O quarto não era muito pequeno, diria que poderia morar uma família de sete pessoas nesse local e ainda sobraria espaço para seus animais de estimação. Espantada com o tamanho do hotel fiquei analisando todos os seus cantos, memorizando cada detalhe. As paredes azuis me chamavam atenção, o chão era coberto por um carpete claro, no teto um pequeno lustre. Em algumas paredes tinha quadros abstratos que me chamavam a atenção por sua mistura de texturas e cores. No centro do quarto tinha uma cama de casal, aparentemente muito confortável, e pensando nisso acabei soltando um bocejo involuntário.

–Com sono? –Damon perguntou posicionando as mãos em meus ombros e massageando o local.

–Um pouco –Suspirei enquanto sentia seus dedos em minhas costas –Isso é bom. –Ele sorriu.

–É melhor você tirar essa roupa e dormir. –Damon beijou minha bochecha e abriu uma porta que até então eu não tinha percebido sua existência. Depois de uns longos segundos Damon saio pela porta trazendo com ele um robe de seda. –Vista isso. –Ele entregou o robe em minhas mãos.

Olhei para o meu corpo, eu estava com areia em lugares inimagináveis, meus cabelos eram uma pasta dura devido ao efeito do sal em meus fios castanhos. Com cara de nojo encarei Damon que me fitava através do espelho.

–Acho que preciso de um banho. –Passei minha mão em meu cabelo duro, pegando uma mexa que estava cheia de areia e me senti imunda. –Eu realmente necessito de um banho.

–Eu também acho, seu cabelo está mais duro que pedra. –Gargalhou e eu revirei os olhos.

–Nossa Damon como você é sincero. –Soltei e ele parou de gargalhar ficando sério.

–Desculpa amor –Segurou a gargalhada – Vai lá tomar seu banho enquanto chamo o serviço de quarto e entrego nossas roupas sujas a eles. –Assenti e caminhei até a porta que antes Damon avia entrado.

Liguei o chuveiro sentindo as gotículas geladas atingirem minha pele quente, fechei os olhos tentando aproveitar o máximo possível aquela sensação. Depois de longos minutos peguei meu sabonete e comecei a esfregar pelo meu corpo tirando dele qualquer grão de areia que ali estava. Logo em seguida peguei o tubo de shampoo que estava ali e passei pelos meus cabelos castanhos, massageando lentamente meu coro cabeludo e depois enxaguando.

Acho que fiquei uma meia hora embaixo da água e quando notei meus dedos ficando enrugados eu decidi que já era hora de sair dali. Desliguei o chuveiro e me enrolei na toalha branca estendida sobre a pia. Penteei meus cabelos com meus próprios dedos, tentando em vão retirar os nós que se encontravam ali. Desisti e abri a porta do banheiro dando de cara com um Damon cansado espatifado no meio da cama. Sorri com a cena e retirei minha toalha a substituindo pelo robe, caminhei até a frente do espelho e comecei a escovar lentamente meus cabelos observando Damon jogado na cama com um olhar de preocupação, me juntei a ele na cama fazendo um carinho gostoso em seus cabelos.

– O que te preocupa? – falei continuando com o carinho.

– Nada de importante – disse sorrindo de lado.

– Será que vou conseguir aliviar essa tensão de você? – falei me sentando sobre ele, rebolando em seu colo.

– Tenho certeza que sim – falou puxando minha cabeça para um beijo caloroso, nossas línguas travaram uma guerra sem fim, explorei cada canto daquela boca. Passei a mão por de baixo de sua blusa encontrando gomos perfeitos de seu peitoral definido, subi até conseguir por fim retirar aquela blusa que me impedia de sentir o seu corpo quente ao meu, Damon sem pensar duas vezes arrancou o robe de seda e jogou-o no outro canto do quarto, sorriu malicioso quando viu que não estava usando sutiã e logo sua boca se apoderou de um de meus seios o sugando com toda a força me fazendo soltar um gemido alto, enquanto suas mãos brincavam em meu outro seio me fazendo arfar de tanto prazer, o puxei novamente para o encontro de nossas bocas e em um beijo mais agitado que o primeiro, beijo seu pescoço deixando junto com os beijos vários chupões, minha intimidade pulsava pedindo para ser tocada, mas decidi primeiro retribuir o prazer que Damon me dava, desci minha mão até os cós de sua calça desabotoei os botões rapidamente, e em segundos a calça já estava ao chão, sorri ao ver o quão excitado Damon já estava, passei minhas mãos em seu órgão o massageando fazendo Damon tombar a cabeça, rocei minha intimidade sobre o seu órgão fazendo Damon gemer alto pra mim, encostei meus lábios em seu órgão e comecei com movimentos lentos e torturantes para Damon, porque pra mim era ótimo ouvir ele pedindo por mais.

– Lena, eu... Não vou aguentar – falou esticando a mão até o criado mudo retirando de lá a camisinha, antes que eu retirasse seu membro de minha boca para colocar a camisinha, seu celular começa a tocar insistentemente.

– É melhor você atender – falei vendo que ele não estava em condições para falar com ninguém, sua voz não iria sair nem se ele quisesse, estava excitado demais pra isso.

– Esquece essa droga de celular, vamos Lena coloca logo essa camisinha – sussurou baixo para mim.

– Damon, atende pode ser seu pai querendo noticias nossas, estamos sumidos a quase dois dias esqueceu? – falei divertida e vi o sofrimento em seus olhos

– Puta merda! – resmungou nervoso e levantou com certa dificuldade indo até o encontro de seu aparelho – É a Rebekah – Damon falou e eu bufei, me virei para o outro lado da cama tampando meu ouvido com a almofada tentando abafar as risadas escandalosas que Damon dava com ela ao telefone, me amaldiçoei eternamente por ter pedido para o Damon ir atender ao telefone, já havia uns quinze minutos de conversa e os dois não pareciam querer desligar nem tão cedo, acabei com aquela tortura cedendo ao sono, quanto mais rápido eu dormisse, menos enjôo daquela conversa eu sentiria.

...

Damon e eu já estávamos dentro do carro voltando para o castelo.Nós trocamos pouquíssimas palavras desde a hora que acordamos, motivo? Damon ter me deixado abandonada na cama sozinha para falar com sua amiguinha loira. Essa Rebekah realmente me irrita, em um momento eu até penso que ela pode ser uma boa amiga, mas no momento seguinte ela esta pendurada no pescoço do meu marido, isso me deixa com...ciúmes eu acho, mas claro que nunca admitiria isso em voz alta.

Respiro fundo tentando manter meus pensamentos longe de Rebekah e Damon, encosto minha cabeça sobre o vidro gelado do carro e fico olhando as imagens borradas passarem pelos meus olhos, e em poucos minutos estamos estacionando em frente ao castelo.

Damon desce do carro e abre a porta para mim, abro um sorriso falso com medo que algum dos paparazzi estejam nos seguindo .Caminho até a entrada do palácio.Maria e Ana abrem as portas do castelo e sem pensar duas vezes passo correndo por elas indo a procura de Caroline que estava deitada no sofá com Stefan massageando seus pés.

–Car, Stefan. –Falei me sentando ao lado deles que abriram sorrisos lindos para mim.

–Bom dia princesa. –Stefan disse e Caroline apenas me deu um abraço.

–Aonde passaram a noite? –Um sorriso cheio de malicia se abriu nos lábios da loira.

Cenas da noite passada passaram pela minha cabeça, a praia, o farol, tudo tão lindo até Rebekah se intrometer com suas ligações as duas horas da manhã.Pensei em contar tudo para a loira, desde a surpresa até a Rebekah, mas como Stefan estava ao seu lado pensei em contar apenas as partes boas.

–Em um farol, ai Car tudo era tão lindo. –Um sorriso grande se abriu em meus lábios e a loira bateu palmas em minha frente.

–O farol do Damon? Nossa Lena, ele realmente te ama, nem eu consegui entrar naquele lugar sem antes levar um soco no nariz. –Stefan falou e Caroline junto a mim gargalhou alto.

–É acho que ama. –A voz de Rebekah invadiu o ambiente e eu revirei os olhos. –Bom dia Elena.

–Bom dia. –Abri um sorriso amarelo.

– E Damon onde está? – Rebekah continuou

– Deve estar descendo com as malas – dei de ombros – Talvez essa seja uma boa hora para você ligar pra ele e perguntar como ele está – Arqueie uma de minhas sobrancelhas e sai em passos fundos até o meu quarto, sendo seguida por saltos finos e logo imaginei que seria Caroline querendo me esgoelar por ter gritado com sua nova amiguinha, passei entre a porta de meu quarto e nem me preocupei com fechá-la já que Caroline não sairia daqui enquanto não gritasse comigo.

– Você ficou louca Elena? – Caroline gritou e em seguida o estrondo alto da porta se fechando – Mal chega e já vai ofendendo a Rebekah? Já passou da hora de crescer, Damon está casado com você e não com ela, pare já com esse ciúme idiota. – Típico da Caroline soltar tudo de uma vez sem nem respirar entre as palavras.

– Eu tenho meus motivos ok? – falei preparando minhas roupas pra tomar um banho e desmaiar em minha cama.

– Mal posso esperar pra ouvi-los – falou colocando as mãos na cintura – Anda desembucha – ordenou batendo o pé

– Ela atrapalhou minha transa com o Damon ontem, satisfeita? – cuspi as palavras

– Como se ela estava aqui o tempo todo? – perguntou ainda sem acreditar em mim

– Ela ligou para o celular dele às duas horas da manha, fazendo ele me deixar na cama para ir atender seu telefonema – olhei para Caroline e ela quase me pedia desculpas em seu olhar – Ficaram duas horas ao telefone, peguei o celular de Damon escondido hoje de manha para conferir a duração da chamada – dei de ombros e continuei escolhendo minhas roupas.

– E vocês não continuaram... Depois? – perguntou sem graça

– Acha mesmo que depois de duas horas eu ainda estaria esperando por ele? – ironizei – Eu dormi, e foi à melhor coisa que fiz desde então – dei de ombros novamente

– Vocês dois já conversaram sobre isso? – perguntou em um tom de voz baixo

– Não e nem pretendo falar sobre isso tão cedo – falei seca – Agora se me der licença vou tomar meu banho – Mandei um beijo no ar para ela que me mandou outro de volta

– Mais cedo ou mais tarde vocês terão que falar sobre isso – gritou da porta do quarto

– Eu sei – assenti gritando da porta do banheiro.