O Passado E O Futuro De Peixes escrita por Filha de Hades


Capítulo 2
Capítulo 2: A pequena Ann.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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"Espelho, espelho meu,

Me diz o que é que aconteceu?

É o mundo que ta do avesso?

Ou minha inocência que morreu?

– Terra Celta "

Apôs ter colocado o “lixo para fora Afrodite voltou para dentro da casa limpando as mãos e então olhou a moça, que já havia verificado minutos antes estar bem, em choque, mas bem. Ela estava no sofá, sentada com as pernas dobradas sobre o móvel e suspirou profundamente quando viu o cavaleiro se aproximar, sabia, teriam que conversar e que ambos teriam explicações para dar, mas ela adiaria aquilo o quanto pudesse, mas pela cara do homem, que agora estava a sua frente lhe fitando os olhos, não seria muito. O silêncio fez o clima ficar pesado ali enquanto eles se entre olhavam. Não sabiam bem como iniciar aquela conversar sem parecerem ser intrusos demais. E quando falaram a voz dos dois soou em um só tom a mesma frase.


— Acho que precisamos conversar.


Os olhos dos dois se arregalaram e se desviaram com a surpresa. Mas Afrodite não deixaria chances para que a moça escapasse e se adiantou.


— E então? Não acha que tem algo a me dizer?


Ela suspirou. Não gostaria de admitir que ele estava certo, ainda mais agora. Porem tinha muitas perguntas se passando pela cabeça da moça agora. Ela estava um pouquinho atordoada. Mas mantinha a pose.


— Não se acha um pouquinho pretensioso?


— O que disse? – Afrodite estava incrédulo com a capacidade que ela tinha de irritá-lo com simples palavras que deveria considerar comuns e sem importância.


— O que você ouviu. Estamos na minha casa.


— Eu acabei de salvar a sua pele e é assim que me agradece?


— Eu não te pedi pra me salvar. – Disse desviando o olhar dele.


— Pois... Pois estou começando a achar que eu deveria mesmo tê-lo deixado... Deixado... Arg’. – Começou a massagear as têmporas tentando se acalmar.


O silêncio ficou torturante. Nenhum dos dois dizia mais nada. Mal se ouvia a respiração alheia. Mas Ann conseguia ouvir muito bem seu coração latejando em desespero, ela sempre ficava assim quando queria amenizar alguma situação, mas não sabia como. Enquanto isso Afrodite ergueu os olhos na direção da garota, como se olhá-la fosse trazer as respostas que ele queria ter, algumas sobre o porquê de toda aquela situação, mas a maioria sobre como é que uma garota tão bonita poderia ser tão irritante. Foi neste momento em que ele viu, havia um filete de sangue lhe escorrendo da testa, ela provavelmente havia batido a cabeça quando o brutamonte a jogou longe. Em um reflexo ele se aproximou.


— Está sangrando. – Ele disse erguendo a mão para ver como estava o corte. Neste mesmo momento sentiu um tapa interceptá-la. – Hey?!


— Eu não preciso da sua ajuda! – A garota quase gritou se levantando e fechando as mãos em punhos. – Eu não preciso da ajuda de ninguém.


Ele não teve tempo de protestar. A garota saiu da frente dele em direção ao banheiro trancando a porta apôs uma batida que fez o pisciano estremecer.


— O QUE É QUE TEM DE ERRADO COM VOCÊ?


Ele gritou sem uma resposta. A essa altura Afrodite não estava mais nem se sentindo ele mesmo. Respirou profundamente e chegou por fim a uma conclusão devastadora. Ela estava o enlouquecendo e tinha sérias duvidas sobre se ela não deveria tê-lo deixado morrer naquela noite. Afrodite estava gritando por dentro, seu subconsciente fazia um escândalo daqueles, mas ele não daria a garota estranha o prazer de ver. Levantou-se e foi até o quarto de antes batendo o pé com força. Arfou um “Arg” varias vezes ali enquanto se acalmava. Apenas quando conseguiu respirar fundo foi que abriu os olhos notando tudo no quarto que não havia visto antes. Sob a cômoda havia um retrato no qual Ann estava presente, mas não estava só. Ela sorria com o olhar voltado para um homem, ele era alto, cabelos castanhos não muito longos, olhos bondosos que lhe sorriam de volta. Parecia ser bem mais velho que ela, que por sua vez parecia mais nova que atualmente. Ele não sabia porque, mas aquele retrato lhe parecia ter algo de familiar, ficou o olhando e por um momento esqueceu do que acabara de acontecer conseguindo em fim se acalmar. Ele suspirou e parou em frente a um pequeno espelho que estava pendurado na parede ao lado.


— Ain... Definitivamente irritação não faz nada bem a minha pele. – Disse isso enquanto puxava um pouco sua pele na intenção de esticá-la. Não fazia muito tempo que os dois haviam se deixado, mas foi o bastante para os ânimos se acalmarem. Enquanto Afrodite se olhava no espelho não via nada em volta e então Ann entrou no quarto quando viu a cena encostou-se à parede e riu baixinho fazendo o cavaleiro olhá-la espremendo os olhos.


— Vejo que encontrou o amor da sua vida nessa parede.


— Hahá. Que gracinha. Alem de cheia de segredos ela ainda é piadista.


— É o meu passa-tempo.


— Fazer piadinhas sem graça?


— Não. Irritar os caras mais bonitos que aparecerem por aqui. Isso não ocorre com tanta freqüência.


— E é, exatamente por isso que vive aqui sozinha. – Disse com um pouco de desdém na voz.


Um sopro de tristeza tomou o olhar da garota por um instante quase imperceptível. Mas ela não perdeu a pose. Suspirou e sentou-se na cama com um risinho forçado bem convincente e um sorriso largo nos lábios. Ela tinha um senso de humor negro, se portava como um garoto travesso, tinha muita personalidade – muita mesmo – e ainda assim alguma coisa chamava a atenção do pisciano nela. Colocou uma mecha do cabelo loiro para trás e começou.


— Acho que tem muito a me perguntar. E tenho certeza que são coisas sobre as quais eu não quero falar.


— Se você... – Afrodite começou a questionar mas fora interrompido pela mão posta no ar pela garota que agora mantinha os olhos fechados e o sorriso havia sumido de sua face.


— Ainda não acabei. Interrompa-me novamente e eu juro que arrebento esse seu narizinho perfeito. – Afrodite franziu o cenho, mas se calou. – Eu tenho alguns segredos sim, mas que não os tem que atire a primeira pedra. Aquele cara veio aqui porque... Bem... Porque eu o roubei.


— Que lindo. Alem de não saber onde eu me meti ainda posso ser chamado de cúmplice de uma pequena ladra.


— Eu não sou nada disso. – A garota gritou erguendo o rosto e revelando uma expressão cheia de ódio para com as palavras de Afrodite enquanto lagrimas intrusas teimavam em deixar seus olhos. Ele se sentiu desarmado perante a cena. Deveras não podia acusá-la. Não era justo. E ele suspirou desta vez se calaria por um tempo maior. – Foi... Foi preciso, e bem... Era só... Comida.


O cavaleiro tinha decidido ficar quieto e estava inexpressivo. Não sabia bem o que dizer ainda. O que era mais certo, mas ao que parecia ela tinha um bom motivo para ter ido tão longe, e não parecia se orgulhar nenhum pouco disso. Ela ficou queta por tempo demais e então ele resolveu tomar a frente.


— E porque você precisou roubar comida? – Sua voz soou mais doce que antes. Apesar disso não ter parecido reconfortá-la.


— Acho que pôde reparar que eu estou sozinha aqui. E preciso me manter. Não queria que eu morre-se de fome não é? – Ela disse grossa tentando manter sua mascara de cinismo intacta. Mas a cada segundo isso estava ficando cada vez mais difícil. Afrodite não disse nada e ela se viu obrigada a falar quando seu olhar cruzou com os orbes azuis que a fitavam com reprovação. – Eu... Eu não estou sozinha neste lugar porque eu quero ta legal? Eu fui deixada aqui. Eu não tenho uma família me esperando, não tenho um lugar pra onde ir. – Ela jogava as palavras como se a muito elas estivessem engasgadas ali implorando pra sair. – O cara do retrato que você olhava? Ele é o que eu tive mais próximo de ser um pai. Ele cuidou de mim desde muito criança quando ele me encontrou perdida quase morrendo de frio há vários invernos passados. Eu... Eu não sei como eu vim parar aqui. Só me lembro de... De... – O olhar da menina ficou diferente e ele pôde notar o quanto ela estava longe. Parecia uma lembrança vivida. Até demais. – Isso aconteceu a sete invernos. Eu tinha oito anos. E... E... Eu ainda posso ver... Ainda posso sentir.


[...] Seu olhar foi perdendo o brilho enquanto suas palavras ganhavam vida na mente de Afrodite. Ele a imaginou alguns anos mais nova. A garota disse que usava algum agasalho seus cabelos já eram compridos e sua pele muita branca em meio a neve. Sentia-se congelando pelo vento e pelo frio. Não sabia mais quanto tempo poderia andar antes de cair no chão. Vez ou outra chegou a pensar em se sentar ali e esperar a morte chegar, talvez ela fosse quente e acolhedora aquela altura. Ela não ousava chorar, sabia que seria bem pior. Sua pele delicada de criança estava sendo castigada a cada passo, a cada cólica causada pela dor que podia sentir no fundo do estomago. Quase não vi mais nada, seu olhar um tanto turvo perdia o rumo quando o vento teimava em soprar cada vez mais rápido como querendo castigá-la Deusa sabe porque. Por dentro ela gritava, e rogava por qualquer tipo de ajuda divina em um apelo silencioso por salvação. Qualquer tipo de milagre. Não passava de um ser inocente que iria morrer na neve, ela chegou a imaginar se alguém encontraria seu corpo ali ou se ele seria engolido pela neve para sempre. Ou até o próximo verão. A ironia a fez sorrir, teria rido se pudesse. Rir da própria tragédia não parecia algo muito sensato a se fazer, mas era tudo o que podia no momento. Ela quase não via mais nada até mesmo seu coração batia fraco como que economizando energia. Como um gerador que estava querendo desligar. Neste instante ela espremeu a visão e viu um vulto. Não sabia o que era, mas pré-supôs que não poderia ser algo bom. Talvez nunca encontrassem o seu corpo, talvez não sobrasse corpo para encontrar. [...]


— Lembro-me de ter dito mentalmente algumas vezes. “Venha! Venha pra cima de mim de uma vez e acabe logo com isso.” Mas ele parecia estar querendo aumentar o meu sofrimento. “Animal”. Foi então... Foi então que meu corpo parou de reagir. E que eu... O vi.


[...] “Eu não já não posso mais.” Pensou. Seus olhos mantiveram-se abertos enquanto seu corpo perdia o restante de resistência. Sentia-se fraca, como se não tivesse ossos sobre a pele. Suas pernas falharam e ela se sentiu caindo. Quase tudo se passava em uma câmera lenta ilusória de pensamentos misturados que desapareciam um a um até ela chegar no... Chão?! Não, não foi no chão. Ela não sentia quase nada, mas sabia que aquilo não era o chão. Conseguiu abrir os olhos brevemente e viu um rosto, um rosto bondoso, um homem. Foi o que conseguiu distinguir. Sabia que estava sendo carregada, mas era só. Ouviu uma voz distante – provavelmente do homem – e aqueles olhos a fitavam. Ela quis responder. Mas seus olhos se fecharam devagar. E antes de perder a consciência pensou “Eu devo ter morrido. E um anjo está me carregando para... Para onde?” [...]


— Acordei dois dias e três noites depois disso. Estava sozinha, neste mesmo quarto. – Ela dizia pegando o travesseiro e o abraçando. – Estava assustada, meu corpo estava meio dormente, não conseguia me mover muito bem. Ainda sentia frio, mesmo aqui dentro, foi o inverno mais rigoroso daqueles anos. Não disse nada. Estava sozinha. Mas agora debaixo de um teto. Mal sabia quem eu era, que dirá onde eu estava. Então, a porta estralou e eu senti meu corpo estremecer. Foi só ai que eu o vi novamente. O Anjo que me resgatou da neve.


[...] Agora podia vê-lo melhor. Cabelos castanhos, pele clara olhos profundos talvez quase do mesmo tom de seus cabelos com um toque esverdeado no centro. Não que ela tenha notado os mínimos detalhes naquele instante. Seu coração acelerou e sentiu suas pernas formigarem. Aquilo apesar de tudo era um bom sinal, ela estava viva, pelo menos achava que estava. Ele se aproximou e sorriu. Deixou algo sobre a cômoda e foi até ela se abaixando ao lado da cama.


— Que bom que acordou. Estava começando a ficar preocupado. – Sua voz soava doce, de um homem mais velho, mas acolhedora. Isso fez a criança relaxar. – Vejo que está bem melhor – Dizia ele verificando algumas coisas que eu cheguei a conclusão de serem curativos de ervas que ele me fez. – Está se sentindo bem? – Fiz com a cabeça que sim. E deveras estava muito melhor agora. – Que bom. Acho que deve estar com fome. Come um pouco e conversaremos depois. [...]


— Ele ajudou-me a me sentar tomando todo o cuidado, apoiou uma almofada sobre meu colo e em seguida o prato, tinha um cheiro delicioso de sopa de arroz subindo no ar. Era tudo o que eu queria, uma comida quente. Ele insistiu varias vezes se eu conseguia comer sozinha eu acenei que sim novamente, estava apreensiva e não sabia o que falar por isso não havia dito nada até agora, mas isso não parecia abalar o seu humor pelo meu retorno do mundo de Hypnos. E não saiu do quarto antes de ter certeza de que eu me alimentaria direito. Eu apenas descansei nesse período e todos os dias ele fazia os mesmo rituais, trocando meus curativos pela manha, me dando almoço, cobertas novas, chás, tudo que pudesse me aquecer. Na intenção de que eu melhorasse rápido. E eu ainda nunca havia falado, e ele nunca me questionara por isso. Passamos uma semana, até que eu em fim conseguia me virar melhor sozinha. Em certo momento daquela manha resolvi que precisava mudar aquela ‘relação’.


[...] A Garota levantou-se e foi até a sala, ele não estava ali, mas ela ouviu barulhos vindos da cozinha. Estava descalça e com uma faixa ainda cobrindo a testa. Se não fossem as ataduras ela quase conseguiria arrumar para que se assemelhasse a uma tiara e tirar aquele ar de doente da cara. Ela parou na porta da cozinha e ele prontamente se virou para ela. Com aquele mesmo sorriso.


— Já acordou? Estou preparando um café da manha. Espero que goste. Passou bem a noite? – Ele sempre me fazia essa pergunta e eu nunca respondia, não com palavras. Mas desta vez fiz diferente. E notei a surpresa nos olhos dele, mesmo ele tentando disfarçar.


— Muito bem sim... Senhor. – Minha voz saiu mais fraca que o planejado, mas ele pôde ouvir.


— Ora ora... Fico muito feliz em ouvir isso. – Ele sorriu secando as mãos no pano e puxando uma cadeira em seguida. – Queria se sentar. Vou lhe servir algo.


— O-obrigada.


Nos sentamos e conversamos um pouco, mesmo eu ainda estando sem jeito. E em momento algum ele me questionou nada.


— Apropósito, eu me chamo Pefko. – Ele sorriu.


— A-Ann.


[...]


— Eu não me lembrava de muito antes de estar perdida na neve. Nem de como eu vim parar aqui. Não lembrava quase nada antes de encontrar Pefko, ele cuidou de mim e me deu abrigo sem pedir nada em troca, nem mesmo uma informação. Ele cuidou de mim quando eu mais precisei. Então fiquei, e mesmo que não quisesse, eu não teria pra onde ir. Se tinha eu não sabia e nem queria mais saber. Fiquei aqui com ele. Ele é um grande cavaleiro e curandeiro. Ensinou-me varias técnicas de ambos os meios. E me deu liberdade. Sempre. Ele cuidou de mim como um pai cuida de uma filha. Ele me deu uma vida e me fez forte. Por isso não pense que eu sou uma garota indefesa. – Apontou para Afrodite voltando um pouco a realidade e o olhando. – Mas... Me... Me desculpe por aquilo na sala. Sei que queria me ajudar… E… E… Eu fui grossa demais.


Afrodite balançou a cabeça negativamente, não havia porque de tais desculpas.


— Não se preocupe.


— Eu não me preocupo. – Disse Ann, voltando a seu sarcasmo habitual. – Apenas senti que deveria contar. Ela o que... Ele faria.


— E onde ‘ele’ está?


— Meu mestre desapareceu. Foi chamado em uma missão solitária, solicitado pelo santuário. E desde então não voltou mais. Ele nunca demorou tanto. Mas eu senti na voz dele ao se despedir que essa missão era diferente de tudo. Advertiu-me que poderiam ocorrer imprevistos que ele poderia... Demorar... Ou... Ou... – Ela balançou a cabeça. – Tenho certeza que ele está bem em algum lugar.


— E isso faz quanto tempo? – Achou melhor não abalar as esperanças dela.


— Alguns meses. Quatro... Ou cinco. – Afrodite não falou mais nada então ela se adiantou. – Bem, eu vou preparar algo para a janta. E quanto ao roubo, foi por isso. Desculpe, eu não tive escolha, não sabia que as plantações eram dele e... Eu só precisava de comida enquanto ele não retorna. Eu vou pagar e devolver tudo a ele. Assim que eu puder.


— Tudo bem, eu não vou condená-la por isso.


Ela balançou a cabeça em agradecimento, secou os olhos que lacrimejaram sem que ela notasse. E se levantou.


— Tem certeza de que quer continuar ao lado de uma ladra? – Ela disse provocando. Afrodite não se abalou.


— Ainda temos muito o que resolver.


— Tsc’... Alguém já te disse que você é um grande chato? – Ela praticamente cuspiu as palavras, indignada que depois de tudo o que contará ele ainda achava que tinha questões a resolver. Estava pedindo demais. Saiu em seguida batendo o pé e saindo de vista. Ele continuou no quarto.


— Alguém deveria dizer o mesmo dela. – Resmungou consigo mesmo.


Ele parou ali, em frente ao retrato refletindo sobre toda a história. Ela realmente não era uma garotinha normal. Tinha uma grande história que não era de vida fácil. Afrodite suspirou, sentiu pena daquela garota, porque no fundo sabia que eles não eram tão diferentes assim. Apenas reagiam de formas diferentes. O cavaleiro sabia que tinha “secado” um pouco por dentro. E ela ganhou sarcasmo como companheiro de viagem.


Cada pessoa é diferente e possuem diferentes modos de agir perante situações ruins, você pode cair perante a dor, pode ser capturado, morto e esquecido. Mas o desejo de viver, uma idéia de liberdade muitos anos depois ainda podem mudar o mundo.


Afrodite pegou novamente o retrato em mãos olhando aquele homem que o estava intrigando mesmo antes da história da garota. Deitou-se na cama com um braço atrás da cabeça e outro segurando o porta-retrato.


— E por fim, quem é você? – Perguntou ao homem do retrato. – Qual foi mesmo o nome que ela disse? P... Pefko. Isso. – Ele sorriu por ter lembrado. – Pefko. – Repetiu e seu rosto empalideceu e ele se sentou na cama com os olhos arregalados fitando aquele sorriso do homem na foto. E sua voz soou como se ele visse um fantasma. – Pefko!













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Notas finais do capítulo

Vem muito mais surpresas por ai. Me aguardem.
Reviews?
Kissus ♥



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