Por Todas As Manhãs escrita por And


Capítulo 3
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Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo fresquinho...



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– Não esperava encontrar você aqui. – Disse a voz grossa completamente surpresa. Desviei o olhar do meu prato e encarei a pessoa em pé perto da minha mesa – Posso me sentar com você?

Engoli a comida que estava presa em minha garganta e abrir um sorriso nervoso para ele. Que hoje vestia apenas uma calça jeans e uma blusa xadrez branca com azul.

- É claro. – Falei. Com tantas cadeiras pelo restaurante, ele precisava sentar comigo? Ele não percebia que eu o mal conhecia? Ele não percebia o quanto me deixava nervosa?

Ele sorriu e puxou a cadeira para se sentar de frente para mim.

- Não importa que eu jante com você né Bella? Não gosto de jantar sozinho. – Falou tranquilo, como se fossemos amigos há séculos.

- Você lembra. – Sussurrei surpresa.

- Lembro de que? – Perguntou tentando entender.

- Meu nome.

- Ah, claro! – Ele sorriu envergonhado e depois sua expressão tornou-se divertida – Por quê? Você não se lembra do meu?

Como se eu pudesse esquecer!

- Claro que lembro, Edward.

- Ah, que bom. – Ele sorriu feliz. Achei graça daquilo – É bom lembrar o nome do cara que salvou a sua vida.

- Você quer uma recompensa? É só falar. – Brinquei abrindo um meio sorriso.

- Na verdade eu quero. – Ele disse sério, e eu parei de respirar. Ele não estava brincando? O que aquele homem iria querer? Eu não tinha dinheiro! Já ele parecia ter muito...

- Sério? E o que você quer? – Perguntei baixinho, erguendo uma sobrancelha.

- Depois que eu jantar. Estou morrendo de fome!

Respirei tentando-me tranquilizar, e voltei a comer assim que o garçom trouxe o que ele havia pedido. Conversamos banalidades enquanto comíamos. Ele contou que trabalhava como advogado e morava em um prédio que havia perto dali. Comentou o quanto gostava do seu trabalho, e que às vezes trabalhava em alguns casos de graça, apenas para ajudar. O que me deixou bastante surpresa.

- Você fala com muita paixão o que você faz. Você realmente adora. – Comentei quando acabamos de jantar e ficamos apenas conversando, enquanto eu tomava minha coca e ele seu suco de laranja.

- Com certeza. – Ele sorriu imensamente – E você? O que faz?

- Trabalho em uma biblioteca por enquanto. Ainda não me formei em nada.

- Mas pretende, eu creio.

- Sim. – Sorrir envergonhada. Eu estava de frente a um homem bastante novo, mas que tinha sua vida totalmente completa. Já era formado, tinha um emprego e parecia ser realizado financeiramente... Tudo que uma pessoa sonhava em ser. E eu? Bom, o máximo que eu tinha era um simples trabalho como limpadora de poeira de livros.

Ele voltou a falar, e não parou nem por um minuto. Contou sobre a sua família, a época do colegial, sobre seu irmão e o quanto tapado às vezes ele era...

Contou às traquinagens que ele havia aprontado quando criança, o que me fez rir alto várias vezes, sem me importar com as pessoas ao meu redor. Outra pessoa no meu lugar poderia estar entediada com a tagarelice de Edward. Mas eu não, estava totalmente encantada com as suas histórias.

- Então... Eu quero como recompensa, sair com você. Que tal? Para um jantar.

- Sair? – Perguntei surpresa com o seu pedido.

- É. – Ele respondeu simplesmente com um sorriso tranquilo no rosto.

- Como um encontro?

- Aí você que sabe! Eu não me importaria.

- E você nem se dá o trabalho de perguntar se eu tenho namorado? – Eu ri, tentando provocá-lo.

Ele de repente congelou assustado. E segundos depois respirou fundo, se recompondo.

- Porque você não falou, e acho que você não tem.

- Por quê? Tem algo de errado em mim para que eu não possa ter um namorado?

- Não! – Exclamou rapidamente – Não é nada disso...

- Ah bom...

- Então você não tem né?

- Não. – Respondi tentando não sorrir.

- Ah, então está tudo bem. – Concordou feliz.

- Mas eu estou apaixonada. – Passei as mãos nos cabelos e suspirei, fazendo cara de sonhadora.

Edward transformou-se em uma estatua de gelo. Sua expressão chegava a ser pasma, ele estava branco que nem papel.

- O que houve? – Perguntei tentando entende-lo.

- Está falando sério?

Ergui a sobrancelha vendo seu estado assustado. Mordi a bochecha tentando não rir.

- Não.

- Ah bom. – Ele suspirou passando as mãos nos cabelos bagunçados.

- Você não é nenhum psicopata não, não é? – Perguntei rindo, só para ter certeza.

- Claro que não! – Arregalou os olhos e depois riu – Por quê?

- Bom, você é um desconhecido. Preciso saber.

- Faz mais de 1 hora que estou falando da minha vida. Acho que já não sou tão desconhecido assim...

- Estão tudo bem. – Me rendi.

- Isso quer dizer que... - Deixou a frase no ar, com os olhos esperançosos.

- Tudo bem. Eu aceito ir jantar com você. De qualquer forma, acho que não tenho muita escolha.

- Que ótimo! – Ele sorriu imensamente com os olhos arregalados. Sacudiu a cabeça tentando se tranquilizar – Quer dizer, que bom. Vai ser legal.

Rir achando graça daquele homem diante de mim. Como ele podia ter conquistado a minha simpatia de modo tão rápido? Isso não era normal.

- Espero que sim.


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Notas finais do capítulo

Eaí, o que acharam? :)
Comentem.