A Princesa E O Arqueiro escrita por Vitor Santos


Capítulo 1
O início


Notas iniciais do capítulo

Não sou bom, por isso avaliem, mas se divirtam.



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Prefacio

Em um mundo mágico e misterioso chamado Tarkarian, habitam diversas criaturas mágicas, monstros, animais, espíritos e pequenas divindades, distribuídos em cinco continentes: Campos Genuínos, Barrens, Terras do ferro, North lands e South lands, vivendo em harmonia. Eiwa e Ellian são dois dos dez deuses que formam o panteão. Desde os primórdios, eles duelavam entre si e a disputa sempre acabava em empate, até que Ellian rouba a espada de seu pai, o deus supremo, e ataca Eiwa de surpresa, derrotando-a. Pelo seu ato cruel, Ellian foi expulso do palácio celestial, enquanto a deusa se enfraquecia mais e mais. Antes de morrer, a deusa transferiu seus poderes e sua sabedoria para cinco relíquias que se espalharam pelo mundo, para que heróis e guerreiros as recuperassem e a revivesse. Então, os três grandes reis do mundo antigo (rei elfo, rei orc e rei humano) se uniram e formaram um grupo para recuperar as jóias da deusa. Porém, o deus Ellian criou seus próprios guerreiros para recuperar as jóias e destruir os reis. Eles eram indestrutíveis, podendo até mesmo transformar aqueles que derrotaram em outros guerreiros malignos. Depois de muitos anos de batalha, os três cavaleiros da morte (como eram chamados os guerreiros de Ellian) foram derrotados pelos reis, que logo depois morreram. Anos depois, os descendentes dos cavaleiros da morte voltam à ativa e tentam reerguer o reinado de terror de Ellian, mas reencarnados em jovens guerreiros, os três grandes reis tentam salvar novamente esse mundo da perversão da ordem dos cavaleiros da morte e de Ellian. A morte da Deusa criou um marco zero, fazendo com que os seres que habitam esse mundo recomeçassem a contar o tempo desde o ano 0. Os anos antes da morte de Eiwa são representados pela sigla a.E., e os anos depois do marco zero são representados pela sigla d.e.

Existem cinco grandes alianças mundiais: aliança da natureza, aliança dos bárbaros, aliança maestria de ferro, aliança do gelo e aliança do terror. Cada aliança é formada por vários reinos, cada reino domina uma nação ou país. Nesses reinos vivem várias raças, tais como: elfos, orcs, humanos, anões, duendes, animagos, elfos do mar, meio sangues, e outras sub-raças. Com todo esse poder, as alianças se fortaleceram e começaram a invadir outras nações, buscando e conquistando territórios, criando conflitos, até conseguirem provocar uma guerra: a guerra dos cinco continentes. Elfos, animagos e duendes enfrentaram os humanos, orcs e anões por todas as terras do ferro e do sul. O conflito se estendeu desde o ano de 1435 D.E. (depois da queda de Eiwa) até 1601 D.E., arrasando nações e reinos por toda parte. Os descendentes dos três grandes reis devem agora assumir seus papéis e recuperarem as cinco jóias da deusa Eiwa, antes que os descendentes dos cavaleiros da morte as peguem.

O arco lendário


Nos Campos Genuínos, o continente que abriga a maior diversidade de criaturas e animais do planeta, uma floresta localizada a sul do reino dos elfos guarda uma aldeia élfica muito antiga, lar dos elfos da natureza, chamada Yaktar. Outras aldeias e outras tribos vivem por ali, alguns animagos dividem a floresta de yath´kall com os duendes, e alguns elfos preferem viver dentro do reino de Flora, como seres civilizados.

Na aldeia de Yaktar, as ninfas, os elfos e os animais comemoravam a descoberta do descendente do rei Sammus Zhí´whang. O escolhido era um garoto magrelo de 16 anos chamado Sammus, e por ser bisneto do rei, recebeu a nomenclatura de Sammus IV. Ele não estava nem um pouco animado com isso; muito pelo contrário, estava com medo. Porém, ele não tinha escolha, era seu dever aceitar e proteger todos os elfos. Gudài sēnlín, um antigo guerreiro da floresta, decidiu que o garoto deveria começar a treinar já, pois estava muito fraco e despreparado para uma jornada dessas.

Gudài sēnlín era um guerreiro muito forte, conhecido por todos dos Campos Genuínos e Barrens, até as Terras do norte e do sul. Temido pelos cavaleiros da morte, ele já arrasou reinos e nações malignas das terras do norte, derrotou lordes das trevas e monstros raros, como fênix e dragões. Ele se propôs a ajudar Sammus com seu treinamento, começando por hoje, para não perderem tempo, já que os cavaleiros da morte já estavam em atividade. Eles foram para o interior da floresta e Gudài disse:

-Bom, vamos começar. Quais são os seus pontos fortes?-perguntou Gudài- o que sabe fazer de melhor?

-Eu sou muito bom com lanças e arcos. Basicamente isso.

-Então iremos explorar isso. Pegue esse arco e atire naquela árvore!-Gudài entregou um arco qualquer a Sammus e indicou a árvore que deveria atirar. De cinco tiros, ele acertou três.

-Muito bom, mas pode melhorar. Tente me acertar dessa vez!

-O quê?!Eu posso te matar se te acertar!

-Ande logo e me ataque!- Sammus levantou o arco, puxou a flecha, mirou e atirou. Gudài se desviou rapidamente, tirou uma espada das costas e repeliu todas as flechas. Sammus atirou mais e mais flechas, mas todas foram em vão. – Ei, como consegue se defender dos ataques?- perguntou Sammus.

-Você está muito lento! Seja mais ágil!- Sammus correu, tirou uma flecha da aljava e atacou Gudài, mas antes da flecha o atingir, Gudài ouviu um barulho estranho e se desviou da flecha.

-Ouviu isso, Sammus? Tem alguém vindo, esconda-se!- Sammus correu se escondeu atrás de uma árvore.

Gudài estava certo, tinha alguém vindo. Mas não era apenas uma ou duas pessoas, mas sim todo um exército de humanos, que pareciam vir do reino de Kalindore. Eles estavam destruindo tudo por onde passavam, matando elfos e animais, destruindo casas, famílias, derrubando árvores. Sammus via as pessoas de sua aldeia correr e gritarem, tentando fugir... Mas de quê?

Foi então que ele percebeu que Gudài sēnlín estava tentando dialogar com os invasores. - O que querem aqui? Por que estão nos atacando?-Henrrick, o capitão do exército se mostrou e respondeu:

-Estamos seguindo ordens do rei de Kalindore, então não atrapalhe!

-O que estão fazendo? Vocês não têm permissão para vir aqui! É território da aliança da natureza! – nesse momento, chega um velho amigo de Gudài e pergunta:

-Por que eles estão aqui, sēnlín?

-Mestre Bēṭegāra! Estão tentando invadir a floresta, dizem que são ordens do rei de Kalindore!- Bēṭegāra se espantou. Ele olhou os soldados como se fossem demônios.

-Existe um pacto feito por todas as alianças. Nenhuma nação, país ou reino pode atacar o outro que seja de outra aliança, a regra é bem clara!- Henrrick dá um passo à frente como se fosse atacá-los, e responde:

-Saia da frente agora, velho, ou iremos matá-lo!-O capitão viu que Bēṭegāra não se intimidara; apesar de ter 170 anos, ele era muito forte e habilidoso, sendo o mestre de Gudài sēnlín e um dos sete guardiões dos Campos Genuínos.

-Não irei sair. Pode tentar me matar, eu não irei abandonar meu povo!- Sēnlín levantou sua espada e disse para seu mestre:

-Senhor Bēṭegāra, vá e leve o herdeiro e o arco com você. Ele ainda não está pronto, e o arco do rei elfo ficará mais seguro longe daqui. -Bēṭegāra fez o que Gudài sēnlín disse. Ele e Sammus foram até a casa de Martin, um velho amigo do garoto, para que os três pudessem fugir para longe.

-Martin, Abra a porta! Sou eu, Sammus!- Martin atendeu a porta e disse: - Olá Sammus! O que quer de mim?

-Precisamos ir embora da floresta agora!

-Por quê? O que está acontecendo?

-Vários soldados do reino de Kalindore invadiram a floresta e estão destruindo tudo, temos que fugir agora!- Martin respondeu afirmativamente com a cabeça e correu para arrumar suas coisas na mochila de couro para irem embora.

Martin é um elfo de estatura mediana, cabeludo, de olhos verdes, - assim como a maioria dos elfos- e anda por aí com uma espada feita por seu pai, Krieger, o ferreiro. Ele é o melhor amigo de Sammus e o único que o entende, já que os dois compartilham da mesma dor: a perda da família. O único familiar de Sammus vive nas terras geladas, e Krieger é o único parente vivo de Martin. Criados praticamente por Bēṭegāra, eles ouviam diversas histórias e contos do sábio, todas as aventuras perigosas, batalhas e viagens às terras do ferro. Mas, nenhum dos dois saberia para onde ir, por onde começar. Então Bēṭegāra os guiou até um porto de navios e disse: -Guardem esse mapa, ele os ajudará bastante!

-Você não vem conosco? Quem nos guiará?

-Eu não posso ir. Eu sou um dos guardiões dos Campos Genuínos, tenho o dever de protegê-lo a todo custo. Tome o arco do grande rei elfo para se defender. Isso também ajudará vocês a não se perderem -Bēṭegāra entregou a eles uma bússola dourada aparentemente normal e desapareceu.

Depois de terem uma breve conversa com um dos capitães presentes no porto, Martin e Sammus subiram em um navio e zarparam em direção ao sul.



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