Angels Hammer escrita por Oribu san


Capítulo 12
Capítulo 10 - Sherlock Angels, trair ou ser traido


Notas iniciais do capítulo

Prefiro nem comentar. tá diferente de tudo que já escrevi, mas não sei se isso é bom ou não -__- *



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✫¸.•°*”Submundo”*°•.✫

– Quem está lá encima? – Kamael a sua apática calma de sempre em seu trono, perguntava a um de seus muitos servos deformados no castelo sob a lava.

– Vinganza e Lucanzi mi Lorde.

– O demônio da rosa? – Pareceu um pouco impressionado, mas não muito.

– Sim senhor. Algum problema?

– Não, nenhum, apenas estava pensando que me servia bem sexualmente.

– A senhora Vinganza... Ou... O senhor Lucanzi? – Ficou um pouco temeroso de perguntar.

– Os dois.

Kamael era um demônio, pouco lhe importava sexualidades. E também, já estava no inferno mesmo.

– Ehr...

– O que ainda está fazendo aqui? Já não deu a noticia?

O pequeno diabrete vermelho estendeu a mão.

– Ah... Está esperando uma recompensa meu querido? – se levantou apertando a bochecha vermelha de servo.

– Oh sim, senhor. – Ele balançava o rabo pontudo agitado ao ver um osso que o lorde das trevas tirou do bolso.

– Aqui... PEGA. – Ele arremessou o osso no ar. O diabrete olhou cima e nesse momento de um segundo, uma das feras de Kamael deitadas ao lado do trono se lançou, estraçalhou o diabrete entre os dentes, e depois com o osso na boca voltou ao lado de seu mestre. – Ops... Eu disse pega? Me desculpe. – Deu uma pequena gargalhada antes de acariciar a pele escamosa do cão que voltou a deitar ao seu lado. – Bom menino. Eles sempre caem nessa, não é minha gracinha? Quem é o estraçalhador de almas do papai?

Continuou a mimar aquele mostro até um novo alguém abrir as portas do salão. Com certeza pela forma humana e pela aura pesada era...

– Um dessedente? A quanto tempo um de vocês não desce aqui. Acaso estão com medo de mim? – Apontou cinicamente para si.

– Perdão meu senhor, mas acho que vai gostar da noticia que lhe trouxe. – Ajoelhou-se.

– Ande logo Victor, estou ficando entediado com seu falatório.

– Ahr... Sim senhor. Podem trazer.

Vez um sinal com a mão e um bando de pequenos diabretes marrons usados na ferragem de armas negras entrou carregando uma das sete armas Celestes, mas sofrendo com os raios de energia pura que o bracelete emitia.

– A chama de Zadkiel. – Se levantou e flutuou até perto da gaiola, fazendo Victor suar quando passou por ele. – É esplendida. – Acariciava a gaiola na altura do rosto antes do objeto lhe atingir também com sua luz marcando um pouco o rosto que logo se recuperou. – Um pouco arisca não é? A quanto tempo está com ela? – Olhou para o outro com um olhar frio e imprevisível como próprio Kamael.

– O... O quê? – A pergunta fez Victor ainda de joelhos suar ainda mais “o que ele irá fazer comigo? Não posso dar a resposta errada”. – Estávamos preparando-a pro senhor. Como pôde ver, ela insiste em nos atacar, nem sabe quantos diabretes precisei matar pra criar uma gaiola resistent...

Parou de falar ao ver Kamael cravar os dedos com facilidade na jaula, fazendo-a derreter.

– Quer dizer que além de arisca, você também é resistente a minha força negra. – Falava para o objeto que se negava a ficar nas mãos quentes, como se possuísse vida própria. – Vamos ver o quanto.

Apertou o bracelete com força o forçando a obscurecer. O dourado da joia começou a acinzentar, dai então a arma se ascendeu sozinha na conhecida chama violeta tentando se defender e se curar do mal. Porém como estava no submundo e os poderes de Kamael eram superiores, logo a chama findou e traspassou a barreira do bem e do mal tornando-se maligna e de chama azul escura.

– Eu não disse? – Sussurrou pra si mesmo com uma voz e uma cara tão assustadora que somente a menção nos livros, atormentava os pesadelos dos padres humanos. – Uma já foi. Faltam seis.

( ... )

No ninho, o sol raiava com o grito do garoto Lenny.

– AI MEU DEUS!!!!!

– O QUE FOI? O QUE FOI?

Todos os outros saíram correndo de seus quartos caindo da cama os que não tombaram com as paredes.

– O que foi? – Um deles perguntou ainda meio dormindo.

– Vocês estão todos de pijama? – Olhou o corredor lotado de zumbis desgrenhados e meio acordados.

– Eu não uso... Pijama. – Emi havia se levantado dormindo. Ainda roncava de leve, vestida apenas com a calcinha e o sutiã cor de rosa.

– Ai caramba! Volta pra dentro sua lerda! – Demetria agarrou a sonambula e correu pro quarto mais rápido que Nihal.

– Desembucha logo garoto, o quê que foi? – Cande perguntou fazendo a atenção voltar por menino vestido de ninja. – E que roupa preta doida é essa?

– Essa manha – Falava choramingando. – Eu ia entrar de fininho no quarto da Lara pra procurar seu tesouro de chocolate, mas aí...

– Aí..? Ela te pegou?!

– Eu vi.

– Viu o quê?

– Espera um segundo tá, tô com falta de ar. Acho que vou lá na cozinha beber um copo d’água.

– NÃO... Volta aqui! – Ela o puxou de volta. – Termina a conversa. O quê que você viu?

– Espera aí – Jimmy tarado. – Por que, que agente tá perguntando? Vamo ver também.

– Eu vi... Isso aí.

Ao abrir aporta se depararam com uma cena no mínimo chocante. Lara Reverbel aparentemente desnuda dividia o espaço de sua cama com um homem desconhecido.

– Puta merda! Jack é o corno da madeira! – Crow disse olhando também, por cima de todos os outros.

– Humn... – Lara se mexeu e Jimmy fechou a porta rápido como se sua vida dependesse disso.

– Eu não acredito nisso. – Sussurrou pra todos os outros, com a maçaneta na mão apontando para a porta.

– Eu também não. – Violet cobriu os olhos, emotiva.

– Nem eu. Como é que ela pode ter feito uma coisa dessas por causa de uma briga? – Cande.

– Não. Não estou falando disso. – Jimmy – Não acredito que ela não fez uma coisa dessas “comigo”. Aiii...

Reclamou a dor da coronhada que levou Dem.

– Isso é serio seu idiota. Deixe de brincadeira.

– Tá. E quem é que vai contar pro chifres de madeira ali? – Dante de braços cruzados apontou com a cabeça para o quarto de JC.

– Ninguém. Não sejam infantis. Não é da nossa conta. Deixem eles resolver sozin...

– Tarde demais. – Alice virou o rosto de Dem pra Emi, que voltou a andar dormindo e agora estava indo a porta de JC.

– NÃO! EMI!!!

Todos eles correram amontoados, caindo uns por cima dos outros aos pés da porta do quarto que se abriu sozinha com o impacto, revelando uma cena parecida, mas protagonizada por Jack e a fêmea fatal que acordou, se levantou e saiu com os seios de fora, passando as pernas por cima da montanha de anjos.

– Opa! e o negocio só melhora. – Crow.

– Rosa, volte aqui. – JC também se levantou, e pareceu pouco se importar com eles ali no chão vendo ambos passar seminus.

– Tô... Chocado. Não posso confiar em mais ninguém – Sebastian. – Seth! Onde você passou a noite ontem!?

– COMO ASSIM SEU IDIOTA? COM VO... – Percebeu os olhares curiosos sobre si, e então moderou a voz falando apenas pra ele em seu ouvido. – Com você, não lembra?

– AH É! VOCÊ FOI LÁ, E NÓS...

– NÃO... Diga esse tipo de coisa. – O estrangulava, criando certas duvidas se era mesmo um humano fraco.

– E você Dem, onde estava? – Crow perguntava insinuador, se aproximando dela, que passou por debaixo do seu braço quando ele tentou abraça-la.

– Dormindo. Não tem nada de interessante aqui.

– Wow... Parece que você foi trolado amigo. – Vee fechou sua boca aberta saindo com Dem.

Mas ele logo trocou a expressão de surpresa por um sorriso. Vendo ela ir embora, enquanto os outros começavam a se dispersar também.

– Tudo bem. É das marrentinhas que eu gosto.

( ... )

Após alguns momentos, o cenário no ninho das desavenças, era ainda mais bizarro. Lara, JC, Rosa a mulher de corpo perfeito e tão sensual quanto o do cara forte com uma coleira escrito Lucanzi, estavam todos sentados à mesa, tomando socialmente o café da manhã, enquanto uma tonelada de olhos das mais distintas cores, os observavam escondidos na fresta da porta.

– Isso é muito estranho. – Seth.

– Também acho. – Cande e Violet em uníssono.

– Ei! Quem vai lá? – Lenny.

De uma única vez, a mesma tonelada de olhos se voltou contra ele. Nem teve tempo de se negar e o empurraram pra dentro. “AHHI eu vou morrer” chorava em sua cabeça “E eu ainda nem fui à lua, nem chupei picolé de limão, nem...”

– Lenny!

A voz da Lara cortou seu pensamento e ele congelou no lugar. A mente ficou automaticamente branca e vazia, tornando ele um alvo fácil, uma preza já abatida.

– Calma. Só ia perguntar se queria um pouco leite.

– Humn? – Ainda paralisado. Duro feito preda.

– Leite. Você gosta não é?

Ela estendeu a jarra, e o braço dele foi o único membro que se dignou a responder, ainda que tremendo.

Quando estava quase pegando-a por cima do ombro de Lucanzi, ele se virou dizendo com um sorriso, um simples...

– BUU...

– Jesus! – Seus olhos viraram pra trás e Lenny caiu pra trás duro. Típico de quando você tem um ataque do coração, sendo puxado pelos pés por duas copias de Alice pra fora da cozinha. Pra se juntar a seus “tão bons amigos.”

– Será que ele enfartou? – Jolie o abanava com um leque saído sabe-se lá, de onde.

– O coração tá batendo. – Alice tirava o ouvido de seu peito.

– Mas é normal? – Crow. – E essa cara de idiota?

– Ah... Essa ele sempre teve.

– Ai Jo não diz isso. – Emi. – Vocês adoram se xingar, mas agora não é hora. Não é Vee?... Vee?

O nosso anjo da terra se encontrava viajando em um mundo de confabulações em sua cabeça.

– Ah? O quê?

­– O momento. Não hora de brigar não é?

– Não garotas. É hora da detetive Vee Kammel desvendar este caso. – Parecia decidida, com um brilho maluco no olhar, até ser chacoalhada por Jolie, pra ver se voltava ao mundo real.

– Hello... Vee acorda. Isso aqui não é uma serie policial gata.

– Mas isso não quer dizer que eu ainda não possa prender o suspeito. – Sorriso de mil crianças.

– Eu desisto. Tá tão louca quanto Lenny.

– O que tem eu?– Ele se levantou do nada, derrubando Alice que já usava seu corpo como banco.

– Tudo bem sabichona, e como vamos “ressorver este caso”. – Nihal fez sinal de aspas com os dedos.

– É simples. Seguindo o monologo “como ser um detetive”...

– Isso não é um livro pra crianças?

– NÃO! – Dá língua abraçando o livro. – O primeiro passo é dividir-se em grupo. Eu, Jo, Seth, Alice, Cande, Emi e Violet, vamos seguir o livro. E você, Seh, Jimmy, Crow, Lenny e Dem, ficam aqui vigiando os suspeitos.

– Suspeitos de quê sua louca?

– Não sei. Mas eu vou descobrir. – Ela se virou pra varanda e apontou pro céu. – Não se preocupem pessoas inocentes do mundo. A detetive Vee está no caso e vai dar um jeito de prender o culpado.

Depois do momento heroico, o grupo Vee seguiu correndo pela casa. “não temos tempo a perder. Temos mais ou menos duas xicaras de café e um bolinho, pra terminar este caso” calculava ela em comida o tempo que tinham pra entrar onde não deviam.

– Aonde vamos?

– É elementar minha cara Candela. Segundo o monologo a segunda coisa a se fazer é investigar a cena do crime.

Cande parou vermelha no meio do corredor barrando todos os outros que seguiam na retaguarda.

– Quer dizer que... Nós vamos...

– Exatamente.

Violet, Cande, Vee e Jo, entraram no quarto de Jack. Já Seth e as bonequinhas Emi e Alice entraram nos aposentos de Lara, desconfiados como se cada canto daquele lugar escondesse uma faca ou uma armadilha pronta para explodi-los.

– Por que, que agente tá tão assustado, hein? Afinal, Lara é apenas uma garota não é?

Seth escorou de leve a mão na parede e um dardo envenenado com peçonha de cobra acertou a parede entre seus dedos.

– AI... Anda logo gente. O quê que era pra fazer mesmo?

“passo três, procurar pistas” A voz de Vee ressoava como lembrança. Pisaram então, com cuidado, pedaço por pedaço daquele chão, vasculhando todo o quarto com os olhos sem tocar em mais nada, antes de poderem respirar livres com alivio do lado de fora.

– E aí? Encontraram alguma coisa? – Perguntou a eles, saindo com os seus do quarto de JC.

– Nada, e vocês? – Emi.

– Achamos isto! – Ela ergueu pra cima como um troféu a rosa já não tão vermelha.

– Uma flor. Tá e quê que isso tem haver?

– Tem haver com a etapa quatro. Descobrir o que os crimes têm em comum. Vocês disseram que não encontraram nada no quarto de Lara, não é mesmo? Nem mesmo roupas por acaso?

– Não, mas...

– A-HÁ! Exatamente, como eu pensei. Este caso começa a se resolver.

– Como assim garota? Ainda não tô entendendo nada. – Jo.

– Isso é por que você não é a detetive aqui.

– Eu não sou é a palhaça aqui!

– Parem de brigar vocês duas!!! – Cande e Violet diziam juntas, mostrando emocionadas o quanto aquilo mexia com elas, – Assim não vamos poder ajudar nossos amigos.

Separações e brigas internas, eram coisas serias pra elas que mesmo não sendo do mesmo sangue, nunca se separaram, sempre achando forças uma na outra pela confiança de que se você estiver ao meu lado, tudo vai dar certo.

– Desculpa tá gente. Não foi minha intenção. – Jolie ofereceu um lenço a mais frágil delas.

– Por que você anda com um lenço no bolso? – Enxuga.

– Pra quando estou escrevendo um musica tocante demais e choro. Vocês sabem, minhas musicas são lindas demais. – Convencida – É tipo minha marca registrada.

– Marca... Marca. – Vee murmurava pra si mesma pensando, antes de Jo lhe estender um pedido de paz em forma de pergunta.

– E então detetive Kammel, qual é o próximo passo.

– É isso! Claro! Venham comigo.

Ela os guiou, abrindo as portas da biblioteca com um chute. “isso não era preciso, mas é tão emocionante” vasculhou rápido as inúmeras prateleiras, e como não encontrou a primeiro ponto o que procurava, fez o que fazia de melhor.

– KIMBRA! – Estendeu o polegar e ao vira-lo pra baixo as estantes começaram a vibrar como se o terremoto estivesse dentro da madeira.

– PARE SUA DOIDA, VAI DERRUBAR O PRÉDIO!

– Ainda não, ainda não, só mais um pouquinho. – Vee largou o poder e um imenso livro com capa de couro escondido na luminária da biblioteca caiu sobre os demais, rejeitados pelas suas próprias, estantes espalhados pelo chão. – Sabia que o Jack tinha te escondido por aqui. Meninas, apresento a vocês o bestiário. – Ela passou a mão na capa para abri-lo, mas ele se fechou quase que pendendo seus dedos ali.

– Senha, por favor. – Disse uma cara enrugada como um velho, feita pelo couro na capa do livro.

– Mas que droga. “isso fala!”

– JC deve ter bloqueado o livro pra atender somente a ele. – Alice. – Eu vivo fazendo isso com a minha foice.

– Jo, abri pra gente?

– Pode deixar. – Ela estralou os dedos e o pescoço antes do começar a cantar iludindo assim o livro a ver nela a forma de Jack. Apertando os olhinhos velhos, o bestiário perguntou.

– Mestre Collins é o senhor?

– Claro que sim... Ehr... Quer dizer... De fato meu caro, sou eu sim, Jack Callins.

– Collins. – Cande a corrigiu.

– Collins... Claro, foi isso que eu... Quis dizer. – Algumas delas estavam quase rachando de rir com o biquinho que ela fazia com aquela imitação um tanto quanto furada. – Agora se abra nós... Digo... Eu quero ler.

– Senha, por favor. – O bestiário insistia mesmo vendo Jack a sua frente.

– Ah, já sei! Que tal? Madeira!

– Senha invalida. – O livro se cobriu com uma corrente.

– Hammer.

– Senha invalida. – Mais uma corrente.

– Lara. – Cada uma tentou o seu melhor, mas não importava o que fizessem o mesmo se repetia.

– Granulado de paçoca.

– Senha invalida.

– Senha invalida, Senha invalida. É só o que esse livro sabe dizer?! – Jolie irritada chutou-o pra longe. – ABRA LOGO, SEU LIVRO MALDITO!!!

– Senha correta.

Ele caiu no chão, e as correntes se desfizeram quando ele abriu, para a alegria investigativa de Vee.

– Finalmente... O livro de todas as bestas.


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Notas finais do capítulo

('.../')
(◕.◕) Olá... não me dê atenção, só estou aqui pra dizer:
(,,)(,,) ai caramba, esqueci o que ia dizer hahahaha