Por Todas As Manhãs escrita por And


Capítulo 8
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Notas iniciais do capítulo

Vim aqui correeeeendo postar! Eu havia pretendido postar na quarta, porém acabei não conseguindo. Estou lotada de trabalhos e vim aqui rapidinho postar esse antes de ir fazer o meu bendito trabalho de português! rs
Obrigada a todas que comentaram no capítulo anterior e as novas leitoras: Sejam bem vindas! ♥



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Uma semana passou desde o dia em que eu havia recebido o vídeo e eu ainda não sabia como agir. Ou simplesmente... Pensar.

Naquela mesma semana, acabei me demitindo da biblioteca e decidido procurar por outro emprego melhor. De secretária talvez. Algo que pagasse um pouco mais do que eu estava recebendo.

 Visitei meus pais, e a minha mãe tentou-me convencer a pagar minha faculdade pela décima vez. Tive que dizê-la novamente que eu não queria e que eu estava adulta o bastante para poder correr atrás do meu objetivo, sozinha.

Na sexta fui até a minha cafeteria preferida, sentindo um pouco de nostalgia por fazer tanto tempo que eu não ia até lá. Ao entrar pedi o meu cappuccino e me sentei no Central Park, com o classificado nas mãos e Edward no pensamento.

Olhei para o lugar onde ele costumava ficar quando não passávamos de meros estranhos e ofeguei ao encontrá-lo lá, com a cabeça baixa, olhando para o copo de café que tinha nas mãos.

Sem pensar duas vezes, caminhei até ele. Estava na hora de conversamos.

Ele não notou quando me aproximei. Vasculhei meu cérebro a procura de como puxar a conversa, porém nada saiu.

- Oi – Sussurrei um pouco temerosa pela sua reação.

Ele levantou a cabeça rapidamente para me olhar. Quando percebeu que era eu, arregalou os olhos e levantou-se rapidamente. Assustado.

- Como você está? – Perguntei pateticamente. Era obvio que ele não parecia bem. Nenhum de nós estava. – Eu... Já tem dias que eu queria falar com você.

- Bella! – Ele pareceu querer se aproximar, porém não o fez. 

- Oi... – Ri nervosa. Olhei para os meus próprios pés durante alguns minutos, sem saber como começar. Por fim, decidir logo perguntar:- Foi você que mandou o vídeo, não é?

Ele assentiu lentamente, como se de alguma forma se envergonhasse por essa atitude.

- Eu lhe vi naquele dia na biblioteca e ...- Balançou a cabeça, como se estivesse expulsando pensamentos – Enfim, eu estava desesperado. Eu só queria que você soubesse da verdade. Só precisava que você acreditasse em mim.

Assenti, tentando assimilar tudo que ele havia dito.

- Eu... Eu... Eu queria lhe pedir desculpas e...

- Não peça desculpas – Ele pediu com fervor, me interrompendo – Por favor.

- Mas eu fui uma boba, eu preciso...

- É sério. Se existe alguém que não precisa se desculpar aqui é você. Eu que devia me desculpar. Aquela mulher... Aquela mulher... Não significa simplesmente nada! Ela é o meu passado e...

- Tudo bem. Eu acredito em você... Devia ter acreditado antes...

Ele balançou a cabeça, impedindo que eu continuasse a falar.

- Só preciso de uma coisa agora.

- O que? – Perguntei rapidamente, querendo logo acabar com o clima ruim que havia ficado entre nós.

Ele umedeceu os lábios para depois abrir um sorriso angelical.

- Você de volta.

O sorriso lentamente cresceu em meus lábios, e sem hesitar me aproximei de Edward, até não existir mais nenhum centímetro de distancia entre nós.

- Você tem certeza? - Perguntei. 

- Para sempre. - Ele respondeu sério. Então me estiquei um pouco, para enfim beijá-lo. 

Senti uma alegria intensa quando os lábios dele encostaram-se nos meus. Nem mesmo quando ele me beijou pela primeira vez, senti uma alegria tão grande igual a essa, que fizera o meu estômago revirar. Suas mãos pousaram em minha cintura e trouxera o meu corpo contra ao dele, fazendo-me sentir o seu calor, sua presença.

- Acho que isso foi um ‘’sim’’, estou certo? – Ele sussurrou ofegante em meu ouvido. Eu ri, negando com a cabeça.

- Foi um óbvio. 

•••

Duas semanas depois do dia que eu havia me demitido da biblioteca, acabei conseguindo um emprego como secretária de um dentista. O salário era melhor e também não era muito longe de casa.

A mudança que havia acontecido em mim era bastante notável: Eu estava muito feliz. Meu rosto estava mais rosado e eu mal conseguia tirar o sorriso do rosto. E eu sabia que essa mudança era graças a Edward. Depois que havíamos voltado, eu pude perceber o quanto eu havia sentindo falta dele em minha vida. Estávamos juntos há tão pouco tempo, mas ele incrivelmente havia deixado a minha vida com mais cor. Mais brilho. E era estranho o quanto ele me fazia feliz. E era mais estranho ainda – e assustador- depender dele para me sentir assim.

Em um domingo, formos visitar os pais dele. Esme era um amor de pessoa e Carlisle muito simpático. Os dois pareciam muito – muito – felizes com a minha presença .

- É um prazer ter você aqui, querida. – Esme falou enquanto me abraçava fortemente.

Logo eu me senti em casa.

Depois que almoçamos, Edward me mostrou o seu antigo quarto naquela casa. Era lindo e espaçoso, apesar de ser bastante simples. Não havia fotos, apenas alguns brinquedos e uma estante enorme, cheia de livros.

- Conhece esse livro? – Ele perguntou me puxando para sentar ao seu lado, na cama. Olhei o título do livro em suas mãos.

- Conheço. Mas nunca li. – Ele abriu um sorriso meio tristonho. – Por quê?

- Eu o ganhei de uma pessoa... Muito especial. – Sua mão esquerda afagou o meu rosto carinhosamente. – E é o meu livro favorito... Gostaria que você lesse,

- Claro. – Concordei curiosa, mas não perguntei quem seria essa tal pessoa – Vou adorar.

•••

Na outra semana trabalhei bastante. O Dr. Charles era um dentista bastante conhecido e todos os dias eu precisei lidar com pessoas que gritavam do outro lado da linha do telefone quando eu não podia encaixar uma consulta para aquela mesma semana. 98% dessas pessoas eram mulheres e por Dr. Charles ser tão bonito (Alto, cabelos pretos e olhos azuis), acabei me perguntando se aquelas mulheres estavam apenas interessadas em ter o seu sorriso bonito ou em algo mais. 

Sempre depois de sair do trabalho, Edward ia para o meu apartamento e na maioria das vezes acabava dormindo por lá. O que estava tornando uma loucura. Os beijos quentes e suas mãos tocando em certos lugares nunca antes tocados estavam tornando uma tortura.

Eu estava pronta para dar mais um passo em nossa relação. Eu queria isso.

Naquela noite tive uma enxaqueca muito forte e decidi deitar cedo. Edward deitou atrás de mim, fazendo carinho em meus cabelos.

- Quer algum remédio? – Ele perguntou de forma doce. Às vezes eu achava que Edward estava disposto a fazer de tudo para me agradar.

- Já tomei. Logo mais vai passar. 

- Tudo bem. – Ele continuou a acariciar os meus cabelos, até que a campainha tocou. Gemi com o barulho estridente e Edward levantou-se para atender.

- Fique aí quietinha. Vou lá atender. – Me limitei a assentir e esperá-lo a voltar.

A pouca claridade que tinha vinha da luz da sala. Cobri o meu rosto com o travesseiro para evitá-la. Minha cabeça estava explodindo.

- Pediram para entregar isso para você. – Escutei a voz de Edward dizer. Descobri o rosto e olhei para ele, que estava em pé com um pequeno buque de flores do campo nas mãos e um cartão.

- Pra mim? – Franzi o cenho, me sentando na cama – Tem certeza que não erraram de apartamento?

- Tenho.'' Isabella Swan.'' Acho que é você. – O tom de voz de Edward me assustou. Franzi o cenho novamente para ele, e peguei o cartão que ele segurava.

‘’ Para a melhor secretária que alguém já teve.

Dr. Charles’’

Não pude deixar de sorrir, era um gesto bastante carinhoso. Ao olhar as flores que Edward segurava, meu sorriso sumiu. Edward não parecia nada feliz.

- O que houve?

- Nada. Tome as suas flores. – Peguei as flores da sua mão, ainda atenta ao seu semblante. – Vou até cozinha. Beber água. É melhor você se deitar para a dor de cabeça ir embora.

Coloquei as flores com o cartão em cima da cabeceira e me deitei.

- Vai voltar logo? – Perguntei me aconchegando melhor.

- Não sei. – Ao dizer isso, ele saiu do quarto, batendo a porta. 

Ele estava chateado. Isso era um fato. De inicio eu não entendi o porque. Mas um pouco depois conclui que ele podia estar com ciúmes.

Esperei Edward por longos minutos. Sem aguentar mais esperar, me levantei da cama e fui à procura dele. E antes que eu pudesse chegar na cozinha, o encontrei na sala, olhando pela a varanda a vista da rua. Tinha os braços cruzados e o semblante pensativo.

- O que houve Edward? – Perguntei confusa. Vi ele se sobressaltar, e se virar um pouco para me olhar.

- Nada. – Voltou para sua posição inicial: Olhando pela janela, me ignorando totalmente.

- Você é ridículo. – Desabafei balançando a cabeça. Meu comentário o fez virar-se totalmente para mim.

- Eu?

- Sim. Você! – Respondi ficando realmente chateada. Eu não havia feito nada para que ele estivesse daquele modo. – De repente muda e diz que não é nada?

Ele não respondeu. Apenas suspirou e voltou a olhar para a rua.

- Irei ir dormir. Estou cansada demais para isso. 

Voltei para o quarto e me deitei. Fiquei na expectativa, esperando que ele voltasse. Porém ele não voltou. Logo desisti e me convenci que ele realmente não voltaria. Tentei ignorá-lo mentalmente e me concentrar para dormir. Minha dor de cabeça havia passado, mas eu estava morrendo de raiva. Como ele podia ter mudado assim tão de repente? Eu não havia feito nada! Mesmo que ele realmente estivesse com ciúmes, seria muito infantil da parte dele.

- Me desculpe – Escutei a sua voz dizer no escuro. Abri os olhos, um pouco assustada por ter sido pega de surpresa e suspirei.  Edward deitou-se ao meu lado e inclinou-se para depositar um beijo demorado em minha testa. – Eu sou um babaca.

- Sim. Você é.

Ele riu. Fiquei feliz em escutar esse som.

- Eu fiquei... Com ciúmes.

- Percebi. – Sorri no escuro e me aconcheguei em seus braços. – Mas nunca lhe dei motivos para isso.

- Eu sei – Suspirou – É que...

- O que? – Incentivei quando ele não continuou.

- Nada. Só não quero perder você. – Ao dizer isso me apertou com mais força em seus braços.

- Não vai seu bobo!  - Beijei seu pescoço, fazendo um barulho estalado. Ele riu – Deixe de besteira.

- Ok. – Ele riu e suspirou novamente. – Vai ficar tudo bem. 

Não entendi o que ele quis dizer, porém eu já estava sonolenta o bastante para continuar aquela conversa. Fechei os olhos, me aconcheguei melhor e inalei o cheiro de Edward. O seu braço envolta do meu corpo era confortante e pouco depois eu caí no sono.

Aquela noite eu tive um sono muito agitado. Sonhei com diversas coisas, vários momentos com Edward e minha família que nunca haviam acontecido. Acordei de madrugada e demorei um pouco para voltar a dormir. Quando acordei novamente pude perceber que já havia amanhecido. Olhei para Edward que dormia tranquilamente ao meu lado e ofeguei com as diversas lembranças que invadiram a minha mente. 


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Notas finais do capítulo

Chegou a hora. Eeeeeeeeeee agora?
#medesculpeoserros