A Princesa E O Arqueiro escrita por Vitor Santos


Capítulo 15
Reencontro




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No outro dia, correndo pelos campos verdes de Normmaedon, Tyr, o cavaleiro bondoso e Luna, a princesa fugitiva, apreciavam a bela paisagem dos vales e montanhas, que dividiam diversos países e regiões, enquanto cavalgavam em um corcel negro. Os cabelos azuis de Luna esvoaçavam com o vento que corria na direção contrária, mostrando seu belo rosto e seus olhos negros como a noite mais escura. Seu vestido já estava um pouco rasgado, resultado de batalhas que teve durante sua nova jornada. Seu cetro e seu livro de feitiços, únicos pertences que trouxera quando fugiu do castelo, estavam guardados em sua mochila de couro, semelhante a que Sammus possui. Sua tiara também foi deixada para trás, assim como suas roupas de luxo, e todo seu dinheiro. Será que alguém estaria à sua procura?

Foi então que ela avistou na direção leste um exército enorme descendo as montanhas que ficavam a uma milha dali. Eles trajavam leves armaduras azuis com estandartes brancos que representavam a aliança de gelo. Alguns estavam a pé, outros montados em enormes cavalos, da raça giant equus. Uma linha de soldados guardava a frente do pelotão, armados com espadas e arcos, enquanto outra linha protegia a retaguarda com lanças e escudos. No meio, havia quatro soldados carregando um trono, onde estava sentado um homem de idade avançada, que segurava uma espada levantada e uma coroa dourada na cabeça. Ele gritava para todos os lados, dando ordens e berros para continuarem marchando.

Depois de um tempo, eles finalmente alcançaram o campo onde estavam Tyr e Luna, ficando apenas algumas jardas de distância deles. O mesmo soldado que havia interceptado Sammus quando ele chegou ao castelo, avançou um passo à frente e disse:

–Em nome do reino de Lumiera, eu o condeno à morte por seqüestrar a princesa Luna Thyna. –Ele direcionou a palavra a Tyr, que não entendeu o que estava acontecendo.

–Como assim seqüestrar? Eu a resgatei de um feiticeiro maligno que havia acorrentado ela em um estábulo, o mínimo que eu deveria receber é um “obrigado”! – O anunciante do rei ficou confuso. Foi então que o rei, que estava sentado em seu trono, desceu e disse:

–Quem és cavaleiro, que se diz salvador da minha filha?

–Me chamo Tyr, e venho de Herallia. –Luna tomou a palavra, dizendo:

–Pai, eu lhe peço que nos escolte até Kringodh, pois haverá uma invasão dos cavaleiros da morte, pretendendo matar o rei Aladar.

–Eu e meus soldados não atravessamos o portal proibido para te ajudar, e sim para escoltá-la de volta em segurança! –O portal que o anunciante falava, é uma das raras construções mágicas que sobreviveram ao tempo e continuaram intactas. Do tamanho de uma casa, o portal mágico possibilita a travessia de uma ou mais pessoas para outros portais. Foi muita coincidência deles terem ido parar justamente onde Luna estava.

–O portal por aonde viemos fica a alguns dias daqui, e graças ao nosso contratado, conseguimos rastrear seu poder e te encontrar. –nesse momento, o contratado do rei se mostra diante da princesa, tirando o manto que lhe cobria o corpo e o rosto. Seus cabelos loiros e seu belo rosto se assemelhavam com os de Tyr, Sendo a marreta que ele carregava a única diferença entre os dois.

–Olá princesa, é uma honra conhecê-la pessoalmente! Chamo-me Sobekk Arkarian, e sou um dos paladinos das terras do sul.

–Olá, paladino, já ouvi falar muito sobre você. Entretanto, sua ajuda aqui é desnecessária. Tenho que encontrar meu amigo Sammus, para que juntos possamos impedir a morte do rei Aladar.

–Sammus, o elfo herdeiro do grande rei? Estava viajando com ele, quando um cavaleiro da morte o raptou. Desde então estou a sua procura, mas sem sucesso. Se nos unirmos agora, poderemos encontrá-lo a tempo, e ainda lutar contra os cavaleiros da morte!

–Minha filha Luna tem apenas dezesseis anos, não a deixarei ir para uma batalha dessas! – agora que havia encontrado ela, o rei não a deixaria escapar por nada nesse mundo. O rei caminhou na direção dela para trazê-la ao seu trono, mas ela se recusou:

–Eu não irei voltar ao castelo enquanto Eiwa não for ressuscitada! Sou uma princesa, tenho o importante dever de proteger a todos, mesmo sem sua permissão. - O rei ficou pasmo com a atitude da filha. Antes de trazê-la contra sua vontade, um barulho ensurdecedor vindo do céu azulado foi ouvido por todos, paralisando de medo os covardes soldados do rei. Sobekk olhou para cima e localizou um vulto enorme os sobrevoando, e mesmo a milhas de distância do chão, a misteriosa criatura produzia uma enorme sombra por cima de todos. A forte luz do sol atrapalhava a identificação daquele ser voador, porém, quando ele saiu do centro do céu e se afastou do foco de luz, todos puderam ver o que era. Um enorme dragão azul de escamas blindadas voou na direção do rei, mostrando seus enormes dentes afiados e perigosos. Os soldados entraram na frente para defendê-lo, mas não foram fortes o suficiente para agüentar o impacto das garras do dragão. Nove dos quinze soldados que correram para proteger o rei foram mortos rapidamente, e os outros seis que sobreviveram fugiram para longe dali. Havia bastante sangue naquele lugar, e de repente os campos belos e verdes se transformaram em um lugar horrível, com corpos destroçados e vísceras à mostra. O dragão desceu do céu e uma fumaça ocupou todo o lugar. Quando ela se dissipou, alguém se mostrou de pé.




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