​Era manhã, por volta das 9h, Elliot era acordado gentilmente com a luz da manhã entrando assim que Sullivan abre as cortinas e serve o chá, Elliot experimenta aquele delicioso chá de erva doce.

–Noticias? –pergunta Elliot olhando para o mais novo mordomo da cada Castellian, Henri Sullivan.
–Somente o desaparecimento de crianças. –Disse Sullivan ao entregar o jornal de Londres a Elliot.
Elliot toma seu chá e levanta da cama, em seguida Sullivan escolhe uma roupa para Elliot vestir-se.
–Hm, precisamos chamar a costureira, algumas roupas estão em péssimo estado e outras nem servem mais. –Disse Sullivan ao olhar cuidadosamente e cada roupa.
Sullivan então escolhe roupas de cor azul, ao tentar tirar as roupas de seu mestre, Elliot se afasta de Sullivan deixando-o confuso.
–Mestre, preciso troca-lo. –disse Sullivan sorrindo para seu mestre Elliot.

–Eu posso me trocar sozinho, além disso, seria estranho. –disse Elliot tirando a roupa escolhida das mãos de Sullivan.
–Como mordomo desta mansão, é minha obrigação servi-lo e cuidar do meu mestre até seu ultimo suspiro. –disse Sullivan sorrindo enquanto tenta se aproximar de Elliot.
–Como seu mestre eu lhe ordeno que se retire deste quarto até eu terminar de me trocar! –ordena Elliot para que em fim ele possa se trocar sem que Sullivan o atrapalhe.
–Yes, my Prince. –diz Sullivan enquanto se retira.
Sullivan se retira do quarto de seu mestre enquanto vai em direção a cozinha preparar o almoço junto do famoso cozinheiro Adelpho. 

Uma carta acabara de chegar, Sullivan então vai até o escritório onde se encontrava seu mestre Elliot, entra com cautela e entrega a carta a seu mestre.
–Mais uma carta? –pergunta Elliot com rara de tedio.
–Sim. –responde Sullivan entregando-lhe a carta.
Elliot abre a carta, era de sua tia Francis que havia partido para o Japão, nela dizia:
De: Francis Castellian
Fiquei sabendo da tragédia dos seus pais, estou voltando para Londres agora mesmo. Irei ficar com a sua guarda, irá morar comigo a partir de agora.

Para Elliot Castellian
Elliot lendo a carta fica novamente com aquele olhar azul e fundo que havia no funeral.
–Minha tia Francis quer que eu more com ela a partir de agora. –diz Elliot.
–Isso iria atrapalhar sua vingança, e poderia até nos separarmos. –diz Sullivan.
–Não vou morar com ela, tenho 15 anos! Vou cuidar dos negócios do papai e vou comandar esta mansão! Tenho maturidade o suficiente para isso! Além disso-- -Elliot fala com segurança e força na voz, até que Sullivan interrompe-o chamando atenção.

–Honestamente, se o mestre não consegue amarrar seus sapatos, bastava deixar-me troca-lo. – Diz Sullivan enquanto se abaixa e amarra os sapatos.
–Não me interrompa! – Diz Elliot advertindo Sullivan.
–Desculpas mestre, mas seu cabelo esta despenteado, sua roupa esta mal colocada e seus sapatos estavam mal amarrados, como terá maturidade suficiente para comandar os negócios de seu falecido pai se não consegue cuidar de detalhes pequenos como esses? -diz Sullivan.
–Cale a boca! Você é o meu mordomo não tem direito de me criticar! –Grita Elliot furioso enquanto joga um vidrinho de tinta para escrever em direção ao rosto de Sullivan.
Sullivan apenas movimenta o rosto desviando do vidrinho de tinta, mas acaba sujando um pouco seu rosto com a tinta que havia sido espalhada.

–Entendido. –Diz Sullivan enquanto se retirava do escritório
Sullivan vai até a cozinha a procura da empregada Yoko para limpar a tinta espalhada no chão.
–Yoko, poderia limpar a tinta que o mestre derrubou lá no escritório? –Diz Sullivan gentilmente após molhar o rosto com agua para limpar a tinta.
Yoko fica impressionada com aquela cena, o mais novo mordomo da casa era realmente belo, seus cabelos molhados e prateados, lindos olhos vermelhos e profundos, mas isso só era bonito para Yoko, ela não iria se apaixonar só por aquela beleza toda.
–Estendido - Responde Yoko com firmeza.
Era a hora do almoço, Elliot desce até a mesa principal enquanto Sullivan colocava os pratos.
Sullivan puxava a cadeira para Elliot sentar, em seguida Sullivan o servia, Yoko estava ocupada limpando o escritório.
Após o almoço Sullivan pergunta ao seu mestre:
–My Prince, oque faz em horas vagas como essas?
–Estudo, minha vida foi programada apenas para estudar direto, mais minhas aulas foram canceladas devido às mortes deles. –diz Elliot se levantando da mesa.

Sullivan retira os pratos sujos e os leva para a cozinha para lava-los.
Yoko acabara de limpar o escritório quando Sullivan estava lá com os pratos sujos, Yoko levanta as mangas da roupa de empregada para não molha-las, enquanto isso Sullivan repara Yoko lavando os pratos, percebe-se que ela tinha um arranhado grande em seu braço esquerdo, Sullivan então se aproxima e levanta mais suas mangas para poder ver aquilo melhor.
–Ei! Tire suas mãos de mim! –Diz Yoko ao abaixar suas mangas e encarar Sullivan com raiva.

–Me desculpe, oque aconteceu com a senhorita? –pergunta Sullivan enquanto sorri para Yoko.
–Não lhe interessa! –Diz Yoko com total ignorância.
–Entendido - Diz Sullivan formalmente ao se retirar.
Uma carruagem chegara ali, era a costureira, Sullivan a recebe e, chama o seu mestre Elliot para tirar suas medidas.
A costureira Alice tirava as medidas de Elliot enquanto Sullivan esperava atrás da porta.
Ao terminar a costureira, Sai com algumas roupas rasgadas para em sua propriedade tentar remenda-las, Elliot então chama Sullivan para o escritório de seu pai.
–Sullivan, é uma ordem! Procure todos que estavam no baile no dia dos assassinatos e reveja seus álibis! –ordena Elliot a Sullivan
–Yes, my Prince. –Diz Sullivan curvando-se
Após alguns minutos alguém chega à porta principal da mansão Castellian, Yoko abre a porta e vê lá, a tia Francis, vindo buscar o Eliot para morar com ela.