If I Tell You... escrita por Miranda


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oi leitores!
Bem, espero que gostem do capítulo, vou postar mais hoje.
Vou tentar dar uma acelerada nela.
Beijos, e aproveitem.



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Escolher coisas que agrade Drixy não fora nada fácil, ela não gostava de quase nada. Mas no fim da manhã eles já haviam comprado tudo do jeitinho que Drixy queria. A menina resolveu se dar o luxo de escolher o melhor para o conforto dela, não se preocupou com o dinheiro que seria gasto. Até a cor da parede ela escolhera, que ela mesma pintaria o quarto, pois não gostava da ideia que chamassem alguém só pra pintar 4 paredes, ela tinha certeza de que conseguia fazer tudo sozinha. Exceto montar as mobílias.

Por volta de 12:10 Flávia, Teo e Drixy chegam em casa. Teo estava atrasado para escola, o ônibus passaria para buscá-lo às 13:00 então ele correu para tomar o banho e se arrumar. Por sorte o almoço estava pronto, feito pela simpática empregada. O cheiro de assado com batatas era perceptível de longe. Flávia e Drixy iam ficar em casa durante a tarde para receber os móveis do quarto da menina, e depois ela mesma ia decorar do jeito dela. Flávia não trabalha. Bem, ela até é formada como Estilista mas não exerce a profissão. Ela tem um Atelier em sua casa, onde cria roupas para uso próprio e atualmente tem feito roupinhas pro bebê que ela está esperando.

Flávia, Teo e Drixy se sentaram na mesa e almoçaram conversando assuntos do dia a dia. Depois de terminar, o ônibus da escola buzinou e Teo pegou sua mochila e foi para a escola.

– Ah, amanhã nós vamos fazer sua matrícula na escola, tá certo Drixy? - Flávia disse.

– Escola?

– É, você tem que estudar né?

– Mas eu prefiro estudar em casa mesmo...

– Eu sei que vai ser esquisito ir para a escola depois de 5 anos, mas é o único jeito querida.

– Tudo bem... - disse a menina não concordando muito.

– E você vai estudar na mesma escola que Teo, não vai ser tão ruim assim!

– Okay. - Drixy tenta finalizar a conversa.

Seria um desafio enorme voltar para a escola. A menina nunca foi de falar com muitas pessoas, ela era bem fechada. E agora que cursaria o Ensino Médio, famoso Colegial, ela ficara bem nervosa e ansiosa.

Conforme o combinado, primeiro Drixy pintaria o quarto e depois os móveis seriam montados lá. A menina então vestiu uma legging cor de gelo e uma blusa compridinha surrada roxa, uma roupa velha para pintar o quarto. Pegou a lata de tinta de cor Pérola Cintilante, que é de tom amarelado clarinho e delicado. Drixy se apaixonou por essa cor. Pegou também um recipiente onde colocaria parte da tinta, pincéis e um rolo de pintar de uns 2 metros. Como o chão do quarto já estava forrado com jornais, ela só teve o trabalho de cobrir o rodapé de madeira com fita, para que não sujasse de tinta. Improvisado com um lápis um coque no e começou o trabalho. Abriu a lata de tinta e despejou um pouco no recipiente. Pegou o gigante rolo de pintar e o embebedou com a tinta, foi pintando com cautela as quinas da parede. Flávia, que a espiava da porta pergunta:

– Tem certeza que não quer ajuda?

– Absoluta! - ela respondia sem desviar o olhar da parede.

– Ok, então se precisar me chama, vou ficar na sala!

– Tá certo. - Drixy não queria conversar. Se dedicava à pintura.

Flávia desceu e ficou lendo um livro sobre gravidez. Drixy continuou a pintar. Duas horas depois ela apenas retocara os cantinhos do rodapé. E às 14:40 ela já havia terminado de pintar todo quarto. Estava exausta, claro, toda suja de respingos da tinta, óbvio, mas estava feliz por ter feito algo completamente sozinha, coisa que sua família biológica não a deixara, mas é melhor eu parar de falar nesse assunto, antes que... enfim, Drixy desceu as escadas e disse para Flávia:

– Terminei, quer ver?

– Mas já? - disse Flávia assustada.

Elas subiram e ao chegar no quarto de Drixy, Flávia ficou encantada, a garota realmente fez um bom trabalho, a cor amarelada deixara o quarto com mais vida, estava delicado e deixava com ar de limpo e claro. Não tinha sequer um borrão ou falha.

– Ual, você é profissional? - Flávia brinca.

– Não, mas é que a gente tinha que pintar o prédio 1 de ano em ano lá no orfanato... então eu entendo um pouco disso.

– Mas mesmo assim, ficou perfeito, adorei!

– É, tem razão, pelo menos agora não tem aquela cor de peido que era no orfanato.

Flávia riu e disse:

– Agora é só esperar os móveis e seu quarto estará lindo!

– Daqui há uns 15 minutos já devem estar chegando, agora eu quero um copo de água!

– Você merece até dois de Coca-Cola!

Elas desceram e conforme a hora marcada, a entrega das mobílias chegou. Os empregados levaram tudo para o andar de cima e retiraram todo o jornal do chão e do rodapé. A tinta já estava seca, pois elas compraram uma especial que secaria em 10 minutos. Os entregadores começaram a desempacotar as coisas e as montarem, Drixy falava onde ela queria que o móvel fosse colocado. E em 50 minutos tudo estava no devido lugar. Só faltava decorar. A cabeceira da cama era de metal estilo princesa gótica, meio vintage, com um colchão de solteiro macio que decorado com o lençol lilás e com um travesseiro branco. E por cima, um edredom também na cor lilás, com estampa de bolinhas roxas e travesseiros coloridos. Ao lado da cama, um criado mudo de madeira, com uma gaveta, em cima dele ficava um relógio e uma extensão do telefone fixo da casa, o telefone tinha formato de boca, ela achara isso muito engraçado. A penteadeira branca foi comprada numa loja de colecionadores, assim como a cadeira, por isso elas davam o estilo vintage, que é um estilo retrô, que super combina com Drixy, e se situava do lado oposto da cama. Por cima dela, foi posto escovas e pente de cabelo e as gavetas ainda estavam vazias. Ao lado da penteadeira, uma escrivaninha de madeira, com alguns cadernos e um estojo com canetas, lápis, borrachas e apontador dentro. E do lado esquerdo da cama ficou o armário com duas portas de correr e 4 gavetas, também tinha espaço o suficiente para ela guardar os sapatos. A janela, tinha um espaço que dava para ela sentar, que foi decorado com duas almofadas de estampa de cruz. E o lustre permanecera o mesmo, quadrado de vidro na cor branca. O aquecedor ficava do lado direito da cama e o ar condicionado na parede à direita da cama. Flávia e Andrew não gostavam de por TV no quarto dos filhos, pois achavam que isso perturbaria o sono deles, mas permitiam o computador. Então Flávia comprou um notebook e o deixou em cima da escrivaninha.

Assim que as duas terminaram de decorar tudo, Teo chega da escola e subiu para o seu quarto, que fica uma porta antes do de Drixy. Vendo então que a luz do quarto estava acesa, entrou e encontrou a mãe e a "irmã".

– Nossa, o que aconteceu aqui? - ele pergunta, se referindo ao quarto.

– Gostou? Drixy fez tudo sozinha!

– Se quiser arrumar meu quarto fica a vontade!

Drixy deu um sorriso torto.

– Crianças, os dois pro banho que daqui a pouco Andrew chega para o jantar!

Os dois assentiram com a cabeça. Teo foi primeiro ao banheiro enquanto isso, Drixy colocava as roupas no cabide e em seguida no armário. E por fim guardou os sapatos. Flávia, que ainda continuava no quarto disse:

– A gente precisa sair pra comprar roupas pra você!

– Não precisa, tudo que eu preciso tá aqui.

– Precisa sim, no colégio que você vai estudar não tem uniforme e além do mais você precisa de sapatos.

– Eu já disse, não tem que se incomodar, vocês já gastaram muito dinheiro comigo...

– Mas ter filhos é isso mesmo, e o dinheiro não é gasto em vão.

– Tudo bem então. - resolve concordar para evitar uma discussão.

– Amanhã nós vamos de novo ao shopping e em seguida você vai pra escola.

– Ta certo.

– Agora a senhorita já pode ir tomar banho, o Teo já saiu.

Drixy pegou uma roupa e desceu.

Flávia então xeretava a mala dela, procurando saber algo da família biológica dela, apenas encontrou uma folha dobrada. A abriu e leu o papel de jornal que de tão velho quase se rasgava:

"Um casal tenta matar a filha de 10 anos, a colocando num fogão a lenha, mas por sorte ela sobrevive."

E tinha uma foto de Drixy quando pequena.

Flávia se assustou ao ler isso, e guardou o papel no lugar que o encontrara. Desceu para o jantar. E não comentou isso com ninguém, nem mesmo com Andrew.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram?
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Beijooos!



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