If I Tell You... escrita por Miranda


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Era sexta-feira, agora não nevava mais e o frio não era tão intenso. O Sol que se escondia em meio as nuvens brancas, conseguiu derreter toda a neve que estava espalhada pelo Canadá.

O anúncio do jornal que Flávia lera na noite anterior não saia da cabeça dela, os pais biológicos tentaram a matar? Mas ela prometeu a si mesma que só tocaria no assunto quando Drixy permitir. Então ela e Andrew se levantaram e foram para o banheiro da suíte deles, tomar banho. Após, desceram e tomaram café. Fizeram o mesmo que fazem toda manhã. Após 5 minutos depois que Andrew saíra para trabalhar, Drixy desce as escadas e dá bom dia para Flávia. Ela caminha até a cozinha e volta para a sala com uma maçã verde.

– Que horas vamos ao shopping? - ela pergunta.

– Assim que Márcia chegar.

– O Sr. Andrew já foi trabalhar?

– Acabou de sair...

– Nossa, acho que nunca dormi tanto em minha vida...

– Foi bom ter descansado pois hoje o dia será longo....

– Pois é.

– Vou subir e me arrumar, Márcia deve chegar logo.

Drixy terminou de comer a maçã e jogou os restos na lixeira da cozinha. Depois foi até seu quarto, fechou a porta e se despiu. Colocou um shorts jeans preto de cós alto e uma regatinha branca com estampa de borboleta. Calçou o all star de cano alto preto e fez um rabo de cavalo. Em 10 minutos estava pronta, desceu e escovou os dentes. Ao sair do banheiro, encontrou Teo na sala.

– Bom dia, já vão sair? - ele disse.

– Bom dia, vamos sim. Você também vai?

– Pra carregar sacolas? Não obrigado!

– Também não gosto muito de sair pra compras...

– Imagino, você só gosta de coisas rasgadas.

– Shiu! É estilo!

– Estilo podrinho.

– Isso é inveja do meu estilo.

– Tá certo estilosos, agora vamos Drixy e filho daqui a pouco a Márcia chega tá?

– Ok mãe. Beijos!

Elas foram para o carro de Flávia e seguiram o mesmo caminho para o shopping.

– Nossa, aqui é tão bonito! - Drixy disse se referindo ao condomínio onde se situa a casa.

– É, sem aquela neve, as árvores da praça ficam lindas mesmo.

– O Teo não fica na praça não?

– Ele prefere brincar com o video game dele. Mas de vez em quando ele costuma jogar basquete com uns amigos dele.

– Ah ta.

A conversa até o shopping foi tranquila, Flávia não tocara no assunto do orfanato nem da família dela.

Chegando ao shopping, que ficara só a 5 minutos de carro, elas foram entrando em lojas para comprar roupas para Drixy, Flávia aproveitou e comprou uns sapatos para ela. Não exageraram, mas compraram bastante roupa e o dinheiro rendeu muito. Ao sair das compras foram em direção a escola, muito próxima do shopping. Entraram e foram para a Diretoria. O diretor Sr. Mont foi muito legal com a Flávia, pois Teo estudara lá desde pequeno. E fizeram a matrícula de Drixy, que iniciaria as aulas na sexta-feira mesmo.

– Até mais tarde Drixy!

– Até! - ela disse com um sorrisinho amarelo no rosto.

Chegaram em casa, Drixy guardou as roupas no armário e os sapatos também. Flávia também a comprara um iPhone e uma maleta de maquiagem onde tinha tudo! De corretivo até batom. A menina colocou tudo no devido lugar e fora almoçar.

– Já matriculou ela mãe?

– Sim filho, ela começa hoje, quero que você a apresente uns colegas.

– Claro que vou apresentar!

– Você tá em que série? - Drixy pergunta.

– 9º ano ou 8ª série, sou adiantado um ano.

– Ual!

– Pensei que ia me chamar de nerd.

– Não, eu não gostava quando me chamavam assim na escola...

– Onde você estudava antes de ir para o orfanato?

– Não gosto de falar do meu passado.

– Por que?

– Porque sim! Eu não devo explicações a você!

– Ei garota, cala a porra dessa boca!

– Cala você!

– Crianças! - Flávia os repreendeu.

– Desculpa Sra. Flávia, eu não quis ser grosseira, mas é que eu não gosto de falar do meu passado e eu tenho motivos.

– Tudo bem. Teo? - diz Flávia.

– O que mãe? Acha que vou pedir desculpas a ela? Não mesmo!

– Teodhor!

– Desculpa.

Drixy apenas dá um sorriso forçado.

– Espero que isso não aconteça novamente. - disse Flávia.

– Não vai. - os dois disseram juntos.

– Agora saiam da mesa e vão se arrumar para o colégio.

Eles se levantaram e cada um foi para o seu próprio quarto. Drixy escolheu uma calça jeans preta nova e uma blusa da banda Rolling Stones também nova, calçou um tênis all star vermelho e pegou a bolsa transpassada no ombro jeans e dentro colocou dois cadernos, o estojo e o iPhone. Sentou na penteadeira e escovou os cabelos. Colocou uma tiara preta que ela tinha e passou lápis preto nos olhos e rímel preto. Passou corretivo em cima de umas espinhas e em seguida um pó. Não queria estar muito arrumada mas também não queria parecer feia. Já pronta, desceu as escadas, pegou uma maçã verde, colocou na bolsa e esperou o ônibus.

Beeeem. Beeem.

Era a buzina do ônibus, chegara a hora de enfrentar a escola.

– Tchau Flávia.

– Tchau querida boa aula!

– Fui mãe!

– Boa aula filho!

Teo e Drixy caminharam até o ônibus amarelo escolar, passou um flashback na cabeça de Drixy, na época em que ia de ônibus para a escola, mas passou rápido e Teo subia as escadas no ônibus. Quem dirigia era um senhor branco e gordinho Sr. Gordon. Drixy subiu as escadas e deu um sorriso amarelo para o motorista. Drixy seguiu Teo e sentou-se a seu lado. No ônibus, todos viravam, o pescoço para olhar para a menina, que sentia desconfortável, mas tentava pensar que não era com ela. Chegando na escola, ela caminhou pelo corredor até seu armário. Teo a acompanhara.

– C201. Achei! Obrigada por em acompanhar Teo, agora eu posso ir sozinha.

– Pra mim não tem problema.

– É sério, te vejo no intervalo.

– Ok, se cuida.

– Valeu.

Teo seguiu o corredor e entrou em uma sala. Drixy pegou a chave do armário e o abriu, tirou os livros, que foram postos quando ela visitara a escola mais cedo e os pôs na bolsa. O sinal tocou.

Ela caminhou até a sala 502, que ficara no segundo piso. Seria legal se eu falasse pra vocês que ela esbarrou em alguém que a ajudou a pegar seus livros e eles se apaixonaram a primeira vista, mas isso não aconteceu. Ela estava subindo as escadas e um garoto loiro estava na frente dela. Ele tropeça e cai nos degraus. Todos que subiam riam dele. Drixy se virou para ajudar o garoto a levantar. Ele se ergue com a ajuda dela. O tumulto da escada desaparece em segundos.

– Obrigado! - ele agradece.

E continuam a subir.

– De nada.

– Você é nova aqui também né?

– Sou, você também?

– Sou. Estou no primeiro ano do colegial e você?

– Também.

– Sala 503?

– Não, 502.

– Ah, então ficamos em turma separada, uma pena.

Chegando no corredor Drixy entrou na sala. O professor já estava lá. Ela andou depressa e sentou numa cadeira na fileira do meio. Todos olhavam para ela.

– Silêncio! - o professor grita.

A turma fica quieta.

– Temos uma aluna nova. - ele continua. - Srta. pode se encaminhar até aqui e se apresentar?

– Não. - era o que ela pensara. - Claro. - foi o que respondeu.

Ela se levanta e ao lado do professor diz:

– Meu nome é Drixy, tenho 15 anos e venho do Orfanato de irmãs. - ela disse olhando para a turma. - Tá bom? - ela pergunta ao professor.

– Tá bom sim, agora se sente, vamos começar a nossa aula de português, todos na página 62, façam os exercícios de 1 a 20.

Em seguida o professor senta e fica lendo algo. A turma começa a fazer os exercícios e a conversar, o professor não liga para nada disso. Drixy tira o iPhone da bolsa e começa a jogar Angry Birds. Ela está entretida no jogo quando uma menina que está sentada atrás dela a cutuca. Ela da um pause no jogo e se vira.

– Oi. - diz a linda garota de cabelos ondulados negros e olhos castanhos.

– Olá.

– Drixy né?

– É.

– Sou Paola.

– Prazer!

Paola sorri para ela. A menina usa aparelho nos dentes.

– Eu sou nova aqui também, relaxa, praticamente a turma toda não se conhece.

– Ai que bom, já estava me sentindo deslocada.

– Olha, esse aqui atrás de mim dormindo é o Jim ele é bem legal apesar de dormir quase em todas as aulas.

Drixy riu.

– Seu cabelo é lindo! - Paola a elogiara.

– Obrigada!

– É pintado né?

– É, antes era ruivo natural, meio coral, mas eu não gostava.

– Ficou legal assim!

– Obrigada.

Elas conversaram o tempo todo nas aulas e no intervalo. O sinal tocara e era hora de ir para casa. Drixy se despediu de Jim e Paola e foi falar com Teo, para irem para casa, eles foram até o ônibus amarelo. Teo sentou ao lado de uma amiga, uma tal de Cleo, que Drixy conhecera no intervalo, Teo tinha uma queda por ela. Então a menina sentou um pouco mais pro fundo. O garoto loiro que caiu na escada entra no mesmo ônibus que ela e se senta ao seu lado.

– Oi, nos encontramos novamente! - ele diz simpaticamente.

– Pois é. - diz Drixy desanimada.

– Sou Edgar. Qual seu nome, garota da camisa dos Rolling Stones? – disse o alto garoto loiro de olhos azuis.

– Drixy.

– Nossa, que nome diferente!

– É apelido.

– Ah ta, gostei. Tem quantos anos?

– 15 e você?

– Também.

– Você é novo também?

– Sou, eu era de Los Angeles, me mudei esse ano.

– Também me mudei recentemente. Eu morava no Orfanato.

– Jura? Que bom que saiu de lá!

– É.

O ônibus entra no condomínio que Drixy mora agora.

– Bem, eu desço aqui, até segunda. - Drixy se despede.

– Eu também moro aqui.

Isso a assusta. Eles se levantam, assim como Teo e descem do ônibus amarelo. Teo entra logo em casa.

– Eu moro aqui. - diz Drixy apontando para a casa. - falando na intuição de descobrir onde ele morava.

– Não acredito! Sou seu vizinho. Moro aqui em frente.

– Nossa, muita coincidência! - ela finge empolgação.

Eles riram e se despediram. Cada um entrou na própria casa.

Muita coisa se passava na cabeça de Drixy nesse momento, como em pouco tempo ela conhecia tanta gente nova e já tinha uma família? No jantar ela contou como foi o dia para Flávia e Andrew. Em seguida foi dormir. Teve um sono calmo. Novamente, sem sonhos.


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Notas finais do capítulo

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Beijos



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