Unbroken escrita por Annabeth Chase


Capítulo 20
Gracie.


Notas iniciais do capítulo

Gentem, voltei :))

Tá aí mais um capítulo prôces, seus lindos :)



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P.O.V Sophie

Sorri olhando para o desenho pronto em minhas mãos. Um caminho reto, até um lugar que eu não sabia dizer qual era. Mas algo faltava ali. E era algo importante. Mas o quê?

Eu tinha tomado um banho, tido um descanso, e estava desenhando agora, pra relaxar.

Fui até a janela e observei o jardim, a floresta á frente. Talvez aquilo me desse inspiração.

De repente vi algo que eu não esperava, uma garotinha, me olhando, de trás de uma árvore. Não pude vê-la direito, mas sabia que ela uma garota, por seu vestido voando.

O quê ela fazia ali?

Não perdi tempo e decidi correr até lá.

...

“-Eu não vou te machucar, espera!

–Não, você vai. Eu não quero!-A garotinha corria desesperada.

–Espera, por favor.

–Não, não, não! Vai embora!-Ela tropeçou e caiu no chão, pulei e segurei seu braço, ela tentou se soltar mas eu a acalmei.”

...

–Então, você quer conversar?

–Não.-A garotinha abaixou a cabeça. Era teimosa, e séria.

–Por quê?

–Não sei se eu posso confiar em você.

–Bem, olhe só. Meu nome é Sophie Hadley, eu tenho 16 anos. Eu era tipo uma princesa naquele castelo lá longe, que todos aqui conhecem. A guerra tirou tudo que eu tinha, e de uma hora pra outra, virei uma fugitiva procurada em vários lugares, acusada injustamente apenas por tentar ajudar, e tentar não morrer nesse...campo minado. Se fosse te fazer algum mal, já teria feito. Mas não fiz, e como pode ver, sou uma boa pessoa. Se quiser acreditar em mim, a escolha é totalmente sua, caso contrário, vou ficar aqui esperando até você decidir acreditar.E é isso.

–Você é engraçada.-Ela riu.

–Eu não acho.

–Eu acho.-Ela sorriu pra mim, pela primeira vez, e eu retribui. Céus, ela era a cara de Edward!

Tinha cabelos castanhos claros, longos e lisos, que estavam bagunçados, mas ainda bonitos. E grandes olhos verdes.

–Era mesmo “tipo uma princesa”?

–Sim! Tinha servos e tudo mais.

–E o príncipe?-Ela disse, sorrindo, maliciosa.

–Bom, o primeiro “príncipe” se chamava Earnest, terminou comigo, viajou, e hoje está com uma russa. Ótimo. O outro foi Peter, era super legal, fofo, mas tem um porém,eu não o amava, e tive que acabar com tudo. O terceiro foi Jonh. Eu o amava, muito. De verdade. Mas ele me enganou, mentiu pra mim, não cumpriu suas promessas e desapareceu.-Suspirei lembrando disso.- O outro foi Josh, eu terminei com ele por ele ser interesseiro. Bem, você pode dizer que eu sou namoradeira mas quando você é de uma família real...você precisa fazer isso.

–Eu nunca tive um namorado, e eu não quero ter.-Ela se deitou na grama.-Meu nome é Gracie.

Sorri. Gracie, que nome lindo.

–Tá quase escurecendo, tenho que voltar, Gracie.

–Não!- Ela pegou minha mão.-Fica aqui. Eu nunca tive ninguém por perto nesses últimos 4 meses.

–Está sozinha a quatro meses, Gracie? Você é uma criança! C-como você...

–Eu me viro.-Ela se levantou da grama e foi andando, a segui.

–Pra onde vamos?

–Pra minha casa.

Ela caminhava na frente, em silêncio. Não agia como uma criança, e sim como uma mulher. Eu me sentia um bebê indefeso em sua frente.

–Você também estava sozinha?-Ela perguntou, olhando pra traz.

–Não. Estava na casa de um senhor idoso, e também tem um garoto.

–Um garoto?-Ela me olhou, maliciosa.

–Não, Gracie. Sério, para.

–Ele é bonito?

–É, Gracie. Mas não temos nada de mais...

–Se você diz...-Ela deu de ombros.-Mas eu acho que você gosta dele.

Continuamos andando. Já passava das sete horas, estava escuro. Vi uma luz e perguntei a Gracie de onde vinha. Ela me puxou até lá.

–Bem vinda a minha casa.

E então foi aí que eu notei. Era um tipo de gruta. Lá dentro, uma pequena luz, por conta das tochas nas paredes. Era tão bonito!

–Entra, Sophie!-Ela disse, com um sorriso, e se jogou no colchão feio de palha.-Sinta-se em casa. Tem comida ali no canto, eu peguei tudo.

–Eu não estou com fome.-Me sentei no chão e olhei os lados.

–Hey Sophie, tudo bem?-Ela se sentou.

–Eu só não quero que fiquem preocupados comigo.

–Você vai voltar amanhã de manhã.-Ela sorriu, e se sentou do meu lado.-Hey, não conte pra ninguém, mais eu matei três soldados!

–Sério? Como, Gracie?

–Permita me apresentar minha amiga super competente.-Ela pegou uma faca (Sim, uma faca de cozinha) do canto da parede, ficou de pé e a apontou pro meu pescoço.-Um erro e você não estará mais entre nós. Há!

–Whoa, calma!

–Não vou te machucar.-Ela disse rindo e enterrando a faca na areia.-Você gosta de chuva?

Balancei a cabeça negativamente. Ela arqueou uma sobrancelha.

–Por quê?-Perguntei.

–Por quê tá chovendo. Queria que você viesse tomar banho de chuva comigo.

–Pode ir lá, Gracie. Eu vou ficar aqui...-Sorri e ela correu pra fora.

A ver dançando na chuva me fez sorrir involuntariamente e esquecer tudo que estava em minha mente. Ela era uma criança, apenas uma criança, apesar de não se comportar como uma. E eu tinha muito, mas muito o que aprender com ela.


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