Fairytale escrita por Julice Smolder


Capítulo 24
Discovering the truth


Notas iniciais do capítulo

OLÁ PESSOAAAAL
Apareci de novo e dessa vez nem demorou muito né hahahaha.
Enfim, MUITO MUITO obrigada mesmo por todas as mensagens que vocês me enviaram, por todo o carinho e amor que ainda tem pela fic eu amo vocês e sou muito grata por tudo isso, vocês são os melhores sem duvidas.
Bom, aqui ta mais um capitulo e espero do fundo do coração que gostem (eu particularmente achei chatinho, mas vai melhorar, prometo)
Boa leitura.



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Depois de implorar para que algum funcionário desse um jeito de guardar o carro em algum lugar que não deixasse todas aquelas rosas morrerem, eu e Damon voltamos para dentro do castelo onde Caroline e minha mãe estavam jogadas sobre os sofás conversando sobre alguma coisa que no momento parecia a melhor coisas que elas tinham para fazer.

Damon e eu permanecemos em silencio assistindo a cena enquanto sua mão fechava-se sobre a minha. Eu me sentia tão segura novamente.

–Elas são tão desligadas –ele murmurou em meu ouvido e por mais baixo que fosse parecia ter atraído a atenção das duas que arregalaram os olhos e abriram suas bocas chocadas.

–Puta merda, eu só posso estar dormindo! –Caroline exclamou chocada e minha mãe logo tratou de repreende-la.

–As princesas de hoje em dia realmente não sabem mais como se portar –disse ela enquanto fuzilava Caroline com seus olhos castanhos.

Não se passaram nem meia hora desde que eu sai desse palácio e já sentia falta disso.

–Tia, sinceramente eu estou pouco me fudendo para essas coisas de princesa nesse momento –ela disse revirando os olhos. –Porra olha isso –ela apontou para nós dois e então foi minha vez de revirar os olhos.

–Vocês falam como se a gente nem estivesse aqui –respondi a suas tantas falas. Meu deus como eram tagarelas.

As duas se encararam com um olhar cúmplice e logo grandes sorrisos se estenderam por seus rostos. Nem pareciam as duas mulheres cabisbaixas que eu tinha deixado para trás há meia hora. Não consegui me conter e me juntei a elas abrindo um sorriso que atravessava todo meu rosto e poderia jurar que Damon estava do mesmo jeito.

–Cara eu juro que um dia você ganha um prêmio Nobel –Stefan disse batendo nas costas de Damon, depois beijando minha bochecha e correndo em direção a Caroline e minha mãe que o abraçaram.

–Eu sabia que tinha dedo seu nisso –Caroline disse cutucando Stefan que abriu um sorriso malicioso.

–Sempre tenho babe –e beijou a bochecha da loira que revirou os olhos.

Fiquei encarando eles por um longo momento. Damon e eu continuávamos parados na porta olhando tudo aquilo e esperando que a pergunta chave fosse jogada sobre nós e foi exatamente isso que aconteceu em seguida.

–O que você fez para convencer essa inútil? –foi Caroline quem perguntou, obvio.

Damon tomou fôlego e começou a explicar e enquanto sala se enchia de sorrisos, olhares apaixonados e muitos “awn” eu sorria apaixonadamente enquanto fitava cada pequeno detalhe no rosto desse homem.

Eu não poderia mentir, no entanto. Ainda doía tudo o que ele havia me feito, não tinha como esconder dele isso e nem perdoar tão facilmente. Nem milhões de rosas curariam os machucados que ele tinha causado. Eu sei que ele está tentando, eu notei isso desde o dia que parti de seu castelo, quando ele se ajoelhou e implorou, ele tentaria. Mas eu não posso deixar de ficar preocupada e apreensiva, será que devo acreditar em tudo que ele me diz mesmo ou tudo isso não passará de mais uma de suas mentirinhas para que no futuro ele use isso contra mim, falando coisas como “você achou mesmo que eu estava apaixonado por você”. Como eu poderia confiar depois de tudo que ouvi e senti?

Ok, eu daria essa segunda chance e sim eu acredito que ele possa curar meus machucados, mas tenho certeza que isso leve mais tempo do que ele imagina.

–Cara você consegue ser mais gay que eu –Stefan exclamou e todos gargalharam.

Não era mais segredo para ninguém sobre sua opção sexual, mas essa com certeza era a primeira vez que ele admitia isso em publico, porém todos fingiram não ligar para que ele se sentisse a vontade com isso.

–E como eu prometi a ela, irei reconquistá-la –Damon finalizou sua historia abrindo um sorriso apaixonado e beijando minha bochecha. Revirei os olhos e abri um sorriso genuíno em sua direção.

–E eu vou te dar essa segunda e ultima chance.

–Não preciso de mais chances, babe –beijou a ponta do meu nariz e a sala logo criou um coro de “awn”s que fez com que minhas bochechas corassem.

A noite parecia estar correndo normalmente. Todos bem animados e descontraídos, nenhum assunto crucial foi tocado e conseguimos aproveitar bem nosso momento juntos. Porém por volta das onze horas, Stefan abriu a boca e:

–Então, vocês souberam alguma coisa sobre a Rebekah?

A sala ficou em silencio e vários pontos de interrogação passaram a surgir no rosto de todos menos no de Damon.

Focalizei meus olhos no seu rosto e ele virou em minha direção pronto para se explicar.

–Rebekah foi encontrada hoje a tarde –ele explicou e Caroline soltou um suspiro aliviado. –Há essa hora ela já deve estar no castelo.

–E você já conversou com ela?

–Não, eu nem vi ela ainda, quando soube que Elena estava indo embora eu vim correndo o mais rápido que alguém que dirige um carro lotado de rosas consegue vir. –ele riu e logo me puxou para perto de si colocando um braço em minha cintura.

Eu admito que amei o ato de romantismo que ele tomou, porém Rebekah é praticamente sua irmã, ele precisa ir vê-la agora.

–O que você ta fazendo aqui? –arqueei uma sobrancelha e ele me olhou perplexo não entendo minha pergunta. –Vai logo ver sua irmã.

–Mas Elena...

–Cala boca, pega seu carro, e Stefan faça o mesmo, vamos agora mesmo para o castelo –levantei do sofá e comecei a andar em direção a porta. –Sabe que aquela loira chata me fez falta –sorri e Caroline soltou uma de suas famosas gargalhadas.

Não era uma total mentira no final das contas. Sim eu odiei quando Damon se preocupou mais com ela do que com nosso casamento, e ainda estou magoada por isso, porém se fosse Caroline a desaparecida eu com certeza faria o mesmo chilique se não pior –tirando a parte de odiar meu cônjuge por algo que ele não tem culpa –e acho que esse só foi o modo que Damon encontrou para demonstrar o quanto se importava com sua irmã –de coração ou não. Digo também que eu estava com medo por ela nos dias que se seguiram sem noticias dela, fiquei imaginando mil jeitos que descobriríamos sobre sua possível morte que graças a deus não aconteceu e fiquei com medo de como Damon reagiria se isso realmente acontecesse com uma das pessoas que ele mais ama.

Respirei fundo e arrastei os pensamentos para longe enquanto entrava no carro ao lado de Damon. Ele estava nervoso e eu conseguia perceber isso, mas ele não parecia querer demonstrar.

–Calma –segurei sua mão. –Ela vai estar nos seus braços em poucos minutos, ninguém mais vai machucá-la. –enviei para ele um sorriso sincero e seus ombros relaxaram por alguns segundos. Ele realmente acreditou em minhas palavras e estava grata por isso.

O carro rosnou e logo começou a correr por entre as ruas. Encostei minha testa na janela ao meu lado e me permiti pensar em todos os acontecimentos do dia.

Normalmente eu odiava viagens de carro, elas eram cansativas e irritantes, porém hoje, eu acho que essa viagem vai me fazer bem.

Fechei os olhos e as imagens do dia começaram a correr pela minha mente. Pensei em Caroline e em minha mãe e no quanto elas foram fortes por mim enquanto eu tomava minha decisão. Pensei em Damon e na montanha de rosas que preenchiam cada cantinho daquele carro e pensei também em suas promessa para mim e no quanto estava duvidando delas no momento.

Não que eu achasse que meu ex-marido fosse algum mentiroso ou sem palavra, mas o fato de ele ter me machucado fez com que eu criasse uma espécie de pulga atrás da orelha para tudo o que ouvia de sua boca. Eu sei que dei a ele uma chance para se redimir, sei que fiz tudo o que ele queria e até estou tentando acreditar em tudo que ouvi, mas isso leva tempo. Quando a confiança é perdida é muito difícil de ser reconstruída novamente.

Damon parecia focado no seu objetivo de me conquistar novamente. Porém ele está incrivelmente e indescritivelmente enganado se acha que as coisas voltarão ao normal do dia para a noite, afinal eu prometi para mim que não voltaria a ser mais aquela Elena tola e boba que com algumas palavrinhas logo caia nos encantos desse príncipe de meia tigela. Agora, eu ditaria as regras do jogo e ninguém venceria fácil isso.

–É melhor descermos –Damon murmurou ainda segurando firme no volante.

Eu percebia os nós de seus dedos ficando brancos. Respirei fundo e coloquei minhas mãos sobre as dele.

–Vai ficar tudo bem, vamos –segurei as duas e antes de sair do carro soltei elas.

Descemos do veiculo e de mãos dadas seguimos em direção ao castelo. Eu sabia que talvez minha presença causasse uma guerra entre a família, ou que ninguém me aceitaria ou permitiria minha presença no castelo, mas no momento eu estava pouco me fodendo para tudo isso, eu só queria ver como estava Rebekah, me desculpar com Kate e deixar que Damon se resolva com os seus parentes.

Adentramos o castelo e todos os guardas abriam passagem para que seguíssemos um caminho cego até a sala. Rebekah e Kate estavam entrelaçadas sobre o sofá, abraçadas e chorando. Ergui uma sobrancelha e corri meus olhos pela sala a procura de mais alguém, mas só elas estavam lá.

–Oi –Damon murmurou tomando coragem para se pronunciar.

–Damon, querido –Kate abriu um sorriso triste e com uma leve passada de mão limpou as lágrimas que escorriam sem parar por suas bochechas. –Elena... –seu olhar fez com que meus ombros se encolhessem e que toda a coragem que antes me dominava desaparecesse do meu corpo. Respirei fundo e fiz uma reverencia em sua direção, esperando que ela aceitasse meu pedido de paz.

Ela ficou em silencio nos encarando e Rebekah sequer olhou para trás.

–Não temos tempo para isso –a rainha respondendo seca enquanto me fuzilava. –Damon nós três precisamos conversar, a sua ex-esposa pode, por favor, nos dar privacidade? –seu tom de repulsa deixava extremamente claro que não me perdoaria tão facilmente. O modo como se dirigiu a mim como “ex-esposa” deixava ainda mais claro que não me aceitaria na família novamente tão cedo.

Respirei fundo e apertando a mão de Damon uma ultima vez eu deixei a sala.

...

Rebekah

Eu não sei se queria ter esta conversa agora. Eu estava acabada, emocionalmente, espiritualmente e fisicamente e tudo o que eu precisava no momento era dormir e tentar pelo menos por algumas horas relaxar, mas tendo a vida que tenho, digamos que isso não seja tão fácil.

Bom, recapitulando tudo desde o momento em que Robert anunciou que o rei William –que eu recuso a chamá-lo de tio novamente depois do que soube –estava disposto a pagar tudo o que estava sendo exigido por meus seqüestradores. Eu lembro apenas de levar vários tapas na cara por gritar e xingá-los de todos os nomes possíveis –em três línguas diferentes –eu fiquei desacordada pelas cinco horas seguintes. Não lembro o que fizeram comigo e nem como ganhei tantos roxos em meus braços e pernas, mas lembro quando me acordaram com um solavanco que deixou meu pescoço dolorido por varias horas.

Agora, eu estou aqui na sala, com minha “mãe” e com meu melhor amigo, que até então está com uma cara de choque e tentando entender o porquê ninguém está gritando aleluias e vida eterna para mim.

Quando eu cheguei ao castelo a primeira pessoa que enxerguei foi Kate, e ela parecia realmente acabada. Não consegui nem sorrir e agradecer por terem pagado pela minha salvação antes que ela me agarrasse e chorasse em meu ombro pedindo milhões de vezes perdão pelos erros que cometeu no passado. Eu não conseguia perdoar da noite para o dia e avisei a ela que levaria tempo, mas que poderia tentar, ela aceitou a condição e me arrastou até a sala. Então aqui estamos nós esperando que ela abra a boca e conte tudo a Damon.

Com os dias que passei em cativeiro eu pude fazer varias perguntas a Robert e por incrível que pareça o crápula respondeu tudo. Então basicamente Kate tinha se envolvido com o irmão de William –meu atual pai –antes de conhecer o rei, eles haviam se apaixonado e prometido se casar, porém o rei apareceu na história e se apaixonou por Kate. William fechou um contrato com seu pai e decidiu que arrumariam uma mulher para seu irmão, deixando Kate para escanteio e completamente devastada. Eles não permitiriam que ela se cassasse com seu grande amor. Então depois de uma seleção de garotas ricas e poderosas, decidiram que a descendente da princesa da China deveria ser a mais nova noiva do irmão do rei. Todos foram a favor e começaram a planejar a cerimônia, neste meio tempo William tentou com tudo conquistar Kate, ela estava frágil e abalada com tudo, aceitou se entregar ao rei. Ele sempre a tratou como uma rainha que ele prometeu que ela seria. Mas ela nunca amou ele.

Com o passar dos meses Kate não se sentia muito bem e foi ao médico, descobriu sobre a gravidez e concluiu que o filho era de Nicoley –irmão do rei –e que precisava contar a ele. Ela pensou que com isso conquistaria ele novamente, mas não foi isso que aconteceu. O rei descobriu, puniu ela, e pediu que fosse embora. Ela voltou para sua cidade natal e lá teve a criança. Kate contou que me amou desde o segundo em que me carregou nos braços, e disse que precisava garantir que eu teria o futuro perfeito a qual uma princesa como eu merecia. Voltou para o castelo, contou sua idéia para o rei e ele aceitou tanto a idéia quanto o pedido dela para reatar o casamento.

Pagaram para Nicoley e sua esposa para mentirem em frente ao mundo que tinham adotado uma criança, já que até então minha “mãe” de sangue não tinha como ter filhos. A historia sobre isso foi aceita bem pela sociedade e acharam um ato lindo, então depois de anos ninguém mais quis tocar no assunto e nem passou pela mente de ninguém me contar afinal eu era tratada como princesa e tinha uma aparência muito semelhante a dos meus “pais”.

Por incrível que pareça eles conseguiram esconder de mim todas as noticias sobre a adoção e forjaram noticias sobre o nascimento mais esperado daquele ano, no caso o meu.

–O QUE? –a voz aguda de Damon acordou-me dos meus pensamentos e puxou-me novamente para a realidade ainda mais assombrosa que a dos meus pensamentos.

Arregalei meus olhos e então percebi que Kate tinha terminado de contar a sua versão da história e que Damon parecia mais chocado e bravo do que eu quando descobri.

–Meu filho tente se acalmar –Kate pediu enquanto tentava tocar o braço de Damon, mas ele se levantou e se afastou o máximo possível dela.

–Como vocês puderam me esconder isso por todos esses anos? Como negaram a ela o que era dela por direito? E porra, nunca passou pela mente de vocês que a gente poderia ter trepado? –ele berrava cada uma de suas palavras com ódio e amargura. Ele estava magoado, eu conhecia bem meu melhor amigo para saber que assim como eu ele se sentia imundo ao descobrir que dormiu com a irmã.

–Damon fale baixo, por favor –Kate suplicou antes de continuar. –Tente nos entender, não poderíamos ter dado a ela a coroa, pensa o que falariam?

–Foda-se a porra que falariam, ela tinha esse direito, ela tem esse sangue.

Me encolhi ainda mais no sofá. Damon continuava zanzando pela sala como um maluco enquanto passava diversas e diversas vezes a mão sobre o cabelo, em um ato claro de nervosismo.

–Há alguns anos Nicoley e eu discutimos a possibilidade de vocês estarem cometendo atos sexuais, mas não poderíamos de qualquer modo interferir, vocês não ouviriam ou como agora, surtariam...Preferimos ignorar. –Kate se explicou e abaixou a cabeça.

Revirei os olhos. Maravilha, eles preferiram calar a boca a contar para nós e correr o risco de serem expostos? Isso ficou bem pior agora. Damon surtaria pior do que nunca agora.

–Hã, que engraçado, agora anos depois contar a verdade pareceu algo fácil?

–Não, nunca se tornaria fácil, mas depois de quase perder minha...Rebekah, decidi que seria o melhor para todos se descobrissem a verdade.

–Mas eu falei para que ela não contasse mundialmente isso, apenas para você... –Pela primeira vez me intrometi na conversa trazendo dois pares de olhos para mim.

–O que? Você quer continuar mantendo isso em segredo?

–Sim, afinal o que mudaria? Eu ganharia uma coroa e perderia a privacidade, o que tem de bom nisso?

–É o que você merece, você sempre gostou dos flashes, das festas de tudo isso, por que agora quer negar o que é seu por direito? –o tom de Damon foi diminuindo conforme falava comigo e analisava meu estado atual. Percebia bem no fundo dos seus olhos a pena, a culpa e tudo o que ele poderia sentir ao ver sua melhor amiga em péssimo estado como no momento eu me encontrava.

–Eu ainda gosto, mas eu gosto por que eu não tenho todo esse lance de compromisso, eu não preciso tomar conta de um reino ou ficar com medo de fazer besteira por que será transmitida para o mundo, e eu não quero que isso mude –bufei e revirei os olhos. –Obvio que depois desse seqüestro tudo vai ter mudado, vou ter entrevistas para dar, paparazzi aos meus pés, mas depois de uns meses isso some e eu volto a ser a Rebekah desconhecida, que é amiga do príncipe e faz e desfaz o que quiser nas festas e eventos reais –dei de ombros explicando.

Essa era eu e não queria mudar por ter sangue real. Eu gosto da vida que me foi dada no final das contas.

Damon revirou os olhos e desabou no sofá com as mãos sobre o rosto.

–Como você pode estar de bem com isso tudo? –murmurou por trás das mãos.

Soltei uma risada forçada.

–Pode ter certeza que “bem” não é a palavra que eu usaria para definir o que eu sinto sobre isso tudo, mas eu tenho que aceitar como eu sempre fiz –olhei para ele. –Aceitar que fui negada, aceitar que trepei com meu irmão, aceitar o seqüestro e que sou da realeza agora, por que se eu não fizer isso eu vou enlouquecer –expliquei me aproximando dele e passando meus braços sobre seu corpo em um tipo de abraço esquisito. –Nós temos que aceitar isso –murmurei em seu ouvido.

–Eu não sei se consigo, eu me sinto...sujo

–Eu sei como é isso, mas fazer o que né? Agora é tarde e não tem nada que possamos mudar –dei de ombros e encostei minha cabeça em seu braço.

Era inacreditável o quanto eu sentia falta desses abraços de urso que sempre me faziam bem.

–Você não quer mesmo que o mundo saiba da verdade?

Neguei rapidamente.

–Tudo bem -ele beijou minha cabeça. –Hoje eu faço qualquer coisa que você me pedir.

–Um abraço é tudo o que eu quero –afundei meu rosto em seu pescoço. –Obrigada por ter se preocupado comigo e por ser esse melhor amigo incrível, eu te amo.

–Também te amo, agora somos literalmente irmãos no final das contas.

Ri, ele fazia piada até nesses momentos.

Ergui meu rosto e fitei o seu. Ele estava tão tranqüilo e relaxado, nem parecia o mesmo homem que há minutos tinha um surto de raiva em meio à sala de estar.

Beijei seu rosto e me levantei.

–Eu gostaria muito mesmo de te explicar tudo o que aconteceu no hotel de luxo para o qual me enviaram, mas agora o que eu mais desejo é uma cama –falei coçando meus olhos e ele riu.

Era mais fácil colocar na minha cabeça que a situação do seqüestro não tinha sido a pior coisa pela qual passei, evitava que eu surtasse e começasse a chorar como uma doente para depois ser internada em alguma clinica de reabilitação.

Me despedindo de todos sai da sala e subi em direção ao quarto de hospedes, exausta demais para dizer olá para as outras visitas que me esperavam na cozinha.


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Notas finais do capítulo

Teve pov Elena e Rebekah, será que vai ter um do Damon? Vocês querem um do Damon?
O que acharam da decisão da Rebekah de não jogar isso para o mundo?
E sobre a frase reveladora de Stefan? hahaha.
Espero que tenham gostado amores... Então, comentem, recomendem e digam o que acharam.... Até o próximo, xx.