Angels Hammer escrita por Oribu san


Capítulo 2
Capítulo 1 - Acorde meu anjo.


Notas iniciais do capítulo

Primeiro Capitulo oficial. não aguentei ficar parado.



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– Ahr... Já são sete da manhã?! – Levava a mão ao despertador escondendo o rosto com o travesseiro. – Essa não. Já são sete da manhã!!!

Levantou as presas vestindo-se, agarrou a bolsa, desceu as escadas correndo, bebeu apenas um copo de leite, beijou sua mãe e saiu de casa, dando tempo a seu relógio de marcar apenas 7:02.

– Aonde você pensa que vai?

Lucile sua mãe dizia muito calma da porta com o prato de café da manhã nas mãos.

– Pra escola oras.

– Pra escola... Num sábado? E... Vestido desse jeito?

Ela apontava para baixo. O garoto pardo de cabelos negro e olhos amendoados havia vestindo a cueca sobre as calças e abotoado o uniforme da escola ao contrario.

Ela deu um leve sorriso e levantou as sobrancelhas o fazendo entrar.

– Está mais maluco do que de costume... Café?

– Cama.

– Lenny Oribu Hana. Se você pensa que vai passar o dia todo sem comer está muito...

A porta do quarto se fechou.

– Muito enganado eu sei. Eu sei.

Trocou de roupas e jogou-se na cama, que reclamou fazendo seu chiando típico.

Fechou os olhos e viu a imagem tremula do rosto de um homem bonito que chora dizendo “Me perdoe.” Abriu rapidamente os olhos.

– Esse sonho maluco de novo? Tenho que parar de ler tanto sobre essas coisas.

Lenny... – Uma voz mansa e flutuante como o ar soprou janela adentro levantando de leve as cortinas.

Ele levantou estranhado, mas seguro. Olhou em volta e então caminhou até seu espelho de corpo inteiro, onde ao invés de seu reflexo viu a imagem do mesmo arcanjo sem seus sonhos.

– Gabriel. – sussurrou, assustando-se depois cobrindo a boca com as mãos. – Espera ai! Como você sabe o meu nome? E... E como eu sei o seu?

– Não é obvio? Estamos ligados. – Ele colocou a mão sobre o coração, e quando Lenny olhou para si, estava fazendo o mesmo. – Assim como os demais. Um sempre vai levar ao outro.

– Demais, que demais? Está falando de outros como você?

– Não... Estou falando de outros como você.

O homem branco de longos cabelos prateados e sorriso gentil pareceu desapontado por ele não saber.

– Você tem um dom Lenny. Vocês têm. Os bebês de anjo que eu salvei há muito tempo atriz.

– Woou calma ai. Eu não sou um anjo. Não posso ser.

– Então como você explica tratar esse tipo de coisa com tanta naturalidade, se outro humano qualquer já teria...

– Feito nas calças? Bom... Eu nunca fui muito normal se me permite dizer. Agora mesmo, meus amigos estão por ai perdendo a virgindade, e eu aqui conversando com o espelho. Mas isso não quer dizer que eu seja um anjo.

Ele cruzou os braços e deu de costas para o espelho. Gabriel ficou sério, antes de desaparecer, dando lugar ao reflexo habitual.

Lenny voltou a olhar e relaxou ao ver a si.

– Minha mãe tem razão. Tô ficando maluco.

Abateu-se de um sono súbito, ao qual não teve tempo nem de deitar-se em sua cama, desmaiando no tapete do quarto. Guerra, castelo, armas brilhantes, pessoas aladas, explosões, um mostro de fogo, Vários flashes dessas imagens vinham rápidos a sua mente correndo embaralhadas umas nas outras.

Quando acordou pode perceber pela escuridão que já era noite. Sentiu seu corpo leve ao mesmo tempo em que sua visão embaçada de quando se acorda melhorava, e então...

– Nossa como está frio... NOSSA COMO ESTÁ ALTO!!! – Gritou ao perceber que seu corpo havia planado pra fora do quarto e ele agora caia da altura em que os aviões passeiam, entrando em desespero.

– Bata as asas seu estupido, bata as asas. – Uma voz diferente da de Gabriel acima dele dizia.

– EU NÃO TENHO ASAS!!!

– Qual é... Você podia não saber o que era, mas sempre soube que era diferente. Sabe que pode fazer isso se quiser. ENTÃO FAÇA ou você vai morrer.

– “Tenho que admitir. Pelo menos pra mim mesmo. Eu sabia que era verdade, mesmo quando negava pro espelho. Sei de coisas que os outros não sabem. Entendo sobre coisas que os outros não entendem. Por que eu sou Lenny. Por que EU SOU UM ANJO.”

A menção dessas meras palavras transformou o medo em coragem, e de repente a altura não era mais um inimigo, ele simplesmente abriu suas enormes asas brancas e voou.

Voou limpo e direto cortando o vento como se sempre tivesse o feito. E então parou aterrissando de leve em seu próprio telhado com a ponta dos pés descalços. As asas foram pra cima e depois pra dentro do corpo deixando algumas plumas brancas pelo vento.

– Tá vendo. Você leva jeito pra coisa.

A voz voltava. Era um novo anjo pousando ali de braços cruzados e um sorriso irônico nos lábios pálidos como o resto da pele. O garoto de quinze anos então parou para analisa-lo. Aparentava ter dezessete. Pele, asas, e camisa social brancos. Sobre a camisa um colete preto abotoado, e gravata de mesma cor mostrariam-lhe ser um cavalheiro, se não fosse pelas duas espadas samurais que trazia presas as costas em “x”.

– E você? Ia me deixar morrer? Suponho que apesar das “Katanas” que traz nas costas, você não seja um anjo maligno.

A afirmação chocou. Não esperava aquele menino que a pouco se negava, saber tanto sobre o assunto.

– Como sabe disso? Posso estar disfarçado.

– Não. Não está. Você é um Puri ou anjo branco se prefere.

– Viu. É mais útil quando você é você. E então qual vai ser o esquema?

– Que esquema?

– Pra achar os outros. – Parou e percebeu. – Xiii... Tô vendo que disso você não sabe.

– E você do que sabe sobre mim? Precisa me contar.

– Ao que parece, somos o resultado da catástrofe que foi a guerra céu x inferno que foi travada no submundo a centenas de séculos. Há outros como você e eu por ai, mas não é fácil encontra-los o mundo é grande e eu precisava do rastreador.

– Que no caso seria eu. É tô sabendo. Gabriel me contou sobre isso. Ele disse que “um sempre vai atrair o outro”, ou seja...

– Enquanto o rastreador estiver em movimento os outros vão acabar vindo. – Disseram ao mesmo tempo.

– Volta a fita. Como assim Gabriel te contou? Não quer dizer Gabriel, o arcanjo Gabriel não é? Isso seria impossível. Porque meus livros indicam que ele está... Isso não faz sentido... Isso é...

– Isso é magia. Ela não precisa fazer sentido pra ser, apenas é. Caso contrario seria matemática e disso eu não entendo.

O outro rapaz o olhou por alguns segundos, e então passou os dedos na própria cabeça puxando os fios cor de chocolate que iam até o ombro para trás da orelha suspirando.

– Sou o Jack. – Estende a mão. – Jack Collins, mas pode me chamar JC.

– Lenny. – Aperta. – Mas pode me chamar de Lenny.

– Irônico, gostei.

– Apenas retribuindo Jack. Parece que nasceu sabendo.

– Esse é um bom fruto de ser o anjo da madeira. O conhecimento. Um dia estava sentado numa praça e senti uma presença igual a minha. Foi ai que conheci um de nós. Seu nome era Sebastian e ele tinha uma esplendida capacidade de prever o futuro e disse que havia tido uma visão dele comigo na praça e por isso estava ali. Enquanto conversávamos para ver o quanto sabíamos, ele teve uma visão de que o anjo rastreador morreria, então estou aqui.

– Nossa... o futuro é? – Ficou um pouco constrangido por não ter um dom na sua opinião tão bom quanto isso.

Jack podia ser o típico sabichão, mas não gostava de ver aquele tipo de expressão autodepreciativa. Pondo a mão em seu bolso e tirando um lenço de seda.

– Aqui. Pegue.

– um lenço? – Entendeu. – Não vou chorar se é isso que está insinuando.

Gritou a expressão bravia. Diferente a de Jack, que olhou congelado no lugar como se tivesse visto algo nele. Depois voltando a sua de sempre, esfregou lhe a cabeça como a um cão obediente.

– Viu... Fica melhor com raiva do que choramingando, por um segundo pensei que teria de trocar suas fraldas.

– Ora seu... Sai da minha casa.

Tentou lhe empurrar, porem ele desviou-se, além de escorar uma de suas katanas no telhado fazendo Lenny tropeçar e cair do teto. O apanhando antes que tocasse o chão.

– Tomara que os outros anjos não sejam tão inúteis quanto você.

– Espere pra onde está me levando? Eu tenho casa, não posso simplesmente sumir!!! E dá pra parar de me carregar pelo pé?! – resmungava de cabeça pra baixo. – Jack, estou falando seu maldito.

Ao que indicava a ligação entre todos os Hammer era algo especial, já que tanto Jack quanto Lenny, pareciam se conhecer “a muito tempo”. Cansado da brincadeira e já distante ele o soltou, para que pudesse voar por si só.

– Aonde estamos indo? Nunca saí da minha cidade.

– Ótimo então vai adorar a minha. Estou te levando “pro ninho”. Têm que conhecer os outros.


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Notas finais do capítulo

Os personagens aqui contidos obviamente já foram aprovados e os outros devem vir surgindo a partir do segundo. espero que tenha dado pra sentir o gostinho.
‎('.../')
(◕.◕) Aqui é Oribu-san dizendo: Arigatou Gozaimasu.
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