-Poseidon Narrando-

    Hoje acordei extremamente bem. Deve ser pelo simples fato, de ontem, eu ter humilhado a deusa da sabedoria ou pelo fato de eu ter mandado Anfitrite lá para puta que paria, falando que ela tinha que acalmar umas pessoas do reino, que estavam quase em guerra, bem longe do meu palácio.

   Depois de ter acordado chequei superficialmente como estava o meu reino, pois estava louco para encontrar com minha deusa.

   Fui para a mesa central, a comida já estava da mesa. Mas quem eu queria comer não estava. Virei para a primeira moça que avistei e perguntei-a:

   _ Onde está Atena?

_ No quarto, ela falou que quando o senhor quisesse tratar dos negócios, era para chamar ela – Falou a moça – Ela está na sua espera!

 _ Chame ela de novo, fale que depois dessa refeição, nós trataremos “desses negócios” – Eu já estava nervoso, ela vai ficar se fazendo de difícil por muito tempo? – Obrigue a senhora Atena a vir. – Falei bem severo, até eu senti medo de mim, coitada da moça, mas aposto que dessa vez ela vai realmente obrigar a Atena vim.  

   Dez minutos depois lá estava minha deusa vindo. Não consegui conter o sorriso.

   _ Bom dia Poseidon – Atena falou, com a mesma expressa dura, que nunca muda. Ela estava andando até a mesa.

 A mesa, que era feita de ouro, tinha dez lugares, era um retângulo, quatro lugares cada lado e um lugar cada ponta, eu sempre sentava na ponta do lado direito, e hoje também estava no mesmo lugar de sempre. Mas Atena não sentou ao meu lado, ela sentou a uma cadeira de distancia da minha. Fez um gesto perguntado se podia sentar ali e eu respondi imediatamente:

   _ Porque não senta aqui do meu lado?

   _ Que senta ai, Poseidon, é certamente sua esposa! – Aquela frase me doeu mais do que ser engolido pelo próprio pai. Mas ela estava certa, quem sempre entava ali era Anfitrite. Deixei assim, sem nenhuma resposta, e ela acabou sentando no lugar onde planejava.

   Comemos sem trocar uma palavra. Depois da refeição, Atena, nem esperou irmos até o escritório e já me perguntou:

_ Então, o que resolvestes?

_ Quero uma noite, você só de roupas intimas que as mortais usam, na minha cama, dormindo comigo -  Talvez eu seja direto de mais, mas quando é que eu vou ter uma oportunidade dessa de novo? A esperai né! Estamos falando da deusa dos meus sonhos.

_ Achas que vou concordar com tudo isso?

_ Você não tem escolha!

_ Ótimo, libere Odisseu, traga ele com segurança e vivo para Ítaca. – Dava de notar que ela estava meio abalada – Após a chegada dele em Ítaca, conte uma semana que eu estarei aqui. – Ela não tinha falado “trato fechado”, mas de certo era constrangedor de mais para ela falar isso, essa Atena e seu orgulho...  Eu vou conquistá-la com certeza. – Dei-me licença, estou indo embora – Ela falava se levantando da cadeira – Espero que cumpra com sua palavra, Poseidon – Já estava saindo dá sala e eu ainda ali sentando, mas respondi a tempo de ela me ouvi:

_ Eu também espero, Atena – Eu a conheço, mesmo não falando “trato feito” ela iria cumprir. Afinal ela “era” uma das deusas mais certinha do olimpo.