Downtown escrita por Bruna A


Capítulo 7
Capítulo 7




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Ele esta de volta, e destruiu toda minha teoria. Antes, ele só matava pessoas de quem eu não gostava. Isso decididamente não poderia ser uma coincidência! Agora é uma mulher qualquer na rua. Quero dizer, agradeço por não ser ninguém que eu conheça, mas isso apaga tudo que eu sei sobre esse cara. Ontem, eu ouvi minha mãe falando com um colega da policia sobre o perfil desse assassino. Ela disse que ele deveria ser o tipo solitário, triste, com problemas financeiros (ele aderiu o habito de roubar as vitimas). Ela também pensa que a parte de arrancar olhos deve ser algo psicológico e traumático. Como um irmão ou um primo que ele gostava ficando cego.  O pior foi a segunda opção: Matar por diversão. 

Vou até a cozinha e pego um copo d'agua. Pego um bloco de papel na mesa e duas canetas. Com uma, prendo meu cabelo, com a outra começo a escrever coisas relacionadas com os assassinatos. Pego a pasta da minha mãe. Mencionei que ela é policial? Ela tem uma cópia de cada caso em casa. Leio com atenção, e anoto todas as informações que acho importantes. Nenhuma das garotas foi estuprada, todos os golpes foram letais no primeiro, os olhos foram arrancados depois de morrerem. Isso não me levará a nada. Antes tudo isso tinha uma ligação. Agora não tenho nada além de uma folha de papel cheia de anotações sigilosas da policia local. 

A campainha toca. Guardo tudo. Se souberem que eu vejo os arquivos da policia eu acho que minha mãe me mata. Ando lentamente até a porta e  abro. Encontro Marcus e seu sorriso de arrependimento. Eu o convido para entrar e ele se senta no sofá. Eu o encaro e faço sinal que é melhor ele começar a falar. 

--Olhe, eu fui indelicado com você. Eu queria apenas me divertir com a minha amiga. E você esta meio sozinha e...

--Não, não estou. Eu tenho Léo. --Eu corto sua frase. 

Ele quase ri.

--Léo? O ex namorado da garota que morreu? O cara que já beijou todas as lideres de torcida nas ultimas temporadas? O cara que só se interessou por você quando você quase deu pra ele no meio de uma festa? --Ele quase explode. --Esse Léo? 

--Fora. --Digo séria.

--O que? 

--Fora da minha casa. --Minhas palavras são ditas lentamente. 

Ele se levanta. Para na minha frente e tira o cabelo da frente de meus olhos. Dou um tapa na sua mão e ele ri.

--Pare de ser criança, Char. Aquele garoto só vai te causar problemas. Você precisa de um um cara mais velho. Alguém que saiba cuidar de você melhor do que aquele projeto de adolescente. 

Eu quero dar um soco no nariz dele. Meu sangue esta fervendo. Respiro fundo, sorrio e digo:

--Obrigada pelo concelho, mas eu certamente sei me virar sozinha. 

Ele debocha. Diz algo sobre "ter fazer ela entender" então me beija. Eu o empurro para longe segundos depois que seus lábios encostam nos meus. Grito e mando que ele saia. Alguém entra na minha casa. Eu estava esperando que fosse minha mãe. Era Léo. Eu corro até ele e o abraço. 

--O que esta acontecendo? --Ele pergunta. 

--O que faz aqui, Léo? --Pergunto apertando seu corpo contra o meu. 

--Eu vim te visitar. Ia te chamar para assistir um filme. Então te ouvi gritar. --Ele estala um beijo em minha têmpora. --O que houve? 

--Eu a beijei. --Marcus disse, de repente. 

--Você o que? Sabe que ela esta comigo? Lottie, por que deixou ele te beijar? 

Eu dou um tapa no braço dele. Marcus ri.

--Léo, acha que eu beijaria alguém além você? --Pergunto. Mesmo assim, sua expressão não muda. 

--Você, seja lá seu nome, fora da casa da Charlott. E eu juro que se você voltar a falar com ela sem que eu esteja presente, eu eu quebro o sou nariz. --A voz dele não mudou. Ele permaneceu calmo e firme. E abriu a porta para Marcus sair. 

Marcus andou lentamente até a porta e, antes de sair, murmurou "Vocês vão pagar..." Quando tenho certeza que ele já esta longe, volto-me para Léo. Ele me olha totalmente sério. Eu ando até ele. Coloco minhas mãos sobre seus ombros. Puxo-o para perto de mim. Olho em seus olhos. Ele quase não pisca quando esta nervoso, como agora. Encosto meus lábios nos dele e ele me abraça. 

--Por que beijou ele? --Ele encosta a testa na minha. 

--Não beijei ele. Ele me beijou e eu o empurrei. Eu juro. --Digo, passando meus dedos sobre seu cabelo. 

--Foi isso mesmo? 

--Foi, Léo. Confie em mim. 

Ele me abraça. O que Marcus disse antes de ir embora passa pela minha cabeça. "Vocês vão pagar". Pergunto a Léo se ele se importaria em dormir aqui em casa hoje. Ele deve ter entendido meus reais motivos, porque ele aceitou. 


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Notas finais do capítulo

Tiveram falas pra caramba, né? Enfim, quem vocês acham que não deveria morrer?