My Destiny escrita por Giulia Maciel


Capítulo 6
Capítulo 6 - Jhonny Hitachimi


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse capitulo... Boa Leitura pessoal. (:



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Brasil, Indaiatuba - São Paulo. 14:35 , Mansão Hitachimi.



–Droga, onde está? Não a acho de jeito nenhum. -Pensei.

Ouço baterem na porta do meu quarto.

–Querido? Está tudo bem? -Perguntou a minha mãe.

–Sim, é... Mãe, a senhora viu a minha carteira?

–Não filho... Posso te pedir uma coisa?

–Sim... Claro.

–Não me chame de senhora...me sinto velha. -Disse ela sorrindo.

–Tudo bem, senhorita Hitachimi. -Sorri.

–Te amo querido. -Disse sorrindo.

–Ah! ja ia me esquecendo...seu pai está te chamando, ele está lá no terceiro andar, no escritório.

–Tudo bem, vou lá. -Respondi.

Bati na porta.

–Entre! -Respondeu.

–O senhor mandou me chamar pai?

–Sim Jhonny, como está o treinamento com James?

–Ótimo... estou aprendendo muitos golpes.

–Que bom que está gostando, ele veio até aqui me dizer que você é igual a mim, aprende rápido e é muito bom.

–Obrigado.

–E a aula com Kaaro? Como está as habilidades com as espadas?

–Estou treinando muito, segundo Kaaro, estou indo muito bem. -Respondi.

–Certo, pode ir. -Disse ele com os cotovelos apoiados na mesa e seus dedos entrelaçados.

Era uma sala com papel de parece vermelho vinho, algumas letras japonesas e um lustre de cristal no centro. Meu pai sentava em uma poltrona de veludo vermelha. sua mesa era de vidro, atras dele uma enorme janela de vidro com cortinas cor preta, no chão havia o desenho de um imenso dragão negro dos olhos vermelhos. Á direita muitas prateleiras com livros, Á esquerda uma porta de vidro que ligava a um jardim japonês. Nele tinha uma mesa de madeira redonda e cadeiras ao redor. Na sala também haviam um sofá e duas poltronas vermelhas de veludo perto de uma lareira acesa.

Fechei a porta e dei de cara com um jovem, ele aparenta ter a minha idade. Ele era moreno, tinha os olhos castanhos e cabelo preto. Estava acompanhado por mais dois homens.

Desviei e continuei a andar rumo a sala de T.V.

Minha mãe estava lá, ela tem os cabelos pretos, os olhos azuis e a pele bem branca.

–Jhonny?

–Sim, senhorita Hitachimi?

–Eu estava pensando... faz tempo que não passamos um tempo juntos... mãe e filho, gostaria de ir comigo fazer um piquenique lá no jardim do seu pai? -Perguntou Catarina.

–Sim, será ótimo. -Respondi.

–Maria!

Maria era nossa cozinheira.

–Sim, My Lady?

–Prepare um ótimo piquenique no jardim dos ipês, quero tudo montado perto do lago.

–Com licença... My Lady.

–Vá! coloque uma roupa mais fresca, estarei te esperado na sala de entrada. -Disse Catarina olhando diretamente para mim.

–Tudo bem, já volto mãe.

Depois que me troquei, fui com Catarina até o jardim dos ipês. O piquenique já estava montado de baixo do maior ipê do jardim, ele é amarelo e fica a beira do lago.

Durante o piquenique todo, minha mãe só falava do baile tradicional da família Hitachimi.

–É importante manter essa tradição. Nos tempos de hoje isso é muito raro. Daqui três semanas será esse grande dia. Amanhã Rafael virá tirar suas medidas, vou mandar fazer um smoking para você, precisa ficar perfeito.

–Certo. -Respondi.

–Foi muito bom conversar com você meu filho. Pena que teremos que voltar, não disse a Maria o que quero para o jantar.

–Tudo bem. Tenho uns deveres de japonês e inglês para fazer.

–Certo, vamos. -Completou ela dando-o um beijo na testa.

Quando voltamos, minha mãe foi direto para a cozinha e eu subi para o meu quarto.

Droga, como é chato ter aula particular. Meus pais nunca me colocaram em nenhuma escola, eles contrataram professores para vir até aqui me dar aula de todas as matérias, eles acham que é bem melhor do que ir até a escola. Eu descordo, eu queria andar por ai, conhecer mais pessoas, fazer mais amizades. Os únicos que tenho amizade são os filhos dos parentescos do meu pai. Nunca entendi o porque disso, a última vez que toquei nesse assunto, tive uma briga feia com meu pai.

Então o telefone do meu quarto toca.

–Alô?

–Boa Tarde senhor Jhonny, tem uma ligação para o senhor, é o senhor Fellipe Willster Wolfrik.

–Obrigado Josepy, pode passar a ligação.

–Jhonny?

–Oi Fellipe! e ai cara? Como está o braço?

–Estou bem melhor. Nem precisou dar ponto. E você? como está cara?

–Estou bem, é... lembra a minha carteira que ganhei do meu pai?

–Lembro... estava com ela no ultimo passeio que demos pela pequena floresta né?

–Sim, não a acho depois daquele dia. Pensei que poderia estar contigo.

–Já voltou lá para ver?

–Sim, não esta lá.

–Pena cara, tinha algo de muito valor lá?

–Bom, tinha algo que para mim é muito importante. Mas, deixa pra lá.

–Cara' to ligando para perguntar se você poderia vir aqui em casa amanhã, o nosso professor de japonês passou uns exercícios aqui que eu não estou conseguindo resolver. Você poderia me ajudar?

–Opa! claro. Que horas?

–Depois do almoço, umas três horas pode ser?

–Fechado!

–Beleza, valeu Jhonny. Bom, vou nessa... Boa noite.

–Boa Noite.

Logo em seguida recebi um lembrete da minha mãe "Jantar ás 19:00''. Bom, já eram 18:00. Fui para o banho. Yatto detesta atraso no jantar.

Durante o banho, eu comecei a relembrar de algumas coisas do meu passado. Era uma menina, ela devia ter uns 6 anos de idade, eu tinha uma foto dela na minha carteira, nenhum de meus pais sabem disso, nunca pensei em contá-los. Junto a foto tinha uma espécie de pingente, só que era uma pedra muito bonita. As únicas lembranças que eu tenho dessa garota, era ela me dizendo para nunca esquece-la. Não sei o porque que não me lembro de mais nada a respeito dela. Queria aquela pedra de volta, mais o que eu mais queria, era poder ver essa garota.

Assim que terminei de me arrumar, desci para a sala de jantar. Era uma sala retangular, extensa, com um lustre grande no centro, também há uma enorme mesa retangular de madeira e vidro, com cadeiras de madeira e detalhes em vidro. Há várias janelas retangulares na vertical que ia do teto ao chão. Um extenso tapete persa que cobria a parte inteira que a mesa e as cadeiras ocupavam. Meu pai sentava no topo da mesa, minha mãe á esquerda e eu á direita.

Precisávamos esperar meu pai dizer "Bom apetite" para podermos comer ou beber. Meu pai foi criado a esses modos e sempre diz que vai mante-los.

Particularmente? Detesto todo esse jeito dele, nunca tem tempo para ninguém, só pensa em seu trabalho e manter seu orgulho, tudo isso em primeiro lugar.

Estávamos na mesa e então um dos caras com quem trombei no corredor entra na sala e vai até o meu pai e diz algo bem baixo perto de seu ouvido.

–Desculpem-me, surgiu um problema que terei que resolver, Boa Noite. -Disse Yatto indo até a minha mãe e dando-a um beijo na testa.

E então saiu, fechou a porta e como sempre... nos deixou.

–Perdi a fome. -Me levantei da mesa.

–Você será igual a seu pai Jhonny. -Disse ela quando me virei de costas.

–Como é? -Olhei para ela.

–Acha mesmo que eu serei igual a ele? Mal conversar com a minha própria esposa e meu filho? Colocar meu trabalho em primeiro lugar ao invés da minha família? E esquecer até do meu aniversário de casamento... Me desculpe mãe, mas eu não serei igual a ele! -Respondi olhando nos olhos dela.

Catarina abaixou a cabeça e deixou uma lágrima escorrer.

–Me desculpa por estar lhe dizendo tudo isso, mais é a mais pura verdade, Boa Noite. -Sai da sala.

Eu já estava cheio de todos os segredos do meu pai, porque ele nunca fala do seu trabalho? Para mim já chega. Eu vou descobrir de uma vez por todas o porque que meu pai se dedica tanto ao seu precioso trabalho.

Decidi ir até o corredor onde ficava a porta do escritório, mais tenho que tomar muito cuidado para nenhum dos homens que trabalham pro meu pai me ver. Desci as escadas, cheguei no 1º andar e virei á direita. Então me abaixei e espiei o corredor, não havia ninguém então fui até a porta, ele estava falando com alguém.

–Bom, tudo o que sabemos é que a garota esta no Alaska, mais não está sozinha. Quem está com ela? -Perguntou Yatto.

–Não sabemos milorde. -Respondeu um homem.

–E você hein? Pensei que tivesse contratado um ótimo agente, mais para mim você não está passando de um completo inútil! -Berrou Yatto.

–Quero todas as respostas logo! Sejam o mais breve possível! E você? Volte para o Alaska e continue de olho na garota. -Completou.

–O que faço com o jovem que está preso? Ele não sabe de nada... -Disse um dos homens.

–Mantém ele lá até semana que vem, depois lhe digo o que fazer. -Respondeu.

–Sim, Milorde.

–Estão esperando oquê? Vão! -Disse Yatto Nervoso.

Então para não me verem, corri até o final do corredor á direita e subi o primeiro lance de escada. Espiei pelo canto da parede e eram os mesmos homens que vi da ultima vez. Um deles aquele mesmo garoto que parece ter minha idade. Assim que sumiram de vista, segui o corredor e entrei na biblioteca e peguei o livro que conta a história da família Hitachimi. Depois que folheei 502 páginas achei o que eu queria. Meu, avô tinha uma mansão no Alaska, meu pai a herdou. Mas a pergunta é... Quem é essa tal garota de quem meu pai estava falando. E quem é esse jovem que está preso? Eu preciso achar uma maneira de ir para lá. Peguei o livro e o levei para o meu quarto.

No livro havia algumas fotos da mansão. Não seria tão difícil entrar, o problema será encontrar alguma resposta. Será que o tal jovem esta preso dentro desta mansão? Droga... o que meu pai está fazendo? Eu preciso descobrir.

Então bateram na porta do meu quarto, rapidamente escondi o livro debaixo da cama.

–Entre!

Era Yatto.

–Jhonny, quero que vá amanhã de manhã na minha sala, tenho algo importante para lhe entregar. Bom, vou deixá-lo descansar. Boa Noite. -Disse ele fechando a porta.

Apaguei as luzes e me deitei na cama, tudo aquilo ficava girando na minha cabeça. Porque Yatto pediria para tantos homens ficar de olho em uma unica garota? Não vou descansar enquanto eu não saber o que está acontecendo.

(3:34 da manhã)

– Flash Back -

–Sara! .

–Sara! -Eu cochichava.

A garota da foto aparece na varanda do quarto.

–Jhonny? o que está fazendo aqui? -Perguntou a menina.

–Espere, vou subir. -Comecei a escalar uma escada de madeira envolvida por gavinhas.

–Achou que eu iria partir sem falar com você?

–Jhonny, promete que nunca vai se esquecer de mim? -Perguntou a menina.

–Claro! Sara, sempre vou lembrar de você! E ainda iremos nos ver! Você vai ver! Não irá se livrar de mim tão fácil assim. -Respondi sorrindo.

–Tome. -A menina arranca um colar do pescoço.

–Guarde-o, ele te dará muita sorte. -Completou ela.

––Certo! -Respondi.

–Vá! antes que seu pai perceba! -Disse ela.

–Tudo bem, mais não se esqueça de mim Sara! -Respondi logo descendo as escadas.Quando terminei de descer, a olhei novamente.

–Fim do Flash Back -

–Sara... então é esse seu nome.


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Notas finais do capítulo

Vlw pessoal (: bjos e comentem pf (:



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