A Princesa E O Arqueiro escrita por Vitor Santos


Capítulo 16
Amarth




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Um garoto de dezessete anos estava de pé em meio à fumaça que se dissipava lentamente. Suas roupas, antes rasgadas, agora haviam se transformado em uma túnica branca com longas mangas vermelhas. Seus cabelos negros e cacheados alcançavam seus ombros curvados, que seguravam seu poderoso cajado de madeira nas costas. A bela princesa Luna, que ainda não tinha enxergado a dimensão do problema, desceu do cavalo e disse:

–O que está acontecendo, sacerdote? Voe perdeu o controle e acabou ferindo esses soldados, tente curá-los com o seu poder! –Amarth deu um sorriso de desdém para a princesa e respondeu:

–Eu não irei curá-los logo após matá-los. Entretanto, você irá se juntar a eles rapidamente! –todos o olharam com um ar de suspeita, até que Sobekk rebateu:

–O que diabos vocês quer dizer com isso? Eu irei matá-lo se não parar de dizer essas besteiras!

–Você irá morrer logo, ou por mim, ou pelos cavaleiros da morte. Mas não importa o meu objetivo aqui é outro. –ele olhou para a princesa com determinação- Luna venha comigo, para cumprirmos o nosso dever. Depois que eu conseguir o que quero você morrerá rapidamente. –O paladino sacou seu poderoso martelo, algo que não fazia já algum tempo e disse:

–Maldito... Você é um dos herdeiros dos cavaleiros a morte, e pretende usar a princesa em seus planos, para matá-la depois!

–Exato. Porem há algo que vocês não sabem: ela é a herdeira e líder da ordem dos cavaleiros, e junto de mim e de mais outra pessoa, destruiremos o mundo e serviremos ao glorioso Deus Ellian até o fim dos tempos!

–Não se eu puder impedir!! –O paladino avançou na direção do sacerdote com a marreta em punho, pronto para atacar. Ele levantou a arma e atacou, cortando o ar em forma de arco, mas antes que o impacto atingisse seu alvo, uma luz forte explodiu diante do paladino e o deixou cego temporariamente. Quando ele recobrou a visão, viu apenas um vulto vindo em sua direção que lhe acertou um golpe no abdômen. Ele caiu de joelhos, e quando levantou o rosto para ver direito o seu agressor, viu Amarth segurando seu cajado na mão direita. O sacerdote o atacou de novo, mas dessa vez Sobekk conseguiu se defender e contra-atacar com sua marreta. O golpe causou um dano enorme em Amarth, mas que foi recuperado por seus poderes de cura. O paladino atacava o máximo que podia, mas o animago se defendia da maioria dos golpes, e sempre contra atacava. Vendo seus ataques se tornando inúteis ali, o paladino resolveu usar seus poderes para derrotar Amarth. Se afastando se seu oponente, ele levantou sua marreta para cima e gritou, olhando para ela:

–Deuses, me dêem suas forças para que eu impeça esse guerreiro maligno de continuar seus planos! –Como o paladino esperava, o céu escureceu um funil de nuvens negras se formou acima do paladino e um raio amarelo/branco desceu a toda velocidade em sua arma. Ela soltava faíscas e pequenos raios, denunciando o nível de poder que possuía.

–Venha, animago! –Todos estavam impressionados com o que Sobekk acabara de fazer, menos Amarth que continuou com sua expressão fria.

–Diga adeus a esse mundo, elfo! Rugido flamejante!!! –Um turbilhão de fogo surgiu do cajado de madeira, correu em pleno ar e explodiu no peitoral da armadura do paladino. Antes de cair, Sobekk virou o próprio corpo 180 graus á esquerda, se apoiou em sua marreta e, de costas, chutou para longe o cajado de Amarth. Sem esperar, ele continuou o ataque com sua marreta energizada. O sacerdote não usava armadura, apenas um manto de algodão e seda que não lhe protegia de ataques físicos. Por isso, ao tocar-lhe o corpo, a marreta produziu um trovão que acertou o animago em cheio, logo em seguida o jogando a cinco jardas de distancia de seu ponto de origem. Caído no chão, com sangue escorrendo pela testa e pelo canto esquerdo da boca, ele pegou o cajado do chão e disse:

–Usando o poder dos deuses em suas batalhas... Muito experto, paladino. Porem, eu sou um sacerdote enviado pelo poderoso deus Heith, o que significa que também posso pedir favores. –ele se levantou com dificuldade, se apoiando em seu cajado, e logo em seguida o ergueu aos céus, imitando o paladino- veja elfo. Meu glorioso deus Heith, o deus da fortuna e da ganância, -ele dizia em ton. dramático- me de o seu poder para que eu elimine essa pedra em nosso caminho! Mande-me sua energia poderosa!!! –Ele gritava, mas nada acontecia. Foi então que do céu negro e nublado desceram três vultos pretos que, ao tocarem o solo, se transformaram em cavaleiros da morte. Eles usavam roupas rasgadas, panos pretos e sujos que lhes cobriam a face, botas escuras de couro de dragão e faixas brancas que escondiam os braços e pernas. Eles ficaram lado a lado com as armas na mão: o da esquerda segurava uma espada longa; o do meio segurava um arco flamejante, e o ultimo tinha em mãos uma enorme corrente com uma ponta afiada em uma das extremidades. Sem esperar, eles avançaram para atacar enquanto Amarth se transformou em dragão e desapareceu pelos céus, antes azuis, agora nublados.


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