Downtown escrita por Bruna A


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Muito dialogo nesse...



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Acordo num sobressalto. Eu estou nos braços de alguém. Me lembro que cai no sono enquanto conversava com Léo. Ele esta dormindo como um anjo ao meu lado, por isso não o acordo. Desço as escadas. Percebo que não estou na minha casa. Esfrego os olhos e tento me orientar na completa escuridão. Esbarro na bancada da cozinha e pego um copo. Encho-o com água e tento me lembrar do pesadelo que tive. O mesmo dos dias passados. Homens vestidos de preto matando pessoas, então eles vem até mim e arrancam meus olhos. Coloco  a minha mão na frente do meu olho esquerdo, como se eu quisesse me certificar que ele esta ali. Respiro pesadamente. Tomo um gole da minha água. 

--Você está bem? --Escuto uma voz vindo do escuro. Levo um susto e deixo o copo cair. Me escoro na parede e aluz acende. É apenas Léo. 

Ele esta sorrindo, mas deixa transparecer a preocupação. Ele passa por cima dos cacos de vidro e da água. Eu não consigo me mexer. Levando em conta tudo que esta acontecendo, não acho bom que ele venha das sombras para me assustar. Ele me puxa de leve pelo braço até o sofá. Ele fica olhando para mim, esperando eu dizer alguma coisa. 

--Desculpa pelo copo... --Sussurro. 

Ele ri nervoso.

--Pensa que eu ligo para um copo? Eu acordei e você não estava do meu lado. Eu fiquei um pouco assustado, admito. --Léo acaricia meu rosto. 

Eu o abraço e apoio minha cabeça em seu ombro. Fico em silencio.

--Outro pesadelo, não foi, Lottie? --Ele acaricia meus cabelos.

--Sim. 

--O mesmo? 

--Sim. --É a unica coisa que consigo responder. Corpos mutilados ainda vagam em minhas memórias. 

--Só fazem três dias que a garota se foi.. Isso é normal...

--Léo, nada disso é normal. Ela morreu. Sua namorada morreu. Outra garota morreu. Você realmente não acha estranho que todas essas pessoas tinham uma ligação comigo? 

Ele ri, me apertando mais. Dá um beijo em minha têmpora.

--Não se culpe. 

--Ah, você é ingenuo assim, Léo? 

Eu me separo dele. Ele me olha de uma forma engraçada. Depois de alguns segundos ele entende. Segura minhas mãos e olha em meus olhos.

--Me diz que não vai fazer o que eu estou pensando que vai fazer.  --Ele diz.

--O que? --Pergunto.

--Você vai fazer. --Ele diz, num tom de desaprovação. Ele não pode saber tão facilmente o que eu estou pensando em fazer.

--Você não sabe. 

--Sei, sim. Você vai sair e procurar o assassino. Aliás, você quer sair e procurar o assassino. Você só quer, porque eu não vou deixar. --Ele se aproxima de mim. --Eu não vou te perder, Lottie. 

Eu não consigo olhar para ele. Simplesmente não consigo. Se eu olhar, vou acabar encontrando seus olhos azuis novamente e vou me perder neles. Amanhã vou acabar esquecendo de procurar informações, pois vou acordar abraçada com Léo depois de um curto período de tempo sem pesadelos, sem pensar em nada além do que Léo me disser. Fico fitando o chão.

--Lottie... --Léo me faz olhar para ele, levantando meu queixo com o indicador. Merda! Ele está fazendo aquela cara de cachorrinho que caiu da mudança. 

--Me prometa uma coisa. É bem simples. --Ele pede olhando em meus olhos. 

--O que? --Pergunto. 

--Prometa que não vai procurar esse assassino. 

"Não! Charlott, não prometa!" Meu cérebro grita em minha mente. Ele desce as mãos pelos meus braços até minhas mãos. Ele suplica outra vez: "Lottie, prometa. Por favor, prometa." Eu não repondo. Ele aproxima seu rosto do meu, encostando sua testa na minha. 

--Ok, Léo. Eu prometo. --Digo. 

Ele me beija uma vez. Duas. Três. Quatro. Ele me faz deitar e fica sobre mim. Beija meu pescoço e morde levemente meu ombro.  Solto um suspiro. Ele coloca o dedo sobre meus lábios.

--Shhhh. Tem gente dormindo aqui em casa. --Ele sussurra perto do meu ouvido, dando uma mordida no lóbulo da minha orelha. 

Quando volta a beijar meus lábios, os beijos são mais rápidos. Coloco minhas mãos em suas costas e puxo sua camisa. Ele me ajuda a tira-la. Ele a joga pra qualquer lado. Desabotoa minha blusa, com os dedos um tanto trêmulos. Beijo seu pescoço enquanto ele joga a blusa para o lado oposto da dele. Volto a beija-lo na boca antes que ele deixe escapar um gemido. Ele tira meu short num movimento rápido e eu simplesmente desabotoo sua calça, deixando que ele faça o resto. Beija meu abdome, fazendo um caminho até o fecho da frente do meu sutiã. Ele o abre com os dentes, o que me faz dar um risinho. Ele sorri. Joga a peça pro lado. Reparo que caiu no abajur. Tento não rir. Volta a me beijar, só que agora, calmo, como antes. 


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Notas finais do capítulo

É o seguinte, tô preparando uma nova fic. O link dela irá aparecer em alguns capítulos.
* Vocês realmente acham que a Charlott vai cumprir a promessa??