If I Tell You... escrita por Miranda


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Christopher Gynter era o nome dele, também conhecido como Chris. Loiro, alto e musculoso, fazia parte do grupo de futebol, consequentemente, era super popular na escola. Por que ele pedira Drixy, a novata para se sentar ao lado dele no ônibus? Essa era a pergunta que se passava na cabeça da garota e de todos os adolescentes presentes no veículo.

– Se deu bem! - disse Paola para Edgar, que sentava ao lado dela.

– Não sei...

– Ué, por que não sabe? Ele é popular! Dã!

– Mas isso não quer dizer que ele seja o melhor pra ela.

– Ah, cala a boca Ed, vai defender a ruivinha vai?

Ele ficou quieto, percebeu que a garota estava com ciumes, eles ainda não haviam conversado sobre o beijo deles no fim de semana. Ed achou que ali seria uma boa hora, Paola encarava a rua pela janela com os braços cruzados.

– Sabe Paola, a gente precisa conversar...

– Fala. - disse sem encarar os olhos azuis do menino.

O ônibus parou em frente a escola, e todos se levantavam.

– No intervalo a gente se fala... - disse Ed, prevendo que seria impossível conversar no meio da multidão.

– Ok. - ela respondeu e os dois saltaram do ônibus e caminharam até a entrada do colégio.

O dia estava levemente ensolarado, não estava frio, porém o vento era frio, a maioria dos alunos usava um casaco que não esquentasse muito, mas protegesse do vento.

Drixy desceu do veículo, acompanhada com o grupo de Chris, umas meninas gêmeas de cabelos castanhos, assim como os olhos, viviam gargalhando com as piadas que um magrelo ruivo fazia, Drixy decorou o nome de todos. Stayce e Lucy eram as gêmeas, o ruivo engraçado se chamava Logan, um loiro baixinho se chama Michael, que namora uma morena também de estatura baixa, Daisy. O grupo dava apelidos aos nerds que encontravam no pátio, Drixy não achara isso muito legal da parte deles, mas Teo mandava a cada cinco minutos mensagens de "apoio", como:

"Ria de todas as piadas."

"Aceite todos os convites para sair."

"Não fale sua opinião diretamente."

"Fique sempre com um sorriso no rosto."

A menina seguia essas "regras", pois sabia que era isso que o "irmão" queria: popularidade. E ela não queria decepcionar o garoto de 13 anos.

O grupo seguiu até a sala e foram caminhando até o fundo da mesma. Drixy perguntou:

– A gente não pode sentar mais pra frente?

– Junto com os nerds? - perguntou Lucy.

– Eu acho que a probabilidade disso acontecer é de 0, 0000001%. - brincou Logan, fazendo uma voz muito engraçada, porém Drixy não riu.

– Isso não tem graça sabia? - disse a ruiva.

– Qual é pessoal, exageramos muito. Foi mal Drixy. - disse Chris tentando acalmá-la.

– Que seja, vou mais pra frente, daqui não enxergo nada. - ela disse e foi caminhando e se sentando ao lado de Paola, que disse:

– Tá fazendo o que aqui? Vai sentar com o gato do Chris. - ela disse rindo.

– Eles não são tão legais como parecem ser.

– Hm - Paola ignorou. - Sabia que hoje é o aniversário da Carol?

– Carol?

– É... A menina que vem sempre de rosa...

– Ah, sei. - disse Drixy esbugalhando os olhos, essa garota era a patricinha da sala.

– Então, ela vai convidar o pessoal pra festa dela hoje.

– E o que tem?

– Como assim o que tem? Se você não for convidado, será o esquecido por todo Ensino Médio... e ninguém irá assinar seu anuário, nem mesmo seus pais!

– Oh meu Deus, quão assustador! - brincou Drixy estendendo os braços pra cima.

As duas riram.

O professor de Biologia entrou e começou a passar exercícios, a aula passou tão rápido que elas nem se ligaram que já era o intervalo. Paola guardou as coisas na bolsa rapidamente, mas Drixy arrumava com calma.

– Vou indo na frente, Ed quer falar comigo, depois nos falamos! - disse Paola, saindo praticamente correndo da sala.

Drixy terminou de arrumar as coisas na mochila, a pôs nos ombros. Viu que só restara ela e Jim na sala, que por sinal ainda dormia. Ela o cutucou e dizendo:

– Jim! Jim... Acorda!

– Han.. Calma Mulher Maravilha eu vou avisar pra Gothan City que você vai se casar... Calma. - ele dizia ainda de olhos fechados.

Drixy riu e continuou a chacoalhar ele até que abrisse os olhos.

– Finalmente! - ela disse quando o garoto se levantou da cadeira.

– Biologia é tão chato...

– Eu gosto.

– Odeio, assim como matemática, química, física, história, geografia...

– Já sei, assim como todas as outras.

– Isso aí ruiva!

– Agora me ajuda a andar até o pátio, esse gesso pesa!

– O que aconteceu?

– Caí.

– Hm. - ele se levantou e ajudou a menina, caminharam até a cantina pra comer algo, se sentaram em uma mesa onde estavam Paola e Edgar conversando, pelo visto o assunto era legal, ambos riam.

– O que eu perdi? - perguntou à ruiva se sentando e comendo um bolinho de chocolate que pegou na cantina.

– Fomos convidados para a festa da Carol! - disse Paola muito animada.

– Vocês foram? - perguntou Ed.

– Não. - Jim respondeu com indiferença.

– Putz, boa sorte. - disse Paola.

– Aff, quem liga pra uma festa cheia de bolas cor de rosa e frufrus no bolo de 14 andares? - disse Drixy.

Todos da mesa riram, mas pararam logo em seguida.

Carol estava atrás da ruiva e ouviu tudo.

– Quer dizer que você não liga pra minha festa? - ela perguntou com uma voz muito fina.

– Sim, eu não ligo.

– Pois fique sabendo que eu ia entregar um convite pra você agorinha mesmo!

– Nossa, que empolgante! - disse Drixy fingindo animação e imitando a voz de Carol.

Surpreendentemente, Carol entregou um convite cor de rosa pra Jim e outro para Drixy, que disse:

– Han? Sério que você tá me chamando?

– Sim, sério.

– Por quê?

– Por que eu vi você andando com Chris hoje, e quero que ele vá.

– Então você precisa de mim? - ela deu ênfase no você.

– Claro que não!

– Então eu não vou!

– Er... Tá, eu preciso de você, satisfeita? - disse a patricinha sem jeito.

– Na verdade não. Adorei ouvir isso, se importa de repetir pra eu gravar como ringtone no meu celular?

Carol revirou os olhos e disse:

– Apenas vá, não precisa ficar o tempo todo, só vá, ok?

– Vou ver o que posso fazer... - brincou Drixy com ela.

Carol se virou e foi caminhando. Na mesa todos estavam boquiabertos.

– Que foi gente? - perguntou a ruiva dando outra mordida no bolinho.

– Você arrasou! - disse Ed, batendo na palma dela, como um hi-5.

– Obrigada. - ela disse gabando um pouco de si mesma.

– Então, o que você vai vestir? - perguntou Paola para Drixy.

– Qualquer coisa que eu encontrar no armário.

– Como assim qualquer coisa?

O sinal tocou e os três se levantam e caminham até a sala, Edgar foi ao banheiro antes. E como ele era de sala oposta, ninguém o esperou. O restante das aulas passaram muito rápido. Jim foi para a detenção, pois o professor de Química não tolera cochilos durante a aula. E as meninas saíram cedo, Paola iria para a casa de Drixy, mais tarde as duas iria ao shopping comprar algo para a festa.

– Teo, a Paola vai lá pra casa hoje ta? – comentou a ruiva para o "irmão", esperando que ele concordasse.

– Ok, sem problemas. Vamos? O ônibus já ta saindo...

Entraram no veículo e saltaram em frente à grande casa. Teo abriu a porta e gritou:

– Mãe! Chegamos!

Mas ninguém respondeu. Então o menino seguiu o pequeno corredor em direção a cozinha, mas só encontrou Márcia lá. Paola e Drixy subiram para o quarto da ruiva, a morena estava muito animada para a festa que aconteceria mais tarde, enquanto Drixy procurava os fones de ouvidos na mochila. As duas conversavam como se fossem grandes amigas, até que Teo entra no quarto com o celular dele em mãos e pergunta:

– Que horas são?

– Cinco e quarenta da tarde. – respondeu a morena.

– Drixy! Hoje tem terapia! 19 horas, lembra?

– Putz, tinha esquecido. Tudo bem, eu não vou pra festa nem estava a fim mesmo.

– Ah que vacilo! Eu queria muito ir. – resmungou Paola.

– Eu não vou, mas você vai! – Drixy respondeu dando ênfase no "eu".

– Mas sei lá, vou ficar deslocada.

– Cala a boca, você vai com o Jim e Edgar!

– É verdade! Então tchau, ainda tenho que ir ao shopping. – disse Paola empolgada, pegando a mochila que estava sobre a cama de Drixy. Ela jogou um beijo no ar para Drixy e deu um tchau para Teo, desceu as escadas e saiu. Com certeza ela estava empolgada. Tudo a empolga.

Teo fez cara de emburrado e Drixy, não entendendo perguntou:

– Qual o motivo dessa carinha aí?

– Essa terapia...

– Que tem?

– Ta estragando a sua chance de ser popular.

– Ai Teo, você ainda com essa ideia... - a ruiva resmunga.

– Não é ideia, é modo de sobrevivência na escola.

– E o que você quer que eu faça então?

– Falta a terapia e vai à festa.

– Nossa, que belo plano, isso nem vai piorar minha situação com seus pais... – disse a menina ironicamente.

– Calma... Deixa-me pensar...

– Não tem que pensar nada, a festa furou só isso!

– Ai que adolescente chata você é!

– Cala a boca!

– Não calo não!

– Cala sim!

– Por que não vem calar?

– Já caí nessa uma vez, não sou boba o suficiente!

– Droga! – murmurou o menino achando que ganharia um beijo da "irmã".

Teo foi até o quarto dele, sentou-se na cadeira e ligou para o pai.

– Oi, pai.

– Fala filho.

– Er... Sabe pai...

– Não sei Teo, fala logo!

– É que hoje não vai dar pra eu e Drixy irmos à terapia...

– Como assim não vai dar?

– Tem uma festa, mais tarde.

– E você achou que eu ia concordar ao ouvir isso Teodhor?

– Achei.

– Não banque o ingênuo, já foi combinado desde ontem que hoje nós iríamos.

– Pai, você não acha que vai perder ainda mais a confiança da Drixy a barrando de uma festa que ela tanto quer ir?

– Ok, ok. Vou ligar pra sua mãe e a mandar desmarcar, mas semana que vem não quero desculpas.

– Ok, eu juro.

– Beijos filho.

– Tchau paizão!

E desligou.

Foi até o quarto de Drixy e fez uma dança um tanto quanto bizarra. A menina gargalhava sem entender nada, mas ria intensamente, depois que ela conseguia respirar, perguntou:

– Por que está tão animadinho assim?

– Nós vamos! Pra festa!

– Eu já disse que não vou fugir, se você não se lembra eu estou com a perna engessada.

– Não é isso ruivinha, eu liguei pro Sr. Hint e ele autorizou nossa saída!

– Hm, ok.

– Sério? Cadê meu abraço e meu beijo?

– Isso fica pra depois, agora preciso de uma roupa que não fique estranha com esse meu gesso. - disse Drixy nada empolgada.

– Ta, procura aí, que eu também tenho que escolher a minha.

Ele saiu e voltou para o quarto.

Poucos minutos depois, os dois já estavam arrumados, Drixy ficou pronta antes de Teo. O menino usava calça jeans escuras, uma blusa branca, um terno por cima e tênis. E Drixy usava um vestido vermelho de bolinhas brancas e tênis branco apenas no pé que não estava engessado.

Os dois desceram e foram de táxi até a casa de Carol, onde seria a festa. Quando eles chegaram ao local já estava lotado, a casa toda enfeitada nas cores rosa e branco. A aniversariante vestia um vestido rosa choque (ninguém se surpreendeu) e sandálias de salto douradas. Drixy deu um sorriso de longe a ela e seguiu com Teo ao encontro de Paola, Edgar e Jim. Paola usara um vestidinho florido com salto alto, e a roupa dos meninos era similar a de Teo, ou melhor, similar a de todos os meninos da festa. Deve ser típico esse visual nas festas do Canadá. O grupo ficou conversando sobre diversos assuntos, mas foi interrompida com a chegada de Carol ao meio deles, ela queria conversar com a ruiva.

– Que foi? Veio implorar uns parabéns? – disse com arrogância, Drixy.

– Não, vim cobrar o que você combinou.

– E o que era mesmo?

– Fazer com que Chris goste da minha festa e de mim.

– Ah, é. Ok loirinha, deixa comigo.

A aniversariante sorriu forçadamente e saiu.

Drixy avisou para o grupo o aonde iria e foi procurar o grupo de Chris. Eles estavam no quintal, sentados em um banco branco. Ele a avistou de longe, se levantou e foi até ela.

– Nossa, achei que não iria vir... – ele disse.

– Não tinha nada pra fazer, resolvi dar uma passadinha. - ela desconversou.

– Hm, que bom, assim a festa fica mais interessante. Você está linda!

– Obrigada Chris.

– Vem sentar com a gente!

– Depois, quero pegar uma bebida antes.

– Ta bom, depois volta.

– Ok.

E ela voltou para dentro da casa, andava o mais rápido e normal que podia. Caminhar com gesso na grama não era nada fácil. Foi em direção à grande mesa que estava recheada com comidas e bebidas. Viu o recipiente onde estava o ponche, pegou um copo e depois o encheu com a ajuda da concha. Quando o copo estava completo, voltou-se e na direção do grupo onde estava Jim, Edgar, Paola e Teo, porém um menino apareceu na frente dela, fazendo com que ela caísse sobre ele, derrubando toda a bebida por cima do estranho garoto. Por sorte ele a segurou com os dois braços e a ajudou a levantar.

– É melhor tomar cuidado, assim você pode quebrar a outra perna. - ele disse.

Drixy encarou aqueles olhos cor de mel maravilhosos e se perdeu dentro deles, a barriga dela queimava, a respiração ficava quente e difícil e quando voltou à realidade, percebeu que já estava muito tempo parado em frente a ele.

– Se liga garoto! – Ela resmungou e saiu andando até Teo.

– Vamos embora! – ela disse para o "irmão".

– Drixy, a festa mal começou! – disse Edgar.

– Mas já estou farta disso!

– Vem, vamos dançar. – disse Paola, puxando a mão da menina e a levando até um lugar onde estava o DJ.

Drixy até tentou sair de lá o mais rápido possível, mas a pista de dança estava lotada, dificultando com que a menina andasse. Resolveu sentar em um banco próximo a onde Paola e Edgar dançavam. Drixy ficou encarando o garoto que ela havia esbarrado anteriormente, e ele correspondia o olhar. Ela sentia algo estranho, algo que nunca havia sentido antes, não sabia o que era, mas tinha curiosidade de saber.

Depois que o bolo foi partido, Teo, Edgar e Drixy pegaram o mesmo táxi e foram até o condomínio onde os três moram. Os "irmãos" chegaram em casa cansados, pois já era de madrugada e foram dormir. Drixy, deitada na cama, lembrou que não havia dado devida atenção a Chris e continuou a pensar no menino. Ela ainda não sabia o nome dele e nem imaginara que ele ainda voltaria a aparecer na vida dela. Por fim, adormeceu novamente, sem sonhos.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo gente!
Beijos,
Min ;*



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