If I Tell You... escrita por Miranda
Notas iniciais do capítulo
Boa leitura!
Era sexta-feira, agora não nevava mais e o frio não era tão intenso. O Sol que se escondia em meio as nuvens brancas, conseguiu derreter toda a neve que estava espalhada pelo Canadá.
O anúncio do jornal que Flávia lera na noite anterior não saia da cabeça dela, os pais biológicos tentaram a matar? Mas ela prometeu a si mesma que só tocaria no assunto quando Drixy permitir. Então ela e Andrew se levantaram e foram para o banheiro da suíte deles, tomar banho. Após, desceram e tomaram café. Fizeram o mesmo que fazem toda manhã. Após 5 minutos depois que Andrew saíra para trabalhar, Drixy desce as escadas e dá bom dia para Flávia. Ela caminha até a cozinha e volta para a sala com uma maçã verde.
– Que horas vamos ao shopping? - ela pergunta.
– Assim que Márcia chegar.
– O Sr. Andrew já foi trabalhar?
– Acabou de sair...
– Nossa, acho que nunca dormi tanto em minha vida...
– Foi bom ter descansado pois hoje o dia será longo....
– Pois é.
– Vou subir e me arrumar, Márcia deve chegar logo.
Drixy terminou de comer a maçã e jogou os restos na lixeira da cozinha. Depois foi até seu quarto, fechou a porta e se despiu. Colocou um shorts jeans preto de cós alto e uma regatinha branca com estampa de borboleta. Calçou o all star de cano alto preto e fez um rabo de cavalo. Em 10 minutos estava pronta, desceu e escovou os dentes. Ao sair do banheiro, encontrou Teo na sala.
– Bom dia, já vão sair? - ele disse.
– Bom dia, vamos sim. Você também vai?
– Pra carregar sacolas? Não obrigado!
– Também não gosto muito de sair pra compras...
– Imagino, você só gosta de coisas rasgadas.
– Shiu! É estilo!
– Estilo podrinho.
– Isso é inveja do meu estilo.
– Tá certo estilosos, agora vamos Drixy e filho daqui a pouco a Márcia chega tá?
– Ok mãe. Beijos!
Elas foram para o carro de Flávia e seguiram o mesmo caminho para o shopping.
– Nossa, aqui é tão bonito! - Drixy disse se referindo ao condomínio onde se situa a casa.
– É, sem aquela neve, as árvores da praça ficam lindas mesmo.
– O Teo não fica na praça não?
– Ele prefere brincar com o video game dele. Mas de vez em quando ele costuma jogar basquete com uns amigos dele.
– Ah ta.
A conversa até o shopping foi tranquila, Flávia não tocara no assunto do orfanato nem da família dela.
Chegando ao shopping, que ficara só a 5 minutos de carro, elas foram entrando em lojas para comprar roupas para Drixy, Flávia aproveitou e comprou uns sapatos para ela. Não exageraram, mas compraram bastante roupa e o dinheiro rendeu muito. Ao sair das compras foram em direção a escola, muito próxima do shopping. Entraram e foram para a Diretoria. O diretor Sr. Mont foi muito legal com a Flávia, pois Teo estudara lá desde pequeno. E fizeram a matrícula de Drixy, que iniciaria as aulas na sexta-feira mesmo.
– Até mais tarde Drixy!
– Até! - ela disse com um sorrisinho amarelo no rosto.
Chegaram em casa, Drixy guardou as roupas no armário e os sapatos também. Flávia também a comprara um iPhone e uma maleta de maquiagem onde tinha tudo! De corretivo até batom. A menina colocou tudo no devido lugar e fora almoçar.
– Já matriculou ela mãe?
– Sim filho, ela começa hoje, quero que você a apresente uns colegas.
– Claro que vou apresentar!
– Você tá em que série? - Drixy pergunta.
– 9º ano ou 8ª série, sou adiantado um ano.
– Ual!
– Pensei que ia me chamar de nerd.
– Não, eu não gostava quando me chamavam assim na escola...
– Onde você estudava antes de ir para o orfanato?
– Não gosto de falar do meu passado.
– Por que?
– Porque sim! Eu não devo explicações a você!
– Ei garota, cala a porra dessa boca!
– Cala você!
– Crianças! - Flávia os repreendeu.
– Desculpa Sra. Flávia, eu não quis ser grosseira, mas é que eu não gosto de falar do meu passado e eu tenho motivos.
– Tudo bem. Teo? - diz Flávia.
– O que mãe? Acha que vou pedir desculpas a ela? Não mesmo!
– Teodhor!
– Desculpa.
Drixy apenas dá um sorriso forçado.
– Espero que isso não aconteça novamente. - disse Flávia.
– Não vai. - os dois disseram juntos.
– Agora saiam da mesa e vão se arrumar para o colégio.
Eles se levantaram e cada um foi para o seu próprio quarto. Drixy escolheu uma calça jeans preta nova e uma blusa da banda Rolling Stones também nova, calçou um tênis all star vermelho e pegou a bolsa transpassada no ombro jeans e dentro colocou dois cadernos, o estojo e o iPhone. Sentou na penteadeira e escovou os cabelos. Colocou uma tiara preta que ela tinha e passou lápis preto nos olhos e rímel preto. Passou corretivo em cima de umas espinhas e em seguida um pó. Não queria estar muito arrumada mas também não queria parecer feia. Já pronta, desceu as escadas, pegou uma maçã verde, colocou na bolsa e esperou o ônibus.
Beeeem. Beeem.
Era a buzina do ônibus, chegara a hora de enfrentar a escola.
– Tchau Flávia.
– Tchau querida boa aula!
– Fui mãe!
– Boa aula filho!
Teo e Drixy caminharam até o ônibus amarelo escolar, passou um flashback na cabeça de Drixy, na época em que ia de ônibus para a escola, mas passou rápido e Teo subia as escadas no ônibus. Quem dirigia era um senhor branco e gordinho Sr. Gordon. Drixy subiu as escadas e deu um sorriso amarelo para o motorista. Drixy seguiu Teo e sentou-se a seu lado. No ônibus, todos viravam, o pescoço para olhar para a menina, que sentia desconfortável, mas tentava pensar que não era com ela. Chegando na escola, ela caminhou pelo corredor até seu armário. Teo a acompanhara.
– C201. Achei! Obrigada por em acompanhar Teo, agora eu posso ir sozinha.
– Pra mim não tem problema.
– É sério, te vejo no intervalo.
– Ok, se cuida.
– Valeu.
Teo seguiu o corredor e entrou em uma sala. Drixy pegou a chave do armário e o abriu, tirou os livros, que foram postos quando ela visitara a escola mais cedo e os pôs na bolsa. O sinal tocou.
Ela caminhou até a sala 502, que ficara no segundo piso. Seria legal se eu falasse pra vocês que ela esbarrou em alguém que a ajudou a pegar seus livros e eles se apaixonaram a primeira vista, mas isso não aconteceu. Ela estava subindo as escadas e um garoto loiro estava na frente dela. Ele tropeça e cai nos degraus. Todos que subiam riam dele. Drixy se virou para ajudar o garoto a levantar. Ele se ergue com a ajuda dela. O tumulto da escada desaparece em segundos.
– Obrigado! - ele agradece.
E continuam a subir.
– De nada.
– Você é nova aqui também né?
– Sou, você também?
– Sou. Estou no primeiro ano do colegial e você?
– Também.
– Sala 503?
– Não, 502.
– Ah, então ficamos em turma separada, uma pena.
Chegando no corredor Drixy entrou na sala. O professor já estava lá. Ela andou depressa e sentou numa cadeira na fileira do meio. Todos olhavam para ela.
– Silêncio! - o professor grita.
A turma fica quieta.
– Temos uma aluna nova. - ele continua. - Srta. pode se encaminhar até aqui e se apresentar?
– Não. - era o que ela pensara. - Claro. - foi o que respondeu.
Ela se levanta e ao lado do professor diz:
– Meu nome é Drixy, tenho 15 anos e venho do Orfanato de irmãs. - ela disse olhando para a turma. - Tá bom? - ela pergunta ao professor.
– Tá bom sim, agora se sente, vamos começar a nossa aula de português, todos na página 62, façam os exercícios de 1 a 20.
Em seguida o professor senta e fica lendo algo. A turma começa a fazer os exercícios e a conversar, o professor não liga para nada disso. Drixy tira o iPhone da bolsa e começa a jogar Angry Birds. Ela está entretida no jogo quando uma menina que está sentada atrás dela a cutuca. Ela da um pause no jogo e se vira.
– Oi. - diz a linda garota de cabelos ondulados negros e olhos castanhos.
– Olá.
– Drixy né?
– É.
– Sou Paola.
– Prazer!
Paola sorri para ela. A menina usa aparelho nos dentes.
– Eu sou nova aqui também, relaxa, praticamente a turma toda não se conhece.
– Ai que bom, já estava me sentindo deslocada.
– Olha, esse aqui atrás de mim dormindo é o Jim ele é bem legal apesar de dormir quase em todas as aulas.
Drixy riu.
– Seu cabelo é lindo! - Paola a elogiara.
– Obrigada!
– É pintado né?
– É, antes era ruivo natural, meio coral, mas eu não gostava.
– Ficou legal assim!
– Obrigada.
Elas conversaram o tempo todo nas aulas e no intervalo. O sinal tocara e era hora de ir para casa. Drixy se despediu de Jim e Paola e foi falar com Teo, para irem para casa, eles foram até o ônibus amarelo. Teo sentou ao lado de uma amiga, uma tal de Cleo, que Drixy conhecera no intervalo, Teo tinha uma queda por ela. Então a menina sentou um pouco mais pro fundo. O garoto loiro que caiu na escada entra no mesmo ônibus que ela e se senta ao seu lado.
– Oi, nos encontramos novamente! - ele diz simpaticamente.
– Pois é. - diz Drixy desanimada.
– Sou Edgar. Qual seu nome, garota da camisa dos Rolling Stones? – disse o alto garoto loiro de olhos azuis.
– Drixy.
– Nossa, que nome diferente!
– É apelido.
– Ah ta, gostei. Tem quantos anos?
– 15 e você?
– Também.
– Você é novo também?
– Sou, eu era de Los Angeles, me mudei esse ano.
– Também me mudei recentemente. Eu morava no Orfanato.
– Jura? Que bom que saiu de lá!
– É.
O ônibus entra no condomínio que Drixy mora agora.
– Bem, eu desço aqui, até segunda. - Drixy se despede.
– Eu também moro aqui.
Isso a assusta. Eles se levantam, assim como Teo e descem do ônibus amarelo. Teo entra logo em casa.
– Eu moro aqui. - diz Drixy apontando para a casa. - falando na intuição de descobrir onde ele morava.
– Não acredito! Sou seu vizinho. Moro aqui em frente.
– Nossa, muita coincidência! - ela finge empolgação.
Eles riram e se despediram. Cada um entrou na própria casa.
Muita coisa se passava na cabeça de Drixy nesse momento, como em pouco tempo ela conhecia tanta gente nova e já tinha uma família? No jantar ela contou como foi o dia para Flávia e Andrew. Em seguida foi dormir. Teve um sono calmo. Novamente, sem sonhos.
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