Shall Never Surrender escrita por Light Angel


Capítulo 9
Chapter VIII - Hunt


Notas iniciais do capítulo

Heeeey my demons! Como vão? Tudo bem? Então, hoje é sábado e tem mais um capítulo aqui para vocês. Enfim, como a minha vida está muito calminha sabe (~le sarcasmo~KK), ta cada vez mais difícil para eu escrever. Mas estou fazendo o possível, afinal, é difícil abandonar uma paixão como essa. Vou fazer o possível para agrada-los. Espero que gostem desse cap, que eu dedico a todos os meus lindos leitores! Amo vocês ♥



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A noite virou, mas eu não consegui dormir nem uma vez.

Lady havia me levado até um dos aposentos da empresa, mas eu não conseguia sequer pregar o olho.

Todos aqueles acontecimentos eram demais para minha mente.

O desaparecimento de Nero, a invasão de demônios que eram considerados invencíveis e a ascensão de um ser maligno prestes a dominar de vez Broken Island. Isso, e depois com certeza, ele iria querer dominar o mundo.

Porque é claro que esse é o plano de todos os vilões maléficos. Senão eles não seriam chamados de vilões. Deveria estar escrito em algum manual ou coisa do gênero.

Suspirei cansada.

Esses pensamentos deveriam ser a prova de que eu não estava batendo bem da cabeça e precisava descansar.

Ok. Fale isso para a minha mente que se recusa a me obedecer.

Aconteceu que as horas foram passando e de repente, o dia começou a clarear. Furtivamente, observei pela janela, o movimento da cidade.

Essas horas, as cidades começavam a acordar. Com crianças indo para a escola, adultos indo trabalhar e até mendigos indo pedir alguma esmola.

Mas não vi nenhum sinal de qualquer atividade. Qualquer movimento.

Nada.

Simplesmente estava tudo quieto, a não ser pelos demônios que estavam circundando o perímetro norte da cidade, um pouco afastado da empresa.

Eles pareciam não se incomodar com a luz e eu me lembrei que eles podiam simplesmente conviver tanto no dia quanto na noite.

Limbo havia sido tomada, como Fortuna. Imaginei que Bellone já estava perdida, pois era menor e mais frágil do que Limbo.

Lágrimas escorreram de meus olhos quando pensei em Kresh e Devonne.

Aquele casal bondoso que havia perdido a única filha para uma escória demoníaca, agora poderiam ter tido o mesmo destino.

Eles haviam feito tanto por mim e eu nem consegui agradecer de uma forma mais convicta.

Enterrei o rosto entre os joelhos e me perguntei quando aquilo iria acabar. Mas sem nem cogitar a possibilidade, eu percebi que já conhecia a resposta.

Éramos domados por esses seres desde que me conheço por gente. Mas como eu vivia na proteção do Castelo de Fortuna, eu nunca parei para pensar na gravidade da situação.

Mas ela estava lá. Sendo esfregada bem no meio da minha cara.

Meus pais foram assassinados por demônios bem na minha frente, quando eu tinha apenas cinco anos.

Por mais que treze anos houvessem se passado, aquela imagem nunca mais sairia de minha mente.

Credo e eu sobrevivemos, mas foi por um triz. E então, fui levada junto com meu irmão para o Castelo, onde passou a ser meu novo lar.

Nunca mais eu pude ver de perto os demônios, pois achava que estava sendo protegida.

Foi lá onde conheci Nero, que estava com sete anos na época. Ele era uma criança esperta e quieta, que não gostava muito de brincar ou conversar.

Credo havia me contado de que Nero estava lá desde bebê, onde foi achado na porta dos fundos do Castelo, na ala dos empregados.

Uma das empregadas havia encontrado o bebê chorando desesperado, faminto e desprotegido. Naquela noite, os demônios estavam atacando com força total.

Se o bebê continuasse ali, logo viraria alimento para os monstros.

Nero foi criado até os dez anos como um garoto comum, filho dos empregados. Enquanto que eu fui criada na ala nobre, pois meu irmão era capitão da guarda papal.

Até que Credo percebeu o talento nato do menino com artes marciais e combates com esgrima. Pouco tempo depois, ele foi levado para ser seu aprendiz.

Mas foi sempre assim. Nero e eu nunca vivemos no meio daquele terror todo, que eu tenho certeza de que prevalecia desde antes de eu nascer.

Ele já os havia enfrentado em muitas missões. Mas eu nunca participei de nenhuma delas e muito menos vivenciei alguma.

Agora estava perdida, completamente sozinha e no meio de um monte de monstros famintos por vingança.

Porque agora eles estavam sob o comando de Sanctus, governando lá dentro do abismo inferior.

Todas as cidades da ilha foram tomadas e agora eles partiriam para os continentes próximos, devastando tudo o que podiam.

Eu não era muito boa em matemática, mas pelos meus cálculos, se eles continuassem nesse ritmo, em trinta dias, teriam o mundo a suas mãos. E então, o Supremo Velhote do Mal daria o seu precioso Game Point.*

Percebi de imediato que não era para Fortuna que deveríamos voltar. Pra que retardar o processo quando ele está sendo esfregado bem na nossa cara?

Deveríamos ir até os portos de Limbo, aonde os demônios iriam partir para os continentes próximos. E se eu estava correta, logo mais eles estariam próximo aos Estados Unidos, a maior nação capitalista do mundo.

Se domassem a América do Norte, o mundo estaria destituído. Países cairiam, guerras aconteceriam e os demônios tomariam conta de todo o perímetro mundial.

Eles não podiam passar dos portos. Eles não podiam chegar até o final. Se estragaram aqui, que ficassem aqui. Não poderiam ir adiante.

Levantei de súbito, com a adrenalina correndo a cem quilômetros por hora em minhas veias. Ainda era muito cedo para tomar qualquer decisão, mas quanto mais tempo demorássemos, mais tempo eles teriam de vantagem e então...

Lady! – Esmurrei a porta de seu quarto com força. – Precisamos ir. Agora!

Ouvi um xingamento abafado vindo de dentro do quarto, mas não me importei. Eles não poderiam partir.

Tive a minha confirmação assim que olhei pela grande janela no fundo do corredor. Os demônios estavam todos indo para a mesma direção. A direção dos portos.

– LADY! – Berrei apavorada.

O que é que você quer, menina insolente? – Ela aparece na porta, seus olhos bígamos em pura fúria. Recuei alguns passos diante daquela reação, mas sabia que ela não iria fazer nada comigo. Ainda.

– Lady, me desculpe, mas... Cometemos um engano! – Arfei, minha cabeça girando com as novidades eminentes. – Precisamos sair daqui agora. Antes que seja tarde demais para todo o mundo!

Ela me olhou com descrença e irritação, e então com um suspiro pesado, expliquei o que eu havia percebido e então mostrei a janela para confirmar minhas suposições.

Os olhos dela encheram-se da compreensão repentina e ela pareceu perceber que a situação era mais grave do que ela imaginava.

Sem dizer nada, ela entrou correndo em seu quarto e trocou rapidamente de roupa, já com as metralhadoras nas costas.

– Acorde Dante e Trish – Ela disse apressadamente. - Explique o plano a eles. Se corrermos agora, talvez consigamos retarda-los. Eu vou na frente.

Assenti, compreendendo. Mas de repente, uma lembrança veio em minha mente.

– E o que faremos com eles? Eles são indestrutíveis, lembra?

Ela assentiu, compreendendo.

– Eu sei. Você não se lembra de quando eu fiquei para enfrenta-los? Tudo o que pude fazer foi retarda-los, para eu conseguir chegar em segurança. Mas temos alguma chance. Eles podem usar embarcações e...

– E nós podemos destruí-las! – Gritei entusiasmada. Destruindo as embarcações, poderíamos ter alguma chance de atrasa-los, mas não impedi-los. Teríamos que dar duro para que eles permanecessem na ilha.

Lady sorriu sinistramente com o plano. Parecia letal e mortalmente perigoso, e esse era realmente o seu estilo.

Correndo como o vento ela saiu da empresa o mais rápido possível e eu fui fazer a minha parte. Em pouco tempo, estaríamos em uma perseguição letal e desesperadora, sem saber se sairíamos vivos. Tudo o que sabíamos era que precisávamos que eles permanecessem na ilha.

E o que era melhor do que quatro sobreviventes fresquinhos para demônios retardados, porém fortes e destrutivos?

Respirei fundo enquanto corria para acordar o restante do grupo.

A caçada iria começar.


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Notas finais do capítulo

* Game Point: Última tacada no jogo de tênis com vantagem de 40 a 00 para o lado vencedor. É como o ponto final invicto!
HEEEY! Gostaram? Enfim, queria dizer que o cap 9 ainda está meio atrasado devido a minha semana, mas vou tentar traze-lo terça. Até lá, eu quero que vocês tenham um ótimo resto de fim de semana e por favor, deixem reviews. E fantasmas, eu sei que vocês existem. MUHAHAHA ~le apanha~ Enfim, até maais, demons! Love U!



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