O Assassino E As Ordens Militares escrita por Goth-Lady


Capítulo 4
Cap.4 Albert Klaus Bosch




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No dia seguinte, Reinaldo, Louis e Paolo começaram sua caminhada rumo a Monteriggioni. Eles contornaram o bloqueio da estrada e se puseram a andar. Dias passaram e os três companheiros estavam cansados de andar e lutar contra templários que encontravam na estrada ou nas pequenas áreas rurais. Reinaldo parendeu a matar com Louis, mas ele concordava com Paolo em não fazê-lo, só em caso de exterma necessidade.

Os três saíam de um pequeno vilarejo rural quando viram uma confusão. Uns vinte templários estavam lutando contra um rapaz de aparentemente 19 anos com cabelos ruivos usando um manto branco com uma cruz negra. O rapaz matava seus adversários com brutalidade e fazia parecer brincadeira de criança.

– Temos que sair daqui. – Disse Paolo amedrontado.

– Por que? – Perguntou Reinaldo.

– Você viu o manto dele? Era um teutônico!

– Um teutoque?

– Teutônico. A ordem teutônica é uma ordem com treinamento militar supremo. Possuem uma ferocidade e um gosto por batalhas inigualável. Não costumam perdoar seus inimigos. – Disse Louis lendo os documentos roubados. – Paolo tem razão, temos que ir.

– Vocês aí! – Disse o ruivo com o sotaque carregado apontando sua espada com sangue gotejando para o trio. Ele tinha matado todos os seus inimigos.

– N-Não queremos problemas. – Gaguejou Paolo. – Somos apenas...

– Você! – O ruivo apontou a espada para Louis.

Sem dizer mais nada, o rapaz ruivo atacou Louis. Louis desembainhou sua espada a tempo de se defender do ataque. O ruivo atacou novamente, quase fazendo a espada do loiro voar de sua mão. Reinaldo entrou na luta. Eram dois contra um, mas ainda sim o rapaz ruivo levava vantagem. Ele conseguiu desarmar Louis e ferir-lhe o braço. Reinaldo o enfrentou, mas também foi desarmado. Quando o teutônico estava prestes a matar os dois, Paolo pegou uma pedra grande e bateu com ela na cabeça dele.

– Bem na hora. – Disse Reinaldo.

– Ele deve ter pensado que Louis faz parte dos templários. – Falou Paolo.

– Eu preciso dar um jeito nesse manto.

Enquanto Paolo cuidava do ferimento de Louis, Reinaldo foi buscar as espadas e os documentos que Louis atirou longe quando foi se defender. O que eles não contavam era que o teutônico estava se levantando, mas ele estava desnorteado por causa da pedrada que recebeu. Rapidamente, Reinaldo chuta a espada dele e aponta as duas espadas para ele. O que ele não contava era que o adversário se jogaria contra ele, fazendo-o soltar as espadas e os dois rolassem colina abaixo.

No pé da colina, os dois começaram a lutar com socos e pontapés. Louis e Paolo pegaram suas espadas, desceram, pararam a luta e apontaram as espadas para o teutônico.

– Um templário e um hospitalário lutando juntos? É alguma piada?!

– Eu não sou um templário. Não mais.

– Um desertor? Não são muitos que desertam da ordem e continuam vivos.

– Não queremos problemas, então pare de nos atacar. – Reinaldo e Louis olharam para Paolo como se ele estivesse brincando e o ruivo começou a rir.

– O que um ex-templário, um hospitalário e um civil fazem por aí?

– Eu é que pergunto, o que um teutônico faz na Itália? – Disse Louis secamente.

– Você também não é italiano, seu francês asqueroso.

Se não fossem por Reinaldo e Paolo tentando amenizar a situação, os outros dois voltariam a brigar.

– Estou indo para Monteriggioni procurar notícias do meu pai.

– Monteriggioni? Não é a cidade dos assassinos? – Os três se entreolharam.

– Meu pai é um assassino. Creio que indo até lá, eu possa ter notícias dele. Eu não o conheço, mas gostaria de conhecê-lo.

– E você acha que aparecer do nada vai ajudar? Que tolice.

– Não é tolice! – Gritou Reinaldo magoado. – A minha vida inteira pensei que o marido da minha mãe era meu pai e agora, quando descubro a verdade...

– Chega de sentimentalismo. Eu vou com vocês.

– O QUE?! – Exclamaram os três surpresos.

– Suas habilidades em combate são deploráveis. Se quiserem ir para Monteriggioni intactos, é melhor me terem no grupo.

– E o que você quer em troca? – Perguntou Louis.

– Ora, não tenho nada para fazer, então eu pensei em erradicar alguns templários que encontrar pelo caminho.

Louis puxou Reinaldo para um canto.

– Não confio nesse cara.

– Mas confiou em Paolo.

– Ora, Reinaldo, isso é diferente! Teutônicos são loucos. Você viu o que ele fez com aqueles vinte caras! E se ele nos matar enquanto dormimos?

– Vamos ter que arriscar.

Os dois voltaram para perto dos outros e Reinaldo se pronunciou.

– Tudo bem, você pode nos acompanhar, mas sob uma condição.

– Qual?

– Não vai tentar nos matar enquanto estivermos dormindo.

– E que graça tem em matar alguém que está dormindo?

– Pois bem. Sou Reinaldo Soderini e venho de Florença.

– Sou Louis Lefebvre e venho de Toulouse.

– Sou Paolo Venosa e venho de Nápoles.

– Sou Albert Klaus Bosch e venho de Kiel, no norte da Prússia.

– Isso explica o forte sotaque. – Disse Louis.

– Como se você conseguisse abandonar o seu, francesinho.

Os quatro seguiram caminho para Monteriggioni. Realmente, o caminho estava cheio de inimigos e com Reinaldo se recusando a lutar e Paolo se escondendo atrás dele, a ideia de deixar Albert se juntar ao grupo não parecia tão ruim agora, ainda mais porque Louis não precisava mais ter que lutar sozinho.


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