Angels Hammer escrita por Oribu san


Capítulo 13
Capítulo 11 - Mata-me de amor.


Notas iniciais do capítulo

tá ai faltando 3 minutos pra vencer minha meta de dois dias, mas tá aí hahahahahaha XD



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/322446/chapter/13

– Finalmente... O livro de todas as bestas. – Vee se ajoelhou pronta para folheá-lo, quando Emi a parou.

– Espera!

– O que foi?

– Você disse o livro de todas as bestas. E se alguma coisa sair daí de dentro?

– A faça-me o favor Emi. – Ela foi pondo a mão nele e depois a tirou dando um grito. – AAHHHHHHRRRR!!!!!

– Vee oque foi?!!

– Uma aranha! – Se jogou nos braços do único homem ali, apontando o minúsculo inseto que se assustou mais com ela, do que ela com ele.

– Por que meu Deus? Por quê? – Seth se lamentou de onde havia ido parar. Cercado por um bando nada normal de adolescentes, listando eles e suas loucuras em sua mente até chegar a Sebastian e largar bruscamente a garota deixando-a cair no chão.

– AI! – Disse ela ainda caída, tirando o cabelo do rosto com assopros. – Me ajuda aqui!

– Ah claro. – Seth estendeu a mão e ela a bateu.

– Eu não, o livro. Me ajuda a por ele sobre a mesa.

Com o mesmo repousando sobre uma mesa de escrita ali localizada, a garota o abriu de novo e começou a folhear, de vez em quando molhando a ponta dos dedos com saliva pra facilitar a ação. “onde está? Onde está?” enrugava a testa ainda folheando enquanto começou a falar, para lhes poupar tempo.

– Alice, lembra que vocês disseram que não acharam roupa nenhuma no quarto de Lara?

– Ah-hã, não tinha nada lá.

– Mas Vee, nós também não achamos roupas no do JC. – Cande dizia, até ser interrompida por ela.

– Exato. E é aí que eu quero chegar. É um ponto em comum entre eles.

– Etapa quatro. – A garota Cande se lembrava sussurrando agora, o que Vee havia dito antes. – Algo que os crimes tenham em comum.

– E também. – Ela continuou folheando. – Sem roupas, ou qualquer coisa que os liguem com o mundo externo fora desse apartamento, só pode indicar...

– Que eles não viram lá de fora. – Violet.

– Claro. Qualquer pessoa teria desconfiando de duas pessoas ando nuas por aí. – Jolie.

– Ainda mais num prédio de alta classe como o Luxos. – Cande.

– Vocês me dão tanto orgulho. – Vee quase chorava, emocionada por ver suas amigas inclusive Jo, confabulando suas próprias teorias do crime.

– Sim tudo bem, concordo com todas vocês. – Seth falava ainda meio desconfiado passando entre elas pra se aproximar de Vee. – Mas isso ainda não explica o por que de você ter dito que já resolveu este caso.

– Ateu. – Vee parou de passar as paginas e bateu as mãos sobre o enorme bestiário. – Aqui está! – Provavelmente ela tinha achado o que procurava. – Eu só pude perceber o que estava na minha cara, graças a minha querida Jolie Watson.

– Não crie sobrenomes detetivescos pra mim. Meu sobrenome é black. E agora quem começa a se perder de novo sou eu. O quê foi que eu fiz?

– Aí é que está a beleza do negocio. A arte de decifrar pistas está nos mínimos detalhes. Aqueles que geralmente não damos importância.

– Como por exemplo? – Violet.

– Como por exemplo, todo mundo reparou no que o garanhão pelado lá, não estava usando não é? – Todas elas ficaram vermelhas, disfarçando e olhando para cantos paralelos. Menos Seth. – Inclusive você Seth, ou não viu?

– Não, obrigada. Não preciso.

– Humn... Sabemos o porquê. – Ela finalmente colocando o vermelho em suas faces. – Mas o que estou querendo dizer, é que ninguém reparou no que ele estava usando.

– Uma coleira. – Disse Alice, talvez a única que não tenha olhado tanto assim.

– Não só uma coleira. Uma coleira Arcana feita pra prender entidades malignas. Uma marca registrada do céu. E ainda havia um nome nela. Um nome que sabia que já tinha visto antes, assim como aquela rosa de espinhos pretos. Então foi só juntar esses pequenos detalhes, e as peças do quebra cabeça começaram a se juntar.

– Sempre teve certeza de que descobriria tudo não é? – Jo cruzou os braços.

– Não, na verdade já estava até pronta pra pular pra etapa dezesseis.

– E qual seria ela?

– Etapa dezesseis. Caso não tenha resolvido o problema até aqui, chame um adulto pra brincar também.

– Não acredito que estávamos mesmo seguindo um livro infantil!!! – Jo tombou pra trás, e depois pra frente quase que pronta a esgana-la.

– É, mas eu consegui não foi? – Sorria com medo se escondendo atrás da pequena Emi. – Mas aqui está a prova definitiva de que estava certa.

Ela apontou super encorajada para o velho livro de todas as bestas ao qual possuía informações sobre toda e qualquer criatura, rastejante ou voadora, boa ao má, com asas ou com chifres, que já pisou sobre e sob a face da terra. E o anjo da terra havia lhe parado segundo ordem alfabética da letra “L” numa pagina com varias escritas e um velho desenho, feito há milênios ao certo, e que se assemelhava bastante a...

– Lucanzi!!!

– Sim é ele. – Ela respondeu convencida a uma voz atrás de si.

– Não, Vee! Lucanzi vem aí!!!

A voz era Nihal que entrava correndo, tropeçando logo na entrada em um grosso dicionário, levantando varias folhas no ar quando caiu rolando pela velocidade que empregava.

– Então, rápido Vee. Deixe-me ler o que está escrito aí. – Cande nervosa passou sua frente no livro intrigando a Emi.

– O quê que diz?

– Eu... Eu não sei. Não consigo ler isso!

– Está tudo em latim. – Agora era Alice quem dava a má noticia. Reconhecia a escrita, mas também não sabia lê-la. – Dá tempo de traduzir Nih?

– Não, ele e a outra, ficaram desconfiados. Os outros estão tentando atrasa-los, mas eles já estão vindo.

– Com licença. Dá licença. Opa, pisei no teu pé, desculpa. – Seth tentava se espremer entre elas pra chegar ao livro. – Eu sei ler em latim.

– SABE?! – Disseram todas como um bizarro coral de gêmeas.

– Bom... Pelo menos pra isso, tem que servir tantos anos traduzindo textos no museu.

Ele agarrou o objeto da pesquisa em mãos, e traçou seus olhos a leitura.

– Quia non omnia...

– Em português Seth. – Nih dizia nervosa com a cabeça no corredor. – Em português, Rápido!

 – Porque nem tudo o que brota nasce, ou fica de pé como o homem. Mas o brota se erguem da sombra de boa conduta como uma peste de desgraça os campos e é denominado demônio da rosa.

– Ainda não tô entendendo nada. Que brota e se ergue é uma desgraça blá, blá, blá. Certeza que isso é português?

– Me deixa terminar! Cravo e espinho, traição e vingança...

– Lucanzi e Vinganza.

Sua citação do texto foi mais uma vez interrompida, mas desta vez pelos próprios monstros que surgiam a porta citando seus nomes.

– Tarde demais. – Nihal correu pra perto das outras ali dentro. – Eles chegaram.

– Então quer dizer que os pirralhos descobriram quem somos. – Vinganza jogou um mecha verde pra trás, deixando o bico do seio a mostra.

– Essa mulher não tem uma roupa?

– Ela não vai precisar quando eu acabar com ela. – Violet lembrou a eles um outro mistério ainda não resolvido, ao ativar a lança Raphael.

– Veja Lucanzi, a gota tem uma Celeste. Ui que medo. – Ela ironicamente levou a mão e testa fingindo.

– Essa não. Isso seria o nosso fim. – Ele entrou no seu jogo. – A não ser. – Mostra. – Que nós também tivéssemos uma.

Ele tirou a coleira, e ali sob ela, pendurado a seu pescoço, abrigava-se o colar com um pingente dourado em forma de olho e dentro dele, uma coruja rubi. Símbolo da sabedoria.

– Onde conseguiu isso!? – Seth parecia nervoso e com raiva deixando uma gota de suor e preocupação se debulhar pelo rosto.

– Ah! não tinha reparado ainda. Tem um humano aqui. – Vinganza sorriu com o dedo na boca o analisando. – Humn... Nada mal.

– Seth. – Emi segurou seu braço. – Você conhece aquela arma?

– Conheço... É a flor de pensamento de Raziel. – Ele disse fechando os olhos com uma lembrança.

Podia ver claramente em sua mente, a ultima vez que viu aquela peça em ouro e rubi. Tão claramente como se hoje fosse.

✫¸.•°*”Momento Flash Back”*°•.✫

– Essa é a flor de pensamento.

Um senhor gentil, mas já de idade avançada, mostrava a Seth em uma caixa de madeira aberta, sua mais nova descoberta. Fruto de uma escavação nos antigos templos inca. Que segundo lendas, havia conseguido uma maneira de serem tão inteligentes quanto os Maias. Sendo que ambas as civilizações desapareceram por motivos inexplicados até hoje.

– É linda, senhor Clifford. – Ajeitava os óculos que usava na época, admirando seu reluzir. – Mas é um colar, não uma flor. – Seth dois anos mais jovem tomava um gole de café com ele, numa lanchonete a frente do museu.

– Sei que é um colar meu jovem. – Sorriu fechando a caixa. – Assim como a sua chama violeta é um bracelete.

– Quê isso senhor. Quem me dera poder de dizer que alguma coisa naquele museu é minha. Mas afinal, o que o senhor tem pra me dizer? – Mordiscou uma rosquinha.

– Ao que tudo indica, menino Talbot. Tanto esta peça, quanto a “sua”. – Insistia em dizer. – datam da mesma época, entre outras semelhanças.

– O que o senhor está querendo dizer? Aonde quer chegar?

– Seth, acredito que estou prestes a descobrir um segredo muito antigo, algo sobre uma guerra entre anjo e demônios, que foi escondida até mesmo da bíblia.

– Desculpe senhor Clifford, sabe que adoro contos e fabulas fantásticas, mas faz ideia da loucura que está dizendo?

– Claro que sei. E é por isso que estou com medo garoto. Desde o dia em que encontrei isto, sinto como se as sombras do meu apartamento me vigiassem, e a noite como se fossem me estrangular.

– E o que o senhor quer que eu faça? Sou apenas um historiador, um estudante na verdade.

– Consiga permissão para coloca-la no museu, Seth. – O senhor começava a olhar desconfiado de um lado para o outro, como se estivesse sendo vigiado. – As peças ficaram mais seguras uma perto da outra.

Segurou suas mãos, com as velhas faces quase que implorando. E ao tocar melhor a caixa, Seth sentiu-se viajar em uma visão dele mesmo, mais velho sendo salvo por um anjo que dizia “KORIN”. E depois voltou assustado à realidade.

– Desculpe Senhor. Não posso fazer isso.

 Se levantou rápido e meio fugitivo saindo. E ao se afastar um pouco de lá, um estrondo o fez voltar a se virar.

Mal havia saído dali, e um carro adentrou a parede da lanchonete, atropelando e matando o velho Clifford.

– E quando cheguei lá. –Seth dizia encerrando sua memoria. – A caixa e o colar haviam desaparecido. Desde então estudei sobre esse colar e ainda mais sobre a peça que eu tinha. Na esperança de protegê-la, mas como todos sabem eu falhei.

– Não é sua culpa. – Alice segurou-se no braço oposto.

– E o que você descobriu sobre o colar? Vai dizer, ou prefere guardar segredo também? – Cande já estava fincando furiosa. “não acredito que escondeu isso da gente.”

– Raziel era conhecido como o olho de Deus, o sábio. Pelo o que descobri, tanto os maias quanto os incas, tiveram acesso ao colar. O conhecimento que eles adquiriram com isso, foi o que os fez tão grandes, porém...

– Porém..? – “Anda logo!”

– Alguma coisa atrás da peça os destruiu e então eles a enterraram em solo sagrado.

– Isso até nosso bom e velho amigo Clifford, fazer a gentileza de desenterra-lo pra nós. – Lucanzi.

– Ora seu... Monstro. – Emi incendiou-se, atiçando todas as outras a se lançar de uma vez sobre os demônios.

O movimento impensado, digno de um anjo rastreador, lhes cansou certas consequências de dor ao serem arremessadas todas contra as paredes e as duras estantes de madeira.

– O foi isso? – Perguntou Violet, a mais machucada tentando ficar de pé usando a lança como apoio.

– Sua tola. O poder da flor de pensamento vai muito mais além do mero conhecimento.

– Lara?

Ela aparecia atrás do homem. Passou a ficar do seu lado, ao atravessar a frente de Vinganza, pisando “sem querer no seu pé.”

– Lara, como pôde? Não acredito que está com ele! – Emi. – Ele É um demônio.

– Eu sei. Me envolvi com um idiota, e olha no que deu.

– Já disse pra não me chamar de idiota.

Agora era Jack quem aparecia abraçando a sua rosa.

– Jack você também?! – Jo.

– Nesse caso. Vamos ter que derrubar vocês dois também.

Começaram a disparar e atacar das mais diversas formas que conheciam, mas não importava o que fizessem, seus golpes ou eram destruídos ou mandados de volta contra elas pelo campo de proteção gerado ao redor deles pelo colar.

– Agora eu vou abrir essa barreira, nem que pra isso eu destruía o prédio!

Alice armou sua foice negra e Vinganza já estava pronta para lhe aplicar uma dose de veneno ao prende-la uma corrente de espinhos, mas JC a parou.

– Não! Deixe que Lara cuide disso.

Ele a olhou sério. E então Lara saiu do escudo. Agarrando a pequena Alice pelo pescoço e jogando contra as outras como uma bola de boliche. A boa noticia, é que assim que foi agarrada, Alice pôde ouvir uma mensagem mental lhe ser enviada. “no momento certo ok?” Lara voltou a Lucanzi, mais uma vez abraçando se a ele.

Jack suava frio, olhando de canto ela chegar cada vez mais perto do colar. Tinha as mãos no peito de Lucanzi bem próximas a ele, quando Vinganza percebeu o plano.

– Lucanzi cuidado!!!

Ele alertado de desconfiança, empurrou Lara pra longe, vendo-a cair sentada mais a frente.

– Acha que pode me passar a perna, e sair assim numa boa!?

– Acho. – Ela sorriu ainda sentada, mostrando ter a flor de pensamento em mãos.

Ele nem teve tempo de demonstrar sua surpresa, e a foice de Alice arrancou sua cabeça fora, respingando o corte sobre a dama da rosa que começou a ser cercada pelas anjas quais a teriam feito em pedaços se ela mesma não tivesse começado a murchar e perder a cor.

– Não, o que está acontecendo? – Olhava suas mãos e corpo acinzentando e se desfazendo em pétalas de negro fel.

– Há mais de uma maneira de se matar um Demo. – Jack. – Se Lucanzi era o Demo da vingança. Você só pode ser o da traição. E como eu te traí, a irônia está te devorando.

– MALDITO!!! – Foi contra ele, dando finalmente as outras, a chance de destruí-la.

( ... )

– Então tudo não passou de um plano de vocês dois? – Vee perguntava em meio a destruição que estava a biblioteca.

– Nem sempre. – Lara. – Eu só percebi quando toquei Jack aquela noite no jantar.

– E eu quando ela me toucou. – Disse JC pegando sua mão, antes dela cravar-lhe as unhas o fazendo soltar.

– É, mas não fazia parte do plano você dormir com ela.

– Eu não... Bom... Tecnicamente eu dormi sim, mas foi só isso!

Antes que começassem uma nova guerra, a detetive Vee os interrompeu pra uma parte ainda intocada da historia.

– Tá, o casal pode se matar depois, mas agora, cadê o resto do pessoal?

– Na sala.

JC mostrou a elas a sala lotada de casulos de planta, nos quais havia prendido o resto do bando que pareciam adormecidos com apenas o rosto pra fora dos alvéolos presos ao teto.

Na medida em que foram descendo as vagens humanas e abrindo os casulos, aqueles ali contidos começaram a acordar, ainda meio tontos com o gás natural produzido para entorpecê-los.

– Ai minha cabeça. – Alguns se queixavam.

– Cara isso é pior que ressaca mental.

– Sebastian! – Seth se lançou terminando de abrir a casca.

– Tem cheiro de flores. – Dem explicava a Emi e Alice como era dormir ali. – É como estar em um jardim.

– Wherrr... Eu acho que vou vomitar– Crow.

– No meu tapete não!

– Ele tá brincado. – Jimmy. – Mas não desafia não tá. – Tentava faze-lo tirar o dedo da garganta.

– Eu nunca dormi tão bem na minha vida. – Lenny estava claramente perturbado pelo gás, andando de costas e bebendo água pela orelha.

– Lara. – JC. – Desculpa, por ter caído no feitiço da rosa tá?

– Eu sei que você não se deixou enganar de proposito Jack. Por que você me ama, e lá no fundo, você sabe que eu...

– Que você também me ama?

– Que eu teria esquartejado você enquanto dormia se fosse verdade. – Ela falou naturalmente com um sorriso.

– Mas pra que nos esqueçamos de tudo. – Tirou uma caixa que escondia atrás de si. – Tenho um presente pra você.

– Jack Collins, não me diga que é o que estou pensando.

Ele abriu a caixa e mostrou sair de lá uma frondosa “rosa.” A brincadeira ressaltou as veias de Lara, fazendo os demais Hammer na sala se esconder atrás do sofá. “Vai começar tudo de novo”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Angels Hammer" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.