Regina narrando

Abri os olhos e estava deitada numa grande campina verde, ao meu lado, um lago de águas reluzentes estava parado. Me sentei e vi Emma vindo em minha direção.

- Você está bem minha rainha? - Ela sorriu e ajoelhou-se ao meu lado. Levei a mão a cabeça e a olhei.

- Estou, acho que sim. - Me levantei com dificuldade. - O que está fazendo aqui? Gold, ele...

- Shh rainha, fique calma. - Emma apoiou sua mão em meu ombro.   

- Mas, você nunca me chamou as(...) - Emma beijou-me com vontade. - O que você? - Me afastei dela. - Emma, pare tá bem. Gold prometeu que não deixaria você vir.

- Deixe Gold para lá. - Ela me segurou pelo braço e foi me puxando em direção ao imenso lago. - Venha. Podemos ser felizes juntas. - Ela sorriu. 

Quando dei por mim, me senti uma completa idiota. Era uma sereia, tentando me levar até o lago, onde eu poderia ser afogada, como ela fazia com todos.

- Emm(...) Não, eu não vou cair nos seus truques. - Levantei minhas mãos até o ombro e a as levei a frente, um vento veio de trás de mim e a derrubou no lado, virei-me e comecei a correr de volta ao vale onde tinha caído, minhas pernas doíam. Em(...) a sereia vinha atrás de mim, dessa vez, seus olhos pareciam feitos de fogo, puxei a mala onde meus vestidos estavam e corri para a floresta. Sabia que a tal sereia não poderia se afastar tanto do lago, então sentei-me em uma pedra e descansei por um tempo. Conjurei uma garrafa d'água e a bebi. Tinha de chegar ao palácio antes do anoitecer. Levantei-me da pedra e com força fui empurrada em direção ao chão. Meus braços amorteceram a minha queda e eu me virei para ver quem era.

- Pequena Regal, você por aqui? - Capitão Hook me olhou com desdém.

- Isso é motivo para me derrubar? Olhe o estado do meu vestido! - Levantei e passei a mão onde estava sujo. - O que você quer? - Com magia, limpei todo o vestido.

- Rumpel te mandou aqui, não é? - Ele riu. 

- Isso continua sendo motivo para me derrubar? E, se ele tiver mandado? Você não tem nada haver com isso! Deve ser por isso que ninguém gosta de você, você só sabe ser rude! Principalmente com quem não deve. - Sorri maliciosamente. 

Troncos de árvores enrolaram-se nos braços e pernas de Hook. Cheguei mais perto.

- E sim, Rumpel me enviou. - Sussurrei enquanto enfiava a mão em seu peito, remexi um pouco e seu coração não estava ali. - Onde está seu coração? - Berrei.

- Apenas uma coisa que aprendi com Cora. "Você acha que eu deixaria o meu coração onde, todos deixam?" - Ele riu com desdém.

- Ainda bem que eu não preciso arrancar seu coração para matá-lo. - Um galho enroscou-se no pescoço de Hook. Mexi a boca como se fosse eu enrolando seu pescoço. 

- Regina. - Ele cerrou o punho. - Lhe imploro. Me deixe ir. - Ele falou ofegante.

- Desculpe Hook, negócios. - Sorri sombriamente. Vi seu pescoço ser apertado pelos galhos, sua cabeça pendeu de seu corpo. - Desculpe Hook, talvez em outros tempos. - Sorri novamente. Me afastando e deixando seu corpo bater com força no chão. Olhei para trás, me senti um pouco culpada e continuei andando. 

Andei durante algum tempo e avistei uma enorme perna.

Emma narrando

- Henry, como você soube disso? Ela te falou? - Abaixei-me na frente dele.

- Ela me disse. Ela me disse que se você pedisse, ela não iria. Eu nem sei por quê ela vai! - Ele se afastou. Subindo as escadas. 

- Henry. - Me levantei. - Henry! - Gritei.

Subi atrás dele e ele estava deitado na cama. Sentei-me ao seu lado. 

- Regina vai ficar bem Henry. Ela precisou ir. - Apoiei a mão em suas costas e esfreguei. - Henry. Eu vou precisar da sua ajuda. Quero dizer, eu nunca fui mãe antes e, eu não sei como cuidar de você, eu preciso que você me ajude. - Algumas lágrimas escorreram pelo meu rosto. - Henry, você pode me ajudar? Por favor? Eu também vou sentir falta da Regina. Assim como você, mas, juntos, vamos tê-la de novo. Eu prometo. - Comecei a chorar e Henry me abraçou. - Eu prometo. - As lágrimas escorriam mais do que nunca de meus olhos. 

Regina narrando

O dono dessa perna era um enorme ogro. Chegava a ser engraçado pois nunca tive medo de um e, agora, estava tremendo. Porém, agora tinha meus poderes e, não tinha Henry, que deveria me impedir de usá-los. Preparei em minhas mãos uma imensa bola de fogo e a atirei no ogro. Ele cambaleou para trás e chocou-se contra uma árvore que envergou para trás. O monstro urrou e investiu contra mim, com uma de suas mãos, empurrou-me para o lado e caí. O ogro veio em minha direção e por pouco não pisara em mim, fechei os olhos e me encolhi o máximo que pude. O ogro se abaixou e com o dedo indicador quase tocou-me, quando ele chegou perto o suficiente para que eu sentisse seu bafo, ela caiu para trás. Levantei o olhar e ele estava morto. Com a única coisa que o matava. Uma flechada no olho. Levantei e olhei para onde a flecha deveria ter sido disparada. Ao longe, uma silhueta com um arco em punho estava parada, passei a mão pelo meu vestido e novamente ele se auto-limpou. 

- Branca de neve? - A pessoa riu.

- É Bella, Regina. - Ela abaixou o arco e chegou mais perto de mim. - Desculpe se te assustei. - Ela agora estava do meu lado e sentou numa pedra perto de mim. - Por que venho para cá?

- Bella, obrigada por me ajudar com o ogro, mas, eu preciso chegar ao castelo antes do anoitecer. - Estava nervosa e me virei para andar.

- Não vai dar. - Ela sorriu e tirou um livro da bolsa. - Escurece em menos de dez minutos, é melhor montarmos acampamento antes de dez minutos. - Ela se levantou e abriu o livro em alguma página. - Consegue conjurar isso? - Ela sorriu e eu olhei o livro. 

- Uma cabana, muito original. - Sorri me concentrando. - Ok, posso tentar.

Estiquei os braços e logo algumas madeiras começaram a formar uma parede e logo uma casa inteira. 

- Está bom assim Bella? - Comecei a andar em direção a cabana. 

- Vai levar sua mala não? - Ela sorriu e pegou a minha mala e a arrastou até a frente da casa. Virei-me e me vi a alguns centímetros longe de Bella. - Ah, me desculpe Regina, eu sei o que você pensa sobre isso. - Ela deu um passo para o mesmo lado que eu e novamente para o outro lado. Porém, ela dava passos para frente também, o que fazia com que nós ficássemos cada vez mais perto uma da outra.