When You Least Expect It... escrita por Little Cupcake


Capítulo 11
Note


Notas iniciais do capítulo

Gente *u* eu tô muito feliz mesmo em saber que tem pessoas gostando da história, sério, obrigada à todas vocês que deixam reviews, às vezes eu nem consigo responder porque passo correndo só pra ler mas enfim, eu leio todos, muito obrigada, sério.
Boa leitura!



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"Querida Kath,

Sinto muito por deixá-la. Eu só imploro para que não me esqueça, porque mesmo em outra vida, ou em vida nenhuma, não vou me esquecer de você.

Você se lembra daquela vez, quando éramos bem pequenas, como costumávamos dizer que só iríamos morrer bem velhinhas, quando já tivéssemos dado todas as risadas da vida? Bem, com você eu passei os melhores momentos da minha vida Kath. Com você eu tive todas as risadas de uma vida inteira. Não se preocupe comigo, eu estou bem, e quero ver você bem também, por esse e outros motivos eu não posso te contar o que aconteceu aqui. E eu também não teria tempo, porque eu estou morrendo. Fique bem. Cuide do Logan. Dê uma chance ao James. Eu amo você. Ao infinito e além, pra sempre. 

 Jess"

Antes mesmo de terminar o bilhete eu já estava mergulhada em lágrimas. Não me parecia um bilhete suicida, tampouco deixava pistas de um possível assassinato, mas pela letra desalinhada dava pra ver que o bilhete foi a ultima coisa que ela conseguiu escrever antes de morrer. Mas o que ela quis dizer com "o que aconteceu aqui" ? O que teria acontecido? Por quais motivos ela não poderia me contar? Não sabia se chorava de dor ou de culpa. Ela não soube do beijo, morreu enganada por quem ela tanto amava. Mas isso, por mais que pareça errado, me aliviou. Ela morreu me amando, como sempre. Eu nunca me perdoaria se ela tivesse morrido me odiando. Mas eu prometi. Prometi que cuidaria do Logan e ... daria uma chance ao James, talvez, futuramente, quem sabe? Era o mínimo que eu poderia fazer por ela e por mim, para amenizar minha culpa. Só não podia prometer ficar bem. Com todo esse furacão acontecendo na minha casa, a última coisa que eu iria ficar era bem. 

Eu estava perdida. Não sabia se esperava amanhecer, se chamava meus pais ou se ligava para os meninos. Fiquei com a primeira opção. Não queria preocupar ninguém à essa hora, muito menos acordar meus pais. Eu não ia dormir, muito menos ali. Mas ficar olhando para uma Jess morta, fria, calada, uma Jess não mais Jess, uma Jess nada mais que um corpo não ajudaria em nada, então fui até a varanda da sala e me deitei numa espreguiçadeira. Eu queria dormir. Eu queria acordar amanhã com Jess me cutucando e perguntando se eu estava bêbada por dormir na varanda e tudo não ter passado de um pesadelo, uma alucinação, um delírio. Outra vez, nunca estive tão errada. O pesadelo estava apenas começando.

Acordei por volta das 8h da manhã. Só tinha dormido por 1h e meia. 

- Bom dia filha! - minha mãe disse com um sorriso enorme no rosto. Era uma pena ter que destruí-lo. - Jess não vem pro café?

- Não. - respondi - Hoje não. Nem amanhã, nem depois, nem nunca mais. 

- Como assim filha? 

- Jess está morta mãe.

- Como morta? Não é possível!

- Morta mãe, sem vida, não respira, não pulsa, não vive mais. 

- Mas como isso aconteceu?

- Eu não sei.

- Como não sabe? - interrompeu meu pai quase gritando - Você estava lá! Deveria ter visto!

- Não, eu não estava lá.

- Mentirosa! Foi você não foi? Você matou a Jessica! 

- Como ousa? Eu nunca faria isso!

- Eu duvido! Você é doente, pode muito bem ter matado ela! 

- Senhor, desculpa entrar na sua casa e interromper suas acusações mas não, Kath não matou ninguém. Ontem à noite ela estava comigo. - Era Logan. Ele tinha vindo com Kendall. Conhecendo meu pai, eles provavelmente tinham vindo pra se certificar de que eu estava inteira. 

- Com você? O que ela estava fazendo com você? Eu a dei ordens para não sair do quarto!

- Mas eu a chamei - falou Kendall - e ela saiu, ela foi.

- Sua idiota! Eu te disse pra não sair! Se tivesse ficado saberia quem matou a Jessica!

- E você acha que eu já não sei? Acha que eu já não me culpo por isso a cada segundo? Mas não entendo essa sua preocupação repentina com a Jess. Você nunca se preocupo com ela. Nunca se preocupou com ninguém. 

- Mas isso é um caso de morte!

- Se acalmem! É melhor chamar a polícia. Eles vão ajudar no que puderem. - disse minha mãe. 

O velório de Jess foi provavelmente o momento mais triste da minha vida. Era como ter uma parte de mim arrancada e vê-la sendo enterrada. Acho que chorei metade da água que tinha no corpo. Tenho a impressão de que alguém me abraçava e acariciava minhas costas, mas não fiz questão de ver quem era.  Eu precisava daquele abraço, daquele alguém desconhecido que em meio a todas as lágrimas se preocupava em cuidar de mim. Foi isso o que eu sempre precisei, ser cuidada. Ter alguém ali, que mesmo sem dizer nada, tinha um abraço que silenciosamente dizia "eu estou aqui" "eu cuido de você" "eu não vou te deixar". E nossa, há quanto tempo eu não tinha sido cuidada assim. Na verdade, acho que nunca tinha sido tão amada assim desde que nasci. Que ironia não? Um estranho tem um abraço melhor do que o dos conhecidos. Um estranho cuida mais de mim do que meus próprios pais.


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Notas finais do capítulo

Então? Quem será o estranho que abraçava a Kath? Deixem reviews sobre o capítulo!



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