Shall Never Surrender escrita por Light Angel


Capítulo 5
Chapter IV - Limbo


Notas iniciais do capítulo

Heeey my demons ♥ Como estão? Enfim, aqui está mais um cap pra vocês, como prometido, mas antes tenho alguns avisos (:
*Primeiro: A cidade aqui chama Limbo, mas não tem nada a ver com a dimensão de DmC: Devil May Cry. Eu apenas pus o nome para homenagear a série, mas é uma cidade apenas. O jogo continua a partir do final do IV, portanto, o quinto jogo não está presente nesse ponto. (:
*Segundo: Com a escola a todo vapor, não tive muito tempo para escrever, então eu não sei se poderei manter o mesmo ritmo de lançar dois caps por semana, talvez terei que voltar a lançar só de sabado mesmo. Mas por enquanto eu vou manter o ritmo. Então, terça tem cap LOL ♥
enfim, não vou prolongar muito mais, agora é so aproveitar!! hahahah boa leitura, queridos ♥



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A cidade aonde eu vim parar se chamava Bellone. Ela ficava a quase meia hora de Fortuna, então pressupus que poderia estar longe de meu destino.

Eu precisava ir até Limbo, mas do jeito que as coisas estavam, eu demoraria um século para chegar até lá.

Havia repensado todos os meus planos, mas ainda assim, não eram muito favoráveis. Nero poderia não ter mais tempo e ainda assim, eu também deveria ter menos ainda.

Minha clavícula estava bem melhor, mas ainda doía se eu a esforçasse muito. Meus ferimentos estavam melhorando, mas não totalmente curados. Mas assim que pude andar novamente, fiz questão de continuar minha missão.

Esses ferimentos não seriam páreos para me parar, nem por um segundo. Já havia esperado demais.

Bellone era uma cidade um pouco maior do que Fortuna e também menos clássica. Ela era mais atual, com alguns detalhes rústicos, mas nem tanto.

Fortuna fazia fronteira com mais duas cidades, Bellone e Limbo. As três cidades, sendo Limbo a maior delas e Fortuna a menor, compunham-se em uma grande Ilha. Esta ilha, denominada Broken Island, ficava no sudoeste da costa do Pacífico, um pouco afastada da civilização mundial.

Vendo isso, comecei a pensar em como faria para ir até Limbo. Kresh me dera uma carona até a rodoviária local, um pequeno terminal aonde possuíam apenas três ônibus. Seria difícil eu conseguir algum, mas felizmente, havia um para Limbo.

E surpreendentemente, ele não estava cheio. Vai ver a cidade não era lá muito turística, vai saber?

É claro que não era dessa forma. Limbo era a maior cidade de Broken Island, e hoje já não era mais tão sombria assim. Por algum motivo, Limbo era uma das melhores cidades para se viver.

O que me parecia muito estranho.

Quando entrei no ônibus para embarcar até Limbo, meu coração começou a acelerar. Eu nunca havia ido mais longe do que Fortuna em si e talvez minha missão pudesse fracassar.

Eu não tinha cem por cento de certeza que iria conseguir a informação de que precisava e muito menos de que eu conseguiria sozinha, chegar até lá.

Não sabia mais de nada. O que talvez pudesse estar resolvido acabou por ficar ainda pior. Como um último capítulo.

Eram quase duas horas até a capital de Broke Island, então resolvi descansar um pouco. Mas quem diria que eu iria conseguir com a adrenalina naquele nível?

Fiquei acordada a viajem inteira, sem nem ao menos conseguir cochilar um pouco. Frustrada, desci do ônibus e observei o local onde me encontrava.

A rodoviária de Limbo era pelo menos dez vezes maior do que a de Bellone, e bem mais equipada e moderna.

Limbo era uma cidade grande, comparada a Fortuna e Bellone, bem mais avançada e muito mais movimentada.

Costumávamos ouvir que há muito tempo atrás, Limbo era escravizada por Mundus, um demônio altamente poderoso que fora inimigo mortal de Sparda e Dante.

Quando Dante era mais jovem, ele derrotou Mundus e libertou a cidade, mas mesmo assim, nunca saiu dela. Era como se temesse que aquilo tudo poderia acontecer novamente. Como quando Sanctus e The Savior tentaram dominar Fortuna e embarcar para toda a Ilha.

Caminhando por entre as ruas movimentadas da cidade, percebi que iam ficando mais desertas a cada minuto. Parecia que a cidade também possuía um toque de recolher e ao cair da noite, demônios atacariam.

Mas por que tudo isso? Por que esses ataques?

Não era para tudo estar resolvido? Ter acabado?

Eu estava começando a pressentir que Limbo não seria mais segura do que Fortuna à noite, se eu não me apressasse.

Encontrar um pequeno escritório do qual a finalidade era matar demônios dentro de Limbo era a mesma coisa do que procurar uma agulha em palheiro. E eu tinha apenas uma hora antes do por do sol.

Já estava me desesperando, quando avistei algo. Ou alguém. Era uma mulher, na faixa etária dos vinte e cinco anos. Era alta, com um corpo exuberantemente em roupas mais curtas do que o normal.

Seus cabelos pretos repicados eram pretos e lustrosos, e ela usava uma roupa branca exageradamente vulgar, com um decote poderoso entre os seios e um micro shorts destacando suas pernas.

Suspirando de alívio, eu a reconheci imediatamente. Eu a havia visto uma vez, inspecionando a Ordem enquanto Nero estava em uma missão, caçando Dante.

Ela era conhecida como Lady.

Pensei em chamar a sua atenção ou ir falar com ela, mas ela era esperta. Não poderia simplesmente dizer que a conhecia, sendo que ela nunca me havia visto nem uma vez sequer.

E eu nem sabia se ela iria até o escritório.

Mas eu não tinha alternativa. Precisava seguir em frente. Então, optei por seguir Lady.

Comecei a segui-la imediatamente. Ela virava ruas como se estivesse em um desfile, andando majestosamente como se as ruas e as calçadas fossem uma passarela.

Atraía muitos olhares de homens, gracejos e elogios. Até algumas mulheres olhavam para ela. Algumas com descrença, outras com inveja e até mesmo havia alguns olhares desejosos.

Lady caminhava tranquilamente entre as ruas, como se não possuísse pressa alguma. Comecei a ficar desanimada. Talvez ela não estivesse indo até o escritório, afinal.

Mas aí, percebi que Lady estava andando mais rápido, indo para uma parte mais afastada da cidade. Franzi as sobrancelhas, pensando melhor.

A noite estava caindo e logo o toque seria acionado. As ruas estavam quase desertas agora. Mas Lady não demonstrava nenhuma preocupação. Andava tranquilamente entre as ruas, como se estivesse em um maravilhoso passeio de fim de tarde.

Trinquei os dentes quando percebi que a segui demais.

Ela estava na parte mais afastada do centro da cidade, indo para um local afastado. Um arrepio percorreu minha espinha.

Ela sabia que estava sendo seguida.

Idiota! Murmurei em minha mente. Esqueci que Lady é uma caçadora nata.

Respirando fundo, comecei a virar a direção. Precisava escapar daquela região, afinal o tempo estava acabando.

- Não tão rápido – Ela murmurou ainda andando calmamente.

Prendi a respiração. Ela estava armada. E mesmo se não estivesse. Lady era uma lutadora muito experiente. Acabaria comigo em questão de segundos.

Devagar e calmamente, ela virou-se para mim, com um sorriso em seus lábios perfeitos. Estava com óculos dourados, mas os havia retirado.

Quase ofeguei quando olhei em seus olhos. Eram diferentes, mas ainda assim, penetrantes. Ela possuía o olho da direita com um intenso verde azulado e o da direita, com um vermelho vivido.

Eles estavam em alerta, com um brilho voraz e divertido. Seus lábios estavam curvados em um sorriso sarcástico.

Involuntariamente, tremi.

Lady deu uma risadinha e deu um passo furtivo em minha direção. Não me movi. Não poderia demonstrar sinais de medo ou pânico. Isso só pioraria as coisas.

- Garota esperta – Ela comentou. – Mas posso saber o porquê de estar cometendo tamanha burrice?

Suspirei fundo, a esperança sumindo de meu coração. Lady era uma caçadora, ela nunca me perdoaria por tamanha futilidade. Eu estava morta.

- Vai em frente – Ergui as mãos, derrotada.

Ela franziu as sobrancelhas em um arco, com um escárnio em forma de sorriso em seus lábios.

- Corajosa – Ela murmurou. – E eu posso ter a honra de saber quem eu vou matar?

Suspirei. Não tinha mais nada a perder. Já que eu iria morrer mesmo, rezei em uma prece silenciosa para que Nero pudesse se salvar. Ele era forte, iria sobreviver.

- Kyrie.

- Ah! – Ela me olhou surpresa. – Você não é irmã de Credo, o líder da Ordem dos Cavaleiros da Espada em Fortuna?

Encabulada, dei de ombros.

- Então... Por que está aqui? Por que não está em casa, com a Ordem? E que diabos deu na sua cabeça para me seguir, garota?

Encarei-a com um brilho desafiador nos olhos. Estava começando a me irritar.

- Não é óbvio?

Ela me olhou séria e demoradamente, antes de conseguir dar uma gargalhada ruidosa.

- Você tem muito senso de humor, garotinha. Mas ainda não respondeu minha pergunta.

- Fortuna está destruída! – Explodi furiosa. Como essa idiota conseguia zombar de uma situação como essa? – Fomos atacados, estamos exilados e destruídos. Os sobreviventes fugiram, muitos morreram e os demônios tomaram posse do lugar. Consegui fugir de um ataque, mas foi por pouco.

- Espere um minuto, Kyrie. – Ela disse dessa vez com um rosto extremamente sério. – Eu pensei que Fortuna estava livre desses ataques. Trabalhamos muito para mantê-la a salvo.

- Eu juro que não sei o que está havendo! – Exclamei em voz alta, erguendo as mãos desesperada. – Parecia que tudo estava em extrema paz, até que houve um ataque repentino de demônios. Nero foi combate-los e...

- E? – Ela incentivou.

- E desapareceu. – Suspirei derrotada, supostamente a um ataque repentino de lágrimas.

Lady suspirou profundamente antes de baixar a arma que estava segurando.

- Foi por isso que veio até aqui, garota?

- Supôs que... Que as respostas pudessem ser esclarecidas aqui. Afinal... Tudo está sem sentido algum.

Ela andou ao redor do terreno, me observando cuidadosamente. Baixei os olhos, constrangida. Estava me sentido como uma peça a ser observada e não estava gostando de nada disso.

Meditei em minha mente se tudo isso não havia sido um erro.

- Parece que você está ferida, garota.

- Ataque – Murmurei simplesmente.

- Sobrevivente, hã? – Ela riu em minha direção. – Isso é raro.

Mordi minha língua para eu não soltar o que era raro em alguma de minhas opiniões. E elas não eram nem um pouco cordiais em uma conversa civilizada.

- E você espera que eu possa te ajudar, garota?

Bufei contrariada. Lady sabia ser bem desprezível quando queria.

- Não você especificamente, pode ficar tranquila. – Revirei os olhos. – Mas eu estava pensando se você poderia me dizer como eu posso chegar até a Devil May Cry.

Lady deu uma risada exuberante. Depois ela me olhou com um olhar alternativo, me examinando da cabeça até os pés.

- Bem, garotinha, era para lá que eu estava indo. Até perceber que estava sendo seguida, e como não queria chamar atenção, guiei-a até um lugar deserto. E você foi tão inteligente que percebeu isso só agora, não é mesmo?

Mordi minha língua para não gritar. Ela estava me dando nos nervos e a última coisa que eu queria, depois de ter passado por tudo isso, era ser humilhada.

- Obrigada – Respondi secamente.

- Não há de que – Ela sorriu. – E então, amorzinho, o que mais posso fazer por você?

Bufei contrariada. Não era porque ela sabia lutar bem ou ser uma das melhores caçadoras do mundo, que ela podia me tratar assim. Eu não precisava daquela estúpida. Iria achar a empresa sozinha.

- Nada. Desculpe se eu a incomodei. Mas eu vou continuar sozinha.

E dizendo isso, virei-me, mas ainda assim alerta se ela iria fazer alguma coisa. Não dei nem dois passos quando Lady segurou meu ombro.

- Espere, garotinha – Ela disse, fazendo-me olhar em seus olhos distintos. – Também estou investigando esse caso e talvez você possa ter informações que possam nos ajudar.

- O que? – Eu olhei desconfiada. – Tudo o que eu sei, eu já te disse. Eu quero é apenas uma informação de onde Nero possa estar, só isso.

- Exato, Kyrie. Tudo está interligado. Vamos, vou leva-la aonde você quer. Afinal, sei que não é inimiga.

- Obrigada – Suspirei aliviada. Pelo menos eu poderia ter um pouco mais de esperança dessa vez.

Esperança. Ultimamente, esse sentimento tem estado muito inacessível.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? KKKK, enfim, esse foi o nosso cap! E então, antes de ir, queria agradecer a todos vocês por me darem esse carinho que vocês me dão lendo minha fic!
E eu queria convidar vocês para ler minhas outras fic, em destaque para:
Assassin's Creed: Legião
Stand In The Rain
Enfim, espero reviews e até terça meus demons lindjos! ♥



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