Fairytale escrita por Julice Smolder


Capítulo 11
Tears


Notas iniciais do capítulo

Estamos completamente decepcionadas com o numero de reviews do ultimo capitulo, claro que teve as leitoras maravilhosas que deixaram reviews, Isabelle, Maria Eduarda Somerhalder, Karollyne, Lanny Somerhalder, Dayane Cristina, Ayanne, Vivian Rocha, agradeço de coração a todas vocês e me dói ter que dar essa noticia, nós não iremos postar antes de 15 reviews, nós temos quase 40 leitoras, e 30 delas são leitoras fantasmas que não custa falar um oi e dizer o que achou do capitulo. Emfim, esse capitulo ainda é rodeado de lagrimas assim como diz o titulo, espero que vocês gostem e não me matem, prometo que essa tristeza não vai durar por muito tempo.



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Depois de dormir por algumas horas, fui acordada pelo meu estomago faminto berrando por comida, desci em passos lentos a escada chegando até a cozinha onde ataquei a geladeira sem pensar duas vezes.

– Quer que eu prepare algo para você princesa – a voz fina de Maria me fez pular de susto

– Por Deus Maria, que susto – falei ainda com a mão sobre o meu coração – Faz aquele suco de laranja e aquele bolo de cenoura que só você sabe fazer? – fiz minha maior cara de pidona me aproximando dela

– Mas princesa, não seria melhor o almoço? – disse preocupada, Maria acredita fielmente que quem pula uma refeição terá azar pelo resto do dia.  

– Por favor, faz o bolinho de cenoura vai – a abracei pidona tentando em uma tentativa falha a convencer de fazer meu bolo

– Duas colherzinhas de arroz e eu faço o teu bolo, combinado? – Maria soltou o abraço e com as mãos no meu ombro esperou minha resposta

– Você não vai desistir né? – fiz bico

– Não quero ver minha princesa com azar, então não, não desistirei – rangeu entre dentes

– Tudo bem – suspirei me dando por vencida, em cinco minutos Maria colocou um prato em minha frente, e esperou eu me servir com duas colheres de arroz, não tirou os olhos de mim enquanto não viu que eu havia engolido, sorriu vitoriosa e começou a preparar o bolo, conversamos sem parar sobre tudo, contei sobre o farol, Damon e Rebekah e ela como sempre dava seus conselhos reconfortantes dizendo que tudo iria se ajeitar, mudei o assunto para saber como andava a relação dela com Alfredo, Maria contava todos os detalhes sem tirar um gigantesco sorriso do rosto, típico de mulher apaixonada. O tempo passou rápido e aquele cheiro de dar água na boca infestou a cozinha dando o sinal de que o bolo já estava pronto. Comi lentamente meu bolo e tomei meu suco enquanto ainda conversava com Maria, e em seguida com Ana que entrou na cozinha contando todas as fofocas que ela ouvia pelos corredores, gargalhei do seu entusiasmo ao contar que flagrou a rainha Kate e o rei William em um momento um tanto intimo. Essas meninas eram uma distração para mim, conseguiam sempre me fazer sorrir, mesmo que no momento sorrir fosse minha ultima preocupação.

Kate chamou Maria e Ana para ajudar ela a organizar um jantar no castelo e eu fiquei sozinha na cozinha, não aguentando mais ficar parada levantei-me da cadeira e fui dar uma volta pelo jardim, queria sentir o ar gelado acariciando meu rosto e o cheiro de rosas invadindo meus pulmões.

Sentei-me em baixo de uma árvore deitando minha cabeça em seu tronco e fechando os olhos aproveitando a tranquilidade do momento.

– Estava procurando por você. – A voz de Damon ecoou pelos meus ouvidos.

– Acabou de me achar. – Forcei um sorriso e ouvi o som da sua risada, abri meus olhos para encará-lo, ele estava parado em minha frente com suas mãos nos bolsos e um sorriso lindo no rosto.

– Eu tava pensando – tirou uma das mãos de seu bolso e a correu pelo cabelo negro. –Se você queria dar uma volta pela cidade. – deu de ombros.

– Não sei se quero sair para ser trocada por um telefonema –Ergui uma de minhas sobrancelhas e cruzei meus braços.

– Como assim? – Ele parecia confuso e isso só fez com que eu rolasse meus olhos para o mesmo e bufasse. – Ainda está chateada pelo o que aconteceu ontem à noite?

– Damon, se fosse seu pai preocupado por noticias nossas eu até entenderia, mas parar nossa transa para poder falar com uma amiga ao telefone? – soltei as palavras que estavam presas – Quando viu que era ela no visor poderia muito bem ter desligado e se fosse necessário ligasse mais tarde, mas não, preferiu me deixar na cama pra ir falar com ela.

– Elena você está nervosa por que eu não dormi com você? – aumentou o tom de voz – Eu posso transar com você quantas vezes eu quiser, onde eu quiser, quando eu quiser, mas e se ela estivesse precisando de mim? Você nem ao menos sabe o que nós estávamos falando para estar toda estressada ai. – revirei os olhos, incrédula nas palavras dele.

– Então é isso que eu sou? O seu brinquedinho sexual? – me levantei – Faça um bom aproveito da sua amizade com ela, estou farta disso tudo. – Segurei o choro e me virei sendo impedida por sua mão segurando meu pulso.

– Você só entende o que é conveniente para você, não dá pra parar de ser tão teimosa e tentar me entender? – continuou com o seu tom de voz.

– Me esquece por hoje Damon – Respirei fundo e arranquei meu pulso de suas mãos, pisei fundo na grama e sai caminhando sozinha pelo grande gramado, não queria que Damon me seguisse, não queria ouvir seus pedidos de desculpas, eu estava frustrada demais para isso. Estava com raiva por ele ter me trocado, ele não nota o quão errado aquilo foi? Eu entendo que ela é sua melhor amiga, mas mesmo assim, não sou qualquer uma, não sou qualquer vadia que está caindo aos pés de Damon e que ele pode usar quando quiser, eu ainda tenho minha dignidade e não vou me rebaixar a esse nível. Essa noite dormirei no quarto de Car, não quero ter que dividir o mesmo espaço que Damon, não hoje que meus nervos estão a flor da pele.

Voltei para dentro do castelo e subi as escadas até meu quarto, peguei de lá meu travesseiro e meu pijama, caminhei até a porta ao lado aonde era o quarto de Caroline e bati na porta esperando a loira abrir, não demorou muito e assim a mesma abriu.

– Lena – Sorriu, mas o sorriso logo sumiu quando seus olhos correram para o travesseiro em meus braços. – O que aconteceu?

– Posso dormir aqui essa noite? – Perguntei enroscando meus braços ainda mais forte em volta do travesseiro. – Não quero ter que dividir o quarto com ele hoje. – Respirei fundo tentando manter a calma.

– Claro, entra Lena. – Saiu da porta dando-me passagem para entrar. No mesmo instante que entrei me joguei na cama abraçando meu travesseiro ainda mais forte.

A porta se fechou e então Caroline veio em minha direção sentando-se ao meu lado.

– Me conte o que aconteceu amiga. – Respirei fundo, não queria mais tocar naquele assunto, mas precisava desabafar com alguém.

– Damon veio conversar comigo – Suspirei. – E só acabamos brigando mais. – Tapei meu rosto com o travesseiro e ouvi Caroline bufar.

– Quando você vai aprender deixar seu orgulho de lado e fazer as pazes? – Caroline mantinha sua voz calma. – Rebekah deve estar se perguntando o porquê você falou aquelas coisas para ela ontem – Suspirou. – Lena, você só esta fazendo tudo ficar mais confuso, vá falar com eles.

– Não – Suspirei. – Hoje não.

– E por que não?

– Car, se eu for explicar o que aconteceu, eles vão achar que eu sou o tipo de esposa ciumenta e longe de mim ser isso – Rolei os olhos. – Ok, é isso que eu estou sendo, mas esse não é o único motivo. – Suspirei. – Carol, você tem noção o quanto dói ele ter dito que pode fazer amor comigo quando ele quiser, onde quiser, como se eu fosse seu brinquedinho? E o quanto dói saber que mesmo sem querer ele preferiu a amiguinha loira a mim? Isso me deixou realmente triste, eu sabia que Damon era capaz de muitas coisas, mas mesmo assim isso me machucou. – Senti meus olhos pegarem fogo. – Eu devo ser uma idiota, me iludindo achando que sim um dia seriamos felizes, sendo que não conseguimos passar nem dois dias sem brigar. – Chorei. – Por que comigo tem que sempre ser tão complicado?

– Amiga não é só com você, eu sei como está se sentindo, mas te magoar nunca deve ter passado pela cabeça de Damon, para ele isso é tão novo quanto para você. – Suas mãos acariciaram meus cabelos. – E sobre as brigas, todos os romances precisam delas. –Sorriu me arrancando um sorriso involuntário.

– Tudo bem, prometo falar com ele – Sequei as lagrimas teimosas de meu rosto com as costas de minha mão. – Mas amanhã.

– Você que sabe, mas agora vamos procurar Stefan, ele quer ir ao cinema, acho que esse seria um ótimo jeito de te distrair. – Levantou-se da cama me levando junto.

...

Chegamos em frente ao cinema e logo tratamos de comprar nossos ingressos e nossa pipoca, entramos na sala que nos foi designada e assistimos ao filme João e Marina. O filme era realmente bom ainda mais em 3D. O final estava chegando e ouvi um barulho de choro que chegou a me assustar.

– Quem ta chorando? – Sussurrei no ouvido de Caroline.

– O Stef. – Deu de ombros e eu encarei o homem ao seu lado que estava se afogando em lágrimas.

Passei minha mão por Caroline chegando a de Stefan que apertou a minha com força e depois direcionou seu olhar em minha direção.

– Tudo bem? – Sussurrei e ele assentiu, sorri e voltei a me concentrar no filme.

Quando o filme chegou ao final, todos nos levantamos e saímos do cinema indo em direção a praça de alimentação, comer alguma coisa para depois voltar ao castelo.

Sentamos-nos em uma mesa bem no centro da praça e enquanto Caroline foi buscar nossos sorvetes decidi conversar com Stefan.

– Então... – Pensei em um assunto bom o bastante para começar a conversa. – Por que chorou no cinema? – Ergui uma sobrancelha.

– Por que a garota que o João amava morreu – Deu de ombros – Sou sensível com essas coisas.

Revirei os olhos mentalmente esperando que Caroline chegasse com nossos sorvetes e o comportamento estranho de Stefan passa-se. Depois que a loira chegou, tomamos nossos sorvetes, devo admitir que a tarde com Stefan e Caroline estava conseguindo me distrair, mas mesmo assim não consegui esquecer em momento algum o que Damon tinha feito. Eu precisava conversar com ele, colocar tudo em pratos limpos e seja o que Deus quiser.

Caroline e eu resolvemos dar mais umas voltinhas rápidas entre as lojas enquanto Stefan pagava o comando do estacionamento. Foi então que avistei uma bunda familiar, um corpo de que eu não seria capaz de esquecer nem se eu quisesse, e ao seu lado estava à loira inconveniente, Damon e Rebekah estavam gargalhando no shopping, meus olhos embaçaram devido às lagrimas que estavam lutando para sair, meu corpo estremeceu e se não fosse pelo abraço de Caroline eu teria desmoronado ali mesmo, minha amiga me puxou dali nos tirando do campo de visão dos dois, ela sabia muito bem que eu não gostaria que Damon me visse naquele estado, eu não conseguia pronunciar palavra nenhuma, Stefan se aproximou de nós e ainda sem entender o motivo do choro me abraçou e soltou as palavras que eu mais queria ouvir.

– Vai dar tudo certo Elena, confie em mim – me apertou mais contra seus braços, nos separou e fomos até o carro, encostei novamente minha cabeça na janela vendo por ela todos os pingos de chuva, já não chorava mais, minha mente viajava em tudo o que eu passei nas ultimas 48 horas, meu coração se apertava ao ponto de minha respiração ficar falha, dói se sentir substituída, saber que não é para mim que ele conta suas idéias ou seus segredos. Adentrei o castelo já recomposta, sem sinal de choro ou tristeza, Stefan sugeriu que fossemos assistir o box que ele tinha de todas as temporadas de “Friends” Caroline e eu concordamos e ali permanecemos pelo resto da noite.


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Notas finais do capítulo

Relembrando, deixem reviews e se puderem deixem recomendações também, nosso coração se alegra com elas, precisamos de impulso pra continuar escrevendo, não custa nada deixar o que achou do capitulo. 15 reviews e postamos o próximo, beijos até em breve :)