Shall Never Surrender escrita por Light Angel


Capítulo 22
Chapter XXI - Found


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeey demons! Olha eu aqui de novo, nesta nova maratona de Shall Never Surrender em reta final! Lembrando que hoje sairão mais três novos capítulos. Este e mais dois. E aí? Já ansiosos? Eu sim! E mais ainda porque hoje, daqui a pouco é semi-final da Copa das Confederações, com Brasil X Uruguai. E quem será que ganha hein? Mas enquanto não começa o nosso teste pra cardíaco, vamos ao cap? Boa leitura ae pessoal!



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Nem havia bem engatilhado minha Glock direito, quando ouvi os ruídos.

Posteriormente, eles se transformaram em gritos de perseguição. Segui as pressas o Senhor das Sombras, esbarrando em algumas pedras, mas mantendo-me firme.

A dor nas minhas costelas era latejante e meus ossos pareciam gelatina, mas eu não tinha escolha. Estava completamente sem opções.

Dei uma arriscada e olhei para trás. Os monstros pareciam cada vez mais perto. Alguns, eu nem havia ouvido falar.

Voltei-me a frente, enjoada. Não sei se conseguiria sair dessa. Eram muitos demônios.

Como se não bastasse, frontalmente, os demônios estavam nos cercando. Era isso. Estávamos fritos.

- Garota, me escute. Vamos dividir. Eu fico com os do norte e você com os do sul. Ok?

- Combinado.

Inesperadamente, virei-me em cento e oitenta graus e encarei nossos perseguidores. Nunca havia lutado contra demônios antes. Mas nunca era tarde demais para tentar.

Engatilhei a Glock precisamente, mirando os da linha de frente. Apertei o gatilho e atirei em um. Pelo visto, ele havia ficado um pouco tonto, mas continuava se aproximando.

Quinhentos metros nos separavam. Eu precisava agir. E rápido.

Lembrei-me do aviso de meu herói misterioso. Não desperdice as munições.

Trinquei os dentes.      Quatrocentos metros.

Comecei a atirar descontroladamente. Sempre mirava nos primeiros e ia indo lateralmente, voltando aos primeiros novamente.

Dois demônios explodiram e me dei conta de que eram da espécie Scarecrow. Eles eram os mais fáceis de matar, mas ainda assim, eles eram perigosos.

Os outros eu não dava conta só com a pistola. Eu não era rápida e forte para lutar com uma espada pesada, mas podia dar conta dos mais fracos.

Espiei o homem misterioso e vi que ele matava os demônios muito mais rapidamente do que eu. Sua espada era mais precisa, e ele matava com mais facilidade.

Analisei o perímetro enquanto atirava. Eu só tinha mais dez segundos antes deles me alcançarem. Mais três Scarecrows foram para o espaço.

Era isso.

- Escuta – Eu gritei, atirando igual a uma desesperada. – Eu não consigo dar conta dos Mephisto. Eles são rápidos e difíceis de serem atingidos com a pistola. Mude o curso. Você fica com eles e eu dou conta dos mais fracos. Pode ser?

- Por mim, tudo bem.

Viramos o curso e ele pulou em cima dos fantasmas voadores. Sua espada rasgara dois deles ao meio, e ele atirava com a outra mão.

Tentei me concentrar nos mais fracos. Atirei precisamente, vendo que para matar de vez, bastavam dois tiros. Um na cabeça (a sua fonte de comando) e outro no coração (a sua fonte vital). Em outras partes do corpo, só os deixava machucados. E era desperdício de munição.

Para matar mesmo, precisava atingir a cabeça e o coração. Não podia ser nem um e nem o outro. Tinham que ser juntos.

A Glock era bem reforçada com munições, mas ainda assim, eu precisava atirar e não desperdiçar. Não saberia quantos mais eu encontraria no caminho, se sobrevivesse.

Atingi dois demônios na cabeça e depois no peito, girando bem na hora em que eles caíram.

Eu nunca fora boa lutadora, na verdade, nunca havia lutado contra demônios antes. Mas, na hora da adrenalina, você acaba aprendendo.

Escorreguei para baixo das pernas de um bem na hora em que ele iria me dar o bote e o atingi na cabeça. Meu parceiro atirou em seu coração e ele caiu.

Pensei ter visto um sorriso em seu rosto, mas não pude ter certeza.

Suspirei e continuei atirando, explodindo duas cabeças e me sujando com sangue negro e coagulado.

- Argh! – Gritei. – Filho da puta nojento!

Restavam apenas cinco, mas sabíamos que mais estavam por vir. O alarme fora soado.

Ele fatiou dois e metralhou um e eu cuidei dos dois últimos.

Ofegantes, vimos o estrago. Duzentos demônios decapitados no chão. Eu cuidei de cinquenta. E usei aproximadamente cem tiros para matar cada um.

Eu estava um pouco machucada, mas esses eram os machucados anteriores. Apanhar dos demônios havia me deixado mais forte e eu não estava mais ligando para essas dores.

Se esse cara e a Glock não estivessem comigo, com certeza viraria sanduíche de demônio.

Mas ele era bem mais forte do que eu. Eu estava cogitando a possibilidade de ele ser humano. Na verdade, eu estava cogitando a possiblidade de quem ele poderia ser.

- Temos que correr, garotinha – Ele pegou a minha mão. – Este só foi o primeiro round.

Atravessamos uma porta e com um chute, ele acertou uma janela.

- Segure firme, princesa! – Ele me agarrou. – Vamos pular.

- É o que? – Eu berrei bem na hora em que ele se jogava de quinhentos metros em direção ao chão negro.

Seu manto negro voou e eu tive uma rápida percepção de botas negras e um vislumbre de uma cor... Azul, talvez?

Ele caiu em pé, bem em cima de uma rocha.

A negritude tomava conta do lugar. Dava para ver os contornos de um enorme castelo negro em cima de um mar de lava.

Ele correu comigo nos braços a toda velocidade. Uma velocidade que nem de longe era humana.

Quando atingimos certa distância, uma áurea vermelha tomou conta do castelo e do céu negro.

Vibrações horríveis tomaram conta de meu corpo e eu senti náuseas violentas.

- Sanctus descobriu que fugimos. Ele sabe que estamos tramando alguma coisa.

- Ele é inteligente, hein?

Ele riu. Uma risada suave e sarcástica.

Eu conheço essa risada...

Senti uma guinada forte no estômago. Eu já esperava por isso.

- Por favor, pare. Eu preciso vomitar.

- Jura?

- É. A menos que queria que eu...

- Tudo bem – Ele parou abruptamente. – Prefiro ser atacado por milhões de demônios do que ser vomitado por uma adolescente com problemas digestivos.

Quando ele me colocou no chão, um jorro enorme saiu de minha boca. Toda a tensão fora descontada a partir daquele momento e eu estava totalmente descontrolada.

Engasguei com o vômito quando tentei gritar por causa da pressão nas costelas quebradas, mas me controlei.

- Ei. – Ele colocou uma mão em meu ombro. – Você está bem?

- Ótima. – Gemi, limpando a boca. – Nunca estive melhor.

- Desculpe por aquilo. – Ele apontou para a janela. – Acho que o salto não te fez muito bem.

- Não, tudo bem. – Eu me levantei cuidadosamente. A náusea fora embora com a mesma rapidez que viera. – São essas vibrações. Elas são demais para meu corpo.

- Entendo. Nunca é fácil um humano vivo ficar no Submundo. Você teve sorte de estar viva até agora.

- Obrigada.

Sente-me no chão e coloquei a cabeça entre os joelhos. Eu sei que não teríamos muito tempo, mas eu precisava descobrir quem ele era.

- Escute... Sei que não temos tempo algum, mas... Eu acho que tenho o direito de saber.

- O que, por exemplo? – Ele se sentou ao meu lado.

- Quem é você e por que está me ajudando?

Ele olhou para frente. Ele pegou uma pedra nas mãos e ficou brincando com ela.

- Não se preocupe. Eu não sou mau. Agora, acho que não mais.

- Hã?

- Pressuponho que estamos do mesmo lado agora, sim? – Ele olhou em meus olhos, a escuridão de seu rosto encarando-me.

- Sim, mas...

Ele tirou o capuz. Um rosto totalmente familiar surgiu a minha frente. Olhos cinza emolduravam um rosto anguloso e frio, com um sorriso do mesmo porte. Seus cabelos eram louro platinado. Eu jurava que eles eram lisos e caídos, mas estes eram espetados como um porco espinho, como se estivessem cheios de eletricidade.

A mesma eletricidade eu encontrava em seus olhos e em suas feições já não tão jovens. Ele estava com mais de trinta anos, com certeza, mas ainda assim parecia um adolescente.

Eu conhecia esse cara. Claro que conhecia. Mas por que eu sentia que não o conhecia?

Tentei arriscar, sem muita perspectiva.

- Dante?

Ele riu friamente.

- Quase. – Ele me olhou dentro dos olhos e estendeu sua mão. – Meu nome é Vergil. 


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Notas finais do capítulo

E entããããão? Gooooostaram? E o nosso Vergil heein? Ele tinha que aparecer! Mas como é que vai ser agora? Booom, isso só no próximo cap, que afinal vai chegar aqui por volta das 15:40 se tudo der certo. Então, até mais pessoal! Daqui a pouquinho tamo de volta. Só dezessete minutinhos. Da tempo de se preparar! Ok? Então, vamos lá! E VAI BRASIL! See ya ♥



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