A Menina De Cabelo Azul escrita por Clara Selenator


Capítulo 6
Preparando-se.


Notas iniciais do capítulo

Espero que vocês gostem do capítulo!



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– Não... Isso é impossível! Como? Mas... Eu saberia...

– Não tenha tanta certeza. Não tinha como. Não tem como você ter culpa de algo. Foi algo natural. Mas, você recebeu a tecnologia, não é?

– Qual?

– A que aumenta os nossos sentidos!

– Ah! Sim, sim, recebi. Mas soube que na princesa aumentou 50 vezes. - Um choque cerebral, cardíaco, não interessava a parte do corpo, mas senti um choque quando ouvi isso.

– Eu não acredito... - Sussurrei. - Eu...

– Primery?

– Eu... Sou a princesa...

– Oh, meu DEUS! Você é a princesa!

– Eu... EU SOU A PRINCESA! - Fiquei muito, muito feliz. Uma princesa, ás vezes, mesmo obsoleta, tem maior poder sobre pessoas. - Ah, meu Deus!

Fiquei tão, tão feliz que o abracei muito fortemente durante alguns minutos até me dar conta.

– Ai, desculpa...

– Não, não tem problema! - Fiquei meio sem graça nessa hora.

– Você quer mudar um pouco?

– Como assim?

– Você lembra quando eu disse sobre a vida?

– Por acaso isso é um diálogo só de interrogações?

– E não foi você que começou?

– E desde quando?

– Por acaso você tá fazendo isso de propósito?

– Agora você que tá!

– Ufa, finalmente. - Disse ele, encerrando o assunto. - Mas enfim, eu tive uma ideia, para nós mudarmos um pouco de rotina, sabe, pra ser mais livre, para realmente ter uma vida.

– Não estou te entendendo.

– Okay, deixa eu tentar te explicar melhor. Você disse que não existia vida, só sobrevivência.

– Correto.

– E então eu queria mais te provar que existe a vida, sim.

– Isso vai ser meio difícil. É muito difícil mudar minha opinião. Achei que voe saberia disso, desde que tentou me convencer.

– Realmente, eu cheguei a pensar sobre isso. Mas, na verdade, acabei de ter essa ideia.

– Ah. – Olhei para o céu – Mas sabe, eu não estou a fim de brigar. Então, não acho que seja uma boa ideia.

– Nós não podemos tentar? – Olhei para baixo, ele se abaixou um pouco e colocou a cabeça embaixo da minha – Por favor? – Ri um pouco.

– Não, é melhor, não Villtish.

– Aff, me chama de Vill.

– Então me chama de Rose, ou coisa assim. Mas enfim, continuo achando uma má ideia.

– Poxinha, Ro, poxinha, vai, por favor!

– Não, já disse que não – Não consegui conter o riso nessa frase.

– Por favor eu faço tudo que você quiser eu só queria me divertir um pouco você é muito malvada eu prometo que vou me comportar, vaaai? – Sim, ele falou assim rápido, sem virgulas.

Olhei para ele com olhar avaliador.

– Tá. – Só digo isso.

– YEY! Vamos, eu me divertia muito quando eu era criança. Quero te mostrar muita coisa.

Ele pegou a minha mão – o que fez meu coração acelerar – e começamos a correr. Despejamos água na casa das outras pessoas, nadamos na lagoa, brincamos como duas crianças no parquinho, tomamos leite quente, pegamos um esquilo, passeamos pela cidade inteira, apertamos campainhas e saímos correndo, fingíamos ser assombrações nas outras casas, o que realmente assustou outras pessoas, rimos a tarde toda subimos em árvores, gritamos, corremos muito e então eu percebi que ele era uma pessoa iluminada. Não podiam existir outras pessoas com ele. Ele era único e completamente único. E meu. Só meu. Ninguém podia tirá-lo de mim, mesmo se houvesse alguém para isso.

Para fechar o dia, acendemos uma fogueira, sentamos e cantamos músicas de Hydrow. Nos divertimos muito, anormalmente. Com ele, eu tinha aprendido a viver. Quando terminamos de cantar, o silêncio invadiu e nós simplesmente começamos a nos olhar. Achei meio estranho. Qual era o fundamento daquilo? Mas de repente eu entendo todo o sentido daquele momento. Era preciso uma reverência.

Ele se aproximou e me beijou com a maior delicadeza do mundo. Era incrível. Eu não tinha vontade de parar. Eu só queria ficar ali com ele. Depois de algum tempo disso, nos separamos. Eu me levantei rapidamente depois de olhá-lo por alguns segundos e entrei dentro de casa. Tirei o grande casaco do homem do parque e joguei-o no chão. Não pulei na cama, pois se não eu me machucaria, mas me deitei rapidamente. Coloquei minha cabeça no travesseiro e tentei dormir.

Vill chegou no quarto e sussurrou por mim.

– Ro? Você tá aí? Eu fiz algo errado? – Continuei em silêncio. Eu estava em choque. – Ro, eu sei que você tá acordada.

Me levantei devagar e sentei, olhando para baixo.

– Ro, vamos. O que foi que eu fiz? – Ele pegou delicadamente meu queixo e o ergueu, mas continuei olhando pra baixo.

– Não, você não fez nada. Mas é que eu simplesmente... Eu não sei bem o que senti. Mas foi bom, é sério.

– Ah. Bom, eu vou dormir, OK? Estou cansado e já apaguei a fogueira.

– Certo... Boa noite.

– Boa noite.

– Depois dessa, nós dois deitamos juntos e dormimos tranquilamente.


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Notas finais do capítulo

Vamos criar um shipper? Votem entre Villtery ou Primtish! Esse capítulo é bem assim mesmo!