Shall Never Surrender escrita por Light Angel


Capítulo 4
Chapter III - Consideration


Notas iniciais do capítulo

Heeey pessoas! Ai meu Deus, não me matem, eu prometi que ia postar terça, mas é quarta de madrugada, então ta valendo né? KKKK, desculpem mesmo, é que essa vida de terceirão é foda, ainda mais com trabalhos e eu passei mal pra caramba! KKKKKKKKKK (e ngm quer saber, Angel, cala a boca ¬¬)
Enfiiim, cap 3 lançado e assim, tem algumas alterações minhas na história, como um "Universo Alternativo mas nem tanto assim" na fic. Tipo, eu criei cidades novas e peguei as antigas e as transformei de novo. Então, para os fãs, isso não é insulto, é apenas uma forma de expressar o que eu penso. Conheço a história, claro, mas como é fanfic, acho que vale a pena investir não? E sim, não são alterações grandes ok? hahahhaha é pouquinho. Bem, é isso. Boa leitura, pq eu vou dormir que amanhã tenho aula e aprenentação de trabalho (dai-me paciência viu?!)



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– Será que ela vai ficar bem? – Uma voz estava perto. Mas eu não conseguia me mexer para ver.

– Não sei, Devonne. Ela não parece estar nada bem.

Eu não conseguia discernir as vozes, minha cabeça era uma confusão. Estava em um lago fundo, mas aquelas vozes estavam em segundo plano. Queria ignorar, pois eu queria ir mais para o fundo.

Senti uma pressão em minha testa. Olhei em volta, mas nada vi.

– Pobrezinha – Dizia a mesma voz feminina, que fora chamada por Devonne. – Está vendo essas marcas? Só pode ter sido um ataque.

– Mas como? – Uma voz mais grave dentro daquele turbilhão ecoou. – Um ser humano nunca sobrevive a um ataque desse porte.

– Bem, parece que este sobreviveu. – A voz feminina voltou a falar. – Ou melhor, esta.

Senti um repuxo em meu abdômen. As vozes começaram a ficar mais claras. Eu estava subindo a superfície.

De repente, eu senti uma fisgada de ar em minha garganta. Eu consegui sair fora daquele lago profundo, e agora tudo ficava claro. Meus pulmões reagiram e uma luz invadiu meu corpo.

Meus olhos abriram-se lentamente e eu focalizei dois vultos a minha volta.

– Kresh, veja! – A mulher disse. – Ela está acordando.

Comecei a focalizar melhor, e pelo que eu vi, um homem e uma mulher estavam a minha volta. Tinham a aparência cansada, como se já tivessem chegado à meia idade.

O homem colocou a mão em minha testa e sorriu amigavelmente para mim.

– Está tudo bem, querida – Ele disse com uma voz forte e determinada. – Agora está tudo bem.

Olhei em seus grandes olhos castanhos e tentei obter um pouco de esperança. Eu queria agradecer, mas não sabia como. Minha garganta estava muito seca.

– Água – Consegui resmungar.

A doce mulher rapidamente pegou um copo, e dentro dele estava uma água cristalina e na temperatura certa. Nem tão fria, nem tão quente.

O homem me ajudou a sentar enquanto ela colocava o copo em minhas mãos e me ajudava a beber.

Quando aquele líquido entrou por minhas entranhas, contive um impulso de gritar de satisfação. Bebi o copo todo em menos de dois segundos e logo que acabei, pedi.

– Mais!

O homem riu e alisou meus cabelos.

– Calminha aí, mocinha – Ele me olhou com aquele olhar bondoso novamente. – Vamos com calma, pode te fazer mal.

Decepcionada, assenti. Mas depois comecei a ficar estática. Quem eram eles? E o que eu estava fazendo ali?

– Hm, é – Eu comecei sem jeito. – O que aconteceu?

– Você estava desmaiada perto da entrada da cidade, querida. Nós a encontramos quando voltávamos de viagem e vimos você. A princípio pensamos que estivesse morta, mas... Você estava respirando. Por isso, trouxemos você até nossa casa.

De repente, eu me dei conta de tudo. A luta e o desaparecimento de Nero. A perseguição quase fatal das criaturas da noite. E meu fracasso em tentar fugir delas.

E mais ainda, quando percebi onde estava. Estava em um quarto branco simples, em uma cama confortável envolta em cobertores. Minha clavícula estava enfaixada e desde que eu não me movesse, não doía. Minhas costas e cabeça também estavam enfaixadas.

Eles poderiam ter me levado a um hospital e me deixado lá. Mas hospitais eram somente em cidades grandes e movimentadas. Nossa área estava meio carente de hospitais, ainda mais com a Ordem controlando tudo.

Hospitais são para fracos, Eles diziam. Temos que ser fortes e confiar em nosso destino.

Que amável.

– Onde estão seus pais? – O homem simpático me perguntou.

Abaixei meus olhos para os lençóis.

– Mortos.

Os dois se entreolharam.

– Você não tem nenhum responsável?

– Não tenho mais – Respondi suspirando. – Por dois motivos. Um é porque ele está morto e a outro é que não preciso mais de responsável devido a minha idade.

Eles assentiram e depois me encararam solidários.

– Você é de Fortuna, certo?

Assenti com desânimo.

– Sim. Quer dizer, eu era. Fortuna foi destruída. Os demônios tomaram posse.

Eles me olharam com pena. Eles compreendiam e não deveria ser surpresa para ninguém eu ser de Fortuna. A única surpresa era eu estar viva.

Minha única preocupação agora, neste momento, era sair dali o mais rápido possível. Eu precisava tentar arrumar uma solução, mesmo que fosse praticamente impossível.

O homem sorriu para mim novamente e eu senti mais uma vez a sensação de esperança.

– Qual é o seu nome, querida?

– Kyrie – Eu respondi sorrindo.

– Mas que nome adorável! – A mulher disse sorrindo. – Como você. Eu sou Devonne e eu este é meu marido, Kresh.

– Muito prazer - Eu estendi minha mão. Os dois a apertaram. – E muito obrigada também. Desculpem se fui um incômodo.

– De maneira alguma – Kresh sorriu para mim. – Está com fome?

De repente, eu senti uma fisgada em meu estômago.

Os dois riram e Devonne foi buscar alguma coisa para eu comer. Kresh e eu ficamos a sós.

– Sinto muito por tudo isso, Kyrie. Sei o quanto deve ter sido difícil para você.

Eu assenti cabisbaixa. Nem imagina o quanto, Pensei.

– Como conseguiu sobreviver a aquele ataque? Todos sabem que demônios são mais fortes à noite.

– Sinceramente – Respondi em um tom fraco. – Eu não sei. Eles começaram a brigar entre si, e eu vi minha oportunidade. Nem sei como saí dessa.

Ele suspirou. Depois voltou seu olhar para mim.

– Bom para você.

Ficamos em silêncio por um longo tempo, Kresh estava pensativo. Devonne trouxe um caldo leve para mim e eu comi com satisfação. Depois do almoço, eles sugeriram que eu descansasse. Mas eu não podia mais incomodá-los.

– Não, por favor – Eu disse, tentando me levantar. – Não quero mais atrapalhar vocês. E eu preciso mesmo ir.

– De jeito nenhum! – Devonne me olhou firme. – Kyrie, você quase morreu noite passada. Está fraca e ferida. Não pode sair por aí.

Suspirei frustrada.

– Você não entende! Eu não posso mais ficar por aqui. Olha, quero agradecer tudo o que fizeram por mim, mas eu estou com muitos problemas. E preciso mesmo ir.

– Kyrie, você está machucada, querida. Precisa se recuperar. Não vai conseguir resolver nada do jeito que está. E pode se machucar mais ainda.

Derrotada, assenti. Ela tinha razão. Se quando eu estava bem, eu nem conseguia ajudar Nero, imagina machucada. Iria por tudo a perder.

Devonne beijou minha testa e cobriu meus ombros.

– Agora descanse, querida. Logo você estará forte e poderá conseguir fazer o que pretende.

Assenti com um pequeno sorriso. Devonne lembrava minha mãe. Pensar nela fez meu coração latejar, como se um pedaço dele tivesse sido arrancado permanentemente.

Embriagada pelo sono, deixei-me levar. Talvez eu sonhasse com Nero. Ou melhor, talvez aquilo tudo fosse um sonho. Quando eu acordar, iria estar tudo bem, Fortuna seria a mesma e Nero e eu estaríamos juntos, sem nada para nos preocuparmos.

Pensando nisso, adormeci rapidamente, com a escuridão me embalando como sempre.

***

Alguns dias se passaram.

Eu estava bem melhor e um pouco mais forte. Já conseguia andar sozinha e às vezes passava um pouco do tempo conversando com Devonne ou respondendo as perguntas de Kresh.

Fui me acostumando a viver naquela casa, e em alguns momentos, quase desejei poder viver mesmo ali.

A única coisa que me motivava a querer sair dali era Nero. Eu precisava encontra-lo. Mas abandonar Kresh e Devonne justo agora...

Eles me contaram que perderam a única filha. Maliky tinha apenas quinze anos quando eles foram atacados por uma horda de demônios, três anos antes.

Eles nunca se recuperaram da perda da jovem menina. Devonne ainda chorava todas as noites.

Uma vez, eu a peguei escondida chorando e murmurando o quanto a menina fazia falta. Eu finalmente pude entender o porque de eles ficarem surpresos quando eu sobrevivi.

Uma jovem humana nunca sobreviveria a um ataque. Eu tive sorte. E algum conhecimento.

Maliky, por sua vez... Eu podia imaginar o terror no rosto da menina quando ela deveria ter tentando se defender. Mas não conseguira.

Chorei baixinho quando imaginei isso, meu ódio pelos demônios aumentando a cada dia. É claro que nem todos eram assim. Nero era maravilhoso e era a pessoa mais humana que eu já havia conhecido. Por causa de sua mãe. Ela deveria ser humana, como a mãe de Dante.

Dante.

É isso! Exclamei mentalmente.

Como não pude pensar nisso antes? A minha solução estava bem ali. Dante conhecia os demônios mais do que ninguém e ele poderia ajudar a resgatar Nero.

Será?

Conhecendo Dante como todo mundo, sei que ele iria querer alguma coisa em troca. Mas como tudo em Fortuna fora destruído e eu estava desabrigada, o que eu poderia oferecer a ele?

Praguejei mentalmente vendo que eu estava em uma enrascada. Se eu fosse atrás de Dante, seria como uma cliente contratando seus serviços. E eu não tinha como pagar.

Mas eu não tinha outra saída. Eu não conhecia os demônios tão bem assim e além do mais, não tinha ideia de onde procurar Nero.

Mas Dante deveria ter.

Suspirando, tomei minha decisão. Iria até ele.

Eu não pediria um serviço, muito pelo contrário. Eu só perguntaria como eu poderia ir até os demônios ou a quem que estava por trás disso. Ele deveria saber.

Respirando fundo, fui até Kresh e Devonne e segurei suas mãos:

– Eu nem sei dizer o quanto sou grata por tudo a que vocês fizeram por mim. Provavelmente, nem com a minha vida eu conseguiria pagar tudo isso.

Devonne me abraçou chorando e Kresh tomou minha mão direita.

– Kyrie, você nada tem conosco. Nenhuma dívida. Ajudamos você porque era o certo a fazer. E por que... Bem, você lembra muito Maliky. Ela seria como você hoje, querida, se estivesse viva.

Enxuguei minhas lágrimas, prometendo a mim mesma que ainda voltaria aquele lugar. Kresh e Devonne se tornaram muito especiais para mim. Nunca eu encontraria pessoas melhores do que eles.

Depois das últimas despedidas, eles ainda insistiram que eu fizesse um último lanche e me deram roupas novas e algum dinheiro.

Eu não podia aceitar. Isso era demais.

– De jeito nenhum! – Exclamei. – Por favor, isso já é demais. Não posso fazer isso.

– Pode sim e você vai – Devonne exclamou rindo. – Pense que você está fazendo isso por Maliky. Deixe-nos fazer por você o que queríamos ter feito por ela.

Eu comecei a chorar e abracei aquelas duas pessoas maravilhosas.

Para mim, eles eram mais do que simples pessoas que me ajudaram. Eles eram como se fizessem parte de mim.

Depois de um tempo, finalmente, eu parti com dor no coração. Não queria deixa-los, mas também queria Nero de volta.

Portanto, eu deveria começar a atravessar essa grande cratera que fora imposta em minha vida. E o primeiro passo tinha que ser dado.

Era isso. Eu iria até ele, pedir ajuda e talvez conseguir alguma informação.

Com isso em mente, me preparei para fazer uma visitinha a Devil May Cry.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Eu estou movida a críticas, sim, se a alteração não ficou boa ~le medo~ KKKKK, mas eu ainda pretendo continuar assim.
hahhahaa e reviews também, ah e fantasmas apareçam, pq eu sei que vocês estão aí... le cara de malvada (SQN)
enfiiim, boa noite, my demons ♥ amo vocês e até sábado!



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