O Passado E O Futuro De Peixes escrita por Filha de Hades


Capítulo 3
Capítulo 3: Antes do Amanhecer


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/322840/chapter/3

“Somehow I know

That we can't wake again from this dream

It's not real, but it's ours

Maybe tonight, we'll fly so far away

We'll be lost before the dawn”

- Before the dawn - Evanescence

Sabe aquele estranho momento em que a lembrança de algo aparentemente impossível abre um buraco enorme entre você e a realidade bem diante de seus pés? Neste estágio você só tem duas escolhas. Você pode ignorar a cratera e fingir que ela não está ali. Deste modo você finge que nada viu e que aquilo nunca aconteceu e nada, aparentemente, muda. Mas um dia você pode acidentalmente cair nesse lugar que se tornou ainda mais obscuro pela ação do tempo e se perder. Ou você pode se arriscar a ir à fundo neste lugar, de vagar um passo de cada vez. Assim descobrirá o mistério que te assombra agora. O contra é que você pode tropeçar em um passado que a muito não tinha noticias cair e se perder. A pior de todas as encruzilhadas é aquela na qual você sabe que só tem a perder, e tem que decidir pelo que a perda parece mais suportável. Mas você pode estar enganado.

— Pefko! – O pisciano estava nesta exata situação. Ele nunca se interessou muito pelo passado. Seus pensamentos se focavam no presente. Ele era seu presente o futuro viria pleno em conseqüência de seus atos atuais – assim ele pensava – e o passado ficou para trás e jamais teve a intenção de carregar esse fantasma. Mas os dizeres de Ann fizeram um passado que ele conhecia e detestava a tona. Ele se lembrava bem de uma das poucas conversas que teve com a Deusa Athena. Ela não costumava conversar com um cavaleiro em particular a menos que fosse algo de extrema importância.

Neste dia Athena lhe falou do passado, não do seu nem do dele. Mas do passado de peixes.

[...] — Sabes que não deveria andar sozinha pelo santuário não é?

— Oh! Olá Afrodite, eu vou passar rapidamente pela sua casa. – Disse a garota de cabelos lilás, com um sorriso no rosto ao entrar na casa de peixes. – Eu apenas precisei sair.

— Não deveria ter sido escoltada? – Perguntou o rapaz que estava encostado em um dos pilares de sua casa apôs prostra reverencia.

— Eu não fui muito longe. Fui até a aldeia.

— Não deveria se arriscar a ir até lá. Não há nada de importante naquele lugar.

— Seu ancestral diria o contrario...

— Claro claro... O santo que trajava a armadura de peixes a duzentos e poucos anos atrás era certamente um compadecido daquele lugar. Eu já conheço toda a história Athena, não precisa se repetir.

— Então lembra-se que ele deu a vida por aquele lugar não?!

— Foi uma morte sem propósito.

— Nenhuma morte é sem propósito quando é em prol de alguém ou de alguma coisa que lhe seja importante Afrodite. Não consegue mesmo enxergar isso?

— Eu vejo Albafica como um grande tolo. Eu sou uma versão melhorada e sem as falhas que ele tinha. Não serei morto pela humanidade. Não vale a pena, nenhum deles vale.

— Afrodite não seja tão duro.

— Athena eu não sei como você pode não ver. Não entendo como a Deusa da sabedoria pode não ver.

Ele suspirou e começou a caminhar até a saída dos fundos de sua casa, sabia que aquela discução não iria os levar a lugar algum. Parou bem em frente ao seu campo de rosas. A visão era incrível e não importava o quanto ele estivesse aborrecido, a beleza suprema daquelas rosas perfeitas sempre lhe acalmava. O que ele não viu, foi que Athena o seguiu de perto. Por fim eles se olharam. E Afrodite falou primeiro.

— Athena, o mundo não é mais como era antes. As pessoas mudaram, não tem amor nem respeito, nem pelo seu próximo nem por eles mesmos. Passam os dias se matando uns aos outros e o amor pelo irmão se perdeu. Foi assim desde que eu posso me lembrar. Eu vi pessoas matarem por essa falsa idéia de boa humanidade e morrerem defendendo essa causa perdida. A única coisa pela qual ainda vale a pena lutar é pela beleza, para alcançar a perfeição. – Ele fitava incansavelmente seu jardim. – A verdade é que quando eu me for, quero que digam qualquer coisa de mim. Menos que morri pela humanidade.

— Albafica certa vez conheceu alguém que pensava assim. – A voz da Deusa era calma e tranqüila enquanto ela fitava o céu. Afrodite permaneceu calado. – Propósitos diferentes, mas levados da mesma forma ao ponto de dizerem que os fins justificam os meios. Seu nome era Luco. Ele chegou ao ponto de ceder aos poderes de Hades e servi-lhe como espectro. Mas seu propósito era outro. Ele era irmão do seu ancestral, curandeiro que passou a vida tentando achar uma maneira de curar o sangue venenoso que corria nas veias de Albafica. Mas houve um momento em que seu caminho se desviou drasticamente, e por uma ironia do destino seus propósitos se perderam sem que ele notasse. No fim, ele nunca conseguiu salvar o irmão e nem a si mesmo. Tudo que ele deixou para trás foi um pequeno aprendiz. Pefko era seu nome. Era um bom garoto. E este prometeu que passaria sua vida tentando fazer por Albafica o que seu mestre não conseguiu fazer por Rugonis. Curar seu sangue venenoso. – Ela fez uma pequena pausa e sorriu. – Era um ótimo garoto.

— E por acaso ele conseguiu?

— Não! Albafica deu sua vida pela aldeia pouco tempo depois. Mas até onde eu sei, Pefko não perdeu seus propósitos por causa disso.

— Eu ainda não entendo uma coisa. Se todos os cavaleiros de peixes tem o sangue venenoso porque eu não?

— Você não nasce com esse sangue Afrodite. Ele era passado de geração para geração pelos cavaleiros de peixes por uma técnica chamada Vínculo carmesim. Mas Albafica morreu sem deixar um descendente com esse elo de sangue. Então por este motivo o sangue venenoso de peixes morreu com ele.

O Cavaleiro manteve o silencio, ele não sabia dessa parte da história até então parecia processar a história. Mas não ligava muito para o sofrimento de Albafica com o Sangue venenoso, afinal, isso não era com ele. Mas a Deusa não se deu por vencida, e por fim voltou ao assunto principal abaixando-se e tocando delicadamente as pétalas de uma rosa vermelha que nascera sozinha no vinco do concreto.

— Como suas rosas Afrodite, você é único. Você é o inicio de uma geração mais feliz para os cavaleiros de peixes. Não quero que seja como Albafica, a armadura de peixes lhe escolheu pelo que você é. Apenas seja como ele na obstinação. Não perca os seus propósitos. Mas... – Ela olhou o luar. – Encontre um propósito realmente especial. Você sabe o real significado de comprometimento?

— Fazer o que deve ser feito com perfeição quando deve ser feito.

A Deusa sorriu.

— No dia em que você descobrir o verdadeiro significado dessa palavra você entenderá a mente de seu ancestral. E a minha. – Ela se pôs de pé novamente e se despediu com uma leve reverencia com a cabeça. – Devo me retirar agora Afrodite. Tenha uma ótima noite.

Ele postou-se em reverencia novamente perante a Deusa que não demorou a lhe dar as costas para se retirar, mas antes disse.

— Apenas lembre-se Afrodite de Peixes. Você humanos são os únicos que podem mudar realmente o mundo. – Ela se retirou com o mesmo sorriso que entrou naquele lugar.

Afrodite se levantou quando ela ainda estava se retirando. Ficou a observando até ela estar na metade da escadaria para a sala do mestre. Seus cabelos se destacavam sob a luz da lua balançando a brisa fraca que Afrodite também sentia. A expressão do cavaleiro nada dizia.

— Desculpe Athena... Eu queria acreditar que isso poderia ser uma coisa boa, mas todas as vezes que eu vi esse mundo mudar... Sempre foi pra pior. [...]

— Não pode ser você. Definitivamente não pode ser você. – Afrodite começou a discutir com a foto. – Não é possível. Não pode ser o mesmo Pefko. Não pode. Você tem que estar morto à pelo menos uns 150 anos. Isso aqui não está me cheirando nada bem. Você só pode estar me enganando, não tem como, você não vai brincar comigo assim Pefko. Você é um garoto travesso e eu sou o cavaleiro de ouro de peixes. Você não vai me deixar louco. – Ele balançou a cabeça negativamente algumas vezes e suspirou se desarmando e baixando a cabeça com um olhar derrotado. – E eu estou falando com um retrato.

♀ -------------------------------------------- ♂

Mais tarde naquele mesmo Dia Afrodite não conseguia tirar aquilo da mente. E decidiu-se em tomar uma abordagem mais sutil com a garota. Queria e ao mesmo tempo não queria ir a fundo naquele mistério. Mas ele tinha certeza de uma coisa, não poderia continuar daquela forma.

Ele foi até a cozinha ao fim da tarde e lá a encontrou. Ann procurava alguma coisa nos armários quase vazios para um jantar. Era a primeira vez que o pisciano constatava a real situação da garota naquela casa sozinha. Ele suspirou e ela se virou para ele com as mãos na cintura.

— O que está fazendo aqui?! Deveria estar descansando.

— Mas...

— Sem mais.. Já pra cama!

— Claro mamãe. – Disse ele franzindo o cenho e se perguntando como ela podia ser tão... Chata em apenas duas frases. Enquanto isso Ann sentiu um tique lhe afligir o olho esquerdo.

— Me chama de mamãe mais uma vez e você vai pagar caro.

— E porque ficou tão brava? – Sorriu irônico.

— Primeiro porque eu sou mais nova e segundo eu não tenho filho desse tamanho... Ainda mais chato desse jeito.

— Ah! – Ele arfou entre abrindo os lábios, bastante indignado. E então sorriu. – Ta bem... Mamãe.

— Eu vou te matar.

Com essa frase e pelo fato de que a garota começou a correr atrás do cavaleiro pela casa em uma velocidade maior do que a que ele esperava. Afrodite teve a certeza de que a abordagem sutil fora por água abaixo. Ele correu para fora da casa pedindo para que ela largasse a vassoura quando viu que não tinha mais saída.

Primeira tentativa: REGEITADA

Mas ele não desistiria tão facilmente ainda poderia salvar aquela investida com algum tipo de volta por cima. Ele era bom nisso. Mas Ann era o contrario de todas as suas aspirações. E isso o irritava, constantemente. Ela investiu com o cabo da vassoura pra cima dele e o cavaleiro o segurou e empurrou contra ela a prendendo no tronco de uma arvore que ficava no jardin. O cabo da vassoura ficou entre ela e ele. Ela tentava empurrá-lo até o ponto em que desistiu. Afrodite podia ser um chato do ponto de vista dela, mas era forte. Ela tinha que admitir.

— Tá garotão. Você conseguiu me pegou. – Ele sorriu se vangloriando enquanto começava a soltar o cabo. – Já provou que não é tão moça quanto parece ser.

Ele fechou a cara e voltou a apertá-la ali. Apesar da situação não estar boa para a garota ela ria da cara que ele fez.

— Já pensou em ser um pouco mais agradável? Poderia evitar algumas coisas chatas. Como a sua morte por estrangulamento algum dia.

— Eu estava cogitando a possibilidade, mas ai eu te conheci.

— Como você pode ser tão insuportável?

— Sei lá... Você da curso intensivo? – Ele franziu o cenho e ela riu. – Cuidado, vai te dar rugas!

— AHHHH... – Ele gritou a soltando ela caiu no chão junto com a vassou não conseguindo segurar a gargalhada. – Não ouse repetir isso sua... Sua monstra!

A casa de Ann ficava perto de um lago, Afrodite havia acabado de descobrir, ele correu até lá e se olhou no reflexo da água. Alisou seu rosto algumas vezes respirando fundo e se lamentando de não ter passado algumas horas nas aulas de relaxamento do Shaka. Seria bom relaxar a face agora antes que algo terrível viesse a acontecer. Ele já estava se sentindo melhor quando viu um novo reflexo na água próximo ao seu. Era uma garota irritantemente sorridente. Ela se sentou ao lado dele que fez o mesmo. Ambos ficaram em silencio as beiras do lago até que o pisciano resolveu falar.

— Olha... Eu só queria conversar.

— É... O seu modo de puxar papo é bastante sutil. – Disse ela sarcástica. Alisando onde a vassoura havia a apertado.

Segunda tentativa: REGEITADA COM LOUVOR!

Afrodite suspirou e baixou os olhos para a água cristalina daquele lugar. Parecia um espelho natural. Seria mais que perfeito se perto de sua casa zodiacal tivesse um lago assim. Querendo ou não ele era bastante ligado a natureza, mais que as pessoas, bem mais que as pessoas. Agora ele estava percebendo que passou tanto tempo lidando com as rosas que sentia dificuldade de lidar com pessoas por muito tempo. Não que não tivesse notado isso antes, porem, nunca o havia incomodado. Até agora.

Ann por sua vez estava ainda com o sorriso sarcástico no rosto, mas este não demorou a desaparecer assim que olhou a expressão de Afrodite. Ela nunca imaginou vê-lo com aquela expressão no rosto. Parecia quase triste e bastante confuso. E ela mesma sentiu certa confusão bater. Provavelmente as suas palavras acabaram sendo duras demais. A garota viveu desde muito pequena apenas na companhia de seu mestre. Ele sabia o jeito dela em casa detalhe e ela o dele, eram como pai e filha. Fora isso os dois não recebiam visitas muito raramente e quando recebiam Pefko era quem as recebia e lidava com ela. Ann ainda se lembrava da primeira vez que uma mulher muito ferida apareceu ali. Seu mestre fora muito gentil com ela, a ajudara com algumas ervas curativas e logo ela saiu de lá agradecendo. Ann pensou que queria ser exatamente como ele quando viesse a crescer. Mas nada saiu como planejado. Ela se tornou uma garota um pouco distante pelas tantas vezes que seu mestre acabava sendo obrigado a deixá-la só. Ela entendia que era dever dele. Porem não tinha um retorno em que ela não brigava com ele. As brigas sempre acabavam com ele sorrindo e a abraçando. E ela sempre se perguntou como ele podia ser um homem tão bom?

Olhou Afrodite mais uma vez e suspirou tentando pensar no que seu mestre faria. E chegou a conclusão que deveria se desculpar. Mas neste instante fora interrompida pelo pisciano.

— Olha Ann... Eu queria te perguntar algumas coisas, mas...

— Espera... Eu.. Eu tenho que dizer uma coisa Afrodite. – Ele esperou. – Eu... Eu...

Ela não conseguiu terminar a frase. Sentiu alguma coisa agarrar sua perna que estava quase dentro do lago. Ela estremeceu sem saber o que houve e o cavaleiro notou.

— Ann?!

— Eu... – Neste instante ela foi puxada para dentro da água só teve tempo de gritar, mas até mesmo esse grito fora abafado pelas águas. Afrodite não pensou duas vezes e pulou atrás dela mergulhando do jeito que estava e conseguiu agarrar-lhe a mão e a puxou para si a segurando com o braço direito enquanto o livre fez com que chegassem a superfície. Respiraram fundo, mas nada tiveram tempo de falar antes que a garota fosse puxada novamente. Sua mão escapou da de Afrodite que submergiu vendo que havia uma corda presa a perna dela. Aquilo o intrigou quem faria algo assim? Ele preferiu não pensar nisso naquele momento e nadou o mais rápido que pode a segurando pelo braço e parando-a. Desceu até onde pode para segurar em sua perna, prendeu a corda em ambas as mãos a puxando com força até que a mesma viesse a se partir. Mesmo assim Ann parecia em desespero. Ele voltou a abraçá-la e novamente a levou a superfície. Ela não respirou de imediato e Afrodite não sabia o que fazer.

— Ann?! – Ele a manteve junto de seu corpo mantendo a cabeça dela fora d’água. Um curto momento apôs ela tossiu algumas vezes e respirou profundamente. E ele respirou aliviado. – Graças aos Deuses.

Afrodite a abraçou mais forte segurando-a junto de si. Os dois teriam se estranhado naquele mesmo instante se a situação fosse outra. Mas agora não queria pensar nas desavenças. Algo havia acontecido, mas estava tudo bem. Estavam molhados e com um pouco de frio, mas estavam bem. Os dois. Juntos. Ann o abraçou de volta e sentiu algumas lagrimas escorrerem de seu rosto, lagrimas que não teria que esconder, já que estavam completamente molhados. Mas ela estava se sentindo segura nos braços daquele homem irritantemente lindo. Ela estranhou os próprios pensamentos mas não questionou, não queria questioná-los. Não agora. Não naquele lugar. Após os dois respirarem a tranqüilidade do momento Afrodite a afastou um pouco, apenas o bastante para que lhe olhasse nos olhos. Ele tirou uma mecha molhada do rosto dela e tentou sorrir.

— Você está bem?

— Estou... O-obrigada.

— Espere... Pode repetir?

— O que?

— Você me agradecendo... Foi inesperado. Incrível.. Quero ouvir de novo.

— Afrodite, - Ela corou. – Você está abusando.

— Eu salvei a sua vida. Mereço uma recompensa!

— Recompensa? Por isso? – Ela riu. – Eu já vi melhores.

— Duvido.

— Claro que sim... Olha pra gente e terá o seu exemplo. Que tipo de cavalheiro deixa uma dama se molhar?

— Dama?! – Ele olhou em volta procurando. – Onde? Não estou vendo nenhuma.

— Vai engolir as suas palavras mocinho.

Ela não deu a ele nem tempo de responder a afronta e partiu para cima dele aproveitando a proximidade apoiando as duas mãos na cabeça dele e o empurrando para baixo. Ela estava com um grande desejo de afogá-lo. Ou não tão grande assim. Vez ou outra ele voltava e gritava coisas como, “Sua louca” ou “me largue já”. Nada parecia adiantar. Ann ria, estava se divertindo, não as custas dele, mas com ele pela primeira vez. E o cavaleiro percebeu a diferença. E resolveu entrar na brincadeira também. Quando ela o abaixou ele se virou rapidamente a segurando pela cintura o que a desarmou. Ele voltou a subir e riu baixo antes de pega-la no colo e dizer.

— Esse joguinho da pra dois.

Ele a jogou pra cima e deixou que caísse nas águas. A pequena guerra continuou até que os dois estarem exaustos. Principalmente Ann que adormeceu as beiras do lago enquanto Afrodite procurava algumas frutas. Ele sorriu ao vê-la dormindo e olhou para o céu, já era tarde. Foi até ela, pegou-a com cuidado nos braços e sorriu olhando aquele frágil rosto.

— Você deveria passar mais tempo dormindo. É bem mais agradável nessa hora. – Sorriu imaginando a reação da garota se pudesse ouvi-lo. – Vamos pra casa.

O objetivo do dia fora esquecido. Certamente Afrodite iria considerar um dia perdido, mas neste dia em particular ele não terminou o dia praguejando suas falhas. Naquela noite ele apenas se deitou e dormiu. Sem ressentimentos, sem sonhos ruins apenas um desejo de que seu próximo dia ali fosse ainda melhor. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente por hora é isso. Estava mais inspirada na primeira parte. nas lembranças.
Se gostaram... Deixem sua opinião..
Kissus Até breve ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Passado E O Futuro De Peixes" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.