Fairytale escrita por Julice Smolder


Capítulo 15
If I was from Paris


Notas iniciais do capítulo

Tem muita gente querendo me matar ou não? haha Desculpem a demora, mas como a Ju já falou o combinado de agora em diante é um capitulo ou dois por semana, culpa da escola. Quero agradecer TODAS as leitoras que estão nos apoiando e isso nos empenha a melhorar cada vez mais. Quero pedir também que divulguem o máximo a fanfic,tanto essa quanto a Trouble, deixem recomendações, tatuem na testa o link da fanfic haha brincadeira, mas sério nada melhor pra nós autoras do que ter sua fanfic divulgada, e novamente MUITO obrigada a todas vocês



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" If I was from Paris, i would say, ooh la la la la lala"


A semana se passou voando no castelo, nenhum acontecimento em especial para detalhar, apenas meu entusiasmo para que a viagem chegasse logo, sempre fui louca para conhecer Paris, mas eu tinha em mim que só iria para lá acompanhada de um namorado ou marido para que a “magia” da cidade dos apaixonados me envolvesse. E acho que não poderia achar pessoa melhor para me acompanhar, Damon estava tão ansioso quanto eu, todas as noites fazíamos planos sobre a viagem, cada lugar para visitar, cada ponto da cidade para ver, seus olhos brilhavam só por falar na nossa “lua de mel” atrasada. Alfredo saia do meu quarto carregando as ultimas malas para nossa viagem a Paris. Eu estava inquieta, ficava de cinco em cinco minutos relembrando todas as coisas que havia posto em minha mala, e pelo o que sei, acho que não precisava de mais nada. Respirando fundo passei minhas mãos tremulas pelo meu vestido salmão e desci a escadaria do castelo indo em direção a meu marido que conversava animadamente com sua mãe.


–Elena como você está linda. –Kate abriu os braços esperando um abraço que eu concedi de muito bom grado. – Pegou todas as roupas necessárias? – Perguntou e eu assenti.

– Mãe, é melhor sairmos antes que nos atrasemos. – Damon passou seu braço pela minha cintura me puxando para junto ao seu corpo.

– Tudo bem meu filho, voltem logo, sentiremos saudades. –Beijou nossas bochechas e deu espaço para que pudéssemos sair do castelo e entrar no carro preto estacionado em frente à porta. Entramos no mesmo e Alfredo deu partida nos levando em direção ao local em que o jatinho da família real nos esperava.

Depois de longos vinte minutos estávamos estacionados em frente a um campo aberto onde um jatinho branco estava parado e ao seu lado um piloto com seus cinqüenta e poucos anos de idade, muito bem vestido e com um sorriso carinhoso no rosto. Nos despedimos de Alfredo e fomos em direção ao homem que nos esperava.

–Bom dia Príncipe e Princesa Salvatore. –O homem sorriu para nós que retribuímos seu gesto.

Por dentro o jatinho era todo decorado com cores claras, tinha dois sofás de couro bege, uma mesinha no centro com dois copos de champagne sobre ela e ao seu lado uma aeromoça vestida com cores pretas e brancas, seus cabelos ruivos estavam presos em um coque e seu rosto estava reluzente com um grande sorriso branco nele.

–Olá, eu sou a aeromoça Vanessa e servirei a vossa realeza durante a viagem. –Sorriu apontando para as poltronas de couro. –Sintam-se a vontade. –Virou nos calcanhares e caminhou até uma cabine escondida que não me interessava muito.

–Esse jatinho é maior dos que eu estou acostumada a andar. –Falei pegando o copo gelado sobre a mesa.

–Minha família comprou esse quando eu completei dezoito anos, é meu favorito desde então. –Sorriu pegando o outro copo da mesa. –Estaremos em Paris em breve, e ai poderemos aproveitar da nossa lua de mel. –Seu sorriso ficou mais apaixonado assim como o meu, me debrucei sobre a mesa e Damon fez o mesmo, colei nossos lábios em um selinho demorado e depois sorri avaliando os outros cantos do jatinho.

As horas se passaram rápidas e em um piscar de olhos já estávamos sobrevoando Paris, grudei meus olhos na janela fitando cada canto daquela cidade, não foi difícil avistar a torre Eiffel, meus olhos se iluminaram com aquela vista maravilhosa, Paris era realmente indescritível. Assim que o jatinho pousou sai de lá em um pulo, um carro preto já nos esperava ao lado da pista de pouso, entrei seguida de Damon mal me contendo para ver o resto da cidade.

– É tudo tão... – sorri olhando as ruas pela janela.

– Incrível – Damon completou e depositou um beijo na minha testa.

– Direto para o hotel príncipe? – O motorista perguntou nos fitando pelo retrovisor

– Sim, vamos nos organizar deixar as malas e descansar – Damon disse rápido – Mais tarde precisaremos de seus serviços novamente – Terminou de falar sem tirar os olhos das ruas.

– Estou ao seu dispor majestade – Respondeu

– Falta muito para chegarmos? – Perguntei já agoniada com tantas expectativas para o dia de hoje.

– Na verdade já chegamos – falou olhando pelos lados – Só tenho que achar um lugar para estacionar. – Disse sorrindo ao ver uma vaga perto da entrada do hotel, olhei toda a fachada do hotel ainda boquiaberta, o hotel se localizava no coração de Paris, “Hotel Du Louvre” fica a uma pequena distância do museu do Louvre, nunca vi nada mais belo.

– Vamos? – disse Damon sorrindo, pegando em minha mão e me ajudando a descer do carro. As reservas já estavam feitas, apenas passamos na gigantesca recepção para pegarmos a chave do quarto, em poucos minutos já estávamos dentro daquela imensidão que mais se parecia uma casa do que um simples quarto de hotel, as paredes e os moveis eram todos em um tom claro, tudo bem detalhado, as cortinas brancas impediam o sol de irradiar dentro do quarto, fiquei ali observando cada canto, só voltei em mim quando duas mãos fortes me puxaram pela cintura e um par de lábios beijar meu pescoço.

–Gostou? –Ele perguntou se referindo ao quarto.

–Eu amei tudo exatamente como eu imaginei. –Sorri enquanto minhas mãos vagavam por entre seus cabelos negros como a noite.

–Isso é só o começo minha princesinha –Seus beijos molhados continuaram pelo vão do meu pescoço enquanto suas mãos desfilavam pelo meu corpo.No melhor do momento a campainha toca.Damon bufa enquanto se afasta de mim e eu sufoco uma gargalhada.

–Senhor, o motorista de vocês já está esperando. –Ouço uma voz grossa avisando Damon no lado de fora do apartamento.

–Avise que já estamos descendo, obrigado. –A porta se fecha e Damon vem até mim, passando suas mãos pela minha cintura e me roubando um selinho demorado.

–Então, aonde vamos? –Perguntei curiosa.

–Surpresa –Abriu um sorriso sapeca me fazendo gargalhar.

Peguei minha bolsa sobre a cama e entrelaçando minha mão com a de Damon sai do quarto. Pegamos o elevador e descemos até o térreo aonde dois seguranças nos esperavam e perto deles o nosso motorista que nos trouxe ao hotel mais cedo.

–O que estão fazendo aqui? –Damon encarou os seguranças.

–Rainha Kate pediu que ficássemos com vocês durante a viajem. – O mais alto, que tinha a cabeça raspada e os bíceps muito bem visíveis soltou a voz grossa.

–Não precisamos dos seus serviços hoje –Damon forçou um sorriso e passou pelo meio dos dois homens ali parados. –E novamente dona Kate me tratando como uma criança. –Meu moreno resmungou baixinho enquanto entrava no carro escuro.

–Ela só ta cuidando do tesouro mais precioso dela –Beijei sua bochecha. –E do meu também. –Completei e entrelacei nossas mãos enquanto deitava minha cabeça em seu peito.

Damon ficou em silencio durante todo o percurso, apenas mantendo seus olhos na estrada e suas mãos acariciando meus cabelos. Meus olhos dançavam em meio às diversas paisagens que Paris possuía. Em vários momentos durante o percurso me senti imersa dentro de um filme meloso que costuma passar na televisão aos sábados à noite.

O carro estacionou na costa de um rio, eu imediatamente deduzi que fosse o rio Sena. Desci do carro com a ajuda de Damon me deparando com a belíssima vista daquele lugar incrivelmente romântico e agradável. Um sorriso enorme se abriu em meus lábios enquanto esperava que meu marido acabasse de falar com nosso motorista e vir comigo a beira do grande rio.

–Aqui tudo é mais bonito à noite, mas como não temos tempo para passar por todos os lugares, achei que o Sena mesmo durante o dia seria um belo lugar para você conhecer. –Meus olhos corriam por todos os cantos daquele lugar magnífico. Ele já era incrivelmente perfeito durante o dia, imagino como seja durante as noites.

Damon percebendo que eu estava sem palavras me arrastou para um barco parado na costa do rio. Um marinheiro jovem, com cabelos castanhos e olhos verdes me ajudou a subir no barco e logo em seguida conversou com meu marido. Depois de digamos uns dois minutos conversando o garoto cujo nome era “Adrien” deu partida no barco e começamos nosso passeio pelo rio apreciando a vista magnífica que tínhamos da cidade.

Dentro de alguns minutos fui tomada pela beleza do local e pelos carinhos do meu marido muito romântico ao meu lado. Quem diria não é? Um homem que eu julgava arrogante, mesquinho e nojento acabou se tornando totalmente o oposto dessas palavras.

...

O vestido cor vinho que a Rainha Kate havia me dado alguns dias antes da viagem coube perfeitamente em meu corpo, como se o pedaço de tecido fosse feito especialmente para mim. Olhando para o espelho acabei de pentear meus cabelos castanhos deixando eles com pequenos cachos nas pontas. Aproximei-me do vidro e analisei bem minha maquiagem, os olhos estavam pintados com uma cor clara e traçados com delineador preto. Passei mais um pouco de gloss em meus lábios e depois espirrei meu perfume favorito em mim. Assim que estava pronta Damon apareceu atrás de mim trazendo junto com ele uma caixinha preta, em seus lábios um sorriso bobo brincava.

–Posso acrescentar uma coisa na sua roupa? –Perguntou elevando uma sobrancelha.

–Claro. –Sorri.

Damon se aproximou de mim e tirou de dentro da caixinha um colar de ouro branco com um pequeno pingente de diamante na ponta, muito delicado e que combinaria perfeitamente com qualquer coisa. Senti meu coração disparar assim que senti o colar em meu pescoço, prometendo a mim mesma que nunca mais tiraria ele dali.

–Eu pensei que já que nunca vou ter a chance de colocar uma aliança no seu dedo novamente, eu pensei no colar... –Damon abriu um sorriso tímido.Senti meus olhos umedecerem mas engoli as lágrimas e beijei os lábios de meu marido. Aquele era um beijo que definia nosso relacionamento, apaixonado, carinhoso, perigoso e completamente profundo. Mas quando o ar foi necessário nós nos separamos sorrindo feito bobos um para o outro.

Chegamos ao “restaurante” que Damon escolheu. Meus olhos se arregalaram ao perceber que aquele local na verdade se tratava de um cabaré, denominado Paris Cabaret Show. Olhei boquiaberta para Damon e percebi que o mesmo engasgava uma gargalhava enquanto éramos designados a uma das mesas em frente ao palco aonde dançarinas seminuas dançavam ao som da musica, ao lado de homens maquiados. Sentamos nas cadeiras revestidas de couro enquanto esperávamos pelos cardápios.

–Eu não acredito que você me trouxe aqui. –Segurei a risada tentando me fazer de séria, mas foi inútil um sorriso escapou pelos meus lábios.

–Essa é uma das maravilhas de Paris meu amor. – Damon beijou meus lábios e me puxou para mais perto de seu corpo, passando sua mão pela minha cintura. Nos separei lentamente e sorri com nossas testas ainda grudadas.

– Não é porque estamos em um cabaré que poderá se aproveitar de mim – sorri me afastando e pegando um drink de um dos garçons que por ali passavam, beberiquei e olhei para Damon que me fitava.

– Acho melhor não ficar bêbada, tenho muito que te mostrar hoje ainda – sorriu de lado para mim, passando a mão entre minha cintura me fazendo ficar juntinho ao seu lado.

– Tenho medo do que esse resto de noite me reserva – gargalhei olhando para a pista que agora estava cheia de homens em volta, entre toda a fumaça do palco surge uma mulher com belas pernas, cabelos loiros, seminua. Sem pensar duas vezes pulei no colo de Damon o beijando ferozmente, tentando de qualquer forma não o deixar ver mais daquela mulher, assim que percebi que ela não me oferecia mais tanto perigo sai de cima dele, voltando a me sentar na cadeira limpando qualquer vestígio de batom manchado em volta de minha boca. Damon passava as mãos nos seus cabelos, confuso o que só me fazia gargalhar cada vez mais.

– “Et c'est la fin” (E este é o fim) – uma voz ecoou por todos os lados, a “tal” mulher agora se retirava completamente do palco.

– Elena, não acredito que me fez perder o show principal – disse se fazendo de bravo.

– Você é casado, não tem nada que ficar se dando ao desfrute – falei me virando pra frente e cruzando os braços. – Tem que ter olhos só pra mim.

– Mas que mulher ciumenta essa que eu fui arranjar – sorriu se aproximando de mim – Ainda tem duvida que só tenho olhos pra você princesinha safada? – tentei de todas as formas segurar minha cara de brava, mas é inevitável não sorrir perto desse meu marido, vulgo palhaço.


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Notas finais do capítulo

E a noite em Paris é apenas uma criança, tem muito ainda para acontecer haha. Gostaram? Odiaram? Comentem e façam duas escritoras felizes. xx

link de Trouble: http://fanfiction.com.br/historia/334111/Trouble