Shall Never Surrender escrita por Light Angel


Capítulo 23
Chapter XXII - Revelations


Notas iniciais do capítulo

IOOOOOOOOOOOW, demons! Olha eu aqui de novo! Rapidinho, né? Mas esse cap é crucial pra história, um dos mais importantes. Por isso, é bom que vocês leiam ele com cuidado e atenção. É isso que será o desenrolar e o porque de tudo isso. Ok? Bem, sem mais delongas, vamos direto ao capítulo! Boa leitura, pessoal!



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Eu poderia ter infartado naquele instante.

Meu coração acelerou de tal modo que eu não sabia por como e nem onde começar.

Vergil... Ele era mesmo Vergil.

O segundo filho de Sparda. Irmão gêmeo de Dante. Pai de Nero.

Meu Deus... Eu estava frente a frente com ele.

- Ér... Bem... Eu... – Engoli em seco, tentando me concentrar. – Eu sou Kyrie.

- Kyrie? É um nome muito bonito. Pressuponho que seja a namorada de meu filho, sim?

Eu não saberia explicar qual era a minha cara. O mínimo que eu poderia dizer era que ela estava tão vermelha quanto a áurea do castelo...

- Nero... – Murmurei entre lágrimas. Ele estava preso. O que será que estava acontecendo com ele agora?

- Sim. – Ele olhou para o castelo, agora sem o sorriso. Uma expressão de dor havia tomado conta de seu rosto e havia lágrimas em seus olhos cinzentos. – Meu filho. Eu não o vejo desde... Bem, desde que ele tinha apenas alguns dias de vida. Agora, acho que ele deve estar um homem...

Assenti, sorrindo. Ouvi-lo falar dessa forma doce sobre Nero me encantava. Uma coisa Vergil e eu tínhamos em comum: Amávamos incondicionalmente a mesma pessoa.

- Ele é muito parecido com você. – Sorri.

Vergil deixou uma lágrima escapar. Ele a enxugou depressa, mas não parecia desconcertado.

- Sim. Ele é mesmo. – Ele sorriu. – Menos os olhos. Os olhos são de sua mãe. Um incrível azul elétrico.

Eu estava morrendo de curiosidade, mas esta não era a melhor hora. Percebi que Vergil nunca havia realmente abandonado seu filho. Se estávamos onde estávamos... Ele sempre esteve preso.

- Percebo em seus olhos que não há julgamento algum. Você é uma menina com uma alma pura, Kyrie. – Ele apertou delicadamente meus ombros. – Minha namorada morreu no parto, bem na hora em que nosso filho nasceu.

A dor da lembrança tomou conta de seus olhos. Eu sempre soube que Vergil era frio e calculista, mas agora... Ele não parecia. Talvez porque imaginasse que não tínhamos mais chance.

- Eu estava desesperado. Eu tinha apenas vinte anos na época, e estava sozinho. Havia brigado feio com meu irmão e estava quase morrendo, mas... Mas peguei Nero nos braços e o levei até o portal, no Castelo de Fortuna. Eu não tinha muito tempo, minhas energias estavam acabando.

- Meu filho precisava de mim e eu precisava salva-lo. Por isso... Eu o deixei em Fortuna, com a Yamato ao seu lado. Eu saberia que um dia, quando ele tivesse idade suficiente, a espada o encontraria. Eu o confiei a Sanctus.

A voz dele era de puro ódio. Ele estava com uma expressão indescritível. Parecia um verdadeiro demônio.

- Confiei a coisa mais preciosa que tinha a ele. Porque eu confiava nele. Porque ele havia conhecido meu pai e tinha prometido que Nero sempre estaria seguro debaixo de seus braços. Mal sabia eu que... Que estava confiando meu pequeno filho a um maluco... Que estava concedendo a ele a chance que ele sempre quis. Eu não tinha mais onde me segurar. Quando Nero foi entregue a Sanctus, eu... Eu perdi completamente minhas forças. E fui sugado pelo portal.

O silêncio predominou ao redor. Se não fosse pelas tropas de Sanctus nos procurando, tudo estaria na maior quietude.

Lágrimas encharcaram meu rosto... Nero... Agora eu entendia tudo. Mas, será que ele entenderia?

- Eu sinto muito. – Foi tudo o que eu consegui dizer.

Ele apertou meu ombro.

- Eu sei. Por isso, te salvei. Por isso, estou te contando isso. Sanctus me manteve prisioneiro aqui por muito tempo, mas agora que o Portal está ficando maluco... De alguma forma, eu consegui escapar. Ele se esqueceu de mim, concentrando-se apenas em meu filho.

Assenti, compreendendo. Mas ainda assim...

- Vergil?

- Sim?

- Por que o portal só sucumbe a Yamato? E por que você é o descendente correto de Sparda e não Dante? E por que a Yamato e não a Rebellion?

Ele me olhou pensativo.

- Sabe, eu acho que te subestimei. Você até que é bem inteligente.

- Nossa, estou honrada.

Ele riu. Uma risada longa e duradoura, e por um momento meu coração palpitou. Eu estava vendo um Nero mais velho ao meu lado.

- Essa é uma boa pergunta, Kyrie. Mas acho que tenho a resposta. Não é a questão de ser eu e a Yamato. Poderia ser Dante e Rebellion também. Mas fui eu quem caiu no Portal e fui eu quem o abri. Primeiro. Por isso, ele só pode ser fechado por mim ou por... Meu filho. A Yamato foi dada a mim por meu pai e eu a sacrifiquei para Nero. Por isso, ela é a espada correta.

Encarei o chão, pensativa. Meu coração estava palpitando. Todas as peças estavam se encaixando. Agora, tudo fazia sentido. Finalmente.

Vergil nunca morrera. Mas Yamato não era mais sua. Era de seu filho. O Portal fora criado por Sparda para que ele pudesse ter acesso ao mundo mortal e seus filhos também. Mas ele fora dominado de tal forma por Sanctus. Apesar de não sucumbir a ele, ele continuava em seu poder. E agora que Nero tinha idade suficiente para poder se apossar devidamente de Yamato, estava completo. Ele abriria o Portal completamente e os demônios devastariam o mundo. E tudo o que sobrasse... Sanctus tomaria conta.

Um novo reino estava para nascer. O Submundo iria fundir-se com o Mundo Real. Os que sobrevivessem virariam seus escravos. Sanctus estava com as cartas na manga havia muito tempo... Mas por que eu não conseguia entender toda essa questão? Por que parecia que uma peça ainda estava faltando?

E quem diabos era Sanctus?

- Vejo perguntas em seus olhos, menina. Não está tudo esclarecido?

Sacudi a cabeça. Eu precisava saber e tinha certeza de que Vergil tinha a resposta.

- Quem é Sanctus? De verdade, Vergil.

Ele assentiu, me olhando.

- Acho que tem o direito de saber.

Esperei, impaciente.

- Kyrie, veja bem... Sanctus é o maior Senhor que o Submundo poderia ter. Maior do que Sparda ou até mesmo... Mundus.

Eu não disse nada. Não poderia atrapalhar. Agora que os pontos estavam se ligando, eu precisava me concentrar.

- Muitos ouviram falar que Mundus era o Senhor do Submundo. Mas isso não era verdade. Ele foi sim, por um tempo, mas porque matou Sparda.

- A nossa geração tem uma prole de gêmeos muito grande. Uma genética indiscutível.

- Está querendo dizer que...?

- Sim. O que muita gente não sabe. Mundus e Sparda eram gêmeos.

Se eu não estivesse sentada, teria caído.

- Sparda sempre fora o general fiel de Mundus, mas o que todos não sabiam, era que ele estava apenas sendo fiel a seu irmão. Quando Sparda se apaixonou por Eva... Mundus não aceitou. Ele não poderia quebrar a genética. Muito menos com uma humana.

- Quando Sparda casou-se com Eva e renegou a posição ao lado do irmão, este ficou furioso. Mas ele era paciente. Iria esperar. Anos se passaram, até que Eva deu a luz a dois meninos... Eu e Dante.

- Tudo parecia perfeito... Até que Mundus invadiu nossas vidas e matou meus pais. Ou melhor, matou a minha mãe. Meu pai fora aprisionado no Submundo, mas ele está em um lugar que ninguém tem conhecimento. Nem mesmo eu e meu irmão. A probabilidade de ele estar morto é bem grande.

- Tudo bem. Eu entendo. Mas o que exatamente Sanctus tem a ver com isso?

- Achei que soubesse. – Ele olhou para o horizonte. – Afinal, foi ele quem começou tudo isso.

A compreensão inundou minha mente. Um terror tomou conta de meu corpo.

- Está me dizendo que...?

- Sim. – Ele deu um sorriso triste que sequer chegava aos seus olhos. – Exatamente isso. Sanctus é o pai de Mundus e Sparda. Ele é meu avô. 


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Notas finais do capítulo

Bom... Alguém ae infartou com o final? Todos vivos? KKKKKKKKKKKK brincadeira! Mas e aí? Gostaram? Pois é né, dei uma mudada geral, mas como é fanfic, tudo pode acontecer. Mas é isso. Agora, vamos esperar até mais ou menos 16:30, que eu posto o próximo capítulo. E o último de hoje. Ansiosos? Pois bem, então até lá e bom começo de jogo pra todo mundo. E mais uma vez... #FORÇABRASIL!



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