Nascente Sangrenta escrita por Júlia Fernandes, Isa Carlie


Capítulo 3
Os olhos amarelos


Notas iniciais do capítulo

O tempo passa, e a calma e a paciência são importantes aliados nesse momento.
Capítulo escrito por: Isa Carlie



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8 anos depois...

Durante esses anos foi muito bom me aproximar amigavelmente de Fred, também evoluímos. Desde oito anos atrás foi muito mais fácil controlar a sede, foi muito mais fácil controlar a velocidade, os movimentos bruscos demais, e o poder de Fred evoluiu, era mais fácil para ele controlar quando fazer as pessoas sentirem nossa presença e quando faze-las não nos perceberem, como se estivéssemos invisíveis, como se fossemos ignorados.  E esse poder nos foi útil em nosso período de aprendizagem sobre o comportamento humano.

E agora estamos de volta a Seattle, aquela cidade me causa repulsa a algum tempo, lembro o que passei como humana e principalmente o que passei como vampira. Mas temos que voltar se quisermos por nosso plano em ação.

Dinheiro nós tínhamos para pegar um avião e apenas desembarcar em Seattle para logo embarcar em um novo voo para Port Angeles. Dinheiro que infelizmente roubamos, ou não, pegamos o dinheiro das prostitutas, traficantes ou cafetões com os quais nos alimentávamos. Estávamos praticamente ricos, considerando que o dinheiro era gasto apenas em roupas e às vezes alguns livros já que não tínhamos uma residência fixa.

Nosso plano estava prestes a entrar em ação, mas não sabíamos por onde começar.

-Os olhos dourados. – Fred disse enquanto discutíamos as possibilidades. – Sabemos onde estão se ainda estiverem lá é claro. Você já os viu também. Podemos falar com eles.

E então decidimos voltar a Forks, nunca havia explorado aquela cidadezinha fria e úmida, apenas fora lá para matar, escondida entre as sombras entre arvores e arbustos, e achei apenas a morte, mas agora eu esperava ajuda para vencer e me vingar.

Não foi difícil acha-los, só entrar na floresta e sentimos o cheiro e a presença deles. Parecia-me inapropriado simplesmente aparecer na porta deles, e pedir que lutassem com nós, mas ao mesmo tempo parecia a única alternativa.

-É melhor observa-los por algum tempo não acha? – Perguntei a Fred.

-Talvez. –Fred disse simplesmente. – Posse nos camuflar, você disse que tem um leitor de mentes.

-E acho que uma vidente também. – Falei. – Havia uma humana, será que ela ainda esta aqui?

Estávamos dentre as arvores em frente a casa dos Cullens, é, descobrimos o nome deles na cidade.

-Uma humana em meio a tantos vampiros não deve ter sobrevivido. – Fred disse sentando embaixo das arvores mas eu continuei olhando para a casa. De repente surgem do lado contrario da mata três pessoas. Eu reconhecia duas.

-Fred. É a humana, ela foi transformada, e aquele é o leitor de mentes. – Eu já me sentia invisível sobre a concentração dele. – Mas não sei quem é aquela garota, ou o que é. Não tem cheiro de vampiro, mas chegou aqui na mesma velocidade dos outros.

-Mas ela tem sangue, sinto o cheiro.

-Eu sei, também sinto. Acha que ela pode ser algo misturado? Como vampira e humana? – Perguntei.

-Isso é impossível. – Ele disse e eu apenas dei os ombros.

Continuamos a observa-los durante os dois dias seguintes até finalmente eu me levantar do chão e dizer.

-Vamos? – Fred sorriu assentindo e andamos calmamente até a porta.

Não foi nem preciso bater na porta, em alguns segundos Alice já estava abrindo a porta, e foi bom poder reconhece-la depois de descobrirmos o nome de cada integrante da casa, inclusive o lobo que aparecia ali varias vezes por dia e a garota na qual a raça não fora definida por nós.

-De onde você...- Ela era capaz de lembrar de mim? Puxou a mim e a Fred para dentro da casa bem decorada e aberta. –Jasper, me diga que não estou ficando louca e que vi essa garota morrendo a minha frente.

O loiro com a expressão séria, arriscaria até mesmo dizer que estava com dor olhou para mim de cima a baixo como se duvidasse que eu estivesse ali.

E até agora eu nem mesmo falará para poder me explicar.

-Bem, você esta certa, Alice. Eu morri na sua frente, e de toda sua família. Mas tenho como explicar. –Falei finalmente.

-Então trate de explicar. – Ela pediu, quase implorando com a expressão confusa. –Espere, vou chamar os outros.

Ela subiu as escadas enquanto Jasper nos indicava os sofás grandes para que sentássemos. Dentro de meio minuto depois de subir em disparada toda a família, inclusive Renesmee estavam na sala.

-Ela é... – A humana, quero dizer, agora vampira, Bella começou mas Alice não a deixou terminar.

-A garota do exercito. Bree estou certa? – Assenti. -Como continua viva?

Expliquei calmamente minha versão, e a única, dos fatos ocorridos a mim e alguns deles pareceram duvidar de minha história, até eu duvidaria de fatos tão inusitados, mas aqui estava eu, passara do inferno para o céu e por algum milagre voltara para a terra.

-Isso é impressionante. – Carlisle disse diante minha história de ressuscitação.

Esme nos ofereceu hospedagem por alguns dias e nos pareceu certo não falar sobre nosso plano, talvez observar mais um pouco, eles pareciam pacíficos demais para enfrentar uma luta, porém a memória da batalha que presenciei me dizia para insistir em pedir a ajuda deles, mesmo que recusassem.

Acabamos por descobrir que Renesmee era meio humana meio vampira, segundo Carlisle, era classificada como uma hibrida e isso ocasionou, anos atrás uma guerra com os Volturi, ou melhor, uma discussão civilizada sendo que a própria guerra não ocorreu.

Já estávamos a dois dias hospedados na casa dos Cullen e o modo de vida deles parecia errado para nossa raça, civilizados, calmos, se não fossem os olhos e o cheiro poderia até mesmo dizer que são humanos. E além de tudo, a primeira vista era extremamente estranho observar o modo como caçavam. Apenas animais, claro que a justificativa era considerável, mas o sangue humano é tão irresistível, eu nunca poderia manter o controle de minha sede a tal ponto. Confesso até mesmo que senti alguma atração pelo sangue da hibrida, apenas não a usei para saciar minha fome em consideração da garota que considerava uma grande amiga e do fato do seu fraco perfume vampírico me repudiar na caçada.

Já chegava a hora de solicitar a ajuda dos olhos dourados, como o habito mandava chamar, e aqui estávamos todos reunidos na sala para pedir a ajuda em nossa missão.

-Você já deve saber que temos um propósito aqui. – Falei diretamente para o leitor de mentes mas todos deveriam imaginar que estávamos ali por algum motivo.

-Imaginamos que sim, mas ainda não sabemos qual. – Carlisle disse sempre calmo.

-Viemos pedir ajuda. – Fred disse e eu apenas concordei esperando que ele fosse capaz de continuar, mas parecia tímido demais para poder falar.

-Para que exatamente. – A loira, Rosalie, perguntou curiosa.

-Não há forma mais fácil de dizer além de, queremos desbancar os Volturi. – Falei simplesmente.


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Notas finais do capítulo

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