Shall Never Surrender escrita por Light Angel


Capítulo 8
Chapter VII - Game


Notas iniciais do capítulo

Heeeey my demons! Como estão? Então, hoje é terça-feira e eu estou lançando mais um! Bem, então é isso, mas no final tem aviso ok? Então, boa leitura e nos vemos nos avisos finais! ♥



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Filho de Vergil. Nero era mesmo o filho prometido de Vergil.

Agora tudo fazia sentido. Seus poderes maiores do que o normal, ele ser reconhecido como o descendente do sangue de Sparda... Ele era neto de Sparda.

O legítimo dono de Yamato. A única espada capaz de fechar de uma vez por todas aquele pesadelo. E agora Nero e Yamato estavam em posse dos inimigos.

Ou seja... A menos que conseguíssemos tira-los de lá, tudo estaria perdido.

Os ataques aumentariam, o mundo se reduziria a pó e Sanctus iria se reerguer de vez, conseguindo fazer tudo o que planejou.

Claro. O desaparecimento de Nero não era em vão. Se ele estivesse em posse das forças inimigas, não teria mais como nós vencermos.

Lágrimas de ódio surgiram em meus olhos e eu respirei fundo para não derrama-las. Não poderia me dar ao luxo de chorar justo agora. Precisávamos agir.

– Então – Murmurei cansada. – Você tem alguma ideia de onde ele possa estar?

– Sim – Ele murmurou pensativo. – Provavelmente ele deve estar preso em uma das dimensões inferiores. Temo que... Se quisermos resgatar Nero, devemos ser rápidos.

Assenti, mas não era a isso que ele queria chegar. Felizmente Lady se interpôs na conversa.

– O que ele quer dizer, Kyrie, é que... Se não resgatarmos Nero a tempo... Ele vai morrer.

Meu coração palpitou dolorosamente. Disso eu já sabia. Mas ainda assim...

– Sanctus quer usa-lo em seu primeiro sacrifício... O sangue de Sparda derramado a seus pés. Ele precisa matar Nero se quiser vencer. O único descendente direto do fiel escudeiro de Yamato. A única espada capaz de fechar os portais do submundo e acabar de vez com os planos de Sanctus.

– Como sabe de tudo isso? – Eu perguntei em meio a dor em meu coração. Eu não temia por minha vida, mas temia pela dele. – Como sabe sobre tudo? Disse que precisava de minha ajuda e...

– Sim. Realmente eu precisava. Para confirmar minhas previsões. Agora que já estão confirmadas, eu posso realmente ter certeza.

Sufoquei um grito. Não conseguia suportar todo aquele inferno em minha mente, ainda mais com Nero correndo perigo.

Dante franziu as sobrancelhas por um minuto e começou a andar em volta do aposento. Pensativo, ele parecia estar alheio a mim e Lady na sala, mas não totalmente alheio.

– Lady – Ele murmurava entre um passo e outro. – Quantos demônios exatamente estavam a solta agora?

– Nem posso imaginar, Dante... – Ela olhou para baixo, com os olhos marejados. – Parece que a cidade foi tomada. Os demônios estão invadindo prédios, incendiando casas... E nem pude fazer nada.

– Sobreviventes? – Ele perguntou com um rosto franzido e cansado.

– Todos os sobreviventes estão fugindo para os portos, mas tenho certeza de que não vão conseguir. Os demônios cercaram todo o perímetro. A menos que façamos algo depressa, toda Broken Island vai ser conquistada.

Meus olhos encheram-se de lágrimas, mas consegui manter expressão firme.

– Fortuna foi conquistada – Lembro com um grande pesar.

Dante e Lady assentiram em sincronia, um olhando para o outro.

– Parece que não é agora que vamos poder descansar um pouco – Ele ri. – Mas o que seria de nossa vida se não tivéssemos um pouco mais de aventura?

– Um tédio – Uma nova voz feminina concorda.

Viro-me para ver quem é a dona da voz, sem estar muito surpresa. Uma mulher alta e loira aparece, com uma exagerada roupa justa de couro e olhos azuis brilhantes e atentos.

Sua calça parecia cair muito bem com seu corpete justo e seus cabelos desciam em uma cascata rebelde por todo o perímetro de suas costas. A julgar por seu rosto, diria que era muito bonito, quase... Desumano.

Dante olha para ela de cima a baixo, sem perder nenhum detalhe. Mas, depois, cai na gargalhada.

– Olha só quem resolveu aparecer! – Ele exclama. – Voltou de férias, querida?

– Engraçadinho – Ela desdenha. A mulher dá uma volta completa no aposento, antes de se acomodar no canto da grande mesa de mogno. – Sabe muito bem que eu estava em missão, logo após esse ataque repentino.

A mulher de repente crava os olhos em mim, como se já me conhecesse. Ela dá um breve sorriso de canto em minha direção, sem nem ao menos desviar seus grandes olhos azuis.

Desconfortável, desviei o olhar. Mas ela continuava me encarando. Depois de uma longa pausa, ela vira-se na direção de Dante com as sobrancelhas erguidas.

Ele dá de ombros, como se não fosse grande coisa, mas ainda assim ele se dá ao trabalho de falar.

– Esta é Kyrie, uma das sobreviventes do ataque a Fortuna. Ela é irmã de Credo, o líder da guarda da Ordem da Espada.

– Sei quem ela é – Ela interrompe, dando um pequeno sorriso em minha direção. – Você se esqueceu de que, por um breve período, eu trabalhei com o irmão dela?

Claro! Ela só poderia ser Gloria. A agente que estava se infiltrando na Ordem, para descobrir os planos macabros de Sanctus.

Pela segunda vez, Dante deu de ombros e olhou para mim.

– Kyrie, esta é...

– Sou Trish – Ela interrompeu. – Prazer em conhecer você, queridinha.

Assenti com a cabeça, retribuindo o gesto. Mas minha mente estava em outro lugar. Eu não conseguia me sintonizar em dois planos ao mesmo tempo, sendo que agora poderíamos nem ter mais chance.

Todas aquelas pessoas... Fortuna, Bellone, Limbo...

Kresh, Devonne, Maliky, meus amigos em Fortuna... Nero...

Ele estava correndo um grave risco, mesmo sendo quase impossível salva-lo. As cidades estavam sendo tomadas, pessoas estavam sendo mortas ou desabrigadas... E Sanctus estava se reerguendo.

Meu ódio por aquele velhote só cresceu ainda mais. Eu não estava furiosa por ter sido sequestrada e quase sido morta por ele.

Estava furiosa porque ele usou isso para atingir Nero. Fazendo tudo isso, ele sacrificou milhares de vidas inocentes, incluindo meu irmão.

Por causa daquele demônio, eu estava sozinha. Sem minha família, meus amigos e todos que eu amo.

Eu queria a morte daquele cara. Mais do que qualquer pessoa naquele mísero mundo mortal. Mas eu não queria a morte dele. Eu queria enterrar o meu ódio em seu coração.

Tudo o que ele havia feito a mim e a todos que eu amava, ele iria pagar.

Eu estava alheia à conversa ao meu redor, até que ouvi o nome de Nero ser mencionado.

– Nero? – Trish indagou, com um olhar distante. – Como aquele rapaz conseguiu ser vencido? Ele é praticamente invencível.

– É isso o que estamos querendo saber, Trish – Dante suspirou. – Mas acho que já encontramos a resposta.

– Pelo que parece, tudo isso é proposital. – Lady suspirou. – Sanctus está por trás disso tudo. Esses demônios foram criados exatamente por ele, com capacidade de conduta invencível. Foram criados exatamente para derrotar Nero.

– Ligando os pontos, vocês querem dizer que tudo isso foi feito apenas para capturar um garoto? – Trish levantou as sobrancelhas, incrédula.

Um calor cresceu dentro de meu peito, e meus olhos se curvaram. Como ela ousa falar assim dele? Ele não era só um garoto.

Dante parece que não gostou do insulto ao sobrinho também.

– Ele não é só um garoto, Trish. Ele é como nós. Como... Eu. – Ele não parecia capaz de dizer o nome do verdadeiro pai de Nero, Vergil. Parecia mais confortável para ele se Nero fosse comparado com ele mesmo. – E é o único capaz de por fim nisso, por isso teve que ser domado.

Ela deu de ombros, como se o comentário não fosse nada demais.

Eu estava me cansando daquela conversa, então decidi perguntar.

– Tudo bem. Estamos todos a par da situação, mas agora, o que faremos? Aposto que a cada segundo que passamos aqui, a situação fica pior ainda lá fora.

Eles olharam para mim, diferenciando cada olhar. Por fim, foi Dante quem quebrou o silêncio.

– Ela está certa. – Ele suspirou. – Mas ouça Kyrie, não podemos fazer nada neste exato momento. Os demônios estão com força total lá fora, e duvido que eles deixem a cidade, mesmo no amanhecer. Parecem ter tomado conta. Mas teremos uma vantagem à luz do dia.

Assenti, desanimada. Claro que não poderíamos ir agora. Estaríamos arriscando a vida e não conseguiríamos cumprir nem metade daquilo que planejamos. Não seríamos de muita ajuda, pressuponho.

Mas a minha impaciência não me deixava tão cedo e eu estava longe de ter minha curiosidade saciada.

– E então...? – Indaguei.

Dante, Lady e Trish riram. Eu parecia uma criança assustada fazendo demasiadas perguntas, mas o que eu podia fazer? Tudo aquilo já estava mesmo virando um grande jogo. Um jogo do qual eu não me sentia confortável para jogar.

– Iremos até onde tudo começou, lógico. – Dante explica como se não fosse nada demais.

Era óbvio. O jogo ia virando cada vez mais, e os dados não estavam muito a meu favor.

O que significaria que voltaríamos a Fortuna.


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Notas finais do capítulo

E entããão? Gostaram? Bem, antes de me despedir, eu queria dar um aviso.
Devido a minha escola e a minha situação de vestibulanda, eu não consegui arrumar tempo pra escrever. Por isso, estou ficando sem caps e talvez eu precise escolher novamente um dia por semana. Vida de terceirão é foda né? ¬¬
Mas, por enquanto, não é nada certo. Mas sábado eu vou avisar se eu lanço terça ou só no proximo sabado mesmo!
Bem, me desculpem. :/ mas ainda assim, vou continuar com a fic até o final! E lançar no tempo! Então, bem, até sabado! Beeeeeeeeijos '-'



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