O velho o fitou,ele havia falado que mataria todo um pais como se estivesse explicando o por quê de um mais um ser dois.

-É melhor do que pensei,se existissem mais 828,como você,hahahhahahahaha.(OBS.: 829 corresponde ao número de países na terra).

Flashback off.

Wander estavam a uma hora de NY, lembrou-se de outra coisa:

" Matar é errado" , " Podemos ser amigos" " Basta confiar em mim".

Número 6,de todos lá ele era o que mais o incomodava,teria prazer em mata-lo se pudesse,mas o doutor só lhe daria poder se ele o obedecesse:

" Bom,por hora tenho que seguir as ordens dele"

Ele estendeu a palma da sua mão,um liquido espumante saiu da palma,aquele era seu novo modo preferido de matar.